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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
2015
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2015
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elaborado por
Luis Fernando Crema Moro
COMISSÃO EXAMINADORA:
______________________________
Rogério Cattelan Antocheves de Lima
(Orientador)
______________________________
Juliana Pippi Antoniazzi (UFSM)
______________________________
Évelyn Paniz (UFSM)
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Modelo gerencial de administração da produção............................ 10
Figura 2 - Componentes de um modelo logístico de gestão. .......................... 12
Figura 3 - Fluxograma de alguns processos de um edifício de 3000m² de área
construída.................................................................................................................. 14
Figura 4 - Fluxograma de serviços com ligações de sequência e de trajetória
na obra do edifício. .................................................................................................... 14
Figura 5 - Possíveis disposições de instalações provisórias ........................... 20
Figura 6 - Alternativa de layout 2..................................................................... 20
Figura 7 - Alternativa de layout 1..................................................................... 20
Figura 8 - Proximidade relativa desejável entre elementos do canteiro. ......... 21
Figura 9 - Considerações geométricas quanto ao posicionamento da grua. ... 27
Figura 10 - Condições das vias de circulação. ................................................ 32
Figura 11 - Espaço mal utilizado no canteiro de obras.................................... 33
Figura 12 - Comparativo entre: a) layout atual e b) layout sugerido. ............... 34
Figura 13 - Localização do empreendimento B. .............................................. 35
Figura 14 - Entrega do aço realizada por caminhão de grandes dimensões. . 36
Figura 15 - Comparativo entre fluxogramas de processamento do aço. ......... 37
Figura 16 - Comparativo entre fluxogramas de processamento da limpeza dos
pavimentos. ............................................................................................................... 38
Figura 17 - a) Layout atual, b) layout sugerido. ............................................... 39
Figura 18 - Fachada do empreendimento C. ................................................... 40
Figura 19 - Descarga de blocos e argamassa utilizando a rampa de
recebimento de materiais. ......................................................................................... 41
Figura 20 - Sugestão para sistema de recolhimento de resíduos. .................. 42
Figura 21 - Processo atual de processamento do aço. ................................... 44
Figura 22- Processo sugerido de processamento do aço. .............................. 44
Figura 23 - Comparativo entre entrada de funcionários atual e sugerida. ....... 45
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
1.1 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA.............................................................................. 7
1.2 OBJETIVOS....................................................................................................... 8
1.3 METODOLOGIA ................................................................................................. 8
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................ 9
2 PROCESSOS PRODUTIVOS .......................................................................... 10
2.1 LOGÍSTICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................... 11
2.2 FLUXOS FÍSICOS ............................................................................................. 12
2.3 FLUXOGRAMA................................................................................................. 13
2.4 FLUXO DE INFORMAÇÕES ................................................................................ 15
3 CANTEIRO DE OBRAS .................................................................................... 16
3.1 PROJETOS E IMPLEMENTAÇÃO ......................................................................... 16
3.1.1 Projeto do produto................................................................................. 17
3.1.2 Projeto do processo .............................................................................. 17
3.1.3 Projeto do canteiro ................................................................................ 18
3.2 LAYOUT ......................................................................................................... 19
3.3 TIPOS DE CANTEIRO DE OBRAS ........................................................................ 21
3.4 FASES DE ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS ............................................ 23
3.4.1 Processo inicial ..................................................................................... 24
3.4.2 Processo intermediário ......................................................................... 25
3.4.3 Processo final ....................................................................................... 26
3.5 COMPONENTES E DIRETRIZES DO ARRANJO FÍSICO DO LAYOUT ....... 26
4 ESTUDO DE CASO.......................................................................................... 31
4.1 OBRA A ......................................................................................................... 31
4.2 OBRA B ......................................................................................................... 34
4.3 OBRA C ......................................................................................................... 40
5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 47
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1 INTRODUÇÃO
1.2 Objetivos
Objetivo Geral:
Realizar um estudo de caso em três canteiros de obras, perante diferentes
estágios construtivos, a fim de obter dados relativos à organização e a
transformação do espaço físico no decorrer da construção.
Objetivos específicos:
Realizar uma abordagem teórica sobre a organização do espaço em canteiro
de obras visando à produtividade;
Analisar e entender os diferentes fluxos de materiais e mão de obra ao longo
do empreendimento;
Fazer uma análise crítica sobre disposição dos canteiros de obras avaliados
com foco no aprimoramento dos processos produtivos
1.3 Metodologia
2 PROCESSOS PRODUTIVOS
afirma que dentro da macro operação existe uma gama significativa de micro
operações, as quais necessitam desenvolver seus próprios planos para se
enquadrarem nas decisões do âmbito da macro operação total.
Segundo Vieira (2010), a logística pouco desenvolvida, juntamente com um
layout mal organizado são as principais causa de ineficiência produtiva em um
canteiro de obras. Assim sendo, serão abordados assuntos relacionados à logística
em canteiro de obras, para o melhor entendimento das diretrizes capazes de
aperfeiçoar o processo produtivo.
2.3 Fluxograma
3 CANTEIRO DE OBRAS
Oliveira (2001) ressalta ainda que a definição das fases do canteiro de obras
deve ser feita com base nos seguintes itens:
a) o anteprojetos arquitetônico;
b) metas;
c) requisitos e diretrizes;
d) condicionantes da produção;
e) processo construtivo;
f) plano de ataque;
g) Cronograma de materiais e mão de obra;
h) principais marcos existentes que impliquem em alterações substanciais no
layout.
Outro aspecto levantado por Oliveira (2001) diz respeito ao desempenho
deste projeto, que está diretamente relacionado aos projetos de produto e produção.
O fluxo de informações entre estas três etapas deve ser de qualidade, buscando
sempre a precisão, volume e velocidade. Essas informações irão nortear o fluxo dos
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3.2 Layout
Como descrito por Illingworth (1993 apud SAURIN & FORMOSO, 2006), os
canteiros de obra podem ser enquadrados dentro de um dos três seguintes tipos:
restritos, amplos e longos e estreitos:
a) Restritos: Apresentam alto índice de ocupação do terreno, além de possuir
acesso restrito. Estes tipos de terrenos são facilmente encontrados em áreas
centrais da cidade, onde o entorno do empreendimento a ser construído já
está ocupado. Tal região apresenta elevado custo de aquisição do terreno o
que resultam na máxima utilização do mesmo, visando potencializar sua
rentabilidade.
b) Amplos: A construção ocupa uma parcela relativamente pequena do terreno,
tornando fácil o acesso de veículos e pessoas, além de proporcionar amplos
ambientes de armazenamento de material. Costumam ser encontrados em
grandes construções, como barragens ou usinas hidroelétricas e em outras
obras tal como conjuntos habitacionais horizontais e em plantas industriais.
c) Longos e estreitos: São restritos em apenas um das extremidades, com difícil
acesso devido ao numero reduzido de entradas. Ex: trabalhos em estradas de
ferro ou rodagem e em alguns casos de edificações em zonas urbanas.
Illingworth (1993, apud SAURIN & FORMOSO, 2006) ressalta que os terrenos
restritos devem ser planejados com mais atenção, pois geralmente são neles que
acabam surgindo problemas referentes á logísticas e transporte de materiais. O
autor destaca ainda regras que ajudam o plano de ataque ao terreno.
a) Sempre atacar primeiro a fronteira mais difícil: na visão de Saurin & Formoso
(2006), tal método deve ser seguido tendo em vista que se a construção
começar por outro ponto que não seja este, o acesso á tal fronteira será
obstruída pelo serviço já realizado. Muros de arrimo, vegetação de grande
porte e desnível acentuados são exemplos de situações em que se deve
antecipar a execução dos serviços.
b) Criar espaços utilizáveis no nível do térreo tão cedo quanto possível: Saurin &
Formoso (2006) ressaltam que esta segunda regra vale para
empreendimentos onde o espaço ao entorno do subsolo ou do térreo são
muito restritos, impossibilitando que o primeiro layout seja o definitivo. Desta
maneira deve-se buscar concluir o mais rápido possível tal fase da construção
para que seja possível criar espaços de vivência, de armazenamento e de
transporte adequados.
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Souza (2000) também comenta sobre alguns métodos para vencer a falta de
espaço dentro de um canteiro restrito, podendo ser através das seguintes soluções:
a) Aluguel de residência ou área vizinha servindo de escritório, estande de
vendas ou alojamento;
b) Aluguel de um terreno vizinho para depósito de materiais, locação das
instalações provisórias e centrais de produção;
c) A empresa ter um canteiro de obras central que auxilie nas diversas obras
que possui, desta forma servindo como deposito de materiais e auxiliando em
processamentos intermediários de materiais.
c) Instalação da grua;
d) Instalação de elevadores de carga e pessoal;
e) Inicio do serviço de alvenaria;
f) Inicio dos serviços de revestimento;
g) Retirada da grua após a conclusão da alvenaria;
h) Instalação dos elevadores permanentes, retirada dos elevadores da obra;
i) Termino da obra molhada (serviços com argamassa).
a) Transporte vertical
Para Souza (2000), quando analisamos o sistema de transporte, deve-se
atentar para escolher opções que consigam suprir a demanda necessária da obra e
que condizem com a tecnologia construtiva adotada.
O autor exemplifica tomando como exemplo a inviabilidade de se escolher um
elevado de carga para transportar uma viga pré-moldada até seu posicionamento
final. Assim como dimensionar a capacidade de transporte de materiais, sem
analisar o pico de processos da obra.
Saurin & Formoso (2006) comentam a cerca da localização do elevador, o
qual deve estar próximo dos centros de argamassas; interferir no mínimo de serviços
possíveis durante a execução da obra, estar o mais próximo possível do centro
geométrico do pavimento tipo; ter uma peça de acesso ampla que permita o fácil
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b) Estoque
Saurin (1997) menciona que o subsolo é o local mais adequado para
organizar o estoque, pois mantem o térreo exclusivamente para áreas de vivência,
favorecendo a limpeza e manutenção nas áreas de clientes e visitantes.
Considerando a dificuldade de descarregar o material no subsolo, o autor
sugere duas alternativas possíveis, são elas: prever um furo na laje do subsolo ou
uma abertura na parede deste pavimento, fechado tais abertura quando o final da
obra se aproximar.
Existem materiais que devido a sua forma ou grande volume dificultam o
armazenamento e transporte, tendo em vista tais dificuldades, recomenda-se que o
material seja entregue diretamente no local de uso, através de pallets, carrinhos
porta pallets e gruas por exemplo (SAURIN & FORMOSO, 2006).
Para um melhor aproveitamento e organização do estoque, devemos
introduzir o método Just in time que consiste em ter estoque suficiente apenas para
processos construtivos presentes ou na iminência de iniciar (SAURIN, 1997). Com a
redução dos estoques deve-se ter um controle de materiais preciso, além de
conhecer melhor seus fornecedores para que não acorram atrasos de entrega de
material, resultando em processo ocioso por parte dos funcionários.
c) Áreas de vivência
De acordo com a ABNT 12284:1991, as áreas de vivência (refeitórios,
vestiário, área de lazer, alojamento e banheiros) são áreas destinadas a suprir as
necessidades básicas humanas de alimentação, higiene pessoal, descanso, lazer
convivência e ambulatoriais, devendo ficar fisicamente separadas das áreas
operacionais. A norma ressalta ainda que tais áreas não podem ser locadas no
subsolo ou porões por questões de higiene e insalubridade.
Deve-se tentar coincidir as instalações definitivas do térreo para locar as
instalações provisórias e desta forma evitar o adiamento de tais serviços. Usar as
divisórias de alvenaria e os locais dos banheiros permanentes são exemplos desta
técnica (SAURIN, 1997).
d) Áreas de apoio
Saurin & Formoso (2006), salientam que as áreas de apoio (almoxarifado,
escritório, guarita ou portaria e plantão de vendas) tem a função de dar condições á
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Saurin & Formoso (2006) comentam que o acesso de veículos deve ser
analisado junto com o layout do estoque dos materiais, para garantir a facilidade da
entrega da mercadoria, evitando o remanuseio destes. Outro aspecto levantado pelo
autor é quando o terreno esta localizado em esquina, deve-se escolher a rua de
menor fluxo para a localização do portão e desta forma evitar possíveis transtornos
no trânsito.
Devemos considerar restrições quanto à inclinação e a presença de árvores
no terreno, que possam dificultar a entrada de veículos, além o ter conhecimento da
dimensão dos veículos para que o canteiro ofereça condições destes manobrarem.
O autor complementa afirmando que a obra pode possuir quantos portões forem
necessários para garantir a descarga dos materiais.
h) Acesso para pessoas e vias de circulação interna
A entrada de funcionários e visitantes deve ser preferencialmente coberta,
separada do acesso de veículos e delimitada lateralmente tendo seu final próximo ás
áreas de vivencia, escritório e escada. Com essas medidas busca-se segurança,
menor fluxo de pessoas por áreas de movimentação de veículos e materiais além de
reduzir a incerteza relacionada ao direcionamento ao entrar no canteiro de obras por
parte de quem não conhece o empreendimento (SAURIN & FORMOSO, 2006).
Para Saurin & Formoso (2006), as vias de circulação devem explicitadas no
planejamento do layout através das linhas de fluxo, além disso devem ser bem
analisadas e demarcadas a fim de evitar possíveis interferências com os depósitos
de materiais ou com fluxos de processos. Estas vias devem ser pavimentadas para
poderem dar condições de locomover equipamentos como pallets e carrinhos de
mão.
Rad (1983, apud SAURIN, 1997) menciona a importância de separar a
entrada de funcionários da entrada de veículos e materiais, tornando ambos
ambientes mais seguros e com menos interferências.
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4 ESTUDO DE CASO
4.1 Obra A
4.2 Obra B
A obra B apresenta área total construída de 4396,41 m², formada por subsolo,
pavimento térreo, primeiro pavimento, doze pavimentos tipo e cobertura. O
empreendimento encontra-se na segunda etapa construtiva, ou seja, estão sendo
executados apenas serviços referentes à estrutura de concreto armado e
assentamento de alvenaria de vedação.
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material dentro do canteiro de obras. Desta maneira o aço pode ser descarregado a
poucos metros do local onde será armazenado/classificado/processado.
Outro fluxograma analisado diz respeito ao descarte de materiais produzidos
durante o processo de levantamento de alvenaria e remanuseio da madeira no
processo de forma/desforma de vigas, lajes e pilares (o qual ocorre de andar para
andar). Foi observado que se usado dutos para entulho, seria possível reduzir o
tempo do ciclo do processo, além de liberar o elevador de cremalheira para outros
processos. A redução deste ciclo esta melhor exemplificada na Figura 16:
O duto para entulho seria instalado em uma das janelas do apartamento, local
mais adequado para este sistema, pois minimiza os trabalhos a serem realizados
após a retirada do equipamento. A caçamba estacionária seria disposta no terreno
de apoio, situada o mais próximo possível do local de queda dos entulhos e do
acesso do caminhão para recolhimento da caçamba, conforme Figura 17.
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4.3 Obra C
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS