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ERECHIM – RS
2019
RONALDO PAGLIARINI FACCIO
ERECHIM – RS
2019
RONALDO PAGLIARINI FACCIO
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Orientador: Prof. Dr. Gilson Francisco Paz Soares
URI Campus Erechim
___________________________________________
Prof. Esp. Alessandro Emilio Valmorbida
URI Campus Erechim
__________________________________________
Prof. Esp. Cristiano Zordan Chiochetta
URI Campus Erechim
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Prof.ª. MSc. Suelen C. Vanzetto
Coordenadora do PFC I – URI Campus Erechim
RESUMO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................11
2.1.3 Graute........................................................................................................... 18
3 METODOLOGIA...........................................................................................27
5 CONCLUSÃO...............................................................................................48
REFÊRENCIAS ......................................................................................................... 49
ANEXO ......................................................................................................................55
11
1 INTRODUÇÃO
Para Krüger et. al, (2013), a construção civil se apresenta como uma
consumidora para os resíduos gerados pela indústria de fundição, surgindo como uma
alternativa para solucionar os problemas ambientais e econômicos das duas
indústrias.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
.
Fonte: Portital (2018)
15
2.1.3 Graute
Em conformidade com Rabelo (2004), para que o graute exerça sua função, a
resistência do graute não deverá ser inferior a resistência a compressão do bloco
referida a área líquida.
De concordância com a NBR 15961-2 (ABNT, 2011), o graute não deve
apresentar retração considerável, de forma que não ocorra seu descolamento dos
blocos. Com base na dimensão máxima dos agregados, o graute pode ser classificado
como fino ou grosso. No graute fino a dimensão máxima dos agregados é de 4,8 mm,
enquanto no grosso, são adotados agregados com dimensão superior a esta
(GIESELER; TUTIKIAN, 2013). A norma também indica que a dimensão máxima do
agregado deve ser de 10 mm ou 20 mm. É permitida a adição de cal, contanto que
seu teor seja inferior a 10% em volume em relação ao cimento.
21
Ainda neste contexto, Baruffi et al. (2015) avaliou a influência de teores de areia
de fundição em pavers, para emprego na pavimentação urbana. Os autores
realizaram substituição da areia natural pela areia de fundição em teores de 0%, 4%
e 16%. A partir dos traços, realizou-se ensaios de compressão nas amostras, sendo
que os corpos de provas com substituição da areia natural pela areia de fundição
apresentaram até 19% de resistência à compressão maior que as amostras sem
substituição. Os resultados demonstraram que é possível o emprego de areia de
fundição como substituição de parte do agregado miúdo na confecção de blocos de
concreto para pavimentação. Diante disso, foi possível concluir que areia de fundição,
desde que se utilizando de traços ajustados, pode ser utilizada na fabricação de blocos
de concreto de qualidade, sem comprometer o desempenho com relação aos blocos
executados tradicionalmente, com areia natural.
A areia de fundição tem sido avaliada para as mais diversas funções dentro da
indústria da construção. No trabalho de Klinsky e Fabbri (2009), foi analisado a
possibilidade de reutilizar a areia de fundição em conjunto a solos argilosos como
material para base e sub-base de rodovias de baixo volume de tráfego e vias urbanas.
24
Em seu trabalho o solo foi misturado com areia de fundição em diferentes teores, e
avaliado diante de diversos ensaios. A partir deles, foi possível concluir que misturas
compostas de 60% de areia de fundição e 40% de solos argilosos, ou mesmo aquelas
com 70% de areia e 30% de solo poderiam ser aproveitados como material para
produção de bases e sub-bases de pavimentos de baixo tráfego, uma vez que elas
satisfazem às exigências estabelecidas.
Gomes et al. (2007) avaliaram a viabilidade técnica de se utilizar o resíduo areia
usada de fundição como camada de cobertura intermediária de aterros sanitários de
resíduos sólidos domésticos. Foi testado outros dois materiais: solo local do município
e entulho da construção civil, afim de avaliar qual material desempenharia melhor
função entre camada de cobertura, intermediária e final. Os resultados indicaram que
o solo bem como os resíduos de areia de fundição apresentou boa capacidade de
utilização como camada de cobertura final.
Berti et al. (2017), analisaram a substituição em massa de areia natural por
areia de fundição na produção de argamassas, os autores realizaram substituições da
areia natural pela areia de fundição em porcentagens de 0%, 25%, 75% e 100%. As
amostras foram avaliadas por meio de ensaios de consistência das argamassas e
ensaios de resistência a compressão. Diante dos ensaios realizados foi possível
verificar que a substituição pode ser benéfica se for empregada em uma proporção
particular de material alternativo. Os autores concluíram que as argamassas com 50%
de substituição de areia natural por areia de fundição obtiveram resultados melhores
do que as argamassas com apenas areia natural.
Bonin (1995) apud Bellei (2013), sugere a de areia de fundição como uma
alternativa para a o uso em artefatos de concreto, tais como: tijolos, postes, guias e
sarjetas, blocos de pavimentação entre outros, em proporções parciais ou até totais,
conforme o caso.
Silva et al. (2011) analisaram a substituição de areia fina pela areia de fundição
em três traços de concreto, afim de avaliar a trabalhabilidade e o comportamento
mecânico dos mesmos aos 7 e aos 28 dias. Os resultados determinaram que a
substituição da areia fina pela areia de fundição não levou a alterações na
consistência, obtendo-se a mesma trabalhabilidade do traço de referência. Quanto as
propriedades mecânicas, foi verificado uma queda na resistência, entretanto apesar
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3 METODOLOGIA
Para a obtenção dos resultados deste trabalho, o parâmetro escolhido para ser
avaliado foi a influência da substituição da areia natural pela areia de fundição em
diversos teores na produção de um concreto para graute.
A escolha deste parâmetro baseou-se no conhecimento empírico do efeito dos
agregados miúdos no que diz respeito às características mecânicas dos concretos
para graute. Assim, verificando o comportamento desse material com tais
substituições, é possível ter um parâmetro comparativo entre os efeitos que os
agregados miúdos de origem natural e o proveniente de resíduo das indústrias de
fundição causam em concretos para graute.
Neste caso será trabalhado com valores de substituição, de 0%,10%, 30% e
50%, para que seja possível realizar uma análise afim de encontrar uma substituição
benéfica para a produção de concretos para graute.
3.5 Materiais
Para fazer a confecção dos concretos para grautes, é necessário primeiro fazer
uma caracterização física e mecânica dos blocos de concreto que serão utilizados
como referência para definir a resistência do concreto para graute.
Primeiro foi feito uma seleção visual para selecionar 6 blocos do lote, que
possuíam menos defeitos e não tivessem nenhum grave, como trincas, quebras,
rachaduras e superfícies irregulares.
Utilizando a NBR 12118 (ABNT, 2005) foi analisado as medidas modulares dos
blocos vazados de concreto. Foram feitos primeiro o ensaio das dimensões dos
blocos, sendo medida a sua largura, altura e comprimento sempre no meio do bloco
e com o auxílio de um paquímetro, além da menor dimensão do furo.
A norma apresenta como limites de tolerâncias de ± 2 mm para a largura e ± 3
mm para a altura. Quanto a menor dimensão do furo a norma estabelece uma
dimensão maior de 70mm, para blocos de 140mm e maior que 110mm para blocos
com 190mm. Para o cálculo da área bruta foi uma simples multiplicação entre o valor
encontrado de comprimento pela largura.
Para, enfim, se determinar o valor da área líquida de cada bloco, a NBR 12118
(ABNT, 2013) apresenta a equação;
𝑚2 − 𝑚3
𝐴𝑙𝑖𝑞 = ∗ 1000
ℎ∗𝑦
Onde:
Aliq = Área líquida; (mm²)
m2 = Massa do bloco saturado (g);
m3 = Massa aparente do bloco, (g);
g
γ = Massa específica da água (1 );
cm3
H = altura do bloco, (cm).
3.5.1.3 Capeamento
𝑓1 + 𝑓2 + ⋯ 𝑓𝑏(𝑖 − 𝑖)
𝐹𝑏𝑘 = 2 [ ] − 𝑓𝑏𝑖
𝑖−1
Onde:
fb(1), fb(2),..., fbi = são valores de resistência a compressão individual dos corpos-de-
prova da amostra, ordenados crescentemente;
i = n/2, se n for par;
i= (n-1) /2, se n for ímpar;
33
3.5.3 Água
𝑚
𝑑3 = [ ]
(𝑉 − 𝑉𝑎) − ((𝑚𝑠 − 𝑚)/γ)
35
Onde:
d3:é a massa específica do agregado, em gramas por centímetros cúbicos;
m: é a massa da amostra seca em estufa, em gramas;
V: é o volume do frasco, em centímetros cúbicos;
Va: é o volume de água adicionado ao frasco, em centímetros cúbicos;
ms: é a massa da amostra na condição saturada superfície seca, em gramas;
γ: é a massa específica da água, em gramas por centímetro cúbico.
Os resultados dos ensaios realizados com a mesma amostra não devem diferir
em mais de 0,02 g/cm3 para a massa específica. Tomar como valor definitivo a média
dos valores correspondentes obtidos e registrar com aproximação de 0,01 g/cm3.
Quanto a determinação da massa unitária, foram seguidos os métodos de
ensaios descritos pela NBR NM 45 (ABNT, 2006), consiste na relação entre a massa
do agregado lançado em um recipiente estabelecido pela norma e o volume desse
recipiente, sendo determinada pela equação expressa abaixo.
𝑚𝑎𝑟 − 𝑚𝑟
𝜌𝑎𝑝 = [ ]
𝑉
Onde:
ρap; é a massa unitária do agregado, em quilogramas por metro cúbico;
mar; é a massa do recipiente mais o agregado, em quilogramas;
mr; é a massa do recipiente vazio, em quilogramas;
V; é o volume do recipiente, em metros cúbicos;
𝑚𝑠 − 𝑚
𝐴=[ ] 𝑥100
𝑚
Onde:
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Como agregado graúdo foi utilizado brita 0, sendo este agregado caracterizado
segundo a massa específica (NBR NM 53/2009), determinação da massa unitária (NM
45/2006), composição granulométrica (NBR NM 248/2003) e absorção de água (NBR
NM 30/2001), sendo os dois últimos ensaios realizados da mesma forma que
apresentada nas seções 3.5.4.2 e 3.5.4.3, uma vez que para estes é utilizada a
mesma norma tanto para o agregado graúdo quanto para o miúdo.
Os resultados dos ensaios são apresentados na seção 4.3, aonde os resultados
da caracterização da brita 0 são apresentados na tabela 4.6
𝑚
𝑑=[ ]
(𝑚𝑠 ) − 𝑚𝑎
Onde:
d= é a massa específica do agregado seco, em gramas por centímetro cúbico;
m= é a massa ao ar da amostra seca, em gramas;
ms= é a massa ao ar da amostra na condição saturada superfície seca, em gramas;
ma= é a massa em água da amostra, em gramas.
38
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Uma vez que as medidas fornecidas pelo fabricante dos blocos são de
L=140mm, H=190mm e C=290mm, e a tolerância, descrita no item 3.5.1.1, é de ± 5
mm para L, H e C e de ± 3 mm, foi possível observar que os valores encontrados estão
dentro do permitido.
40
A figura 4.1 apresenta um bloco rompido na prensa, após atingir o seu limite
máximo de resistência à compressão.
Cimento CP V - ARI
Características avaliadas
Exigência da NBR
Fabricante
11578
Massa especifica (cm³/g) 3,09 -
Expansão a quente (mm) 0 ≤ 5,00
Tempo de pega Inicio 3:15 ≥ 1,00
(h;min) Fim 4:00 ≤ 10,00
Consistência normal (%) 30,1 -
Finura Blaine (cm²/g) 5 ≥ 3,0
Resíduo peneira #200 μm (%) 0,2 ≤ 6,0
Resíduo peneira #325 μm (%) 1,3 -
Fonte: Fabricante
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Cimento CP V – ARI
Parâmetros avaliados (% da massa)
Fabricante Exigência da NBR 11578
AL2O3 4,04 -
SiO2 18,53 -
Fe2O3 2,93 -
CaO 60,1 -
MgO 3,77 ≤ 6,5
SO3 3,09 ≤ 4,0
Perda ao fogo 3,43 ≤ 4,5
CaO livre 1,04 -
Resíduo insolúvel 0,77 ≤ 1,00
Equivalente alcalino (Na2O e K2O) 0,68 -
Fonte: Fabricante
5 CONCLUSÃO
REFÊRENCIAS
http://www.anepac.org.br/palestras/Mercado-de-Agregados-SP-Fernando-Valverde-
Deconcic2018.pdf. Acessado em 16/04/2019.
SOHAIL M., WAHAB A.; KHAN A.; A Study on the Mechanical Properties of
Concrete by Replacing Sand with Waste Foundry Sand, International Journal of
Emerging Technology and Advanced Engineering. Certified Journal, Vol. 3,
novembro 2013.
SOUZA, A. S.; CASTRO, W.P.; Carneiro Neto, M.M. Uso De Borracha Oriunda De
Pneus Em Traço De Concreto Para Graute. Araçatuba, [20--]. Artigo do Curso de
Engenharia Civil, no Centro Universitário Toledo. Araçatuba, São Paulo.
TAUIL, C.A; NESE, F.J.M. Alvenaria Estrutural. São Paulo, Pini, 2010. 188p.
54
ANEXO