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ERECHIM – RS
2020
YURI VINICIUS DE OLIVEIRA
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Prof. MSc. Oséias Matias de Oliveira Esmelindro
URI - Erechim
____________________________________
Prof. MSc. Arthur Bortolin Beskow
URI - Erechim
____________________________________
Prof. Dr. Rogério Marcos Dal Lago
URI - Erechim
___________________________________
Prof. MSc. Arthur Bortolin Beskow
Coordenador de Trabalho de Final de Curso
AGRADECIMENTOS
É bem conhecido o amplo uso de materiais poliméricos e o proporcional impacto que eles
causam quando são descartados no meio ambiente, especialmente os “commodities” como
Polipropileno (PP), Polietileno (PLA) e Polietileno Tereftalato (PETG). Isso tem preocupado
os cientistas, que cada vez mais procuram desenvolver tecnologias para o reaproveitamento
desse material. Uma das técnicas existentes é o reprocessamento por meio de extrusoras, cujo
processo, no entanto, tendem a degradar o material, levando a alteração em suas propriedades
mecânicas e reológicas. Tendo em vista o contexto apresentado, foi projetado uma extrusora
para reciclagem de polímeros. Para isso foram feitas diversas pesquisas sobre o assunto, para
conhecer o comportamento das propriedades do material, quais os componentes para se
desenvolver uma extrusora e os melhores materiais a serem usados em cada. O projeto foi
modelado no software Solidworks, utilizando alguns conhecimentos básicos com base em
alguns cálculos e experiências com profissionais no assunto. A construção da extrusora foi
feita no laboratório da universidade onde foram colocados em prática diversos processo de
fabricação estudados no decorrer do curso.
iii
ABSTRACT
It is well known or widespread the use of polymeric materials and the proportional impact
they cause when they are discarded in the environment, especially “commodities” like
Polypropylene (PP), Polyethylene (PE) and Polyethylene Terephthalate (PETG). This affects
scientists, who increasingly develop technologies for the reuse of this material. One of the
existing techniques is reprocessing by means of extruders, whose process, however, can affect
the material or degrade, causing changes in its mechanical and rheological properties. In
view of the context presented, an extrusion for recycling polymers was designed. For that,
several researches were made on the subject, to know the behavior of the material properties,
which are the components to develop an extrusion and the best materials used in each one.
The project was modeled on the Solidworks software, using some basic knowledge based on
some calculations and experiences with professionals in the subject. The construction of the
extrusion was done in the university laboratory, where it was used in several manufacturing
practices of the study in the course.
________________________
Prof. MSc. Oséias Esmelindro
iv
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
v
LISTA DE TABELAS
vi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PP Polipropileno
PE Polietileno
UV Radiação Ultravioleta
vii
LISTA DE SÍMBOLOS
δ Folga
Tc Temperatura de Cristalização
Ls Passo da Rosca
h Profundidade do canal
viii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
1.1. Objetivos ............................................................................................................................ 1
1.1.1. Objetivos gerais ................................................................................................................ 2
1.1.2. Objetivos específicos ....................................................................................................... 2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 3
2.1. Polipropileno ..................................................................................................................... 3
2.2. Degradação e cisalhamento do polipropileno ................................................................. 5
2.3. Conceitos e propriedades reológicas ............................................................................... 6
2.4. Propriedades térmicas dos polímeros ............................................................................. 7
2.5. Propriedades mecânicas dos polímeros .......................................................................... 9
2.6. Reciclagem ....................................................................................................................... 10
2.7. Extrusão ........................................................................................................................... 11
2.8. Dimensionamento de componentes ............................................................................... 12
2.8.1. Cilindro .......................................................................................................................... 12
2.8.2. Fuso ................................................................................................................................ 12
2.8.3. Sistema de aquecimento ................................................................................................. 13
2.8.4. Funil ............................................................................................................................... 13
2.9. Métodos para projetos e desenvolvimento de produtos .............................................. 14
2.9.1. Técnicas para planejamento e esclarecimento do projeto .............................................. 15
2.9.2. Técnicas para concepção ................................................................................................ 16
2.9.3. Projeto preliminar e detalhado ....................................................................................... 18
2.10. Componentes da extrusora ..................................................................................... 20
3. METODOLOGIA ............................................................................................................ 21
3.1. Planejamento ................................................................................................................... 21
3.2. Concepção ........................................................................................................................ 21
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 23
4.1. Cronograma projeto ....................................................................................................... 23
ix
4.2. Resultado concepção projeto ......................................................................................... 24
4.3. Determinação dos componentes..................................................................................... 25
4.3.1. Controlador de temperatura............................................................................................ 25
4.3.2. Fuso ................................................................................................................................ 26
4.3.3. Cilindro .......................................................................................................................... 27
4.3.4. Resistências .................................................................................................................... 28
4.3.5. Sistema motoredutor ...................................................................................................... 28
4.4. Processos de fabricação .................................................................................................. 29
4.5. Custos ............................................................................................................................... 31
4.6. Operação .......................................................................................................................... 31
4.7. Material processado ........................................................................................................ 32
5. CONCLUSÕES ................................................................................................................ 34
5.1. Sugestões de trabalhos futuros ...................................................................................... 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS' ................................................................................ 35
APÊNDICE A ......................................................................................................................... 37
x
1
1. INTRODUÇÃO
O avanço tecnológico do setor industrial vem ocorrendo de uma forma muito rápida
com o passar dos tempos. Diante desta evolução as empresas estão sempre buscando novas
ideias para atender as necessidades exigidas pela demanda, oferecendo produtos com maior
qualidade.
O polipropileno é um polímero muito utilizado devido as suas propriedades estruturais
e mecânicas. Possui uma excelente resistência a rupturas por flexão e fadiga, ótima resistência
química, acima de 15°C tem uma boa resistência ao impacto, baixo peso e custo reduzido.
(Albuquerque, 1999; Tortella, Beatty, 2008; Caceres, Canevarolo, 2009 apud ALMEIDA,
2010).
Polipropileno faz parte da família da poli felinas que representam cerca de 60% da
demanda mundial de termoplásticos, sendo que diferentes tipos de polietileno abrangem
aproximadamente 65% do mercado, no qual, 43% se dá aos polipropilenos. (Coutinho et al.,
2003; Faria, Pacheco, 2009). Comumente o valor do polímero reciclado é 40% mais baixo
que o da resina virgem. Sendo assim, além de contribuir com a preservação ambiental, a
substituição da resina virgem pela reciclada traz vantagens de redução de custo, logo,
aumento da competitividade. (Rosa, Guedes, Carvalho, 2007; Koleski, Ballestero, 2007;
Fernandes, Domingos, 2007 apud ALMEIDA, 2010).
O aumento da aplicação de polímeros em produtos finais tem levado a obtenção de
maiores lucros pelas indústrias de transformação. A fim de garantir a qualidade e a quantidade
do polímero produzido. (Babetto, Canevarolo, 2000; Wortberg, Rahal, Michels, 2009 apud
ALMEIDA,2010).
1.1. Objetivos
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Polipropileno
Tendo sua introdução em 1954, o polipropileno tornou-se uma das mais importantes
resinas termoplásticas Em 1994, no Brasil, a capacidade para a produção de polímeros
excedia 4 toneladas/ano, sendo aproximadamente metade referente a poliolefinas, designadas
tecnicamente para plásticos de comodidade, tais como PP, PE, Poli(cloreto) de venila (PVC)
Poli(tereftalato) de etileno PET, etc (ALMEIDA 2010).
O polipropileno foi o segundo plástico mais consumido em 1995, sendo que em 2006
a demanda por esse material teve um crescimento duas vezes maior em comparação ao
alcançado por outras resinas, justificado pelo fato de o polipropileno ser um material versátil.
Sendo aplicado também em não tecidos, gradativamente vem substituindo outros materiais na
produção de embalagens carros, produção de celulares, eletrodomésticos, pois possui
características apropriadas de densidade, versatilidade e preço
De acordo com Bataliotti, (2016) a indústria petroquímica dispõe de vários tipos de
polipropilenos, tais como o PP homopolímero, PP copolímero heterofásico e PP copolímero
randômico. O PP homopolímero contém apenas o monômero propeno em sua cadeia
molecular e, sendo predominantemente de configuração isostática, pode atingir um grau de
cristalinidade de até 70%. O polipropileno (PP) é um homopolímero, da classe das
polieolefinas, termoplástico, reciclável e dotado de grande importância industrial. Apresenta
como características principais a baixa densidade (0,905 g/cm³), com temperatura de transição
vítrea (Tg) de -20 °C e temperatura de fusão cristalina (Tm) de 165°C, baixo custo e alta
resistência química a solventes. Na figura 1 é possível verificar a estrutura básica.
4
Segundo Araújo et al, 2009, devido a sua estrutura linear, o polipropileno (PP) é
caracterizado como um material de baixa processabilidade para processos de transformação
que apresentem um estiramento acentuado do material, tais como a extrusão de revestimentos,
de espumas, filmes soprados, fiação, entre outros. Novos tipos de PP com elevada resistência
do fundido tem sido desenvolvido de modo a atender as exigências dos processos de
transformação que exijam um alto estiramento do material fundido. A introdução de
ramificações no PP tem sido utilizada como recurso para a obtenção de materiais com melhor
processabilidade em condições de mais extremo estiramento. Em geral, a criação de
ramificações de cadeia longa não altera o índice de fluidez do polímero, mas melhora a
viscosidade extensional no estado fundido, resultando em materiais com alta resistência do
fundido.
De acordo com Almeida (2010), prevalece nos polímeros o comportando de materiais
visco elásticos, ou seja, tanto no estado sólido como no líquido apresentam o mesmo tempo
de resposta de materiais viscosos e elásticos. A viscoelasticidade é um comportamento que
indica a resposta à deformação de um material e ao comportamento viscoso após a aplicação
de uma tensão e deformação o material polimérico devido às particularidades das
macromoléculas sempre tentará voltar ao estado de equilíbrio.
O comportamento reológico dos materiais pode ser dividido em dois regimes:
a) viscoelasticidade linear que corresponde a deformações lentas e pequenas, de modo
que as moléculas do polímero não são removidas do seu estado de equilíbrio: as
propriedades reológicas de materiais poliméricos neste regime podem ser
correlacionadas com a sua estrutura;
b) viscoelasticidade não linear, que corresponde a deformações maiores e mais rápidas
correspondentes aquelas encontradas em processos de transformação. O
comportamento reológico de materiais poliméricos seja no regime de
viscoelasticidade linear ou não linear pode ser estudado tanto em fluxo de
cisalhamento como de extensão, ambos encontrados nos principais processamentos
de polímeros (OLIVEIRA E DEMARQUETTE, 2009).
As propriedades dos polímeros podem ser caracterizadas por diversos tipos de ensaios.
Testes dinâmicos, estáticos, destrutivos, não destrutivos, de curta e de longa duração são
alguns exemplos desses ensaios. Alguns parâmetros como módulo de Young, tensão e
deformação no escoamento, tensão máxima, tensão de deformação na ruptura e tenacidade,
são muito importantes para análise de ensaios mecânicos em geral. É habitual na industrial
classificar os polímeros a partir da curva de tensão X deformação, conforme figura 3.
Figura 3 - Curva tensão-deformação para A – Frágil, B – Plástico, C – Elástico
As principais propriedades mecânicas dos polímeros podem ser obtidas através dos
ensaios de tração, flexão e impacto. A tabela 1 mostra as propriedades encontradas em cada
ensaio, assim como algumas normas que podem ser seguidas.
Tabela 1 - Ensaios para determinação de algumas propriedades mecânicas
ENSAIO PROPRIEDADES NORMAS
Tensão de ruptura ASTM D638
Tração Alongamento na ruptura ISO 527
Módulo de elasticidade
Tensão sob flexão
ASTM D790
Flexão Deformação
ISO 178
Módulo sob flexão
ASTM D256
Impacto Resistência ao Impacto
ISO 179
Fonte: O AUTOR.
10
2.6. Reciclagem
2.7. Extrusão
monoroscas, quanto das de dupla rosca, conhecidas como dupla rosca. (Callister, 2002;
Manrich, 2005; Rauwendaal, 2004).
Figura 5 - Zonas do processo de extrusão
2.8.1. Cilindro
Tem como função suportar a pressão, e auxiliar o transporte do polímero sem causar
danos ao mesmo, deve suportar a temperatura empregada no processor e suas dimensões
dependem da rosca. A temperatura deve ser bem controlada a fim de manter a viscosidade
desejada, sendo que uma elevação na temperatura pode gerar um aumento da viscosidade
(MANRICH 2005, p110). O cilindro pode ser fabricado por diversos tipos de aços, a extrusão
de perfis exige uma pressão de 75 Mpa, contudo para que não ocorra deflexão no cilindro, é
sugerido que o mesmo tenha o diâmetro externo 2 vezes o diâmetro da rosca (MANRICH,
2005). O material do cilindro deve atender as propriedades exigidas, onde necessita uma
dureza de 55 a 72 HRC, resistência a tração entre 360 e 600 Mpa.
2.8.2. Fuso
Tem como função puxar, transportar, fundir, homogeneizar e dosar o polímero, como
dito anteriormente, é o principal componente da extrusora. Uma característica da rosca é que
seu diâmetro externo é sempre constante, porem a cavidade da rosca é variável conforme
polímero e produtividade desejada. Segundo Michaeli (1995, p.89), a rosca de três zonas é a
mais utilizada, devido a sua vasta aplicação em diferentes polímeros com retorno econômico e
térmico no processamento. Segundo Manrich (2005, p.108) o comprimento e o diâmetro da
rosca dependem do polímero utilizado, e normalmente as roscas simples possuem ângulo de
hélice de 17º e passo próximo ou igual o diâmetro, e Michaeli (1995, p.89) afirma que a
13
relação comprimento por diâmetro (L/D), determina a potência da extrusora, onde ao se variar
D altera a vazão total do processo, e Manrich (2005, p. 130) relaciona que quanto maior for
L/D maior é o tempo de residência, maior é o cisalhamento, existe uma maior mistura, e
consequente maior gasto energético. Outro fator que a rosca deve atender é o avanço
constante sem pulsação, produção de uma massa fundida homogeneizada, elevação da pressão
da massa polimérica ao longo do comprimento da rosca, e o processamento do material
abaixo das faixas de degradação. A figura 6 mostra os parâmetros e características presentes
no canhão e na rosca.
Figura 6 - Características Cilindro e Rosca
A folga entre a rosca e o canhão deve atender a alguns princípios, onde Manrich
(2005, p. 112) destaca que essa folga deve atender a uma grandeza δ = 0,15 mm, para evitar o
contato entre as partes, evitando desgaste e desperdício de energia, devido à pressão aplicada
ao polímero, não existe fuga do mesmo por essa folga, porem se a folga for superior a
0,2 mm, deve ocorrer essa fuga.
Manrich (2005, p.110) declara que o passo da rosca (Ls) e a profundidade do canal (h),
afetam a taxa de cisalhamento, modificando o calor gerado e a vazão volumétrica,
considerando a rotação (N) constante, a mudança na rotação (N) afeta os mesmos parâmetros
2.8.4. Funil
Tem como função alimentar igualmente a extrusora com o polímero a ser processado,
o funil pode conter equipamentos que auxiliam na movimentação e no escorregamento de
14
Para Pahl et al., (2005), a técnica PERT (Program Evaluation and Review
Technique) descreve em três etapas o procedimento para elaboração do planejamento:
a) Análise da estrutura: através dela é especificado o relacionamento e as
dependências entre as subtarefas de um projeto;
b) Cronograma: duração necessária em cada subetapa de trabalho com prazos
flexíveis, prevendo folgas e por quanto tempo uma determinada tarefa pode atrasar
sem que isso interfira no fluxo do projeto;
c) Alocação dos recursos: distribuição da equipe nas tarefas considerando a
competência e disponibilidade individual para execução da mesma.
Durante o desenvolvimento podem ocorrer aperfeiçoamento ou correções desse
planejamento devido ao incremento de um recurso, redução da extensão da tarefa,
prorrogação do prazo, alteração da sequência entre elas, dentre outras. Normalmente o método
PERT é desenvolvido com o auxílio de um computador (PAHL et al., 2005).
A etapa seguinte é avaliar e escolher as melhores soluções para cada uma das
subfunções. Para a escolha das variantes de solução pode ser utilizada uma lista de seleção
por critério de avaliação. A figura 12 apresenta um exemplo dessa lista onde a coluna “LV”
são as combinações das soluções A, B ou C com problemas 1, 2, 3 e 4. Ao lado aparecem os
critérios de avaliação. Para cada uma das soluções é fornecida uma justificativa ou
observação, onde os sinais + e – simbolizam o atendimento ou não do critério de avaliação.
No final prossegue-se com o desenvolvimento apenas para as soluções escolhidas outras
(PAHL et al., 2005).
Figura 12 – Lista de seleção das variantes de solução
3. METODOLOGIA
A presente seção foi subdivida de acordo com as duas fases que serão utilizadas para
seleção de equipamentos para o processo de extrusão de polímeros. Estas etapas representam
as duas primeiras fases da metodologia proposta por Pahl et al. (2005), o qual descreve as
etapas necessárias para o desenvolvimento sistemático de produtos. O autor recomenda que o
processo de desenvolvimento de produto inicie com a fase de planejamento, resultando em
uma lista de requisitos do produto. Na segunda fase tem-se a fase de concepção, onde são
especificados as funções e subjunções do produto, que tem como produto final a seleção de
soluções para cada uma das funções descritas. A etapas finais são divididas em anteprojeto e
detalhamento, a primeira resume-se a definir de forma clara a estrutura do produto e seu
funcionamento, ao passo que o detalhamento determina as diretrizes para a produção do
mesmo.
3.1. Planejamento
3.2. Concepção
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte: O AUTOR
24
Fonte: O AUTOR
4.3.2. Fuso
Para a confecção do fuso foi utilizado alumínio como matéria prima. Com um
comprimento de 600 mm, diâmetro externo de 29,5 mm. A rosca do fuso foi feita no formato
cônico para um melhor escoamento do material e foi definida com um passe de 18 mm onde
diâmetro interno inicial foi de 16 mm e o diâmetro interno final de 24 mm, como mostra o
desenho do mesmo na figura 17. Nenhum tipo de tratamento foi feito no fuso, diferentemente
do que os autores indicam.
Figura 17 – Desenho técnico fuso
4.3.3. Cilindro
O material do cilindro deve atender as propriedades exigidas, onde necessita uma
dureza de 55 a 72 HRC, resistência a tração entre 360 e 600 Mpa. Como a extrusora em
desenvolvimento é de pequeno porte um tubo de aço inox com diâmetro externo de 33,5 mm e
parede 1,90 mm de espessura foi considerado, como mostra a Figura 18.
Figura 18 – Desenho técnico conjunto cilindro
4.3.4. Resistências
Foram utilizadas quatro resistências do tipo coleira que são montadas em aço inox
AISI-316, possuem uma potência de 230 W podendo chegar até a 450 ºC, modelo
especificado conforme Figura 19, para melhor distribuição das temperaturas das zonas da
rosca, devemos distribuir as resistências de forma equidistante sobre o cilindro.
Figura 19 - Modelo de resistência
4.5. Custos
O desenvolvimento do custo da extrusora foi feito pelo software Project, onde todos
foram especificados os tempos aproximados de cada operação, a quantidade de matéria prima
e a quantidade de componentes. A valoração foi feita levando em conta o custo da mão de
obra de cada operação e dos materiais. O custo aproximado de mão de obra para a construção
da extrusora foi de R$ 748,91 e o da matéria prima foi de R$ 893,28 totalizando R$ 1642,19.
Nesse custo não está considerado o valor do inversor de frequência, do sistema motoredutor e
do controlador de temperatura. A figura 24 mostra o gráfico gerado pelo software.
Figura 24 – Custo mão de obra X matéria prima
4.6. Operação
Fonte: O AUTOR
O segundo teste foi feito com um PP originado do retalho de tecido de cadeiras para
escritório, onde a temperatura de extrusão teve que ser aumentada para 290°C, para obter um
filamento aceitável, a figura 24 mostra o material sendo extrusado.
Figura 26 – Extrusão retalho de tecido
5. CONCLUSÕES
Esse projeto foi idealizado como uma nova ferramenta que poderia permitir o estudo mais
aprofundado na área de processamento de polímeros dentro da universidade, assim para facilitar a
implementação de um novo equipamento cujo custo é relativamente elevado, foi elaborado o
projeto de um equipamento que abrangesse grande parte do mercado de processamento de
polímeros.
O estudo bibliográfico foi baseado em pesquisadores nacionais, valorizando os pensadores
de nosso país, e juntamente com referências internacionais cujo domínio científico da aplicação
dos polímeros está melhor desenvolvida.
O projeto foi totalmente desenvolvido no SolidWorks, onde o desenho de todas as peças
foi feito, facilitando na fabricação das mesmas. O método proposto por Pahl et al (2005), se
mostrou muito eficaz pois obteve-se resultados muito satisfatórios com um custo
relativamente baixo, comparado ao que há disponível no mercado.
A confecção dos componentes da máquina proporcionou uma experiência de muito
aprendizado, pois diversos processo de fabricação estudados no decorrer do curso foram
colocados em prática, utilizando os recursos da internos da instituição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MÄHLMANN, C.M., LAWISCH, A.A., KIPPER, L.M. Estudo da Reciclagem pôr Termo-
prensagem de Polipropileno (pp) Pós-uso. ICTR 2004 - Congresso Brasileiro de Ciência e
Tecnologia em Resíduos e Desenvolvimento Sustentável. Florianópolis, p. 4032-4040, 2004.
MENDES. A.M. et. al. Relatório de Ensaio de Tração com Materiais Poliméricos. 2007.
Disponível em: <http://www.fem.unicamp.br/~assump/Projetos/2007/Relat_Ensaio_
Polimero.pdf>. Acesso em 14 de novembro de 2018.
APÊNDICE A
(2x) (4x)
(P-50) (P-50)
630
2
900
(P-20)
(4x)
(P-20)
1
4
3
906
400
(120)
(2x)
1
210
330
100
500
14
32
34 40
1
216
20
(6x)
20
20
(6x)
20
840
408 ±5
610
25
100
246
256
10
85
0
150
129
120
)
8(4x
30
5
21
0
R5(4
x)
120
53
23
2,660
19
1,750
B
5
26
15
B SEÇÃO B-B
34
213
0,900
210
245
°
155
)
9(2x
10
35
20
165
(6x)
10
30
0
60
60
23
2,660
26
500
80
50
14
SEÇÃO D-D
D
33,800
29,900
24
600,00
16 18
140,00
29,5
B SEÇÃO B-B
1,200
25
25
34,500
42
4
8 18,500
38
20
13
C
SEÇÃO C-C
40
2x
8(
35
24,800
0
1,500
100
790
10
900
6
1,200
25
25
25
25
1,200
1,200
25
25
1,200
25
25
10(2x)
50
43
30 60 2
16
10 13
2
17
6 19
906
4 11
12 3 Funil 1
4 Suporte Bico 1
5 Bico 1
6 Resistência 4
15
7 Base Funil 1
8 Base Redutor 1
9 Fuso 1
10 Anel Canhão 3
11 Tampo Inferior 1
12 Inversor de Frequência 1
13 Motor 1
14 Redutor 1
15 Controlador Temperatura 1
16 Eixo 1
900