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ISSN 1679-0162

COMUNICADO
Inoculante à base de bactérias
TÉCNICO solubilizadoras de fosfato nas
252 culturas do milho e da soja
(BiomaPhos®): dúvidas frequentes
e boas práticas de inoculação
Sete Lagoas, MG
Outubro, 2021 Christiane Abreu de Oliveira-Paiva
Daniel Bini
Ivanildo Evodio Marriel
Eliane Aparecida Gomes
Flávia Cristina dos Santos
Luciano Viana Cota
Sylvia Morais de Sousa
Vera Maria Carvalho Alves
Ubiraci Gomes de Paula Lana
Fabiane Ferreira de Souza
2

Inoculante à base de bactérias


solubilizadoras de fosfato nas culturas
do milho e da soja (BiomaPhos®): dúvidas
frequentes e boas práticas de inoculação1

Introdução

O milho (Zea mays) e a soja (Glycine transformações no manejo dessas


max) ocupam posição de destaque na culturas no Brasil.
economia brasileira, uma vez que o
Avanços nas pesquisas sobre
Brasil é um dos maiores produtores e
inoculantes biológicos geram cada vez
exportadores mundiais desses grãos.
mais interesse no setor agrícola, uma
O crescimento rápido da produção
vez que são tecnologias que podem
e da produtividade dessas culturas
melhorar a produtividade, diminuir os
aconteceu muito mais em razão
custos e o impacto ao meio ambiente.
da adoção e difusão de inovações
Assim, novas perspectivas estão
tecnológicas relacionadas à qualidade
surgindo pela inoculação de bactérias
das sementes, fertilizantes, defensivos,
promotoras de crescimento de plantas
maquinário, entre outros, do que em
(BPCP) para milho e soja, por meio do
razão da expansão de áreas cultivadas.
uso da bactéria Azospirillum brasilense,
Neste aspecto, o uso de inoculantes
Bradyrhizobium spp. e do recente
biológicos é responsável por fortes
lançamento do produto BiomaPhos®.
O uso das bactérias fixadoras
de nitrogênio, como Bradyrhizobium
spp. e A. brasilense já é amplamente
1 Christiane Abreu de Oliveira-Paiva, Engenheira agrônoma, doutora em Biologia
conhecido na agricultura brasileira,
Vegetal, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo; Daniel Bini, Biólogo, doutor em

Solos e Nutrição de Plantas, Pós-doutorando na Embrapa Milho e Sorgo; Ivanildo sendo reconhecidas como inoculantes
Evodio Marriel, Engenheiro agrônomo, doutor em Biologia Celular, Pesquisador confiáveis nas culturas de milho,
da Embrapa Milho e Sorgo; Eliane Aparecida Gomes, Bióloga, doutora em

Genética, Pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo; Flávia Cristina dos Santos,


soja e trigo. Após anos de pesquisas
Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas, Pesquisadora desenvolvidas pela Embrapa e
da Embrapa Milho e Sorgo; Luciano Viana Cota ,Engenheiro agrônomo, doutor outras instituições de pesquisa, a
comercialização de inoculantes de A.
em Agronomia, Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo; Sylvia Morais de Sousa,

Bióloga, doutora em Biologia Molecular, Pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo;

Vera Maria Carvalho Alves, Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição brasilense teve início em 2009 e seu uso
de Plantas, Pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo; Ubiraci Gomes de Paula
pode representar um aumento médio
Lana, Químico, Mestre em Genética, Analista da Embrapa Milho e Sorgo; Fabiane

Ferreira de Souza, Química, Analista da Embrapa Milho e Sorgo.


de 26% na produtividade de milho
3

(Hungria, 2011). Entre os vários efeitos principais dúvidas e informações sobre


positivos da sua aplicação, destaca- as boas práticas de uso do BiomaPhos®
se o estímulo ao desenvolvimento por meio de perguntas e respostas.
de raízes por fitormônios, que são Essa linha de pesquisas contribui para
os maiores responsáveis pelo o atendimento do ODS 2: “Fome Zero
aumento de produtividade no milho e, e Agricultura Sustentável”, uma vez
consequentemente, pela redução no uso que o BiomaPhos® é um investimento
de fertilizantes nitrogenados (Hungria, em desenvolvimento tecnológico que
2011). busca práticas agrícolas resilientes
e sustentáveis, com aumento da
Esse efeito também é visível
produtividade e diminuição da pressão
quando aplicado na soja, por meio
sobre novas áreas.
da coinoculação de Bradyrizhobium
spp. com A. brasilense, resultando em
maior absorção e/ou aproveitamento Principais dúvidas
de água e nutrientes e maior nodulação
(Hungria et al., 2013, 2015). Estima-se de uso e informações
que a coinoculação da soja proporciona
um ganho médio de produtividade de
do BiomaPhos®
aproximadamente 16%, sendo o dobro
quando comparado com a inoculação 1.Como as reações dos
simples com bactérias do gênero fertilizantes fosfatados no
Bradyrhizobium (Hungria et al., 2013). solo afetam o aproveitamento
O BiomaPhos® é o lançamento eficiente deles pelas plantas?
mais recente de inoculantes no Brasil,
registrado no Ministério da Agricultura, Por ser um nutriente essencial, a
Pecuário e Abastecimento (Mapa) para aplicação de P nas culturas de soja
as culturas de milho (Número de registro: e milho é rotina fundamental para o
PR 000497-9.000045) e soja (Número desenvolvimento vegetal. No entanto,
de registro: PR 000497-9.000063) em estima-se que cerca de 70% do P
2019 e 2021, respectivamente. Esse aplicado via fertilizantes minerais ou
produto contém os microrganismos orgânicos fica acumulado no solo em
solubilizadores de fosfato (MSP) formas pouco acessíveis às plantas
Bacillus subtilis e B. megaterium. Essa (Pavinato et al., 2020). Isso se deve
nova perspectiva de bioinsumos visa ao elevado grau de intemperismo
maximizar o aproveitamento de fósforo dos solos tropicais, que apresentam
(P), nas culturas de milho e soja, argilas e óxidos capazes de fixar o P,
por meio de mecanismos biológicos diminuindo a sua disponibilidade para as
variados. Por ser um produto novo plantas, principalmente, nas camadas
no mercado, este documento traz as superficiais (Hinsinger, 2001). Assim,
4

em condições tropicais, a competição 2016; Ribeiro et al., 2018; Sousa et


do solo com a planta pelo P, conhecida al., 2021), o que tornam alguns MSP
como “custo solo”, geralmente implica potenciais inoculantes promotores de
maior quantidade de fertilizantes crescimento vegetal.
aplicados e maior custo financeiro para a
Assim, tecnologias e estratégias para
produção das culturas. Certamente, por
aumentar potencialmente a capacidade
ser um nutriente limitante para produção
em dissolver o P inorgânico residual ou
agrícola e existir uma alta dependência
hidrolisar o P orgânico, aqui referido
do mercado externo para aquisição de
como “bioacessibilidade”, que são
fertilizantes fosfatados, o equilíbrio entre
viáveis em grande escala, revestem-
sustentabilidade e competitividade do
se de importância fundamental para
agronegócio nacional fica comprometido.
aumentar o aproveitamento das
reservas de fósforo acumuladas em
2. Como atuam os solos agrícolas.
microrganismos
solubilizadores de 3.Os inoculantes de MSP são
fosfato (MSP) no solo? diferentes dos inoculantes
Basicamente, os MSP no solo são de rizóbios?
fungos e/ou bactérias capazes de
Os rizóbios usados nos inoculantes
solubilizar ou mineralizar P, em processos
para soja são capazes de fornecer o
que podem suprir parcialmente a
total de N para a planta por meio da
demanda deste nutriente pelas plantas.
fixação biológica de nitrogênio (FBN),
Para tanto, a ação dos MSP é baseada
com incrementos de N no solo (Mendes
em dois mecanismos conhecidos: (I) a
et al., 2010). Utilizam mecanismos
liberação de P de compostos óxidos de
enzimáticos exclusivos (nitrogenase)
ferro (Fe), de alumínio (Al) e de cálcio
para converter N atmosférico em amônia
(Ca) no solo e/ou de rochas fosfáticas,
dentro dos nódulos formados nas raízes
com diferentes graus de reatividade,
de leguminosas (Mendes et al., 2010). Os
ocorre por meio de reações com ácidos
MSP são associativos e não apresentam
orgânicos e inorgânicos liberados por
a capacidade de suprir a demanda total
MSP e/ou (II) a mineralização do P
de P da planta, mas sim de melhorar o
orgânico por meio de enzimas, como
aproveitamento desse nutriente. Para
fitase e fosfatases, que envolvem a
isso, os mecanismos bioquímicos dos
matéria orgânica do solo (Owen et al.,
inoculantes de MSP envolvem vários
2015; Bini; Lopez, 2016). No entanto,
fatores que vão além da solubilização
outros mecanismos utilizados pelos MSP
ou mineralização de P, como a produção
estão sendo descritos, como a produção
de fitormônios, sideróforos, biofilmes,
de fitormônios, exopolissacarideos,
entre outros (Bini; Lopez, 2016; Ribeiro
sideróforos, entre outros (Bini; Lopez,
5

et al., 2018; Sousa et al., 2021). Por isso (65 °C) e pH ou expostos a pesticidas
as recomendações de uso de MSP têm (Bahadir et al., 2018). Soma-se a isso
diferenças em relação aos rizóbios, que a alta capacidade dessas bactérias em
devem ser seguidas para melhorar o colonizar a rizosfera do milho e da soja
aproveitamento do produto. e de produzir fitormônios, sideróforos
e biofilme (Sousa et al., 2021; Oliveira-
Paiva et al., 2020b). Ou seja, são BPCP
4. Como surgiu o que estimulam o desenvolvimento e,
inoculante BiomaPhos®? consequentemente, o aumento da área
A produção comercial de inoculantes de absorção de nutrientes das raízes
à base de MSP no Brasil é recente. das plantas (Sousa et al., 2021). Além
Após 20 anos de estudos (Oliveira et disso, apresentam mecanismos capazes
al., 2009; Ribeiro et al., 2018; Sousa et de solubilizar P por meio da liberação de
al., 2021; Oliveira-Paiva et al., 2020a), ácidos orgânicos e produção de fitase,
o BiomaPhos® foi lançado em 2019 e atribuídos a B. subtilis e B. megaterium,
tornou-se uma tecnologia pioneira no respectivamente (Oliveira et al., 2009,
Brasil, desenvolvida pela parceria entre 2013). Pesquisas recentes mostraram
a Embrapa Milho e Sorgo e a empresa maior acúmulo de P nos grãos em
Bioma. Esse inoculante apresenta a plantas de milho inoculadas com estas
mistura das cepas CNPMS B119 (B. cepas, em comparação ao controle não
megaterium), isolada da rizosfera de inoculado (Ribeiro et al., 2018; Sousa et
plantas de milho, e CNPMS B2084 (B. al., 2021).
subtilis), caracterizada como endofítica
de milho. 6. Como funciona o
BiomaPhos®?
5. Quais são as Os Bacillus presentes no BiomaPhos®
características das podem atuar sobre o P fixado ou P
bactérias que compõem adicionado via fertilizantes (Sousa
o BiomaPhos®? et al., 2021). Quando os fertilizantes
fosfatados solúveis são aplicados, em
As bactérias presentes no média apenas cerca de 20% do P fica
BiomaPhos® são do gênero Bacillus disponível e pode ser aproveitado pela
e apresentam inúmeras vantagens cultura, enquanto o restante fica fixado
de uso, uma vez que são bactérias em argilas e óxidos (Carvalho et al.,
estáveis por causa da capacidade de 2006). Porém, com o uso do BiomaPhos®,
formação de endósporos, permitindo o aproveitamento do P proveniente
sua utilização mesmo em condições dos fertilizantes pode ser maior. Em
extremas, como em locais sujeitos a razão da atividade dos Bacillus, há
grandes elevações de temperatura promoção do aumento das raízes finas
6

das plantas, aumento da produção de et al., 2014; Ribeiro et al., 2018; Sousa
biofilme e a liberação de substâncias et al., 2021; Velloso et al., 2020). Esses
mineralizadoras e solubilizadoras de P trabalhos apontam a existência de pelo
(enzimas e ácidos orgânicos) na região menos quatro mecanismos eficientes
da rizosfera (Oliveira-Paiva et al, 2020a; para aumento da absorção do P pelas
Sousa et al., 2021). Ou seja, o inoculante plantas de milho, que são: aumento do
pode maximizar o aproveitamento e a volume radicular, aumento da formação
absorção do fósforo do fertilizante e do de raízes finas, produção de biofilme,
solo, aumentando a “biodisponibilidade” produção de enzimas fitases e ácidos
de P para a planta e com maior acúmulo orgânicos. Trata-se, portanto, de um
nos tecidos, principalmente grãos inoculante de alta qualidade, com
(Ribeiro et al., 2018; Sousa et al., 2021). monitoramento da sua composição
Com o maior aproveitamento de P no genética e metabólica (Oliveira-Paiva et
sistema, o que se espera é o aumento al., 2018). Assim, métodos alternativos,
da produtividade por causa da maior como o isolamento de cepas de Bacillus
absorção e do acúmulo de P no sistema sem a triagem de suas propriedades e/
radicular e nos grãos (Oliveira-Paiva et ou uso de cepas não selecionadas pela
al., 2020b). pesquisa na produção de inoculantes
“on farm”, são pouco aconselhados.
7. Todas as bactérias do
gênero Bacillus são MSP? 8. Quais são os
procedimentos da
Existem aproximadamente 402
espécies de Bacillus, e certamente nem
pesquisa e da indústria
todas com capacidade potencial de para a obtenção de um
solubilização de P (http://www.bacterio. inoculante bacteriano?
net/bacillus.html). Cada espécie de
Para assegurar a qualidade e efici-
Bacillus apresenta diferentes cepas
ência de um inoculante, várias etapas
ou estirpes com genética específica,
ocorrem em condições controladas,
como as da espécie B. megaterium, que
como isolamento dos microrganismos,
são conhecidas na literatura mundial
caracterização morfofisiológica, caracte-
como fosfobactérias, fazendo parte do
rização molecular, screenings em labora-
primeiro produto comercial na então
tório e/ou casa de vegetação, viabilidade
União Soviética, lançado em 1950. A
em diferentes veículos de inóculo e tes-
seleção das duas cepas de Bacillus
tes de eficiência agronômica no campo.
presentes no BiomaPhos® apresenta
É importante frisar que, assim como nos
eficiência em solubilizar e mineralizar P
inoculantes de FBN, os inoculantes de
e promover o crescimento de plantas,
MSP devem apresentar elevado número
de acordo com trabalhos da equipe da
de células bacterianas viáveis. Isso é
Embrapa (Oliveira et al., 2009; Gomes
7

assegurado pelos veículos industriais soja (Tabela 1). Essa quantidade é sufi-
presentes no produto que garantem o ciente para proporcionar grande número
tempo de prateleira (prazo de viabilida- de células bacterianas na superfície das
de das células dentro do produto de seis sementes.
meses) e, após inoculação na semente,
mantêm a concentração ideal de células
viáveis por um determinado tempo (24
10.Como é o preparo
horas - 48horas), em razão do contato do recobrimento da
das bactérias com o tratamento químico semente para a inoculação
da semente. com BiomaPhos®?
Recomenda-se umedecer as
9. Qual a dose recomendada sementes com solução açucarada antes
do BiomaPhos® e a de aplicar o inoculante, misturando
quantidade ideal de bem. Essa calda facilita a fixação do
inoculante às sementes, mas é opcional
células por sementes? no caso de inoculantes líquidos. A calda
A quantidade de células viáveis por açucarada deve ter uma concentração
semente é a chave para melhorar a de 10%, utilizando-se 100 mL de água
eficácia dos inoculantes. No caso do e 10 g de açúcar. É necessário ferver
BiomaPhos®, a quantidade de células essa mistura até o ponto de calda
viáveis presentes no produto é de 4x109 (aproximadamente 30 minutos) e, na
células viáveis/mL, sendo a dose reco- sequência, deixar esfriar bem antes de
mendada de 100 mL/ha para milho ou misturar com o inoculante. Lembrando

Tabela 1. Doses recomendadas de BiomaPhos® para tratamento de semente e sulco de plantio


em milho e em soja, em inoculações simples ou mistas (coinoculação).

Dose de Dose de
Aplicação
BiomaPhos® Milho BiomaPhos® Soja

Inoculação Semente 100 mL/ha 100 mL/ha


simples
Sulco 150 mL/ha 150 mL/ha

100 mL/ha (BiomaPhos®) + 100 mL/ha (BiomaPhos®) +


Semente
100 mL/ha (A. brasilense) A. brasilense* + B. japonicum1
Inoculação mista
200 mL/ha (BiomaPhos®) + 200 mL/ha (BiomaPhos®) +
Sulco
200 mL/ha (A. brasilense) A. brasilense* + B. japonicum1

(1) Doses recomendadas pelo fabricante


8

que a receita descrita acima é para 100 Para tanto, é indicado ter dois tanques
mL/ha do inoculante. Após a mistura exclusivos: (a) um tanque para aplicação
da calda + inoculante às sementes, é do tratamento químico de sementes e
necessário homogeneizar em um saco (b) outro específico para preparação da
plástico, tambor ou betoneira e deixar calda, inoculante BiomaPhos® e outros
secar à sombra, por no mínimo 30 biológicos ou estimulantes. Assim, deve-
minutos antes da aplicação. se realizar o tratamento químico nas
sementes e, após secagem (mínimo de
30 minutos), realizar os procedimentos
11. Qual é o limite de tempo de inoculação.
da inoculação das sementes
até o plantio? 13. Posso realizar inoculação
O tempo de viabilidade bacteriana conjunta de BiomaPhos®
é relativo a cada espécie e produto. com outros inoculantes?
No caso, o BiomaPhos® deve ser
inoculado preferencialmente antes da Sim. Há compatibilidade e indicação
semeadura ou as sementes devem ser de uso conjunto de BiomaPhos® com
armazenadas por, no máximo, 24 horas inoculantes de A. brasilense (milho) e
após a inoculação. Acima desse tempo de Bradyrhizobium spp. (soja). Testes
não é garantida a viabilidade de células de compatibilidade em bancada foram
suficientes para assegurar os benefícios realizados pela equipe da Embrapa, e
do inoculante, em razão dos efeitos do não foram detectados antagonismo entre
contato prolongado com o tratamento as cepas do BiomaPhos® (CNPMS B119
químico da semente, que contém e CNPMS B2084) e as cepas comerciais
corantes e aditivos que prejudicam a de A. brasilense e Bradyrhizobium. Além
sobrevivência das bactérias. disso, foram realizados testes de campo
para as culturas de soja e milho com
resultados promissores, que indicam
12. Posso tratar as que a mistura destes inoculantes
sementes junto com a é recomendada para aumentar a
inoculação de BiomaPhos®? produtividade destas culturas (Oliveira-
Paiva et al., 2020b). Assim, a mistura
A aplicação do inoculante deve ser dos inoculantes líquidos pode ser feita
sempre realizada após o tratamento conjuntamente na semente no momento
químico. Não é recomendado que do preparo, usando a mesma calda e
produtos biológicos sejam preparados o mesmo tanque de mistura (Tabela
nos mesmos tanques e caldas de 1). A mistura deve seguir o mesmo
produtos químicos, pois isso pode rigor de cuidado que o uso individual
diminuir a viabilidade celular bacteriana dos produtos, indicado no rótulo dos
e comprometer o efeito do inoculante.
9

inoculantes comerciais, e com plantio 15. Quais os cuidados


em até 24 horas. com o armazenamento do
inoculante BiomaPhos®?
14. Como realizar a aplicação
Quando se trata de inoculantes bioló-
do inoculante BiomaPhos® gicos o cuidado com manuseio e arma-
via sulco de plantio? zenamento deve ser considerado. Para
A inoculação direta de BiomaPhos® isso o produtor deve seguir as seguintes
via sulco de plantio também é possível recomendações:
como um método alternativo, sendo uti- - Armazenar o inoculante em local
lizada a dosagem de 150 mL/ha (Tabela sombreado;
1), para garantir que o inoculante caia
- Evitar locais de armazenamento
em quantidade adequada na semente
com temperaturas muito altas;
dentro do sulco de plantio. O primeiro
procedimento é a preparação da calda - Não há necessidade de guardar em
de aplicação (água potável + inoculante) geladeiras;
com volume final de 50 L/ha - 150 L/ha.
- Se possível não armazenar em am-
O ideal é que essa calda tenha pH en-
biente com resíduos químicos;
tre 5 e 7, para favorecer o crescimento
dos Bacillus. Em seguida, essa calda - Após aberto, deve-se usar todo o
deve ser pulverizada sobre a semente, produto para evitar contaminações;
no sulco de plantio, usando-se tanque - Pedir informações ao fornecedor
acoplado à plantadeira com bico de jato sobre quais foram as condições de trans-
dirigido. porte e armazenamento do produto.
É importante ressaltar que se o pro-
dutor precisar fazer alguma mistura de 16. Qual o aumento da
calda de aplicação, via tanque de pul-
verização (biológicos ou estimulantes),
produção de milho e soja
ela deve ser feita evitando a mistura com o uso do BiomaPhos®?
com químicos que possam prejudicar a O uso do BiomaPhos® no milho tem
sobrevivência das células bacterianas proporcionado aumento médio da pro-
e que o tempo entre a preparação da dução de grãos em cerca de 8,6%, equi-
calda com o inoculante e a semeadura valente a 11,9 sacas/hectare (Oliveira-
não ultrapasse 24 horas. Paiva et al., 2020a; Sousa et al., 2021).
Na soja, o aumento médio da produção
de grãos é por volta de 6,3%, equivalen-
te a 4,3 sacas/hectare (Oliveira-Paiva et
al., 2020a).
10

Cada vez mais informações são et al., 2020a). Para o milho, os ganhos
geradas sobre a aplicação de inoculantes médios com inoculação equivalem a
à base de MSP em grãos. Contudo, cerca de sete vezes o custo da apli-
problemas técnicos, como de manuseio, cação, o que pode ser alcançado com
preparação e aplicação, podem produzir boas práticas de uso do inoculante. Em
resultados não desejáveis e má números, o custo da aplicação equivale
reputação de uso do produto. a 1,7 saca/hectare de milho (Figura 1).
No caso da soja, os ganhos equivalem,
aproximadamente, a seis vezes o custo
17. Os ganhos superam os da aplicação, o que representa um custo
custos da inoculação de médio de 0,7 saca/hectare (Figura 1).
BiomaPhos®? Para ambas as culturas o retorno eco-
nômico pode ser ainda maior se forem
Em inúmeras avaliações realizadas
consideradas as cotações atualizadas
em diferentes regiões do Brasil, o ganho
das sacas para cada estado (Agrolink,
da inoculação com BiomaPhos® foi maior
2021a, 2021b).
que o custo de aplicação (Oliveira-Paiva
Ilustração: Daniel Bini

Figura 1. Resumo das principais vantagens do uso do BiomaPhos® nas culturas de milho e
soja. Fonte: adaptado de Oliveira-Paiva et al. (2020a).
11

18. Devo manter a superfosfato triplo, os fosfatos de amô-


adubação fosfatada mesmo nio, assim como as rochas fosfáticas
com diferentes graus de reatividade e os
realizando a inoculação fertilizantes organominerais, podem ser
com o BiomaPhos®? usados como fonte de P em conjunto
com a inoculação com BiomaPhos®. A
O uso do inoculante BiomaPhos®
manutenção e o incremento da matéria
não exclui a necessidade de adubação
orgânica do solo também podem ter
fosfatada para manutenção dos níveis
um efeito positivo no suprimento de P
adequados de P no solo. No entanto,
para as culturas inoculadas. Como co-
a quantidade de fertilizante pode ser
mentado anteriormente, existe um apro-
reduzida ao longo do tempo de uso do
veitamento maior do P dos fertilizantes
inoculante, adotando-se práticas de ma-
solúveis quando aplicado em conjunto
nejo integrado da adubação fosfatada.
com o BiomaPhos®. Outra opção são
Isso vai depender do tipo de solo, da
rochas fosfáticas que apresentam alto
quantidade de matéria orgânica e do
teor de P total e podem ser parcialmente
teor de P no solo. Para que essa redu-
solubilizadas, incrementando o ganho
ção possa ocorrer é necessário monito-
de produtividade e de massa vegetal
rar várias características do manejo da
em diversas culturas, principalmente
adubação, por meio de análise química
perenes, reduzindo o uso de fertilizantes
dos teores de P disponível (pelos méto-
fosfatados em médio e em longo prazos
dos da Resina ou do Mehlich-1), após a
(Khan et al., 2007; Gomes et al., 2014;
aplicação do inoculante e em anos sub-
Stamford et al., 2006). Já a manutenção
sequentes. A coleta de solo deve ser re-
da matéria orgânica depende do tipo
alizada próxima ao sistema radicular da
de manejo das culturas, como o uso
planta, exceto na linha do plantio. Com
de plantio direto, rotação de culturas e
isso é possível verificar se o estoque de
outros métodos que mantêm a palhada
P disponível no solo está aumentando
sobre o solo.
ou diminuindo, e indicar a necessidade
de alterar as quantidades de fertilizante
fosfatado a ser aplicado, de acordo com 20. Devo aplicar o
as exigências da cultura e do sistema de BiomaPhos® em cada
produção.
safra de milho ou soja?
É recomendado que seja feita a apli-
19.Quais fontes de P podem
cação de BiomaPhos® a cada plantio,
ser utilizadas em conjunto para garantir a colonização das raízes e,
com o BiomaPhos®? assim, assegurar os efeitos desejáveis
Fertilizantes fosfatados solú- na planta. É um risco considerar que a
veis, como o superfosfato simples, o inoculação feita na cultura anterior vai
se manter no solo de maneira intacta e
12

funcional, pois inúmeros fatores podem substâncias húmicas, entre outros),


alterar a genética e a funcionalidade sendo considerados como agroquímicos
dessas bactérias ao longo do tempo e de fontes naturais. Já os inoculantes
a taxa de sobrevivência no solo. Assim, microbianos são considerados dentro
a quantidade de inóculo no solo e a da classe dos biofertilizantes, contendo
integridade genética e funcional das os microrganismos vivos como base do
bactérias são garantidas após a inocula- produto (Brasil, 2021).
ção pelo período do desenvolvimento de
Porém, na literatura científica, o
uma cultura do milho (safra e safrinha)
termo bioestimulantes contempla tam-
ou da soja.
bém os inoculantes microbianos, sendo
definido como produtos com base em
21. A calagem pode substâncias naturais ou microrganismos
prejudicar o funcionamento que melhoram a eficiência nutricional, a
produtividade, as respostas aos estres-
do inoculante BiomaPhos®? ses abióticos, e a qualidade dos cultivos,
A resposta é não. As cepas de desconsiderando o seu conteúdo de
Bacillus presentes no inoculante cres- nutrientes (Du Jardin, 2015). Essas dife-
cem em pH próximo a 7,0 e, por isso, renças entre os conceitos acadêmicos e
a calagem não interfere no desenvolvi- os da legislação brasileira podem causar
mento e na atividade dessas bactérias, confusões técnicas no agricultor.
considerando que a solubilização de P Há grande variação nos resultados
pode ocorrer em pH alto (solubilização práticos dos bioestimulantes em virtu-
de P-Ca+2) ou baixo (solubilização de de da falta de uniformidade na fonte
P-Fe+2 ou P-Al+3). Assim, a calagem de extração, origem da matéria-prima,
deve ser mantida no processo de cultivo, modo de aplicação, concentração e
pois também melhora a disponibilidade informações sobre doses e tipo de solo
de micronutrientes, como Zn e Mo, es- (Rose et al., 2014; Lyons; Genc, 2016).
senciais para a produção de fitormônios Por outro lado, os inoculantes biológicos
dos microrganismos. são produtos à base de microrganismos
com maior confiabilidade e segurança
22. Os inoculantes de uso, que podem produzir substâncias
microbianos são estimulantes do crescimento vegetal,
como os fitormônios. Inoculantes, como
bioestimulantes? o BiomaPhos®, apresentam bactérias
De acordo com o Mapa, são produ- do gênero Bacillus, que são fonte de
tos diferentes. A classe dos bioestimu- fitormônios e produzem substâncias
lantes apresenta produtos que contêm bioprotetoras (biofilme, exopolissacarí-
substâncias naturais de diferentes deos, etc.). Essas substâncias podem
composições (aminoácidos, fitormônios, auxiliar na tolerância a diversos estreses
13

ambientais, como excesso de chuva, doenças indesejáveis na lavoura e nos


seca, doenças, entre outros, durante seres humanos ou animais que irão
todo o ciclo da cultura. Essas são vanta- ter contato com o produto ou com os
gens de uso não observadas nos bioesti- alimentos, grãos e rações. Além disso,
mulantes, uma vez que os Bacillus estão não se conhecem a quantidade e a via-
presentes no solo na forma de esporos bilidade celular, fatores importantes para
e dentro da planta, pela colonização a aplicação de inoculantes. A variação
endofítica de raízes e tecidos (Bahadir genética das cepas também não pode
et al., 2018). ser controlada, fato que pode alterar ca-
racterísticas fisiológicas e metabólicas
das bactérias. Por fim, não existirão pro-
23. Posso multiplicar tetores celulares, osmóticos, protetores
inoculantes na propriedade solares ou de raios ultravioletas (UV),
(“on farm”)? comumente encontrados nas formula-
ções industriais.
Use sempre produtos registrados e
não multiplique inoculantes na proprie- A produção de inoculantes “on farm”,
dade (“on farm”). É importante sempre por não ter rigor técnico-científico, pode
verificar se o inoculante possui registro comprometer negativamente toda a
no Mapa para as culturas de interesse. cultura, uma vez que é incapaz de pro-
O BiomaPhos® foi registrado em 2019 duzir um inoculante seguro e eficaz em
para a cultura do milho e em 2021 para solubilizar e mineralizar o P, o que pode
a soja. Possui certificado de segurança gerar perdas econômicas, contabilizan-
das cepas da Embrapa, que são a tec- do prejuízos financeiros ao produtor e
nologia do produto. Além disso, a em- comprometendo a segurança alimentar
presa Bioma é fiscalizada mensalmente e o meio ambiente.
por esse órgão, garantindo a qualidade
e a segurança do produto para o agricul-
tor e o meio ambiente, assegurando sua
Considerações finais
aplicabilidade e eficiência. O uso de inoculantes biológicos deve
Assim, a produção “on farm” de ino- sempre ser acompanhado por boas prá-
culantes é desaconselhável, pois por ticas de uso e conhecimento técnico para
este método não é possível determinar se evitar erros de procedimento e garan-
se o que está sendo cultivado como tir os melhores resultados em campo. O
inoculante é realmente a bactéria de in- uso de MSP como inoculante vislumbra
teresse ou se existe presença de muitos novas possibilidades de maximizar a
contaminantes (por exemplo, coliformes ciclagem e o aproveitamento de P pelas
fecais e totais). Os contaminantes, além culturas do milho e da soja, com uso efi-
de não contribuírem para o desenvol- ciente da fertilização fosfatada e maior
vimento da planta, podem acarretar produtividade. Os procedimentos que
14

envolvem a inoculação do BiomaPhos®


são semelhantes aos já conhecidos
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Maria Cristina Dias Paes
1ª edição
Revisão de texto
Formato digital (2021) Antonio Claudio da Silva Barros

Normalização bibliográfica
Rosângela Lacerda de Castro (CRB 6/2749)

Tratamento das ilustrações


Mônica Aparecida de Castro

Projeto gráfico da coleção


Carlos Eduardo Felice Barbeiro
CGPE 017024

Editoração eletrônica
Mônica Aparecida de Castro

Foto da capa
Christiane AO Paiva, Simbiose/Bioma.
Arte: Daniel Bini

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