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LOCAL: energia.pt
ORIENTADOR: Eng.º Celso Miranda
SUPERVISOR: Eng.ª Adelina Fernanda Magalhães Rodrigues
Aos meus pais que, apesar das dificuldades, me deram força para nunca fraquejar
perante os problemas que foram surgindo ao longo do meu percurso, e a toda a res-
tante família que sempre me apoiou.
Para finalizar, a todos os amigos que me acompanharam durante esta etapa da minha
vida e me apoiaram em todas as ocasiões.
ÍNDICE
1. INTRODUÇAO ................................................................................................................. 7
2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................... 8
2.1. DESCRIÇÃO GERAL .......................................................................................... 8
2.2. ORGANIZAÇÃO DA ENERGIA.PT ..................................................................... 8
2.3. ENERGIAS RENOVÁVEIS ASSOCIADAS À ENERGIA.PT ............................... 8
2.3.1. ENERGIA SOLAR ......................................................................................... 8
2.3.2. BIOMASSA .................................................................................................... 9
2.4. BIOCLIMATIZAÇÃO ........................................................................................... 10
2.4.1. ARREFECIMENTO EVAPORATIVO ............................................................ 11
3. ATIVIDADES REALIZADAS PELA EMPRESA ............................................................... 11
3.1. INSTALAÇAO E MANUTENÇAO DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS ........ 12
3.1.1. FUNCIONAMENTO DE SISTEMAS SOLARES TERMICOS ...................... 13
3.1.1.1. CIRCULAÇÃO FORÇADA............................................................... 14
3.1.1.2. TERMOSSIFÃO ............................................................................... 15
3.2. MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE CALDEIRAS A PELLETS ........................ 16
3.2.1. FUNCIONAMENTO DE CALDEIRAS A PELLETS ...................................... 16
3.3. CLIMATIZAÇÃO DE ESPAÇOS INDUSTRIAIS ................................................. 18
3.3.1. FUNCIONAMENTO DE SISTEMAS DE ARREFECIMENTO EVAPORATI-
VO ................................................................................................................. 19
4. ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTUDANTE ........................................................... 21
4.1. SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS .................................................................... 21
4.1.1. INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA TÉRMICO COM CIRCULAÇÃO FORÇA-
DA ................................................................................................................ 21
4.1.2. MANUTENÇÃO DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS ............................. 35
4.1.2.1. CIRCUITO PRIMÁRIO ..................................................................... 35
4.1.2.2. CIRCUITO SECUNDÁRIO .............................................................. 37
4.1.2.3. CONTROLO..................................................................................... 39
4.2. CALDEIRAS A PELLETS .................................................................................... 39
4.2.1. MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS A PELLETS ........................................... 39
4.2.2. REPARAÇÕES CALDEIRAS A PELLETS .................................................. 45
4.3. ARREFECIMENTO EVAPORATIVO .................................................................. 51
4.3.1. INSTALAÇÃO DE BIOCOOLER................................................................... 51
5. REFLEXÕES FINAIS ...................................................................................................... 58
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 59
ÍNDICE DE FIGURAS
O presente relatório faz uma síntese do estágio curricular realizado ao longo de 300
horas. O estágio foi realizado na energia.pt, uma empresa da área das Energias
Renováveis e Climatização.
Neste documento vai ser dada a conhecer a Empresa, as suas atividades e os vários
serviços prestados, bem como explicar os métodos de trabalho e o funcionamento dos
constituintes de alguns sistemas, nomeadamente sistemas solares térmicos, sistemas
movidos a biomassa e sistemas de arrefecimento evaporativo do ar. Por fim é efetua-
da uma reflexão sobre as atividades desenvolvidas.
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2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
É uma empresa bastante experiente e competente, formada por uma equipa dinâmica
e multi-disciplinar. Pode ser dividida em duas partes principais: a parte interna, que é
responsável pela gestão, organização, projeção e distribuição de tarefas e pela parte
externa, que é responsável pela execução dos trabalhos e desafios exigidos pelo
cliente.
A parte externa é composta por três equipas que se dividem conforme a especialidade
dos trabalhadores. Uma das equipas lidera a parte de Eletricidade, uma segunda lide-
ra a parte de Pichelaria e uma terceira responsável pelas tarefas que dizem respeito
às Energias Renováveis e Climatização, equipa esta com a qual se efetuou estágio.
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Uma das formas mais antigas de aproveitamento da energia solar é a sua conversão
em energia térmica, podendo-se a partir dela obter também energia elétrica, através
do vapor resultante do aquecimento de um fluido, que faz rodar as pás de uma turbina,
criando um movimento de rotação do eixo do gerador que produz eletricidade.
O aproveitamento da energia solar térmica para produzir água quente tem vindo a ser
cada vez mais frequentes nas habitações, pois tem-se apresentado como a opção
mais rentável no aquecimento de água numa cozinha, casa de banho ou piscina. Des-
ta forma, cresce a necessidade de implementação de sistemas solares térmicos com
circulação forçada ou termossifão.
Outra forma de aproveitar a energia solar será através de um sistema solar fotovoltai-
co, para produção de energia elétrica, que poderá ser vendida à rede (microprodução
– produção e venda de energia elétrica à rede) ou utilizada para o consumo próprio,
através do armazenamento em baterias.
2.3.2. BIOMASSA
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mental para reduzir os consumos de energia. Deste modo, caldeiras a biomassa for-
necem uma solução sustentável de energia eficiente. Um dos benefícios da sua utili-
zação é de que a biomassa se caracteriza como neutra no que se refere à emissão de
carbono.
Lenha e pellets são hoje a fonte de combustível mais económica para o aquecimento
de uma habitação, o que permite pagar o investimento nos equipamentos de aqueci-
mento a biomassa em muito pouco tempo. A figura seguinte mostra as diferenças de
custo por kW entre os combustíveis para aquecimento, tomando como referência o
custo por kW da lenha. Podemos facilmente verificar a poupança que obtemos quando
utilizamos a biomassa em detrimento das restantes formas de combustível para aque-
cimento.
2.4. BIOCLIMATIZAÇÃO
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ambiente com o máximo de conforto, pois controlam determinados parâmetros para
obter, através de um processo natural, a qualidade do ar, que são:
São várias as vantagens deste sistema, do ponto de vista ecológico, de salientar que
devido a ser um processo completamente natural, só necessitamos de água, que
depois é devolvida à atmosfera em forma de vapor, não são utilizados gases refrige-
rantes CFC ou similares, logo não são prejudiciais ao meio ambiente. Estes equipa-
mentos renovam constantemente o ar do local, eliminando o excesso de temperatura,
a poluição, fumos, odores etc. Substituindo ar congestionado por ar tratado, fresco e
com nível de humidade apropriado para garantir condições benéficas para as pessoas.
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aquecimento de uma casa, e para a instalação e manutenção de painéis solares foto-
voltaicos para produção de energia elétrica.
Irá ser efetuada a descrição dos trabalhos realizados, durante o período de estágio,
em colaboração com equipa de Energias Renováveis e Climatização da empresa, bem
como o princípio de funcionamento de cada sistema abordado.
Uma das atividades realizadas pela empresa passa pela instalação de um sistema de
coletores solares térmicos com circulação forçada numa residência em Arrifana – San-
ta Maria da Feira.
O sistema irá produzir o aquecimento de águas (AQS), sendo composto por dois cole-
tores solares que serão instalados num telhado sanduíche. O respetivo depósito de
AQS, com capacidade de 300L, vaso de expansão solar e de AQS, grupo circulador e
controlador solar serão instalados na casa das máquinas da residência, onde se
encontram os tubos de cobre que ligam o circuito dos coletores solares ao circuito do
depósito. A figura 2 representa o esquema da instalação.
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veis e Climatização contribuíram para a manutenção preventiva de sistemas solares
térmicos.
Os sistemas solares térmicos fornecem água quente para qualquer necessidade, for-
necem água quente sanitária, apoio ao aquecimento central, aquecimento de piscinas,
aplicações industriais, entre outras. Um sistema solar adequado garante um ótimo
aproveitamento da energia solar, contribuindo desta forma, para uma máxima poupan-
ça energética.
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A superfície do painel solar transforma a luz solar em calor aproveitável. Este calor é
absorvido pelo líquido solar que se encontra dentro do painel e é transportado com a
ajuda de uma bomba através de tubos devidamente isolados, até ao depósito de água
quente. A água quente está agora disponível num depósito acumulador pronta a ser
consumida. O material isolante deste, impede o arrefecimento da água, sendo possível
utilizar a água quente através da energia solar em períodos onde não existe sol, como
por exemplo, durante a noite.
Este é um sistema mais complexo, pelo que requer assim mais material do que o ter-
mossifão, logo os custos vão ser mais elevados.
Para que não seja possível uma eventual circulação em sentido contrário do fluido
térmico quando a temperatura do fluido é inferior à temperatura do depósito leva a que
sejam utilizadas as válvulas anti-retorno. A figura 3 representa o esquema de um sis-
tema solar térmico com circulação forçada.
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Figura 3 – Sistema solar térmico com circulação forçada
3.1.1.2. TERMOSSIFÃO
Existe um circuito fechado, que passa dentro do coletor solar e do termossifão, onde
circula um fluido térmico que, ao chegar ao termossifão, aquece a água da rede nele
existente. A circulação do fluido térmico acontece devido à alteração da sua densida-
de, pois o fluido quente é menos denso do que o fluido frio e, por isso, sobe enquanto
o fluido frio desce. Este circuito é contínuo sempre que haja radiação solar.
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Figura 4 – Sistema solar térmico com termossifão
Por vezes o equipamento apresenta falhas no seu funcionamento que são resultado
da danificação ou degradação de alguns dos seus componentes. Dessa forma, será
necessária uma averiguação desses problemas de modo a que a caldeira volte a fun-
cionar devidamente.
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As fases de funcionamento de uma caldeira correspondem:
Carregamento de pellets
Os pellets devem ser colocados no depósito do equipamento para que este possa se
autoalimentar, e através de um mecanismo sem fim os pellets são automaticamente
introduzidos no queimador, na cadência necessária para manter o calor programado.
Ignição
É feita através de uma resistência elétrica localizada atrás do queimador. Esta irá tor-
nar-se incandescente e em conjunto com a passagem de ar irá atear os pellets, permi-
tindo um acendimento rápido e automático.
Combustão
Durante a combustão ocorre a permuta do calor que aquece a água no interior da cal-
deira, mediante a temperatura desejada.
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do permutador de calor e a temperatura programada for inferior a um dado valor que
varia de fabricante para fabricante.
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Figura 6 – Instalação de um BIOCOOLER com cubo difusor
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Figura 7 – Principais constituintes de um sistema de arrefecimento evaporativo do ar
Renovação de ar
Logo após passar por um sistema de arrefecimento evaporativo, o ar tem a sua humi-
dade relativa elevada para níveis próximos à saturação. Ao adentrar o ambiente este
ar aquece, abatendo as cargas térmicas existentes no local e reduzindo a humidade
relativa sem, no entanto, voltar aos níveis originais (antes do arrefecimento).
Exaustão e aberturas
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verificar a disposição das mesmas para se otimizar a circulação do ar por todo o
ambiente.
Qualidade da água
Água com altos teores de minerais, principalmente cálcio deve ser evitada pois a con-
centração dos sólidos solúveis tende a aumentar com a evaporação (só água pura
evapora) e, a partir de certo ponto, haverá supersaturação e precipitação dos minerais.
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O sistema solar térmico é constituído por:
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chave inglesa aperta-se o joelho de latão no ponto de entrada da água da companhia.
De seguida, liga-se um passador ao joelho de latão. Com a chave inglesa aperta-se o
passador ao joelho. A este passador liga-se uma válvula de retenção ¾”, que permite
a passagem do fluido num sentido, impedindo-o em sentido contrário, e a esta válvula
ligam-se três T de latão ¾”, como mostra a figura 11. Todos os apertos com estas
peças requerem a colocação de linho e massa VEDOX como vedante.
Figura 11 - Ligação de um joelho ¾”, passador ¾”, válvula anti retorno ¾” e 3 T de latão ¾” à
entrada da água da rede
O primeiro T de latão serve para a ligação da mistura da água fria da companhia com
a água quente para consumo. Esta mistura consegue-se através de uma válvula mis-
turadora termostática. Na saída da água quente, na parte superior do depósito, coloca-
se uma válvula de passagem e posteriormente a válvula misturadora termostática, que
é responsável pela mistura da água fria da companhia com a água quente para con-
sumo, de forma a permitir que a água quente para consumo não alcance temperaturas
demasiado elevadas. A sua utilização possibilita a extração de maiores volumes de
água, promove a utilização racional de energia e pode evitar queimaduras.
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Figura 12 – Válvula de passagem e válvula misturadora termostática
Um fluido dilata (aumenta o volume) quando é aquecido. Num circuito solar (fechado),
é o vaso de expansão que permite compensar essa dilatação, impedindo que a válvula
de segurança descarregue, ou que algum acessório ou tubo ceda provocando a rutura
nesse circuito.
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O circuito secundário é composto por tubagens PEX multicamada de 20mm. Do pri-
meiro T de latão (na válvula de passagem) à válvula misturadora termostática aplica-
se a tubagem PEX multicamada de 20mm. Para isso, recorre-se a uma fita métrica,
tesoura corta-tubos e um curvador de tubos para auxiliar o processo. Ao terceiro T de
latão aplica-se a tubagem, desde a saída inferior do T, até á entrada de água fria da
companhia no depósito, respeitando o processo anterior. O circuito para o vaso de
expansão de AQS liga-se à outra saída do T de latão. De seguida, faz-se a ligação
desde a saída da água quente da válvula misturadora termostática até ao circuito de
consumo, com o devido isolamento térmico (22 x 9 esponja) na tubagem PEX multi-
camada, como mostra a figura 14.
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II. Ligação do circuito primário, correspondente às tubagens que ligam o circuito
dos coletores solares térmicos à serpentina do depósito de AQS
Os painéis irão ser ligados em paralelo de canais de acordo com a figura 15. As liga-
ções em paralelo de canais apresentam vantagens como, por exemplo, um baixo cus-
to, instalação simples, menor perda de carga e maior rendimento.
A estrutura de suporte dos coletores solares, em alumínio, será aplicada num telhado
plano sanduíche. Estas coberturas facilitam a fixação da estrutura e são superfícies
seguras para instalação.
A zona onde a estrutura irá ser aplicada foi previamente definida, com a marcação dos
respetivos pontos de fixação ao telhado, respeitando a orientação para sul. De segui-
da, a estrutura de fixação foi montada de acordo com os perfis de alumínio que a
constituem, com a inclinação necessária para o máximo aproveitamento de energia
solar durante todo ano.
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Figura 16 - Estrutura de fixação dos coletores solares planos
Para a estabilidade e segurança dos painéis usam-se, entre eles, módulos de fixação
em inox.
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Figura 18 – Módulos de fixação entre os coletores solares
O retorno do fluido solar que vem do depósito para o circuito dos painéis irá passar
pela entrada na parte inferior direita dos painéis e o fluido aquecido por eles irá sair,
em direção ao circuito de serpentina do depósito, pela parte superior esquerda.
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sai no telhado (também de medida 15 mm), através de uniões bicone de 15 mm. Usar
sempre o devido isolamento para diminuição das perdas térmicas sujeitas nas tuba-
gens. Foi utilizado isolamento 15x9 de esponja.
No canto inferior esquerdo e no canto superior direito, nos tubos de cobre do circuito
dos painéis, colocam-se tacos bicone, pois essas entradas não terão ligação.
Na saída do fluido solar, na parte superior esquerda, coloca-se uma cruzeta de latão
22 x 22 x ½” x ½” onde irá ser ligada a tubagem de cobre do circuito de saída do fluido
e uma sonda de temperatura, que comunica a temperatura de saída ao controlador
solar.
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A tubagem de cobre do circuito de saída do fluido deve conter o respetivo isolamento
térmico. Essa tubagem é ligada ao outro tubo de cobre que sai no telhado. A sonda irá
passar por um tubo Gris, que se encontra junto desses tubos de cobre, e sair na casa
das máquinas para posteriormente ser ligada ao controlador solar.
Com a instalação do circuito primário exterior (telhado) finalizada, falta concluir o cir-
cuito primário na casa das máquinas.
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Figura 23 – Fixação do grupo hidráulico e controlador solar
O circuito de retorno do fluido que passa pelo grupo hidráulico é ligado desde o tubo
de cobre que se encontra na parede (figura 24), que vem do telhado até à casa das
máquinas, até ao depósito por onde o fluido solar sai, em direção ao circuito dos pai-
néis. A tubagem necessita do respetivo isolamento térmico.
Figura 24 – Tubos de cobre que fazem a ligação entre a casa das máquinas e o telhado
Como mostra a figura 25, a ligação do circuito primário ao depósito é feita através das
saídas da sua serpentina. No depósito é representado por IN solar o ponto de entrada
do fluido aquecido, e por OUT solar o ponto de saída do fluido em direção ao circuito
dos painéis.
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Figura 25 – IN solar e OUT solar correspondentes ao depósito
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saída dos painéis, o cabo da sonda de temperatura do depósito e uma saída a relé da
bomba de circulação, que é acionada de acordo com a diferença de temperatura entre
o coletor solar térmico e o reservatório. O CDT serve para controlar o fluxo de água
entre o coletor e o reservatório de acordo com a diferença de temperatura entre esses
dois pontos.
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Verificar se não há válvulas fechadas inadvertidamente, que impeçam a circu-
lação;
Deixar circular o fluido por uns minutos para arrastar a sujidade e proceder ao
esvaziamento.
Depois de confirmar que tudo está correto para o bom funcionamento do sistema, pre-
para-se o controlador solar e o sistema ficará apto a produzir o aquecimento de água
(AQS).
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Figura 28 – Enchimento do circuito primário com o fluido térmico
Coletor solar:
o Cobertura (vidro)
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Inspeção visual para deteção de alterações no tratamento seletivo (coletor
seletivo) ou pintura negra (coletor não seletivo) comparativamente ao seu
aspeto original.
o Ligações hidráulicas
Verificar o estado das uniões entre coletores e entre estes e a tubagem. Rea-
pertar, se necessário. Caso tal não seja suficiente, propor a correção adequa-
da.
o Caixa (Termossifão)
Estrutura de suporte:
Circuito hidráulico:
o Tubagem
o Isolamento
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Verificar e registar o valor do ph do fluido. Propor a sua substituição integral
caso seja inferior a 7.
Purgadores:
Bomba:
Vaso de expansão:
Válvula de segurança:
Caudalímetro:
Permutador:
Verificar eficácia.
Sondas de temperatura:
Depósito:
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Verificar sistema de proteção contra corrosão (ânodo de magnésio).
Verificar o estado de conservação do isolamento e a estanquicidade de todas
as ligações hidráulicas.
Em instalações abastecidas por água que não seja proveniente da rede públi-
ca, aferir a operacionalidade do sistema de filtragem/tratamento. Caso esse
sistema não exista ou se encontre inoperativo, verificar da existência de lodos
no inferior do depósito e limpar.
Em instalações abastecidas por água da rede pública, a periodicidade da verifi-
cação e limpeza do interior do depósito deve ser a recomendada pela boa prá-
tica local.
Permutador de calor:
Grupo de segurança:
Vaso de expansão:
Misturadora termostática:
Circuito hidráulico:
o Tubagem
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Inspeção visual para verificar o estado de conservação e ausência de humida-
de. Em isolamento exterior verificar o estado da proteção mecânica.
4.1.2.3. Controlo
Central regulação:
Resistência elétrica:
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Retirar o queimador do seu compartimento de encaixe e proceder à sua limpe-
za, eliminando os resíduos presentes.
Para isso utilizou-se uma escova de aço para o raspar, um pincel de limpeza, e atra-
vés de um atiçador de brasas ou similar, libertou-se a furação, limpando todos os orifí-
cios presentes no queimador, para que se consiga facilitar a passagem do ar e a
queima dos pellets.
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Figura 30 – Limpeza do compartimento de encaixe do queimador e câmara de combustão
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Figura 32 - Limpeza dos canais de passagem de ar e turbuladores
Retirou-se o extrator de fumos que foi devidamente limpo através de uma escova de
plástico e de um pincel de limpeza, para não danificar as suas partes frágeis.
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Verificar se o mecanismo de transporte de pellets se encontra no seu correto
funcionamento e verificar se não existe obstruções no tubo de transporte para
evitar futuros entupimentos.
Removeu-se o motor redutor e o parafuso sem fim, responsável pelo transporte dos
pellets até à zona de combustão, para efetuar uma limpeza mais profunda. Averiguou-
se o estado do motor e utilizou-se um escovilhão para limpeza do parafuso sem fim.
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Limpar e verificar fugas na conduta de fumos.
Comprovar que a junta de fibra de vidro, colocada nas portas frontais, está
totalmente compatível com o aro da mesma, o que as torna estanques. Em
caso contrário substituí-las.
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No final da limpeza do interior da caldeira, dos seus componentes e depois da realiza-
ção de todas as operações necessárias, utilizou-se como combustível, para o arran-
que da caldeira, uma caixa de pellets de limpeza, um pellet com maior poder calorífico,
com o objetivo de eliminar a fuligem e alcatrão da conduta de extração dos gases.
A falta de manutenção de caldeiras origina mensagens de erros que por vezes não
são avarias mas simplesmente falta de limpeza em zonas chave destes equipamentos.
Contudo, alguns problemas devem-se à degradação de componentes que requerem a
sua substituição ou reparação.
Situação 1
o Problema
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O transporte automático dos pellets, responsável pelo parafuso sem fim, desde o silo
da caldeira até ao seu interior não se verificava.
o Solução
O primeiro passo foi esvaziar completamente o silo dos pellets. Logo se verificou que
no seu fundo havia acumulação significativa de serrim e essa acumulação de serrim é
que dificultava a entrada dos pellets no parafuso sem fim do equipamento.
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Situação 2
o Problema
A ignição automática de uma caldeira não ocorria, uma vez que, os pellets não eram
transportados até à zona de combustão.
o Solução
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Através do alicate amperímetro comprovou-se a passagem de corrente. De seguida,
averiguou-se o tubo flexível responsável pelo transporte do combustível, desde o
depósito interno da caldeira até à zona de combustão onde se realiza a queima dos
pellets. Este tubo apresentava-se danificado, provocando o seu entupimento e, conse-
quentemente, não permitindo a passagem dos pellets até à zona de combustão.
Figura 43 – Tubo flexível responsável pelo transporte dos pellets até à zona de combustão
O tubo flexível foi retirado do equipamento e substituído por um tubo novo. Feita a
substituição, testou-se o arranque da caldeira e comprovou-se o seu correto funcio-
namento.
Situação 3
o Problema
Numa outra situação, o parafuso sem fim de uma caldeira não efetuava o transporte
de pellets do silo para o depósito interno.
48
o Solução
Para comprovar que não havia acumulação de serrim no fundo do silo, esvaziou-se a
carga do depósito. O fundo do silo apresentou-se sem qualquer impedimento para o
funcionamento do parafuso sem fim. De seguida, mediu-se a passagem de corrente
elétrica no motor redutor do sistema de alimentação automático, com o auxílio de um
amperímetro. Não se comprovou a passagem de corrente no motor, logo, o parafuso
sem fim (figura 45) foi removido do equipamento e o respetivo motor foi para repara-
ção (para o técnico da marca) para depois ser ligado ao parafuso sem fim e introduzi-
do no interior da máquina. Durante o período em que o motor redutor esteve em repa-
ração, o abastecimento da caldeira realizou-se manualmente.
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Figura 46 – Demonstração de possíveis problemas, causas e resoluções em caldeiras
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4.3. ARREFECIMENTO EVAPORATIVO
BIOCOOLER
Conduta de suporte
Conduta de difusão
Figura 47 – BIOCOOLER
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Inicialmente, na zona de instalação do BIOCOOLER, alinhada com os outros equipa-
mentos existentes, desenhou-se um quadrado com 560x560 mm, que representa a
medida das condutas. Para a medição e marcação, utilizou-se uma régua, uma fita
métrica e um marcador. De seguida, com uma rebarbadeira, cortou-se o orifício para a
passagem da conduta. Após o corte do orifício, levantou-se uma borda em torno do
quadrado, utilizando um alicate e a própria chapa do painel sanduiche.
Concluída esta fase, o próximo passo é inserir a conduta de suporte no orifício. Puxou-
se a conduta, do interior da fábrica até ao orifício, através de uma corda resistente,
deixando o comprimento na parte exterior da conduta necessário para o encaixe do
BIOCOOLER. Utilizou-se um nível para nivelar a conduta e um marcador para dese-
nhar na conduta a linha de nível. Através de uma aparafusadora, com parafusos auto-
perfurantes, fixou-se a borda do painel da cobertura na conduta de suporte.
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Figura 50 – Conduta inserida no orifício e sua fixação na borda da cobertura
Para não permitir a entrada da água para o interior das instalações, na zona do orifí-
cio, a sua vedação é fundamental. Para isso, numa chapa de alumínio, foram feitas as
medidas necessárias para o corte da chapa para a sua fixação em torno da conduta e
no painel sanduiche, de acordo com a figura 51.
A chapa de alumínio irá passar por fora da conduta, sendo fixada em volta dela e da
cobertura sanduiche. Utilizou-se cola e veda entre a chapa e a conduta e entre a cha-
pa e a cobertura para uma melhor vedação. Para a fixação da chapa de alumínio na
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conduta e na cobertura sanduiche, utilizaram-se parafusos auto-perfurantes, que
foram fixados através da aparafusadora.
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A conduta de suporte para o segundo BIOCOOLER foi aplicada num orifício onde exis-
tia um ventilador antigo. As tarefas realizadas para a colocação da conduta e do BIO-
COOLER foram as mesmas que no processo anterior, mas como já existia um ventila-
dor, o orifício para a passagem da conduta já estava feito. Uma vez que o orifício não
tinha as medidas de acordo com as condutas, apenas foi necessário colocar duas bar-
ras de suporte em alumínio para a fixação da conduta. Fixaram-se as barras de supor-
te à cobertura e à conduta e para vedação, utilizou-se cola e veda.
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Resta fazer a ligação das condutas interiores, das condutas de difusão e dos cabos
elétricos responsáveis pela alimentação do motor do ventilador e do motor de distribui-
ção da água.
Com cabo de aço, as condutas de suporte foram fixadas ao teto da fábrica, para maior
segurança e estabilidade das condutas. Os cabos de aço foram aplicados em todos os
cantos da conduta de suporte.
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Para finalizar, a alimentação elétrica do ventilador e da bomba de distribuição da água
é feita através da passagem dos respetivos cabos elétricos, do canto inferior do equi-
pamento até ao interior da fábrica, onde serão ligados no respetivo quadro elétrico.
Para isso, fez-se um pequeno furo por onde os cabos de alimentação irão passar.
Estes cabos passam por dentro de tubos VD 16, são fixados com abraçadeiras numa
esteira de metal que se encontra no teto, e seguem ao longo da esteira pela parede
até alcançarem o quadro elétrico.
Figura 59 – Trajeto dos cabos de alimentação desde o BIOCOOLER até ao quadro elétrico
Todas as tarefas descritas anteriormente foram realizadas para a instalação das con-
dutas de suporte, de difusão, e para a ligação dos cabos de alimentação do segundo
BIOCOOLER.
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5. REFLEXÕES FINAIS
Uma das conclusões a que se chegou é que, uma das grandes barreiras enfrentadas
no decorrer do estágio prende-se com a falta de preparação de origem técnico-prática
ao longo do curso.
Apesar dos entraves de origem prática, considera-se que o estágio contribui para uma
elevada evolução, sendo que desta forma todas as espectativas iniciais existentes
foram superadas.
Em forma de conclusão pode-se afirmar que o estágio serviu efetivamente para uma
maior consolidação de todos os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos ao longo
do curso, bem como para um crescimento pessoal associado.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIOCOOLER SMART - COOLING: 100% NATURAL COOLING - Ideal for large buil-
dings. Chatron. Disponível em: <https://www.chatron.pt>. Acesso em: 2018.
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