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ISSN 1809-502X

Foto: Herminio Souza Rocha

COMUNICADO
TÉCNICO
Miniestacas de mandioca – nova
alternativa de material de plantio
179

Herminio Souza Rocha


Helton Fleck da Silveira
Cruz das Almas, Bahia Antônio da Silva Souza
Julho, 2021
Saulo Alves Santos de Oliveira
Eder Jorge de Oliveira
Benedito Dutra Luz de Souza
Hepitagoras Aparecido Gonçalves
Roberto Gama Pacheco Júnior
Nicolle Moreira de Almeida
Sidney Alves de Lima
2

Miniestacas de mandioca – nova


alternativa de material de plantio1

¹ Herminio Souza Rocha, engenheiro-agrônomo, doutor em Fitopatologia, analista da Embrapa
Mandioca e Fruticultura; Helton Fleck da Silveira, engenheiro-agrônomo, mestre profissional em Ciência
e Tecnologia de Sementes, analista da Embrapa Mandioca e Fruticultura; Antônio da Silva Souza, doutor
em Engenharia Agronómica Biotecnología, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura; Saulo
Alves Santos de Oliveira, doutor em Fitopatologia, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura;
Eder Jorge de Oliveira, doutor em Genética e Melhoramento de Plantas, pesquisador da Embrapa
Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas, BA; Benedito Dutra Luz de Souza, engenheiro-agrônomo,
Agrícola Milênio, Tracuateua, PA; Hepitagoras Aparecido Gonçalves, técnico em agropecuária; Roberto
Gama Pacheco Júnior, administrador rural; Nicolle Moreira de Almeida, engenheira-agrônoma; Sidney
Alves de Lima, operadora de aclimatização de mudas, Instituto Biofábrica de Cacau, Ilhéus, BA.

pessoas. É a terceira maior fonte de


Introdução carboidratos dentre as culturas agríco-
las, atrás somente do arroz e do milho.
Explorada no Brasil antes mesmo
No mundo todo são produzidas 277,8
do descobrimento, a mandioca é uma
milhões de toneladas de mandioca por
espécie vegetal capaz de armazenar
carboidratos sob o solo por até dois ano (Tabela 1), sendo a Nigéria a maior
anos, sem deterioração de suas raízes, produtora mundial, com 59,5 milhões
característica determinante que a torna de toneladas, seguida da Tailândia,
uma importante fonte energética para o República Democrática do Congo, Gana
consumo humano em diversos países. e Brasil. Este último com produção de
Estima-se que no mundo todo a man- 17,6 milhões de toneladas em uma área
dioca presta-se como fonte de alimento de 1,2 milhão de ha colhidos em 2018
para aproximadamente 700 milhões de (FAO, 2018).
Tabela 1. Área colhida, produção e rendimento médio de raízes de mandioca nos principais
países produtores em 2018.

Países Área total colhida Produção total Produtividade média


(ha) (t) (t/ha)
Nigéria 6.852.857 59.475.202 8,68
Tailândia 1.385.817 31.678.017 22,86
República Democrática
3.677.998 29.952.479 8,14
do Congo
Gana 1.032.990 20.845.960 20,18
Brasil 1.205.413 17.644.733 14,64
Outros 10.435.743 118.212.368 11,33
Mundo 24.590.818 277.808.759 11,30

Fonte: FAO (2018).


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Apesar da inquestionável impor- hastes de mandioca. Como nem sempre


tância socioeconômica da cultura da o material de plantio está disponível na
mandioca para todo o Brasil e muitos própria lavoura, o dano causado pelo
outros países, observa-se uma grande transporte até o local de plantio soma-se
restrição para os plantios de novas áre- à perda da qualidade. A dificuldade não
as, devido à baixa taxa de multiplicação se restringe aos plantios de áreas maio-
obtida pelos métodos convencionais, res, mas nessa situação o problema se
além da reduzida oferta desse tipo de agrava, pois muitas vezes é necessário
propágulo com um mínimo de padroni- transportar as hastes em caminhões
zação dos atributos genéticos e fitos- a longas distâncias, o que reduz ainda
sanitários. Soma-se a estas limitações mais a qualidade das manivas para o
a ausência de materiais propagativos plantio, por ressecamento e ocorrência
comprovadamente livres de vírus e de de danos mecânicos. As perdas decor-
outros patógenos, como os causadores rentes da baixa qualidade do material de
da bacteriose, das podridões radiculares plantio incidirão diretamente na redução
e do superbrotamento. Como na maio- da produtividade devido à necessidade
ria das vezes não se observam sinais de replantio até a baixa densidade de
desses patógenos nas plantas, eles plantio resultante das falhas com signi-
estão presentes com variadas taxas de ficativa redução no estande, implicando
infestação na quase totalidade das áre- em grandes prejuízos econômicos.
as plantadas com mandioca atualmente,
Em resposta à necessidade de ofe-
sendo responsáveis por até 80% de
recer soluções a esses problemas, foi
redução na produtividade e 50% de per-
desenvolvida a técnica de produção de
das no acúmulo de amido (Tremacoldi,
miniestacas de mandioca, um material
2014). A adoção de variedades resis-
de plantio com características distintas
tentes tem sido o meio de controle mais
do material tradicional. As miniestacas
eficiente para alguns desses problemas
devem ser provenientes de material
fitossanitários. Apesar disso, o processo
básico que tenha passado previamente
de transferência dessas variedades aos
pela etapa de indexação de viroses, o
produtores interessados é restringido
que assegura a sanidade dos materiais
pela inexistência de comércio formal de
básicos e das miniestacas a serem
manivas-semente. Historicamente, há
produzidas a partir desses. Ao se fazer
uma grande dificuldade de encontrar
uso das miniestacas, como material
manivas com garantida qualidade e em
de plantio, superam-se características
quantidades satisfatórias no momento
indesejadas tais como a baixa taxa de
demandado para o plantio. Esse contex-
propagação, as perdas por problemas
to compreende um dos principais fatores
fitossanitários e o limitante dos grandes
limitantes da mandiocultura.
volumes de materiais de plantio, dificul-
Além dos aspectos de fitossanidade tando a logística em relação ao armaze-
já relatados, a formação das áreas de namento e transporte das manivas para
plantio demanda grande volume de realizar plantios de novas áreas.
4

Miniestacas de aproximadamente 1,0 m –1,3 m. No


caso das mudas micropropagadas, as
A tecnologia é um processo inova- mudas são deliberadamente deixadas
dor de geração de material de plantio na fase de aclimatização por um tempo
de mandioca a partir de três diferentes maior que o habitual de 60 dias, para
abordagens, a saber: mudas micro- que haja o estiolamento da parte aérea
propagadas em fase de aclimatização até atingirem cerca de 50 cm – 80 cm.
(Figura 1), mudas produzidas pela téc- As miniestacas são coletadas das bases
nica da multiplicação rápida e a partir de das hastes cortadas aproximadamente
plantas de campo também, as quais são a 5 cm – 7 cm a partir do colo da muda
induzidas a estiolarem até uma altura (Figura 1 D).
Fotos: Herminio Souza Rocha

A B

C D

Figura 1. Etapas da fase inicial do processo de produção de miniestacas


de mandioca a partir de mudas micropropagadas em aclimatização, que
compreende: mudas micropropagadas em aclimatização (A); mudas podadas
para formação de nova parte aérea (B); corte reto na haste para induzir nova
brotação (C); muda podada com nova brotação já visível (seta) (D).
Fonte: Instituto Biofábrica da Bahia. Ilhéus – BA (2016).
5

Em torno de 120 dias após iniciada miniestacas a cada 120 dias, com iguais
a aclimatização, é possível obter-se características às anteriores. Essa muda
miniestacas sadias e viáveis, a partir do inicial poderá ser cortada por até quatro
estiolamento das mudas micropropaga- vezes, desde que mantida sob boa nu-
das, para o plantio de novas lavouras trição mineral com reposição de adubos
de mandioca. Essas miniestacas, com de liberação lenta e irrigação constante
aproximadamente 15 cm de compri- nas condições de estufas com controle
mento e 7 mm – 10 mm de espessura, de luminosidade e temperatura. Assim,
compreendem reduzido volume para além de produzir miniestacas, as mudas
transporte e facilidade de plantio, constituem-se em matrizes para novas
quando comparadas com as manivas mudas e miniestacas em escala expo-
convencionais utilizadas na mandiocul- nencial de multiplicação. Contudo, nem
tura. Além disso, o processo permite todas as mudas atingem o calibre da
um melhor escalonamento da produção haste ideal para serem utilizadas como
de material de plantio em larga escala, miniestacas. De modo geral, para a pro-
com dimensões padronizadas, para dução de miniestacas a partir de mudas
atendimento da demanda nas épocas micropropagadas, apenas 30% das
de plantio. A partir das mudas que deram mudas estioladas atingem esse calibre
início às primeiras miniestacas, é possí- de aproximadamente 0,5 cm – 0,7 cm
vel haver o novo corte da parte aérea, de espessura na altura de corte. Isso
após mais 120 dias, para a produção de ocorre devido à competição das hastes
uma nova miniestaca com as mesmas pela luz solar e deve ser aprimorado
características de vigor vegetativo e sa- por biofábricas e viveiristas de mudas
nidade vegetal observadas na primeira de mandioca.
miniestaca extraída.
Assim, esse processo compreende
Considerando que somente a porção uma tecnologia totalmente viável e
basal da parte aérea medindo apro- economicamente atrativa, que pode ser
ximadamente 15 cm é utilizada como adotada por biofábricas de produção de
uma miniestaca no ponto para o plantio, mudas e também por viveiristas.
o restante da haste é ainda dividido em
duas ou três outras miniestacas, de
consistência herbácea, e que podem
Histórico dos
ser replantadas em outros tubetes e trabalhos que
gerar novas mudas, as quais serão sub-
metidas ao estiolamento também para a levaram à geração
produção de mais miniestacas (Figura
8). A mesma muda inicial, em viveiro
da nova tecnologia
telado, com adequada nutrição mineral, A Embrapa Mandioca e Fruticultura
é capaz de continuar a produzir novas iniciou em 2012 um projeto inovador para
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a mandiocultura do Nordeste Brasileiro, genética com as plantas matrizes clo-


o RENIVA (Rede de Multiplicação e nadas, o tipo de material propagativo
Transferência de Materiais Propagativos a ser ofertado ao mandiocultor, após
de Mandioca com Qualidade Genética o desenvolvimento das mudas em
e Fitossanitária), o qual consiste na condições de campo, não difere mor-
utilização de técnicas de multiplicação, fologicamente daquele que o produtor
dentre as quais a micropropagação de mandioca está habituado a plantar.
vegetal, na sua etapa inicial, como uma Devido ao bom desempenho obtido
das ferramentas para promover o ganho com as técnicas de micropropagação,
de escala na multiplicação de mudas fato inédito nessa escala para a cultura
que estejam comprovadamente livres de da mandioca, foram aclimatizados mui-
vírus. Como parceiro para este trabalho tos lotes das variedades introduzidas
desafiador, a Embrapa contou com o no laboratório.
apoio do Instituto Biofábrica da Bahia,
A grande quantidade disponível
que passou a multiplicar em larga esca-
logo se mostrou um desafio, uma vez
la, in vitro, 35 genótipos de mandioca.
que nem todos os produtores estavam
No entanto, para que fosse possível
prontos para receber as mudas e, como
produzir as mudas micropropagadas
em qualquer viveiro de mudas, há um
de mandioca em larga escala, era ne-
momento ideal para que elas sejam
cessário desenvolver um protocolo para
transferidas para o campo.
aclimatização das plantas produzidas in
vitro, sem incorrer em grandes perdas Caso esse tempo se estenda por
por dessecação. A exemplo dos explan- qualquer motivo, as mudas estiolam
tes de batata inglesa enraizados in vitro, e ficam impróprias para o transporte e
os explantes de mandioca produzidos plantio (Figura 2).
com o uso desta técnica também resul- Isso ocorreu em grande parte dos
tam em plantas muito tenras e frágeis, lotes. Nessa situação, a alternativa foi
sujeitas a elevadas taxas de perdas na realizar a poda drástica da parte aérea
aclimatização, caso não sejam adotadas estiolada para que a muda voltasse a
as medidas necessárias para o controle desenvolver-se normalmente. Todas
ambiental no interior dos viveiros. as mudas já possuíam um sistema
Seguindo a estratégia do RENIVA, radicular bem desenvolvido, e foram
todo o material desses genótipos foi embaladas em um sistema denominado
aclimatizado em grandes lotes, vi- rocambole, para envio ao campo sem
sando o plantio das mudas em áreas danos durante o transporte e manuseio.
irrigadas, para a posterior produção de Com essa estratégia do corte da parte
manivas-semente. Como o sistema de aérea, evitou-se o risco de acamamento
micropropagação mantém fidelidade das plantas após o plantio (Figura 3).
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Fotos: Herminio Souza Rocha


A B

Figura 2. Mudas de mandioca micropropagadas, após 120 dias de plantio nos tubetes, em vivei-
ro de aclimatização após decorridos aproximadamente 120 dias desde o plantio (A); e Plantas
estioladas, das quais são retiradas as miniestacas (B).
Fonte: Instituto Biofábrica da Bahia. Ilhéus – BA (2016).

Fotos: Herminio Souza Rocha


A B

Figura 3. Sistema radicular das mudas de mandioca no momento do corte da parte aérea para
colheita de miniestacas (120 dias após o plantio) (A); Mudas acondicionadas em rocamboles
para envio aos produtores maniveiros (B).
Fonte: Instituto Biofábrica da Bahia. Ilhéus – BA (2016).
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As podas drásticas produziram tubetes. As observações e experiências


grande quantidade de hastes cortadas, objetivaram verificar a possibilidade de
que seriam simplesmente descartadas aproveitamento destas hastes como
(Figura 4). Surgiu então a ideia de testar material propagativo.
o plantio dessas hastes em campo e em
Fotos: Herminio Souza Rocha

Figura 4. Resultado das podas das mudas estioladas. Grande volume de hastes finas contendo
gemas de brotações, com potencial de geração de novas plantas.
Fonte: Instituto Biofábrica da Bahia. Ilhéus – BA (2016).
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A exemplo do que se faz habitualmen- para plantio em novos tubetes, como


te com o uso de manivas desenvolvidas para o plantio diretamente no campo, de
e de diâmetro médio em torno de 2 cm – modo semelhante ao plantio de material
3 cm, foi instalado um experimento de convencional.
campo para avaliar o desenvolvimento Os resultados confirmaram que é
das plantas a partir das miniestacas com possível utilizar as miniestacas para os
aproximadamente 15 cm de tamanho, dois propósitos.
oriundas de três posições nas hastes:
base, meio e ápice.
Nas avaliações, observou-se que a
O passo a passo
melhor porção para o plantio foi a parte para a produção
basal das hastes mais vigorosas e mais
lignificadas, apresentando maior taxa de de miniestacas
brotação. Essas miniestacas emitiram
brotações e raízes bastante uniformes,
de mandioca a
gerando plantas vigorosas, produtivas, partir de mudas
com sistema radicular normal.
micropropagadas
A partir desses resultados, foram
introduzidas novas rotinas na produção
das mudas em viveiro. Estabeleceram- 1. Plantio das mudas para
se duas opções para as mudas podadas.
Elas poderiam ser enviadas para plantio indução do estiolamento
em campo, bem como ser reservadas Tanto as mudas provenientes da
(ou parte delas) para servirem como cultura de tecidos ou da técnica da mul-
matrizes, isto é, plantadas em tubetes. tiplicação rápida devem ser plantadas
As mudas que são levadas a campo em tubetes plásticos com duas opções
voltam ao desenvolvimento normal da de modelos de tubetes: o primeiro de
menor volume tem 54 mm de diâmetro
parte aérea, gerando plantas com exce-
na abertura superior e comprimentos de
lente desenvolvimento e características
130 mm, com capacidades de 175 cm3. O
idênticas às plantas obtidas por propa-
segundo, com maior volume tem 63 mm
gação convencional. As mudas reserva-
de diâmetro na abertura superior e com-
das no viveiro e plantadas nos tubetes
primento de 190 mm, com capacidade
servem como matrizes, as quais rece-
de acondicionar um volume de 280 cm3
bem fertilizantes e retomam a brotação
(Figura 5). O substrato a ser utiliza-
em poucos dias, reiniciando o processo
do será composto pela proporção de
para produção de mais miniestacas.
1 saco de substrato vegetal (PlantmaxR
O passo seguinte foi avaliar as minies- estaca); 1 saco de pó-de-fibra de coco;
tacas, tanto como material propagativo 150 g de fertilizante de liberação lenta
10

PG MixR (14-16-18); 150 g de fertilizante tem a função de acondicionar o subs-


de liberação lenta OsmocoteR (19-6-10). trato recém-elaborado e evitar a conta-
Para obter melhor homogeneização, de- minação com terra e outras impurezas.
vem-se umedecer os insumos durante a Vale mencionar que os insumos para
mistura, utilizando aproximadamente 20 composição do substrato deverão ser
litros de água, aplicados empregando-se misturados imediatamente antes da sua
um regador. Todo o processo deverá ser utilização para enchimento dos tubetes
realizado em equipamento tipo beto- e plantio, pois após a aplicação da água
neira, e para facilitar o enchimento dos inicia-se a liberação de nutrientes.
tubetes, deve-se distribuir o substrato
em uma caixa apropriada medindo apro- Para os tipos de tubetes recomenda-
ximadamente 5 m de comprimento x dos existem as bandejas de sustentação
2,5 m de largura x 0,35 m de altura, que que apresentam 54 células cada.

Figura 5. Bandeja e tubetes plásticos utilizados no plantio de mudas de


mandioca para produção de miniestacas como material propagativo.
Fonte: Site Mercado Livre
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2. Manutenção das mudas foliar. Essas bandejas contendo as


mudas plantadas nos tubetes devem ser
em viveiro telado para aclimatizadas em telados com sombrite
indução de estiolamento 70% e fechadas lateralmente com plás-
tico. Para melhor manuseio das mudas,
Nos primeiros 3 a 5 dias após o plan- deslocamento e manejo no interior dos
tio deve-se preencher todas as células telados, as bandejas devem ser dispos-
das bandejas com tubetes e manter as tas em bancadas feitas com guias de
mudas em condições de umidade rela- arame liso sustentadas por cavaletes,
tiva próxima a 100% (nebulização cons- que facilitam o deslocamento no interior
tante), de modo a evitar a dessecação dos telados (Figura 6).

Fotos: Herminio Souza Rocha

Figura 6. Bancadas com guias de arame liso para sustentação das


bandejas de 54 células com os tubetes com as mudas de mandioca.
Fonte: Instituto Biofábrica da Bahia. Ilhéus – BA (2017).
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Quanto ao manejo do ambiente in- os primeiros 30 dias de aclimatização,


terno dos viveiros, deve-se cuidar para devem-se realizar adubações de cober-
que não ocorram picos de temperaturas tura com 3 g a 5 g de OsmocoteR (19-
acima de 30 oC. Após os primeiros cinco 6-10) por planta, repetidas a cada dois
dias, as mudas poderão ser transferidas meses, de forma a possibilitar o pleno
para ambientes com umidade relativa desenvolvimento vegetativo das mudas
mais baixa (50%) e gradativamente de- e evitar deficiências nutricionais, que
ve-se aumentar sua exposição aos raios podem ser causadas pela passagem
solares. Após o 25º dia do plantio, deve da água de irrigação pelo substrato, lixi-
ser feito o raleamento. As mudas devem viando os nutrientes solúveis. O ideal é
ser distanciadas nas bandejas, reduzin- manter uma muda a cada duas células
do de 54 para 27 mudas por bandeja. da bandeja, de forma a produzir talos
Essa medida é necessária para que não com espessura média de 5 mm a 8 mm
haja intenso estiolamento nesta etapa, (Figura 7). Nesse espaçamento, conse-
gerando talos muito finos e tenros. Após gue-se colher até 100 hastes por m2.
Fotos: Herminio Souza Rocha

Figura 7. Espessura ideal dos talos das mudas de mandioca aclimatizadas para extração de
miniestacas.
Fonte: Instituto Biofábrica da Bahia. Ilhéus – BA (2016).
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3. Poda drástica para servirem de material propagativo


como miniestacas. Com as mudas dis-
das mudas, coleta tanciadas entre si, o rendimento em mi-
das miniestacas e niestacas de diâmetro e tamanho ideal
é de aproximadamente 30% – 50%. As
replantio dos topos hastes que não atingirem o padrão mí-
Após 120 dias do plantio, as mudas nimo de diâmetro deverão ser cortadas
já terão uma parte aérea medindo em em pedaços de tamanho equivalente ao
torno de 50 cm – 80 cm de altura a partir da miniestaca, para serem replantados
do colo da muda, e devem ter a espes- em tubetes com a mesma formulação
sura de uma caneta na base, conforme de substrato e mantidos no viveiro, nas
observado na Figura 7. Essa é a fase mesmas condições, para que enraízem
ideal para realizar os cortes das hastes e voltem a desenvolver a parte aérea,
e a colheita das miniestacas, com o si- gerando novas mudas (Figura 9).
multâneo replantio do restante da haste
para a formação de novas mudas. As
hastes são compostas por toda a parte 4. Corte das miniestacas
aérea que sofreu poda drástica no co- nas hastes e manejo das
leto da muda. A porção mais basal da
mudas matrizes no viveiro
haste, que se encontra mais lignificada
se constitui na miniestaca, medindo com o replantio dos ápices
aproximadamente 13 cm – 15 cm de De posse das hastes podadas, de-
comprimento. Todo o restante da haste vem-se eliminar todas as folhas e se-
deverá ser cortado também em pedaços parar a parte basal, mais lenhosa, que
de aproximadamente 13 cm – 15 cm mede em torno de 13 cm – 15 cm, po-
para serem replantados em novos dendo conter número de gemas variável
tubetes de forma a desenvolverem-se de 2 a 4 (Figura 8).
como novas mudas (Figura 8). O corte
Esta será a miniestaca (Figura 8B)
no coleto da muda deve ser realizado
para ser plantada em campos de pro-
com uma tesoura de poda, na altura de
dução de raízes pelos produtores de
aproximadamente 5 cm a partir do colo
mandioca. O restante da haste deverá
da planta.
ser cortado em pedaços de tamanho
Como o desenvolvimento das mu- equivalente ao da miniestaca, para se-
das pode não ser uniforme, algumas rem replantados em tubetes com a mes-
das miniestacas não terão a espessura ma formulação de substrato e deixados
mínima ideal recomendada para sua no mesmo ambiente para que enraízem
utilização como material de plantio. Por e voltem a desenvolver a parte aérea,
isso, deve haver uma boa seleção das tornando-se, assim, uma nova muda
mudas, escolhendo as mais vigorosas (Figura 9).
Fotos: Helton Fleck da Silveira (A) e Herminio Souza Rocha (B) 14

A B
Porção juvenil
para replantio

Porção juvenil
para replantio

Porção juvenil
para replantio

Miniestaca

Figura 8. Haste coletada de uma muda estiolada de mandioca com o indicativo de sua
segmentação (A) e miniestaca selecionada (B), após 120 dias de plantio.
Fonte: Instituto Biofábrica da Bahia. Ilhéus – BA (2016).
Fotos: Herminio Souza Rocha

A B C

Figura 9. Poda drástica de hastes em mudas em aclimatização (A); plantio das porções
superiores da haste para produção de novas mudas (B); brotação das porções de hastes
replantadas demonstrando o adequado desenvolvimento (C); formação de novas mudas
de mandioca em tubetes, em telados, com o mesmo substrato usado inicialmente para a
formação das mudas iniciais (D).
Fonte: Instituto Biofábrica da Bahia. Ilhéus – BA (2018).
15

Essas novas mudas, desenvolvidas (umidade relativa acima de 65%), o


a partir de porções superiores da parte desenvolvimento é constante, e permite
aérea das mudas originais, poderão ser a obtenção de hastes de diâmetro sufi-
também mantidas sob mesmo manejo ciente para serem utilizadas na extração
para indução do estiolamento, visando de miniestacas por até quatro ciclo de
à repetição do ciclo, ou mesmo serem 120 dias. Assim, a muda original em si
comercializadas para maniveiros ou
constitui-se numa matriz para produção
produtores de mandioca. Como as
de hastes, que podem ser utilizadas para
plantas podadas continuam o processo
o plantio direto no campo. O manejo des-
de desenvolvimento vegetativo normal,
emitindo novas hastes, é possível extrair sas mudas nos viveiros é realizado por
hastes de uma mesma muda, em média meio de adubações de cobertura para a
por quatro a seis vezes, a depender manutenção da continuidade do desen-
das condições ambientais e nutricionais volvimento vegetativo, e com irrigação
do substrato. De modo geral, em cli- controlada para evitar encharcamento
mas quentes (27 oC a 30 oC) e úmidos ou déficit hídrico (Figura 10).

Fotos: Herminio Souza Rocha

Figura 10. Mudas de mandioca com desenvolvimento continuado em viveiros com irrigação
controlada e substrato sendo mantido com adubações de cobertura para liberação lenta
de nutrientes.
Fonte: Instituto Biofábrica da Bahia. Ilhéus – BA (2016).
16

Estudos mais aprofundados estão sobremaneira o deslocamento de volu-


sendo realizados com a utilização de pa- mes adequados para o plantio de áreas
rafina nas extremidades das miniestacas maiores. Além desta vantagem logística,
e conservação sob baixas temperaturas pode-se ter uma vantagem operacio-
para avaliar a viabilidade da emissão de nal, ao facilitar o plantio mecanizado,
brotações e de raízes após o armaze- sistema largamente utilizado na cultura
namento por até um ano. Neste caso, da mandioca na região Centro-Sul do
miniestacas poderão ser produzidas Brasil, mas que requer aperfeiçoamento
permanentemente e armazenadas para e avanços. O uso de miniestacas pode
o plantio em épocas de maior demanda contribuir para alcançar um novo pata-
e em locais estratégicos. mar em relação a esses indicadores,
contanto que sejam feitas as adaptações
e adequações do sistema mecânico das
5. Acondicionamento e plantadeiras, para que separem, distribu-
transporte das miniestacas am e depositem no solo as miniestacas
em posição horizontal, na profundidade
Em uma caixa de isopor de 120 L
adequada.
(0,22 m3) é possível armazenar apro-
ximadamente 10 a 15 mil miniesta- Portanto, o processo de produção de
cas, suficientes para o plantio de mais de miniestacas de mandioca envolve todas
um hectare. Esse tipo de material propa- essas etapas (Figura 11), que foram
gativo tem viabilidade de mais de 15-25 descritas e ilustradas para que este pro-
dias, podendo ser transportado de avião, tocolo possa ser facilmente reproduzido
navio e por via rodoviária, facilitando e adotado.
Luz de Souza
Fotos:Herminio Souza Rocha e Benedito Dutra

Figura 11. Ciclo representativo da produção de miniestacas de mandioca a partir de mudas


micropropagadas. Início do processo com a aclimatização das mudas micropropagadas (setas
pretas) e ciclos secundários sendo repetidos até seis vezes no mesmo material (setas vermelhas).
17

Outras técnicas para brotação das manivas até a produção


das mudas em ambiente protegido (me-
produzir miniestacas todologia descrita integralmente na pu-
blicação Manual do maniveiro (Trindade
de mandioca et al., 2017). Nas bancadas de brotação
das manivas é possível colher até 250
hastes ou miniestacas por metro qua-
1. Produção de drado. O processo não difere do que se
miniestacas de realiza na multiplicação rápida conven-
cional, exceto pelo corte das novas bro-
mandioca pela técnica tações que não deverá ser realizado a
da multiplicação rápida cada 15 dias. O ideal é que as brotações
se desenvolvam por aproximadamente
A produção de mudas de mandioca 120 dias, de forma que se transformem
pela técnica de multiplicação rápida em hastes estioladas, porém com diâ-
compreende vários passos, desde a metro mínimo na base (Figura 12).

Fotos: Herminio Souza Rocha


A B

Figura 12. Produção de miniestacas de mandioca pela técnica de multiplicação rápida,


mostrando: A) o início das brotações; B) as hastes estioladas; e C) hastes cortadas após
120 dias do plantio, cuja base constitui a miniestaca (seta vermelha).
Fonte: Assentamento Agrícola da Pedra Bonita. Brasilândia – MS (2017).
18

Para que haja constante desen- abordagem. Trata-se de uma técnica


volvimento das brotações e o perfeito mais barata, porém com intensivo uso
crescimento das hastes no interior das do espaço, exigindo adequado manejo
câmaras, é necessário deixar as cober- de plantio e condução sob condições
turas dos canteiros parcialmente aber- de superadensamento, sendo que
tas, de forma a permitir o crescimento as plantas não serão utilizadas para
adequado. Também é importante que o a colheita simultânea de raízes. Em
substrato no leito dos canteiros seja rico condições de campo, o ganho se dá
em nutrientes, para dar condições ideais pela superprodução de miniestacas
para que ocorra o desenvolvimento das por área plantada, podendo chegar a
plantas por mais de 100 dias. 1,125 milhão de miniestacas/ha em
período de 9-10 meses com dois cortes.
2. Produção de Essa previsão de produção é observada
miniestacas de mandioca sob condições de irrigação do campo de
produção, que pode ser por microasper-
em condições de campo são ou mesmo por gotejamento. A seguir
A produção de miniestacas em apresenta-se um quadro com todos os
condições de campo é uma alternativa passos necessários desde o plantio até
altamente viável para maniveiros que a colheita das miniestacas prontas para
disponham de área suficiente para esta a comercialização.
Fotos: Benedito Dutra Luz de Souza

Figura 13. Colheita de miniestacas de mandioca ‘BRS Poti’ colhidas a partir de plantas com 9
meses de plantio.
Fonte: Agropecuária Milênio, Tracuateua – PA (2018).
19

Preparo da área de plantio


Práticas agrícolas Descrição Observação

Definição do
0,5 m x 0,20 m Total de 100.000 plantas/ha
espaçamento
Realizar essas operações de forma
Preparo do Solo Roçagem, aração e gradagem convencional, como se prepara para
qualquer outra cultura.
NC (t/ha) = [2 - (cmolc Ca2+ +
Mg2+/100 cm3)] x f;
NC (t/ha) = f x cmolc Al3+/100 cm3
f = 100/PRNT
Apesar da possibilidade de ocorrer
Deve ser definida em função situações em que a necessidade de
da análise química do solo, correção pela fórmula acima exija
Correção da acidez
realizada com antecedência de mais de uma tonelada de calcário
pelo menos 60 dias do plantio por ha, na prática não se recomenda
a aplicação de quantidade superior
a esse valor, sob pena de elevar
demais o pH do solo e haver a
indisponibilidade de micronutrientes, a
exemplo do Mn.

Plantio da área para produção de miniestacas


Práticas agrícolas Descrição Observação

Semeadura das manivas Duas manivas maduras (lenhosas) Diâmetro variando de


com comprimento de 15 cm 1 cm a 2 cm.
Suprimento de fósforo (P) Aplicar 25 g de Superfosfato Simples Misturar com matéria
por planta no fundo da cova. orgânica curtida
20

Tratos culturais
Práticas agrícolas Descrição Observação

Caso a aplicação seja


Até três dias após o plantio,
realizada com pulverizador
Controle químico das aplicar 180 g do herbicida
costal de 20 litros, colocar
plantas invasoras nas fases flumioxazin e 1 L a 2 L de
12 g de flumioxazin +
pré e pós-emergência glifosato/ha, com 200 L de calda
100 mL de glifosato/ 20 L
por hectare)
glifosato/20 L de calda.
Posicionar as plantas
Controle manual das
Aos 35 a 45 dias após o plantio, daninhas eliminadas
plantas invasoras em pós-
realizar a primeira capina manual enleiradas entre as fileiras
emergência

Deverão ser repetidas aos 4 e


6 meses após o plantio, sempre
antes das capinas. A primeira Adubo aplicado ao lado
Adubações de cobertura (1ª) adubação de cobertura deverá da planta e levemente
ser realizada aos 60 dias após o incorporado ao solo
plantio com 400 kg/ha do adubo
formulado NPK 10-0-20
A segunda adubação de
cobertura deverá ser realizada
(2ª) aos 120 dias após o plantio, com Adubo aplicado a lanço
600 kg/ha do adubo formulado
NPK 10-0-20
A terceira adubação de cobertura
(3ª) será realizada aos 180 dias após Aplicação a lanço
o plantio, com 100 kg de ureia/ha
Aos 30 dias após a primeira
Deve-se, contudo, observar
colheita, aplicar 100 kg/ha de
Adubações após a colheita o estado geral das plantas
ureia, e aos 60 dias tornar a
das hastes e caso necessário fazer
aplicar mais 150 kg/ha
ajustes na adubação
desse fertilizante.
Se houver necessidade,
Adubações foliares + Devem ser realizadas a cada podem ser realizadas em
inseticida + fungicida 2 meses intervalos mais curtos

OBS: Estes tratos culturais são para as condições da região do Nordeste Paraense, município de Tracuateua – PA.
Adaptações deverão ser realizadas em função das condições edafoclimáticas da região pretendida.
21

Poda das hastes menos desenvolvidas


Práticas agrícolas Descrição Observação

Eliminação das plantas Aos 45 dias após o plantio, deve- A poda de limpeza será
raquíticas se realizar a eliminação, deixando realizada uma única vez
de 3 a 5 hastes por cova

Colheita das miniestacas

Práticas agrícolas Descrição Observação

A primeira colheita será realizada com


Variações na quantidade
a idade entre 6 a 7 meses, colhendo-se
Colheita das colhida ocorrerão em função
média de 5 miniestacas por cova o que
miniestacas do manejo em área irrigada
produzirá aproximadamente
ou de sequeiro
375 mil miniestacas/ha
A segunda colheita será realizada entre No total se consegue uma
8 a 9 meses após o plantio, colhendo-se média de 1,125 milhão de
em média 10 miniestacas por cova, o que miniestacas de mandioca
dará uma colheita de aproximadamente lenhosas em um ha, com
750 mil miniestacas/ha duas colheitas das hastes

Observações:

i. Peso médio das miniestacas: 7 g – 10 g, com tamanho médio de 17 cm e diâmetro variando de 0,3 cm a 0,7 cm.

ii. Em ambas as colheitas, considerar a viabilidade de 75% das covas. Considerar o uso de irrigação da área por microas-
persão ou por gotejamento.

iii. Cerca de 70% das miniestacas colhidas são lenhosas e 30% herbáceas. Somente as lenhosas devem ser utilizadas
como material de plantio para a formação de novas áreas. As miniestacas herbáceas deverão ser plantadas em canteiros
de multiplicação rápida ou em viveiros, para a produção de novas mudas.

iv. No período chuvoso, principalmente na Região Norte do Brasil, plantar em leiras ou montes feitos ligeiramente acima
do nível do solo, para evitar a morte de plantas por podridões, favorecidas pelo encharcamento do terreno.
22

Produção de raízes três diferentes locais: Tracuateua – PA


(Figuras 13 e 14), Entre Rios – BA e Cruz
a partir de miniestacas das Almas – BA, com desenvolvimento
agronômico equivalente ao das manivas
como material convencionais.
de plantio Aos seis meses após o plantio, a área
formada com as miniestacas da varieda-
O potencial produtivo desse tipo de ‘BRS Formosa’ produziu essas plan-
de material de plantio foi testado em tas (equivalente a 20 ton/ha) (Figura 15).
Fotos: Benedito Dutra Luz de Souza

Foto: Benedito Dutra Luz de Souza

Figura 14. Plantas de mandioca ‘BRS


Formosa’, produzidas a partir de miniestacas, Figura 15. Planta de mandioca ‘BRS
em Tracuateua – PA, na primeira avaliação Formosa’ com seis meses de idade,
aos quatro meses após plantio. produzindo 2,7 kg de raízes.
Fonte: Agropecuária Milênio. Tracuateua – PA (2017). Fonte: Agropecuária Milênio, Tracuateua – PA (jun. 2018).
23

Considerações e estabelecendo a inovação de forma a


promover maior segurança para a vida
O uso de manivas convencionais é do produtor rural. Apesar disso tudo, as
a técnica predominante para obtenção técnicas de produção de miniestacas
de material de plantio empregado na ainda demandam aprimoramento de
cultura da mandioca desde sua domes- forma a alcançar índices de rendimentos
ticação pelos povos indígenas da região na produção das próprias miniestacas
Amazônica, considerada como o centro próximos a 70-80%, de forma a tornar
de origem da espécie. Com o intensivo essa alternativa cada vez mais viável
uso da mandioca, tanto na alimentação para os maniveiros interessados em
humana e animal quanto na indústria, empreender nessa direção.
faz-se necessária a incorporação de ino-
vações tecnológicas que possam supor- Referências
tar a demanda cada vez mais acentuada
por raízes e fécula de forma contínua FAO. Faostat, 2018. Disponível em: http://faostat.
fao.org/ Acesso em 12/02/2019.
em todas as regiões brasileiras. Uma
das deficiências vividas diariamente nos TREMACOLDI, C. R. Manejo das principais
doenças da cultura da mandioca no Estado do
plantios refere-se à carência no volume Pará. In: MODESTO JUNIOR, M. de S.; ALVES,
e na qualidade dessas manivas utiliza- R. N. B. (Ed.). Cultura da mandioca: apostila.
Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 2014.
das. As miniestacas se constituem em
197 p.
uma recente inovação para o sistema
TRINDADE, A. V.; BARBOSA, C. M. P.;
de produção dessa importante cultura, SILVEIRA, H. F. da; ROCHA, H. S. (Ed.).
contornando uma recorrente limitação Manual do maniveiro: orientações práticas para
que é a dificuldade de gerar material produção de manivas-semente em Unidades
de Multiplicação Rápida (UMR). Brasília, DF:
para a difusão de novas variedades e a Embrapa, 2017. 69 p.
complexa logística para prover grandes
volumes de material de plantio para a
formação de novas áreas. Ainda existe
muito espaço para otimização de tipos
de material de plantio para a mandioca
no Brasil e no mundo, mas importantes
avanços estão sendo colocados à dispo-
sição dos produtores brasileiros, como
é o caso da técnica de miniestacas.
Faz-se necessário envolver a indústria
de máquinas e implementos agrícolas
no trabalho para que acompanhem as
inovações, na busca por alternativas
necessárias ao uso corrente desse ma-
terial, viabilizando a adoção em escala
24

Exemplares desta edição Comitê Local de Publicações


podem ser adquiridos na: da Embrapa Mandioca e Fruticultura

Embrapa Mandioca e Fruticultura Presidente


Rua Embrapa, s/n, Caixa Postal 07, Francisco Ferraz Laranjeira
44380-000, Cruz das Almas - Bahia
Fone: (75) 3312-8048 Secretária-Executiva
Fax: (75) 3312-8097 Lucidalva Ribeiro Gonçalves Pinheiro
www.embrapa.br Membros
www.embrapa.br/fale-conosco/sac Aldo Vilar Trindade, Ana Lúcia Borges, Eliseth
de Souza Viana, Fabiana Fumi Cerqueira
1ª edição Sasaki, Harllen Sandro Alves Silva, Leandro de
Publicação digital: PDF (2021) Souza Rocha, Marcela Silva Nascimento
Supervisão editorial
Francisco Ferraz Laranjeira
Revisão de texto
Alessandra Angelo
Normalização bibliográfica
Lucidalva Ribeiro Gonçalves Pinheiro
Projeto gráfico da coleção
Carlos Eduardo Felice Barbeiro
Editoração eletrônica
CGPE 016840

Anapaula Rosário Lopes


Foto da capa
Herminio Souza Rocha

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