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Uberlândia – MG
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Uberlândia – MG
2013
MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA DA MONOGRAFIA DA DISCIPLINA
PROJETO DEGRADUAÇÃO DE LARISSA DOS SANTOS SOUSA APRESENTADA
À UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, EM 8 DE FEVEREIRO DE 2013.
BANCA EXAMINADROA
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Professor: Sergio M. da Silva Neiro
Orientador – FEQUI/UFU
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Professor: Rubens Gedraite
FEQUI/UFU
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Arinan Dourado Guerra Silva
Engenheiro Químico FEQUI/UFU
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SUMÁRIO
Lista de Figuras ....................................................................................................................... iii
Lista de Tabelas ....................................................................................................................... iv
Resumo ...................................................................................................................................... v
REATOR ............................................................................................................. 26
CONCLUSÕES....................................................................................................................... 29
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 – Tecnologias para a fabricação de cumeno com base em zeólitas. ......................... 7
Tabela 3.2 – Propriedades físicas dos componentes da mistura da saída do reator .................. 9
Tabela 6.1 – Sumário de correntes ........................................................................................... 26
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RESUMO
1 - INTRODUÇÃO
1.1 Definições
E para simulador tem-se a seguinte definição: "o que simula; especificamente uma
ferramenta, que possibilita ao operador reproduzir ou representar sob condições de teste um
fenômeno, assim como acontece em sua performance real".
Os sistemas foram se tornando cada vez mais complexos, e tornava-se necessário que,
além de conduzir a resultados confiáveis, as linguagens de simulação mostrassem às pessoas da
produção que os seus benefícios eram reais. Neste ponto, surgiram as animações, que são
softwares acoplados aos simuladores, capazes de reproduzir os sistemas graficamente. Dessa
maneira, ficou muito mais fácil para os analistas, que tinham que mostrar os resultados para o
usuário, e para o próprio usuário, que compreendia muito mais facilmente a simulação. Esse tipo
de software acabou por proporcionar outras vantagens, como treinamento de pessoal, e maior
visualização do sistema produtivo das indústrias.
Todos os modelos de simulação são chamados de modelos de entrada e saída, isto é, eles
produzem uma saída dada as condições de entrada. Eles não podem gerar por si mesmo uma
solução ótima, como é o caso dos sistemas analíticos. Os modelos de simulação servem apenas
como ferramenta de análise do comportamento do sistema sob determinadas condições.
As metas do projeto deveriam ser claramente definidas no início do trabalho. Além disso,
outros itens devem ser definidos no início, a saber:
Identificar os problemas de performance do sistema estudado;
Apresentar os objetivos do projeto;
Identificar itens específicos a serem abordados pelo modelo;
Especificar medidas de performance;
Delinear os limites do sistema estudado, e número de configurações a serem estudadas;
Determinar prioridade de animação e gráficos, e resultados numéricos ou resumidos;
Identificar fontes de dados de entrada do modelo;
Determinar como o modelo será usado no processo de decisão: uma vez ou várias;
Especificar as datas limites para término do estudo.
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2- O SIMULADOR UNISIM®
2.1 Introdução
Neste trabalho, o simulador UniSim® foi utilizado como ferramenta importante pela
confiabilidade que ele possui, pois é amplamente usado na indústria petroquímica. Ele é uma
ferramenta que nos permite projetar ou modelar processos químicos.
Para usar UniSim® é necessário ter em mãos informações sobre o processo, tais como:
Este software tem um banco de dados contendo informações úteis para os muitos cálculos que este
programa realiza rapidamente, corrigindo alguns automaticamente. Para que o programa execute
os cálculos é necessário fornecer a informação mínima necessária que é geralmente os dados de
operação como fluxos, temperaturas e pressões.
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No entanto, nem toda a informação que vem deste programa é confiável, uma vez que
dependem da qualidade dos dados que entram no programa. Uma das condições que deve ser
levada em consideração é a seleção dos pacotes termodinâmicos que vai utilizar, eles são
específicos para determinados tipos de fluidos.
2.5 Utilidades
O programa permite:
3. BASES DO PROJETO
Este estudo irá lidar com o projeto e a simulação de uma planta de produção de
cumeno. O objetivo é realizar o projeto utilizando uma abordagem clássica, que lida com o
processo de síntese com a reação distinta, zonas de separação e economia de energia.
De acordo com (Bildea, 2008) a figura 3.1 ilustra um diagrama típico de processo.
Propileno é dissolvido em excesso de benzeno em fase líquida à temperatura da reação,
geralmente entre 160 e 240°C. O reator de alquilação é uma coluna de leito fixo, concebido para
assegurar a conversão completa de propileno. O fluente do reator é enviado para a seção de
separação, neste caso uma série de quatro colunas de destilação é utilizada para: recuperação
de propano, reciclo de benzeno, separação do cumeno e dos poliisopropilbenzenos. O diagrama
de processo envolve dois reciclos: o primeiro recicla benzeno não reagido para a alquilação e o
segundo recicla benzeno e polialquilbenzenos para a transalquilação.
3.3Propriedades físicas
De acordo com (Bildea, 2008) a tabela 3.2 apresenta algumas constantes físicas.
Pressões críticas do propano e propileno são superiores a 40 bar, mas, na prática, 20-30 bar são
suficientes para assegurar uma alta concentração de propileno em benzeno. Uma vez que as
misturas líquidas comportam quase idealmente, uma análise mais profunda termodinâmica
não é necessária.
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Alquilação:
Transalquilação:
Polialquilação
Isomerização secundária
Dimerização
Outras reações:
Outras medidas para o melhor controle de temperatura podem ser empregadas, tais
como uma série de reatores com resfriamento ou a injeção de um inerte frio. A simulação
mostra que estes métodos não têm efeitos significativos sobre os
rendimentos totais, embora possam oferecer uma melhor proteção do catalisador em um longo
tempo de operação.
3.7 Cinética
(3.2)
O processo global pode ser afetado por difusão nos poros e transferência de massa
externa. O coeficiente difusão molecular DPB pode ser calculado pelo simulador Aspen Plus e
a difusão dos poros pode ser estimada pela relação DP,eff=DPB (εp / τp) = 0,1DPB, em que εp é a
porosidade da partícula e τp é a tortuosidade. Além disso, o módulo de Thielee e a eficácia
interna podem ser calculados:
√ ( ) (3.3)
[ ] (3.4)
( ) (3.5)
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4. COMPOSTOS ENVOLVIDOS
4.1 Cumeno
A produção de cumeno foi desenvolvida originalmente entre 1939 e 1945 para suprir a
demanda por gasolina utilizada nas aeronaves durante a segunda guerra mundial. Atualmente,
é sabido que a maior parte do cumeno produzido é usada na produção de fenol e, como
subproduto, a acetona.
Vários materiais, como resinas fenólicas, epóxi, policarbonatos e alguns solventes se
originam do cumeno.
Cumeno é o nome comum para o composto orgânico isopropilbenzeno, um
hidrocarboneto aromático, cuja fórmula molecular de acordo com (Biblioteca Digital) é:
C9H12 (figura 1). É um constituinte do óleo bruto e de combustíveis refinados, é solúvel em
vários solventes orgânicos, mas não é solúvel em água. Está presente em baixas concentrações
em correntes de refinaria leves (Matar, 2001). Quase todo o cumeno que é produzido como
um componente puro em escala industrial é convertido para peróxido de cumeno, que é um
intermediário na síntese de outros compostos químicos industrialmente importantes com o
fenol e a acetona.
4.2 Reagentes
4.2.1 Benzeno
4.2.2 Propileno
O nome oficial dado pela IUPAC é propeno, mas é conhecido popularmente como
propileno. É um hidrocarboneto insaturado (alceno), de acordo com (Matar, 2001) possui
fórmula molecular C3H6 (figura 4.3), apresentando-se normalmente como um gás incolor e
altamente inflamável. É produzido durante o craqueamento do petróleo e é também usado
como combustível em vários processos industriais.
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O processo que será descrito a seguir foi utilizado como referência para a simulação
no UniSim®.
5.1 Introdução
Esse processo converte benzeno e propileno em cumeno de alta qualidade usando
catalisador zeólita que é capaz de ser regenerado. É caracterizado pelo alto rendimento,
produtos de qualidade superior, baixo investimento e custo de operação, redução de rejeitos
sólidos e não causa corrosão dos equipamentos.
Durante vários anos, diferentes tipos de catalisadores foram sugeridos para serem
empregados na alquilação, inclusive o trifluoreto de boro, fluoreto de hidrogênio, cloreto de
alumínio e ácido fosfórico. Em 1930, UOP introduziu o processo de condensação catalítica de
UOP, usando ácido fosfórico em fase sólida (SPA) como catalisador. Durante a segunda
guerra, esse processo foi adaptado para produzir mistura de alta octanagem usada como
combustível para aviões militares. Atualmente o cumeno não é mais usado como combustível,
mas vem ganhando grande importância para a produção de fenol.
Mesmo o SPA sendo eficiente e econômico para a produção do cumeno, ele possui
duas limitações importantes:
O rendimento da reação é limitado a 95%, por causa da oligomerização do
propileno e da formação de subprodutos alquilado que são muito pesados.
O catalisador não pode ser regenerado.
Nos últimos anos, os produtores têm estado sob uma pressão crescente para melhorar
a qualidade do cumeno de modo que a qualidade dos produtos fenólicos produzidos a partir
dele (bem como a acetona, o qual é subproduto do fenol) pode ser melhorada. A maioria do
fenol, a vinte e cinco anos atrás, era usada para produzir resinas fenólicas, e a acetona era
usada como solvente. Atualmente, os dois (fenol e acetona) são usados na produção de
polímeros e policarbonatos. Ao longo dos anos, melhorias no processo de SPA conseguiram
manter o ritmo da demanda por maior qualidade de cumeno, mas os produtores ainda
procuraram uma forma de ter um produto de melhor qualidade com maior rendimento.
(Meyers, 2005)
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Coluna de
destilação 1
6. ESTUDO DE CASO
Pode-se observar através da figura 6.1, que a corrente 4 passou por um trocador de
calor para ser aquecida, para garantir que a corrente de alimentação do reator esteja na
temperatura adequada. Para que não haja troca de calor entre as correntes 4 e 1 no misturador
foi usado a função SET (figura 6.2) (Penn, 1998), sua função é definir o valor de uma
variável de processo específica, neste caso a temperatura de entrada da corrente 1. Essa
função foi usada para garantir que a temperatura da corrente 4 e da corrente 1 sempre sejam as
mesmas.
A função balance (figura 6.3) (Penn, 1998), foi utilizada na corrente 5, pois de
acordo com (Teodoro Trindade, 2004), a composição da corrente de alimentação do reator
deverá possuir uma fração de benzeno dupla da de propileno. Dentro desta função, foi
utilizada a opção general balance, uma vez que ela é capaz de calcular relações entre
componentes individuais, o que é de interesse neste estudo.
O trocador de calor que é usado na corrente 6, faz com que a mesma mude de
estado físico, indo de vapor para líquido saturado. Isso é feito para que se utilize uma menor
quantidade de energia na coluna de destilação.
Tendo em mãos informações de cada corrente, foi calculado o número teórico
de pratos necessários para as duas colunas de destilação, usando o short cut destilation (figura
6.4). Para a primeira coluna de destilação foi obtido o seguinte resultado (figura 6.5), para a
segunda coluna o processo foi o mesmo:
Observando a figura 6.5, vemos que o número de pratos que foi calculado foi
aproximadamente 8, mas de acordo com (Teodoro Trindade, 2004), são usados 20 pratos na
primeira coluna para aumentar a recuperação do butano e do propileno não reagidos.
A bomba é utilizada na corrente 10, pois a pressão do condensador é menor que a
pressão da corrente 2. Se isso não fosse feito o sentido da corrente iria se inverter.
Através do workbook, obtemos a Tabela 6.1 com as informações necessárias de cada
corrente:
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CONCLUSÕES
O resultado final alcançado pelo projeto mostrou-se de acordo com o esperado, uma
vez que se conseguiu estabelecer satisfatoriamente a produção de cumeno utilizando o
simulador UniSim®. Seu baixo custo, aliado a sua fácil operação, o torna uma solução viável
para sistemas de pequeno porte que requerem uma produção pequena.
A temperatura de entrada do reator está diretamente relacionada com a conversão,
dessa maneira essa variável se torna uma peça chave para o estudo, de maneira que vale a
pena ter um controle maior sobre ela. Para que se obtenha uma conversão maior que 45%, é
necessário o uso de um catalisador, e dependendo de qual for ser utilizado, pode-se atingir
conversões superiores a 98%.
Naturalmente, algumas modificações futuras podem e devem ser feitas a fim de
torná-lo mais eficiente. Um número maior de colunas de destilação proporcionaria uma maior
separação dos componentes, obtendo assim uma maior recuperação. Um reator de
transalquilação seria necessário para converter o DIPB formado em cumeno. Um estudo mais
aprofundado sobre integração energética poderá ser efeito, otimizando ainda mais a planta.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORAIS, P. C. (2009). Uso do software Hosts® para simulações estática e dinâmica de uma planta.
Santa Catarina
Penn, A. H. (28 de 08 de 1998). Design Class HYSYS Pages. Acesso em 31 de 01 de 2013, disponível
em Site Design Class HYSYS Pages: http://www.owlnet.rice.edu/~ceng403/hysys/hysys.html
Rodriguez, N. (2012).
http://www.modeladoeningenieria.edu.ar/mei/repositorio/catedras/intiv/TP%20Component
es%20hipoteticos.pdf. Acesso em 30 de 11 de 2012, disponível em
http://www.frro.utn.edu.ar/.