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ESCOLA POLITÉCNICA
DCTM
ENG – A53
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II
Colaboradores:
Profº Antônio Sérgio Ramos da Silva
Profa Vanessa Silveira Silva
Téc. Paulo César de Jesus Sant’Anna
2019.2 vr 34
Revisado em JULHO/2019
SALVADOR/BA
1
APRESENTAÇÃO
2
ÍNDICE
PARTE I – AGREGADOS
2 – MISTURA DE AGREGADOS............................................................................. 32
2.1 - Características da Mistura........................................................................... 32
2.2 – Exercícios................................................................................................... 32
PARTE II – AGLOMERANTE
1 – GESSO.............................................................................................................. 36
1.1 – Exigências Físicas e Mecânicas do Gesso para a Construção Civil – NBR
13207.......................................................................................................... 36
1.2 – Caracterização Física do Gesso................................................................. 36
1.2.1 – Granulometria – NBR 12127............................................................... 36
1.2.2 – Massa Unitária – NBR 12127.............................................................. 37
1.2.3 – Consistência Normal – NBR 12128..................................................... 38
1.2.4 – Tempo de Pega – NBR 12128............................................................ 39
1.2.5 – Dureza – NBR 12129.......................................................................... 39
1.2.6 – Resistência à Compressão – NBR 12129........................................... 40
2 – CIMENTO........................................................................................................... 42
2.1 – Especificação dos cimentos Portland......................................................... 42
2.2 – Caracterização............................................................................................ 44
2.2.1 - Resistência à compressão - NBR 7215............................................... 44
2.2.2 - Consistência normal - NBR 16606........................................................ 48
2.2.3 – Tempos de pega - NBR 16607............................................................ 49
2.2.4 - Finura na peneira 75 µm (nº 200) - NBR 11579................................... 50
2.2.5 - Finura (SUPERFÍCIE ESPECÍFICA) PELO MÉTODO DE BLAIN - NM
76.............................................................................................................. 51
2.2.6 - Massa específica – NBR NM 23.......................................................... 53
2.2.7 - Expansibilidade de Le Chatelier – NBR 11582..................................... 55
3
PARTE III – CONCRETO
1 - CONSUMO DE MATERIAIS............................................................................... 57
2 - MEDIÇÃO DE MATERIAIS................................................................................. 58
2.1 – Exercicios................................................................................................... 59
3 - MÉTODOS DE DOSAGEM................................................................................ 61
3.1 - Método ACI.................................................................................................. 61
3.2 - Exercícios.................................................................................................... 66
3.3 - Misturas Experimentais............................................................................... 68
3.4 – Ajuste de traço............................................................................................ 69
6 – CONTROLE DA RESISTÊNCIA........................................................................ 82
7 – LISTA DE EXERCÍCIOS.................................................................................... 87
PARTE IV – ARGAMASSA
4
3 – ENSAIOS DA ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO EM ESTADO
APLICADO........................................................................................................... 96
3.1 Avaliações qualitativas – chapisco................................................................. 96
3.2 Determinação da resistência à tração de revestimentos de argamassa aplicados em obra
e laboratório substratos inorgânicos não metálicos –
NBR 13528.......................................................................................................... 97
3.3 Ensaio de absorção de água sob baixa pressão........................................... 99
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I - AGREGADOS
DEFINIÇÕES
Agregado - material granular sem forma e volume definidos, geralmente inerte, de dimensões
e propriedades adequadas para produção de argamassas e concretos.
Agregado graúdo - material granular cujos grãos passam pela peneira com abertura de
malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com aberturada de malha de 4,75 mm
(ex.: pedregulho, brita e seixo rolado).
Agregado miúdo - material granular cujos grãos passam pela peneira de 4,75 mm e que
ficam retidos na peneira de 0,075mm (ex.: areia de origem natural ou resultante
do britamento de rochas estáveis, ou mistura de ambas).
Caracterização - determinação da composição granulométrica e de outros índices físicos dos
agregados de modo a verificar as propriedades e características necessárias à
produção de concreto e argamassas.
Superfície específica - relação entre a área total da superfície dos grãos e sua massa.
Amostra parcial – parcela de agregado retirada, de uma só vez, de determinado local do lote.
Amostra de campo - porção representativa de um lote de agregado, coletada nas condições
prescritas na NBR NM 26:2001, seja na fonte de produção, armazenamento ou
transporte. É obtida a partir de várias amostras parciais.
Amostra de ensaio - amostra de agregado representativa da amostra de campo, obtida
segundo a NBR NM 27:2001, destinada à execução de ensaio em laboratório.
6
APARELHAGEM
7
ENSAIO
● formar duas amostras M1 e M2 de acordo com NBR NM 27:2001;
● secar as amostras em estufa a 100ºC;
● determinar as massas (M1, M2), à temperatura ambiente;
● colocar cada amostra (M1 ou M2) no conjunto de peneiras;
● promover agitação mecânica. Se não for possível, adote o processo manual;
● destacar as peneiras e agitar manualmente até que o material passante seja inferior a 1%
da massa total da amostra ou fração, em 1 minuto de agitação;
● determinar a massa do material retido em cada peneira.
Obs: o somatório das massas deve diferir, no máximo, 0,3% da massa inicial da amostra
seca.
RESULTADOS
Cálculos
Para cada amostra, calcular:
8
EXEMPLO DE CURVA GRANULOMÉTRICA DE AGREGADO MIÚDO:
Zona Utilizável
Zona Ótima
AGREGADO
MIÚDO
ENSAIADO
9
EXEMPLO – AGREGADO MIÚDO
GRANULOMETRIA
Peneiras Massa retida (g) % Retida individual % Retida
ABNT (mm) M1 M2 M1 M2 Md acumulada
Massa Inicial (g) 504,6 505,7
6,3 0,0 0,0
4,75 15,0 16,1
2,36 59,6 58,9
1,18 65,6 66,9
600 97,2 95,6
300 170,8 172,0
150 61,1 61,4
FUNDO 34,6 33,7
TOTAL
% PERDA
10
EXEMPLO – AGREGADO GRAÚDO
GRANULOMETRIA
% Retida
Peneiras Massa retida (g) % Retida individual
acumulada
ABNT (mm)
M1 M2 M1 M2 Md
Massa Inicial (g) 10484 10478
37,5 0,0 0,0
31,5 346,5 368,5
25 1785,0 1745,0
19 7224,0 7248,0
12,5 724,5 688,5
9,5 294,0 308
6,3
4,75
2,36
1,18
600
300
150
FUNDO 105 112
TOTAL
% PERDA
11
1.2 - MATERIAIS PULVERULENTOS – NBR NM 46
DEFINIÇÃO
APARELHAGEM
AMOSTRA
A massa mínima para o ensaio é proporcional à dimensão máxima do agregado e deve estar
de acordo com a tabela abaixo.
Dimensão máxima do Massa mínima da amostra
agregado(mm) (g)
2,36 100
4,75 500
9,5 1000
19,0 2500
37,5 ou superior 5000
ENSAIO
RESULTADO
a) Agregado miúdo
MASSA (g) DA
MASSA (g) DA AMOSTRA TEOR DE MATERIAL
AMOSTRA
DEPOIS DA LAVAGEM PULVERULENTO (%)
ANTES DA LAVAGEM
Mi 1 Mi 2 Mf 1 Mf 2 AMOSTRA 1 AMOSTRA 2 MÉDIA
702,33 701,98 679,44 678,78
12
b) Agregado graúdo
● O teor de material pulverulento do agregado MIÚDO deve ser: a) menor ou igual a 3% para
utilização em concreto submetido a desgaste superficial e b) menor ou igual a 5% para os
demais concretos.
● Para agregado GRAÚDO o teor de material pulverulento deve ser menor ou igual a 1%.
DEFINIÇÃO
Massa específica - relação entre a massa do agregado seco e o volume dos grãos, incluindo
os poros impermeáveis.
APARELHAGEM
AMOSTRA
ENSAIO
13
RESULTADO
𝑀𝑆 500
𝜌= =
𝐿 − 𝐿𝑂 𝐿 − 200
onde:
= massa específica do agregado miúdo expressa em kg/dm 3;
Ms = massa do material seco (500 g);
Lo = leitura inicial do frasco (200 cm 3);
L = leitura final do frasco.
Obs.: a) duas determinações consecutivas não devem diferir entre si de mais de 0,05
kg/dm3;
b) resultado expresso com três algarismos significativos.
EXEMPLO
DETERMINAÇÃO 1ª 2ª
Ms MASSA DE AREIA SECA (g) 500 500
Lo LEITURA INICIAL (cm 3) 200 200
L LEITURA FINAL (cm3)
MASSA ESPECÍFICA (kg/dm 3)
Valor médio (kg/dm3)
APARELHAGEM
14
AMOSTRA
A massa mínima para o ensaio é proporcional à dimensão máxima do agregado e deve estar
de acordo com a tabela
ENSAIO
● lavar a amostra e secar até constância de massa à temperatura de 105º - 110ºC e pesar
conforme tabela acima;
● imergir em água à temperatura ambiente por ± 24h;
● secar superficialmente a amostra e determinar a massa Ms (agregado saturado com
superfície seca);
● colocar a amostra no recipiente para determinação da massa Ma (massa em água);
● secar até massa constante a 105ºC, deixar esfriar e pesar novamente (m, agregado
seco).
RESULTADOS:
𝑚
● Massa específica do agregado seco – 𝑑 =𝑚
𝑠 −𝑚𝑎
𝑚𝑠
● Massa específica do agregado na condição saturado superfície seca - 𝑑𝑠=
𝑚𝑠 −𝑚𝑎
𝑚
● Massa específica aparente - 𝑑𝑎=
𝑚−𝑚𝑎
𝑚𝑠 −𝑚
● Absorção de água -𝐴 =( ) × 100
𝑚
15
EXEMPLO
MÉDIA
DETERMINAÇÃO AM1 AM2
(g/cm3)
m Massa da amostra seca (g)
ms Massa da amostra na condição saturada superfície
seca (g)
ma Massa em água da amostra (g)
d Massa específica (g/cm 3)
ds Massa específica saturada superfície seca (g/cm 3)
da Massa específica aparente (g/cm 3)
A Absorção de água (%)
APARELHAGEM
AMOSTRA
ENSAIO
RESULTADO
𝑀𝑆
𝜌=
(𝑀1 + 𝑀𝑠 ) − 𝑀2
onde:
= massa específica do agregado graúdo expressa em kg/dm 3;
Ms = massa do material seco (700 g);
M1 = leitura inicial, massa do picnômetro + água;
M2 = leitura final, massa do picnômetro + amostra + água.
16
EXEMPLO
DEFINIÇÕES
APARELHAGEM
● peneiras de ensaio de acordo com a ABNT NBR NM ISO 3310-1, das séries normal e
intermediária, como estabelece a ABNT NBR NM 248;
● paquímetro calibrado com resolução de 0,1 mm ou melhor;
● estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de (105 + 5) °C.
AMOSTRA
A amostragem do agregado e a sua redução para ensaio devem ser realizadas de acordo
com as ABNT NBR NM 26 e ABNT NBR NM 27, nas quantidades mínimas estabelecidas na
Tabela 1.
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Tabela 1 - Quantidade mínima de material para ensaio
> 9,5 mm e 19 mm 5
> 19 mm e 25 mm 10
> 25 mm e 37,5 mm 15
> 37,5 mm 20
ENSAIO
● Secar a amostra em estufa mantida a (105 + 5) °C até massa constante ou pelo menos por
24 h.
● Realizar a análise granulométrica da amostra, de forma a dividi-la em frações, de acordo
com a ABNT NBR NM 248, utilizando as peneiras das séries normal e intermediaria, a partir
da peneira de abertura 9,5 mm.
● Desprezar as frações passantes na peneira com abertura de malha de 9,5 mm e aquelas
cujas porcentagens, retidas individuais em massa, sejam iguais ou menores que 5 %.
Cada fração obtida de acordo com a Seção 6 deve ser quarteada como estabelece a ABNT
NBR NM 27, até a obtenção do número de grãos resultantes do cálculo pela seguinte
equação.
200
𝑁𝑖 = ∗ 𝐹𝑖
𝐹1 +𝐹2 + ⋯ 𝐹𝑖 … 𝐹𝑛
Onde:
200 representa o número de grãos necessários para a realização do ensaio;
é o número de grãos a serem medidos na fração I;
Fi é a porcentagem de massa retida individual da fração I;
F1 + F2 +...Fi ...Fn é a soma das porcentagens, retidas individuais, em massa,
das frações obtidas.
Quando for fracionário, deve ser arredondado ao inteiro mais próximo.
18
RESULTADOS
Cálculo:
O índice de forma é calculado pela seguinte equação:
𝑐𝑚é𝑑𝑖𝑜
𝐼=
𝑒𝑚é𝑑𝑖𝑜
onde:
I é o índice de forma do agregado;
cmédio é o comprimento médio, expresso em milímetros (mm) dos 200 grãos;
emédio é a espessura média, expressa em milímetros (mm) dos 200 grãos.
DETERMINAÇÃO
10
19
1.5 - MASSA UNITÁRIA EM ESTADO SOLTO - NBR NM 45
DEFINIÇÃO
Massa unitária no estado solto - relação entre a massa do agregado seco contida em
determinado recipiente e o volume deste.
APARELHAGEM
● balança;
● estufa;
● concha ou pá;
● recipiente cujas dimensões variam em função da dimensão máxima característica da
amostra de acordo com a tabela.
ENSAIO
RESULTADO
𝐌𝐚𝐬𝐬𝐚 𝐝𝐨 𝐚𝐠𝐫𝐞𝐠𝐚𝐝𝐨
Massa unitária (kg/m 3): ( )
𝐕𝐨𝐥𝐮𝐦𝐞 𝐝𝐨 𝐫𝐞𝐜𝐢𝐩𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞
Obs.:
a) média de três determinações;
b) os resultados não devem diferir mais de 40 Kg/m 3;
c) resultado com aproximação de 10 kg/m 3
Nota importante: no caso de agregado miúdo (areia), a massa unitária varia com o teor de
umidade (ver inchamento); por isso o ensaio deve ser feito com
agregado seco.
20
EXEMPLO
𝑀
𝜇= 𝑥 1000
𝑉
● balança;
● estufa;
● concha ou pá;
● recipiente cujas dimensões variam em função da dimensão máxima característica da
amostra de acordo com a tabela;
● haste de adensamento.
RESULTADO
Massa do agregado
Massa unitária (kg/m 3): ( )
Volume do recipiente
21
Obs.: a) média de três determinações;
b) os resultados não devem diferir mais de 40 Kg/m 3;
c) resultado com aproximação de 10 kg/m³.
Nota importante: no caso de agregado miúdo (areia), a massa unitária varia com o teor de
umidade (ver inchamento); por isso o ensaio deve ser feito com
agregado seco.
𝑀
𝜇= 𝑥 1000
𝑉
EXEMPLO
1.7 - UMIDADE
DEFINIÇÃO
Umidade - relação entre a massa de água contida no agregado e sua massa seca,
expressa em %.
𝑴𝒂 𝑴 𝒉 − 𝑴𝒔
𝒉= × 𝟏𝟎𝟎 = × 𝟏𝟎𝟎
𝑴𝒔 𝑴𝒔
onde:
h = umidade do agregado (%);
Mh = massa da amostra úmida (g);
Ma = massa de água (g);
Ms = massa do agregado seco (g).
h UMIDADE (%)
22
1.7.2 - DETERMINAÇÃO DA UMIDADE SUPERFICIAL DO AGREGADO MIÚDO PELO
MÉTODO DO FRASCO DE CHAPMAN - NBR 9775
DEFINIÇÃO
APARELHAGEM
● balança com capacidade de 1 kg e sensibilidade de 1g ou menos;
● frasco de Chapman.
ENSAIO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Chamando de:
𝐿 = Leitura do frasco
𝑣 = Volume ou peso da água carregada pela areia
𝑉 = Volume real da areia seca
𝑃𝑠 = Peso seco da areia
𝛾 = Massa específica real da areia
𝑃ℎ = Peso úmido = 500g
ℎ = Teor de umidade (%)
Tem-se: 𝐿 = 200 + 𝑣 + 𝑉
ℎ . 𝑃𝑠 𝑃𝑠 100
Sendo: 𝑣 = e𝑉 = e ainda: 𝑃𝑠 = 𝑘 . 𝑃𝑠 = 100+ℎ 𝑃ℎ
100 𝛾
ℎ 100 𝑃ℎ
Tem-se: 𝑣 = 100+ℎ 𝑃ℎ e𝑉 = 100+ℎ . 𝛾
100 100 𝑃ℎ
𝐿 = 200 + 𝑃ℎ + ×
100 + ℎ 100 + ℎ 𝛾
RESULTADO
[(𝐿 − 200)𝜌] − 500
ℎ= × 100
𝜌(700 − 𝐿)
23
onde:
Obs.:
a) média de duas determinações;
b) os resultados não devem diferir entre si mais do que 0,5%.
EXEMPLO
DETERMINAÇÃO 1ª 2ª 3ª
APARELHAGEM
● aparelho Speedy;
● ampolas com cerca de 6,5g de carbureto de cálcio (CaC 2).
AMOSTRA
UMIDADE ESTIMADA (%) MASSA DA AMOSTRA (g)
5 20
10 10
20 5
30 ou mais 3
ENSAIO
● determinar a massa;
● colocar amostra na câmara do aparelho;
● introduzir duas esferas de aço e a ampola de carbureto;
● agitar o aparelho;
● efetuar leitura da pressão manométrica;
● verificar tabela de aferição própria do aparelho;
● encontrar h1.
24
Obs.: Se a leitura for menor do que 0,2 kg/cm 2 ou maior do que 1,5 kg/cm 2, repetir o ensaio
com a massa da amostra imediatamente superior ou inferior, respectivamente;
RESULTADO
𝒉
𝒉 = 100−𝟏 𝒉 × 100 (%)
𝟏
Onde:
h = teor de umidade em relação a
massa seca (%);
h1 = umidade dada pelo aparelho em
relação à amostra total úmida (%).
APARELHAGEM
REAGENTES E SOLUÇÕES
● água destilada;
● hidróxido de sódio (90 a 95% de pureza);
● ácido tânico;
● álcool (95%).
AMOSTRA
25
ENSAIO
RESULTADO
Comparar a cor da solução obtida com a da solução padrão, observando se é mais clara, mais
escura ou igual a da solução padrão.
Obs.: No caso de a solução resultante da amostra apresentar cor mais escura que a da
solução padrão, a areia é considerada suspeita e deverão ser procedidos ensaios
de qualidade conforme NBR 7221.
DEFINIÇÕES
Umidade crítica: Teor de umidade acima do qual o coeficiente de inchamento pode ser
considerado constante e igual ao coeficiente de inchamento na umidade crítica.
APARELHAGEM
● encerado de lona;
● balanças com capacidade de 50 kg e resolução de 100 g e com capacidade de 200 g e
resolução de 0,01 g;
● recipiente padronizado (NBR NM 45)
● régua;
● estufa;
● cápsulas com tampa;
● concha ou pá;
● proveta graduada.
26
ENSAIO
a) homogeneizar a amostra;
b) determinar sua “massa unitária úmida”;
c) coletar material em cápsulas para determinação da umidade em estufa.
RESULTADOS
𝑽𝒉 𝝁 (𝟏𝟎𝟎 + 𝒉)
𝑪𝑰 = = ×
𝑽𝒔 𝝁𝒉 𝟏𝟎𝟎
onde:
CI = coeficiente de inchamento;
h = umidade do agregado (%);
𝝁 = massa unitária do agregado seco (kg/dm 3);
𝝁𝒉 = massa unitária do agregado com h% de umidade (kg/dm 3).
Obs.:
a) o coeficiente de inchamento médio é empregado para correção do volume do
agregado miúdo;
b) seu emprego é adequado quando a umidade do agregado é superior ou igual
à umidade crítica.
27
(𝑀ℎ−𝑀𝑠) ℎ 𝑥 𝑚𝑠
ℎ= 𝑥 100 𝑀 𝐻2𝑂 =
𝑀𝑠 100
EXEMPLO
h (%) (kg/dm3) CI
0,0 1,51
0,5 1,41
1,0 1,31
2,0 1,24
3,0 1,23 1,26
4,0 1,24 1,27
5,0 1,24 1,28
7,0 1,28 1,26
9,0 1,31 1,26
12,0 1,37 1,23
28
Coeficiente de inchamento
Umidade (%)
𝐶𝐼𝑚𝑎𝑥 + 𝐶𝐼𝑐𝑟𝑖𝑡
𝐶𝐼 𝑚é𝑑𝑖𝑜 =
2
umidade crítica =
coeficiente de inchamento médio =
1.10 - EXERCÍCIOS
1) Qual a massa unitária da areia usada no ensaio em que o volume dos grãos, contido em
um recipiente de 15dm 3, é de 8,25 dm3 e sua massa específica é de 2,62 kg/dm 3?
2) Qual o percentual de vazios de um material cuja massa específica é 2,50 kg/dm 3 e massa
unitária é 0,85 kg/dm 3?
3) Qual o volume de água que existe em 90 kg de areia com umidade de 3,2%?
4) Qual o volume de brita que deve ser pedido no depósito sabendo-se que serão necessárias
8 toneladas dessa brita na obra? O ensaio para determinação da massa unitária em estado
solto apresentou os seguintes valores:
Massa do recipiente = 9,7 kg
Massa do recipiente + amostra = 38,2 kg
Volume do recipiente = 20,0 dm3
5) Quantas toneladas de brita cabem num silo com as seguintes dimensões:
Base = 2,5 m x 1,4 m
Altura = 1,5 m
Sabe-se que a massa unitária da brita é 1,42 kg/dm 3
6) Para a execução de um filtro serão necessários 3 kg de areia com grãos maiores que 1,18
mm. Quantos quilos de areia serão necessários, se a areia apresenta a seguinte
granulometria:
29
PENEIRA MASSA RETIDA (g)
4,75 mm 15
2,36 mm 110
1,18 mm 248
600 μm 115
300 μm 92
150 μm 85
TOTAL 800
7) Qual a massa de água necessária para conferir a 130 kg de uma areia seca um inchamento
de 28%, sabendo-se que:
30
17) Se misturamos 122 kg da areia A, com umidade de 2,3%, e 148 kg da areia B, com
umidade de 3,2%, responda:
a) qual a quantidade de água existente na referida mistura?
b) qual a umidade da mistura?
18) Dispomos no canteiro de obra de 140 dm3 de areia A e 240 dm3 de areia B com
características do item anterior. Pergunta-se:
a) qual a quantidade total de areia seca?
b) qual a quantidade total de água contida nas referidas areias?
(CI e Umidade crítica igual ao exemplo)
19) Temos 60 litros de areia A com uma umidade de 3%. Precisamos misturá-la com 120 kg
de uma outra areia B com umidade de 4%. Qual a massa da mistura seca? E sua
umidade?
RESPOSTAS
1) μ = 1,44 kg/dm3 12) Ms = 6,0 t
2) % v = 66% 13) Vh = 84,1 dm3
3) Vag = 2,8 l 14) ∆H = 0,1 m
3
4) V = 5,6 m
15) Mag = 22 l
5) M = 7,46 t
16) Vag = 52,6 l p/ μ = 1,51 kg/dm3
6) Mareia = 6,4 kg
17) a) Mag = 7,33 kg
7) Mag = 6,6 kg (h = 5,1%)
b) h = 2,8%
8) Mag = 6 kg (Ms = 214 kg)
18) a) Ms = 455,7 kg
9) Mh = 310,5 kg
b)Mag = 13,1 kg
10) Vh = 3,8 m3
19) M = 188,56 kg e h = 3,6
11) Vs = 6,3 m3
31
2. MISTURA DE AGREGADOS
2.1 - CARACTERÍSTICAS DA MISTURA
Onde:
2.2 - EXERCÍCIOS
Pede-se também o volume ocupado por cada um dos materiais após a secagem.
32
PENEIRA AGREGADO AGREGADO AGREGADO
(mm) A B C
75
63
50
37,5 2400
31,5 2000
25 9000
19 2000
12,5 1850
9,5 750 1400
6,3 650 1000
4,75 1000 350
2,36 20 1150
1,18 80 750
600 µm 450 450
300 µm 300 150
150 µm 100 100
MASSA TOTAL 1.000 5.000 20.000
33
CURVA GRANULOMÉTRICA
100
Porcentagem retida acumulada
90
80
70
60
50
40
30
20
(%)
10
0
150 300 600 1,18 2,36 4,75 6,3 9,5 12,5 19 25 31,5 37,5 50 63 75 mm
μm μm μm
CURVA GRANULOMÉTRICA
100
Porcentagem retida acumulada
90
80
70
60
50
40
30
20
(%)
10
0
150 300 600 1,18 2,36 4,75 6,3 9,5 12,5 19 25 31,5 37,5 50 63 75 mm
μm μm μm
34
2) Necessita-se na obra de uma areia cuja granulometria obedeça às especificações da zona
ótima. Pede-se determinar a mistura mais econômica entre as areias A e B de modo a
atender a exigência, sabendo-se que a jazida da areia A está mais afastada da obra.
RESOLUÇÃO GRÁFICA
% de areia na mistura
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
100 100
90 90
80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
100
% de areia na mistura
35
II - AGLOMERANTE
1. GESSO
Os gessos para utilização na construção civil possuem normas específicas que determinam
suas características, procedimentos de análises, assim como as exigências físicas e
mecânicas. Algumas destas estão citadas abaixo:
MATERIAL
PROCEDÊNCIA
APARELHAGEM
36
AMOSTRA
● 210g de gesso.
ENSAIO
OBS: o método mecânico ser adotado uma vez que forneça resultados equivalentes
ao manual.
MASSA INICIAL:
Percentagem retida
Peneira Massa do material Percentagem retida
acumulado
(mm) (g) (%)
(%)
0,840
0,420
0,210
0,105
Fundo
Total
APARELHAGEM
37
ENSAIO
massa X 1000
Cálculos: M =
volume
DEFINIÇÃO:
APARELHAGEM
PREPARAÇÃO DA AMOSTRA
ENSAIO
38
Massa de
Massa do gesso Consistência Consistência
Determinação água
(g) (mm) normal
(g)
01 150
02 150
OBSERVAÇÂO: O resultado deve ser expresso pela razão massa de água por massa de gesso.
DEFINIÇÕES
Tempo de início de Pega – tempo decorrido a partir do momento em que o gesso tomou
contato com a água, até o instante em que a agulha do aparelho de Vicat não penetrar mais
no fundo da pasta, isto é, aproximadamente 1mm acima da base.
Tempo de fim de Pega – tempo decorrido a partir do momento em que o gesso entro em
contato com a água até o instante em que a agulha do aparelho de Vicat não mais deixar
impressão na superfície da pasta
APARELHAGEM
● Aparelho de Vicat;
● Molde formato tronco cônico;
● Base (Placa de Vidro);
● Cronômetro.
ENSAIO
DEFINIÇÃO:
Dureza: Calculada pela profundidade de impressão de uma esfera, sob uma carga fixa, em
corpo-de-prova.
APARELHAGEM
● Pasta de gesso;
● Molde cubico de 50,0mm de aresta;
● Prensa de ensaio;
39
● Paquímetro;
● Esfera de aço duro de diâmetro (10,0±0,5) mm
ENSAIO
RESULTADO:
𝐹
𝐷 = π. Ø .𝑇
Legenda:
F= carga em Newton.
Ø = diâmetro da esfera = 10 mm
T = média da profundidade, em milímetros.
APARELHAGEM
● Pasta de gesso;
● Molde cubico de 50,0mm de aresta;
● Prensa de ensaio.
ENSAIO
40
RESULTADO
R = P/S
Legenda:
P = carga que produziu a ruptura dos corpos-de-prova, em newtons.
S = área de seção transversal de aplicação da carga, em milímetros quadrados.
41
2. CIMENTO
2.1 ESPECIFICAÇÃO DOS CIMENTOS PORTLAND
A norma NBR 16697:2018 une as características específicas estabelecidas para cada tipo de
cimento Portland. Englobando os seguintes:
Determinações químicas:
Os valores limites de cada exigência constam das normas referentes à especificação dos
diversos tipos de cimento.
42
CIMENTO - ESPECIFICAÇÕES
NBR 16697
ESPECIFICAÇÕES NBR CP II- CPB (não
CP I CP I-S CP II-E CP II-Z CP III CP IV CP V CPB (estrutural)
F estrutural)
DETERMINAÇÕES QUÍMICAS (%)
Resíduo Insolúvel (RI) NM 15 ≤ 5,0 ≤ 3,5 ≤ 5,0 ≤ 18,5 ≤ 7,5 ≤ 5,0 - ≤ 3,5 ≤ 3,5 ≤ 7,0
Perda ao Fogo (PF) NM 18 ≤ 4,5 ≤ 6,5 ≤ 8,5 ≤ 8,5 ≤ 12,5 ≤ 6,5 ≤ 6,5 ≤ 6,5 ≤ 12,0 ≤ 27,0
Óxido de Magnésio (MgO) NM 14 ≤ 6,5 - - - ≤ 6,5 ≤ 6,5 ≤ 10,0
Trióxido de Enxofre (SO3) NM 16 ≤ 4,5 ≤ 4,5 ≤ 4,5 ≤ 4,5 ≤ 4,5 ≤ 4,5 ≤ 4,5
Anidrido Carbônico (CO2)¹ NM 20 ≤ 3,0 ≤ 5,5 ≤ 7,5 ≤ 7,5 ≤ 11,5 ≤ 5,5 ≤ 5,5 ≤ 5,5 ≤ 12,0 ≤ 27,0
EXIGÊNCIAS FÍSICAS E MECÂNICAS
Pega – tempo de início (seg) 16606 ≤ 60 ≤ 60 ≤ 60 ≤ 60 ≤ 60 ≤ 60 ≤ 60
- tempo de fim (seg)¹ 16606 ≤ 600 ≤ 600 ≤ 720 ≤ 720 ≤ 600 ≤ 600 ≤ 600
Expansibilidade – a quente (mm) 11582 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5
- a frio (mm)¹ 11852 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5 ≤5
Teor de Mat. Carbonático (%) 6 - 10 0 - 15 0 - 15 11 - 25 0 - 10 0 - 10 0 - 10 0 - 25 26 – 50
Teor de Escória (%) 5754 - 6 - 34 - - 35 - 75 - - - -
Teor de Material Pozolânico 5752 - - - 6 - 14 - - 15 - 50 - - -
Teor mat. Poz. + esc. + carb. (%) - ≤5 - - - - - - - -
Teor de Enxofre – sulfeto (%)¹ NM 19 - - ≤ 0,5 - - ≤ 1,0 - - - -
CLASSE 25 32 40 25 32 40 25 32 40 ARI 25 32 40
Finura – resíduo pen 75µm (%) 11579 ≤12 ≤12 ≤10 ≤12 ≤12 ≤10 ≤8 ≤8 ≤8 ≤6 ≤12 ≤12
Resistência à compressão (Mpa) 7215
1 dia - - - - - - - ≥14 - -
3 dias ≥8 ≥10 ≥15 ≥8 ≥10 ≥15 ≥8 ≥10 ≥12 ≥24 ≥8 ≥10 ≥15 ≥5
7 dias ≥15 ≥20 ≥25 ≥15 ≥20 ≥25 ≥15 ≥20 ≥23 ≥34 ≥15 ≥20 ≥25 ≥7
28 dias ≥25 ≥32 ≥40 ≥25 ≥32 ≥40 ≥25 ≥32 ≥40 - ≥25 ≥32 ≥40 ≥10
91 dias¹ - - - - - - ≥32 ≥40 ≥48 - - - - -
1 - Determinação não exigida - Facultativo
43
2.2 CARACTERIZAÇÃO
APARELHAGEM
a) balança com capacidade mínima de 1000 g e resolução de 0,1 g;
b) misturador mecânico;
c) espátula, paquímetro, régua metálica e placas de vidro;
d) molde cilíndrico com diâmetro interno de 50 mm e altura de 100 mm;
e) soquete
f) máquina de ensaio de compressão.
Figura 2- Prensa
AMOSTRA
Mistura constituída de cimento Portland e areia normal (NBR 7214/ EB 1133) nas seguintes
proporções:
TRAÇO: 1:3:0,48
MATERIAL QUANTIDADE
Cimento 624 ± 0,4g
Água 300 ± 0,2g
areia normal
1,2 mm - fração grossa 468 ± 0,3g
0,6 mm - fração média grossa 468 ± 0,3g
0,3 mm - fração média fina 468 ± 0,3g
0,15 mm - fração fina 468 ± 0,3g
ENSAIO
44
d) retirar os corpos-de-prova dos moldes e imergi-los em água saturada de cal no tanque
da câmara úmida até o instante do ensaio;
e) capear os topos dos corpos-de-prova com mistura de enxofre a quente de maneira a
corrigir as possíveis imperfeições das superfícies;
f) romper os corpos-de-prova à compressão na idade determinada atendendo às seguintes
tolerância:
RESULTADOS
Calcula-se, em percentagem, o desvio relativo máximo para cada série, dividindo-se o valor
absoluto da diferença entre a resistência média e a resistência individual que mais se afasta
dessa média. A percentagem deve ser arredondada ao décimo mais próximo.
Obs.: Quando o desvio for superior a 6% calcula-se uma nova média, desconsiderando o
valor discrepante, identificando-o no certificado, com asterisco. Persistindo o fato,
eliminam-se os CPs de todas as idades, devendo o ensaio ser totalmente refeito.
DETERMINAÇÃO
EXERCÍCIO 1
45
Diferença Diferença
RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA
entre valor entre valor
IDADE CARGA À À
IDENTIFICAÇÃO médio e médio e
(dias) (N) COMPRESSÃO COMPRESSÃO
individual individual
(MPa) (MPa)
(MPa) (MPa)
01 30900
02 31700
03 31800
03
04 30100
Resistência média (MPa)
Desvio relativo máximo (%)
EXERCÍCIO 2
Diferença Diferença
RESISTÊNCIA À entre valor RESISTÊNCIAÀ entre valor
IDADE CARGA
IDENTIFICAÇÃO COMPRESSÃO médio e COMPRESSÃO médio e
(dias) (N)
(MPa) individual (MPa) individual
(MPa) (MPa)
01 39300
02 36700
03 40800
07
04 37100
Resistência média (MPa)
Desvio relativo máximo (%)
Diferença Diferença
RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA
entre valor entre valor
IDADE CARGA À À
IDENTIFICAÇÃO médio e médio e
(dias) (N) COMPRESSÃO COMPRESSÃO
individual individual
(MPa) (MPa)
(MPa) (MPa)
01 69700
02 64200
28 03 66800
04 72100
Resistência média (MPa)
Desvio relativo máximo (%)
Aceitação: __________ SIM __________ NÃO
46
EXERCÍCIO 3
Diferença Diferença
RESISTÊNCIA À entre valor RESISTÊNCIA À entre valor
IDADE CARGA
IDENTIFICAÇÃO COMPRESSÃO médio e COMPRESSÃO médio e
(dias) (N)
(MPa) individual (MPa) individual
(MPa) (MPa)
01 29500
02 29700
03 30800
24h
04 31100
Resistência média (MPa)
Desvio relativo máximo (%)
47
2.2.2 – CONSISTÊNCIA NORMAL – NBR 16606:2017
APARELHAGEM
ENSAIO
Obs.: a) enquanto não se obtiver este resultado, preparam-se diversas pastas, variando a
quantidade de água e utilizando nova porção de cimento em cada tentativa.
b) a temperatura ambiente deve ser de 23ºC ±2ºC e a umidade relativa do ar maior
que 50%.
RESULTADO
48
Determinação Água (g) Índice Consistência (mm)
1ª
2ª
3ª
RESULTADO: CN = __________
APARELHAGEM
ENSAIO
49
Obs.: a temperatura ambiente pode ser mantida no intervalo de (23± 2)ºC e a umidade
relativa do ar igual ou superior a 90%.
RESULTADOS
Os tempos de início e fim de pega são os intervalos decorridos entre o instante em que se
lançou a água de amassamento à pasta e os instantes em que se constataram o início e o fim
de pega.
Obs.: a) os tempos de início e fim de pega são expressos em horas e minutos, com
aproximação de 5 minutos para o início de pega e 15 minutos para o fim de pega;
b) resultados obtidos em uma única determinação.
DETERMINAÇÃO
● Preparação da pasta:
Massa de cimento = 500 g
Massa de água = 141,5 g (necessária para consistência normal)
● Tempos (em horas e minutos)
DEFINIÇÃO
Finura na peneira 75 µm - percentagem de cimento em massa cujos grãos são superiores a
75 µm
Peneira 75 µm
APARELHAGEM
● balança com resolução de 0,01 g;
● peneira com abertura de malha de 0,075 mm com fundo e tampa;
● pincéis com largura de 30 mm a 35 mm e de 5 mm a 6 mm;
● bastão de PVC com diâmetro de 20 mm e comprimento de 250 mm;
● cronômetro.
ENSAIO
Peneiramento manual:
50
● Colocar a amostra sobre a tela da peneira que deve estar encaixada no fundo;
● promover agitação até que os grãos mais finos passem quase que totalmente pela tela - 3
min a 5 min;
● tampar a peneira, retirar o fundo e dar golpes suaves no rebordo exterior com o bastão;
● limpar, com o pincel de 30 mm, toda a superfície inferior da tela;
● encaixar o fundo na peneira e continuar o peneiramento por mais 15 min a 20 min;
● colocar a tampa e continuar com peneiramento mais enérgico, inclinando o conjunto – 60s;
● limpar a tela da peneira com o pincel de 30 mm;
● repetir a operação até que a massa de cimento que passa durante um minuto de
peneiramento contínuo seja inferior a 0,05 g;
● determinar a massa do material retido na peneira.
Obs.: o peneiramento mecânico é realizado durante 3 min com o peneirador aerodinâmico, cuja
depressão na câmara de peneiramento é de 1960 Pa (200 mm de coluna d’água), com fluxo
de ar de 48 m3/h a 58 m3/h e velocidade de varredura de 24 rpm a 36 rpm.
RESULTADO
DETERMINAÇÃO
51
FINALIDADE DO MÉTODO: A finura do cimento é determinada como superfície específica,
observando-se o tempo t requerido para uma determinada quantidade de ar fluir através de
uma camada de cimento compactada, de dimensões de porosidade especificadas. Sendo a
superfície específica proporcional a t.
É importante ressaltar que o método não se aplica a cimentos com materiais ultrafinos.
APARELHAGEM
● Aparelho de permeabilidade de Blaine
● Célula de permeabilidade
● Disco perfurado
● Êmbolo
● Manômetro
● Líquido manométrico
● Cronômetro com leitura de 0,2s e precisão de 1% para intervalos de tempo de até 300s
● Balança com capacidade de 3,0g e resolução de 1mg – para o cimento
● Balança com capacidade de 50g a 110g e resolução de 10mg – para mercúrio.
AMOSTRA
Determinar a massa M1 da amostra
𝑀1 = 𝜌 × 𝑉 × (1 − 𝜀)
𝑀1 =__________
Onde:
: massa específica do cimento
V: volume da camada compactada, que varia para cada combinação célula – êmbolo.
PREPARAÇÃO DA AMOSTRA
● Agitar a amostra de cimento a ser ensaiada por 2 min em um pote para dispersar os
aglomerados;
● Aguardar 2 min e mexer o pó delicadamente usando uma haste seca e limpa para
distribuir os finos do cimento;
● Colocar o disco perfurado sobre a borda no fundo da célula;
● Colocar sobre o disco perfurado o disco de papel filtro;
● Colocar a amostra M1 na célula com cuidado para evitar perdas;
● Colocar um segundo papel filtro sobre o cimento;
● Introduzir e pressionar o êmbolo conforme item 6.4 da NBR NM 76.
ENSAIO
● Inserir a superfície cônica da célula no topo do manômetro;
● Fechar o topo do cilindro com um tampão;
● Levantar o nível do líquido manométrico até a primeira linha (a mais alta);
● Fechar o registro e observar se o líquido permanece inerte;
● Remover o tampão;
● Disparar o cronômetro quando o líquido atingir a segunda linha;
● Marcar o tempo (t) quando o líquido atingir a terceira linha.
52
DETERMINAÇÃO DA SUPERFÍCIE ESPECÍFICA
Dados AM 1 AM 1
k Constante do aparelho
ρ Massa específica do cimento – (g/cm3)
η Viscosidade do ar nas condições do ambiente (Pa) (TABELA)
ε Porosidade da camada
t Tempo – (s)
S Superfície específica (cm²/g) Individual
Média
53
● Banho termorregular de acordo com a norma;
● Aparelho automático de acordo com a norma;
● Líquido não reagente com o cimento (querosene isento de água ou xilol).
AMOSTRA
Massa de cimento constituída de 64 g.
ENSAIO
Observações:
a) o resultado deve ser a média de pelo menos duas determinações consecutivas e não
devem diferir entre si mais de 0,01 g/cm 3 e ser expresso com duas casas decimais;
b) a diferença entre os dois resultados individuais, obtidos a partir de uma amostra submetida
ao ensaio, por um mesmo operado, utilizando o mesmo equipamento em curto intervalo de
tempo, não deve ultrapassar 0,02 g/cm 3.
c) a temperatura ambiente deve ser de 24ºC ± 2ºC e a umidade relativa do ar igual ou superior
a 50%.
RESULTADO
𝒎
𝝆=
𝑽
Onde,
= massa específica do cimento
m = massa do cimento, em g
V = volume deslocado pela massa de cimento (V2 – V1), em cm3
DETERMINAÇÕES
AM 01 AM 02
VOLUMES (cm3)
54
2.2.7 - EXPANSIBILIDADE DE LE CHATELIER - NBR 11582
APARELHAGEM
● Agulha de Le Chatelier;
● Espátula;
● Placas de vidro, quadradas, de 5 cm de lado;
● Óleo mineral.
ENSAIO
● Preparar três agulhas de Le Chatelier para cada ensaio com o seguinte procedimento:
1) Colocar a agulha sobre a placa de vidro lubrificada com óleo mineral e
preencher o cilindro com a pasta;
2) Regularizar o topo do cilindro;
3) Cobri-lo com uma placa de vidro lubrificada.
● Imergir o conjunto agulha e placas de vidro em água potável durante (20 ± 4) horas;
Cura a frio:
a) Retirar as placas de vidro e deixar três agulhas imersas em água, durante seis dias,
de tal modo que as extremidades de suas hastes fiquem fora da água;
b) Efetuar as medidas dos afastamentos das extremidades das hastes nas seguintes
condições:
Cura a quente:
b) Aquecer progressivamente a água deste recipiente cuja ebulição deve começar entre
15 min e 30 min e permanecer durante o tempo necessário, e superior a 5 horas, para
se determinar a expansibilidade à quente;
c) Efetuar as medidas dos afastamentos das extremidades das hastes nas seguintes
condições:
RESULTADOS
55
A expansibilidade a quente é a diferença entre as medidas do último afastamento das
extremidades das hastes, determinado nos intervalos de duas em duas horas, e do
afastamento determinado imediatamente após o início do aquecimento da água na condição
de cura a quente.
Observações:
ENSAIO A AGULHA Nº
1 2 3
QUENTE
L
INICIAL – 0h 3,0 4,0 4,5
E
I
3h 4,5 6,0 6,5
T
U
5h 7,9 8,0 9,0
R
A
7h 9,0 11,0 10,5
(mm)
AFASTAMENTO (mm) 6,0 7,0 6,0
AFASTAMENTO MÉDIO (mm) 6,5
56
III - CONCRETO
1. CONSUMO DE MATERIAIS
Expressão do traço - 1: a: b: x
onde:
a corresponde à quantidade em massa do agregado miúdo;
b corresponde à quantidade em massa do agregado graúdo;
x corresponde à quantidade de água.
É importante conhecer o consumo de cada material para fins de aquisição e determinação dos
custos
Onde o volume do cimento, areia e brita é a relação entre a massa seca e a massa específica
de cada material.
Para o metro cúbico de concreto (1000 dm 3), a contribuição dos materiais constituintes é:
(kg)
57
2. MEDIÇÃO DOS MATERIAIS
● Em massa - utilizada em laboratório, nas centrais de concreto e em canteiros que
dispõem de equipamento com balança;
● Em volume - utilizada em obras que não dispõem de equipamento com balança.
Sempre que os agregados estiverem úmidos, é necessário fazer a correção de suas quantidades
quer em massa ou em volume, para que o traço permaneça inalterado. Deve-se corrigir também
a quantidade de água a ser medida em função da quantidade contida nos agregados.
Para medição dos materiais em volume é preciso utilizar caixas ou padiolas adequadas,
observando-se:
V= volume em cm³
58
Como alternativa, pode-se utilizar caixas do tipo paralelepipédicas, conforma abaixo:
V= volume em cm³
2.1 EXERCÍCIOS
Para resolução das questões, utilizar as características físicas dos materiais a seguir indicadas.
Materiais Cimento Areia fina Areia grossa Brita12,5 Brita19 Brita25
3
Massa específica (kg/dm ) 3,14 2,63 2,62 2,78 2,75 2,75
Massa unitária (kg/dm 3) - 1,50 1,52 1,38 1,40 1,43
Umidade (%) - 4,50 3,50 0,80 0,80 -
Inchamento (%) - 30 27 - - -
1) Calcular as quantidades de materiais a serem adquiridos para a execução de uma estrutura cujo
volume de concreto é 55 m3. O traço do concreto estudado para a obra é: 1: 2,20: 1,15: 2,52 (cimento,
areia grossa, brita 12,5mm e brita 25mm), com relação água/cimento igual a 0,56.
2) Utilizando o traço acima, que volume de formas se encherá com o concreto de uma betonada em que
se utilizam 3 sacos de cimento?
3) Quantas betonadas de um saco de cimento seriam necessárias para fabricar 1m 3 de concreto?
4) Qual o percentual do volume de pasta (cimento + água) do concreto acima?
5) Qual o percentual do volume de argamassa (cimento + areia + água) do mesmo?
6) Uma obra solicitou 6m3 de concreto a uma Central. Quais as quantidades, em massa, dos materiais
colocadas no caminhão betoneira para atender ao traço de 1: 2,0: 3,5: 0,50 (cimento, areia fina, brita
12,5mm e água)? Obs.:os materiais na Central são medidos em massa úmida.
7) Para os materiais medidos em volume, quais as dimensões das padiolas, com seção trapezoidal, a
serem confeccionadas para o uso do traço acima (questão 6), para betonadas de 2 sacos de cimento?
8) Fornecer as quantidades de materiais (cimento em sacos, areia, brita e água em volume) que se deve
adquirir para fabricar 200m3 de concreto, sabendo-se que em cada betonada utilizam-se as seguintes
quantidades de materiais nas condições de canteiro: cimento = 1 saco; areia fina = 87 kg; brita 19mm
= 36 kg; brita 25mm = 118 kg; água = 25 l.
9) Que volumes de materiais são necessários para produzir 5m 3 de concreto, sabendo-se que em
cada betonada deste concreto usam-se: cimento = 1 saco; areia fina = 85 dm 3; brita 19mm = 52,8
dm3; brita 25mm = 83 dm3; água = 22 dm3, considerando-se as condições de canteiro.
59
10) Dado o traço de concreto 1: 2,15: 1,85: 2,80: 0,62, (cimento, areia grossa, brita 12,5 mm, brita 19
mm e água), pede-se calcular a quantidade em massa dos materiais (agregados e água) a serem
colocados numa betoneira para 2 (dois) sacos de cimento, considerando:
a) os agregados secos;
b) os agregados na condição do canteiro.
11) Para o mesmo traço do item anterior pede-se a quantidade dos materiais em volume,
considerando-se as condições do canteiro.
12) Na fabricação de um concreto de traço 1: 2,20: 4,50: 0,60 (cimento, areia fina, brita 25mm, água)
verificou-se que o concreto produzido não correspondia ao volume esperado. Por um lapso, o
encarregado não levou em consideração a umidade e o inchamento dos materiais. Determine qual
o traço realmente utilizado se os materiais foram medidos em massa.
13) Qual o traço adotado sabendo-se que os materiais medidos no canteiro foram:
● 02 sacos de cimento;
● 220kg de areia grossa;
● 150kg de brita 19mm;
● 250 kg de brita 25mm;
● 40 litros de água.
14) Calcular o traço de um concreto em que se misturaram:
● 01 saco de cimento;
● 1 padiola de areia fina c= 35 cm e d= 50 cm;
● 1 padiola de brita 19mm c= 30 cm e d= 45 cm;
● 2 padiolas de brita 25mm c= 21 cm e d= 36 cm;
● 24 litros de água.
RESPOSTAS
1) 361 sacos de cimento; 33 m3 de areia grossa;
15 m3 de brita 12,5 mm; 32 m3 de brita 25 mm.
2) Vconc = 0,46 m3
3) 7 betonadas.
4) Volume da pasta = 28,8% do volume do concreto.
5) Volume da argamassa = 56,3% do volume do concreto.
6) 2112 kg de cimento; 4414 kg de areia fina; 7451 kg de brita 12,5 mm; 807 l de água.
7) areia fina - 35 cm x 40 cm x (33,5 e 48,5) cm
brita 12,5 mm - 35 cm x 40 cm x (28,5 e 43,5) cm
8) 1509 sacos de cimento; 109 m3 de areia fina; 38 m3 de brita 19 mm;
125 m3 de brita 25 mm; 38 l de água.
9) 33 sacos de cimento; 2831 dm3 de areia; 1762 dm3 de brita 19 mm;
2762 dm3 de brita 25 mm; 732 l de água.
10 e 11)
Material Traço correto Material seco Material nas condições de canteiro
Em massa Em volume
Cimento 1 2 sacos 2 sacos 2 sacos
areia grossa 2,15 215 kg 222,5 kg 179,6 l
brita 12,5 mm 1,85 185 kg 186,5 kg 134,1 l
brita 19 mm 2,80 280 kg 282,2 kg 200,0 l
Água 0,62 62 l 50,8 l 50,8 l
12) 1: 2,10: 4,50: 0,70
13) 1: 2,12: 1,49: 2,50: 0,49
14) 1: 1,37: 1,47: 2,28: 0,55
60
3. MÉTODOS DE DOSAGEM
Dosagem de concreto corresponde à determinação da proporção com que cada material entra
na composição do concreto.
a) Quanto a forma
b) Quanto a armadura
ɸag ≤ 2 aV x
ɸag ≤ 0,83 aH x
Espaçamento mínimo entre as barras longitudinais nas peças de concreto armado (NBR
6118:2007) (Dumêt, Saraiva e Silva, 2008)
Onde:
• aV = distância vertical entre as barras longitudinais;
• aH = distância horizontal entre as barras longitudinais;
• Φ = diâmetro da barra longitudinal;
• Φag = diâmetro máximo do agregado.
61
3. Em função da dimensão máxima característica do agregado graúdo e do abatimento adotado,
determina-se a quantidade aproximada de água por metro cúbico de concreto, de acordo com a tabela 1
e 2;
TABELA 1 (ADAPTADA)
CONSUMO DE ÁGUA APROXIMADO (L/M3)
ABATIMENTO DO
TRONCO DE CONE DIMENSÃO MÁXIMA CARACTERÍSTICA DO AGREGADO GRAÚDO (MM)
(MM) 9,5 12,5 19 25 32 37,5
40 A 60 220 210 195 190 185 180
60 A 80 225 215 200 195 190 185
80 A 100 230 220 205 200 195 190
100 A 120 235 225 210 205 200 195
120 A 140 240 230 215 210 205 200
140 A 160 245 235 220 215 210 205
160 A 180 250 240 225 220 215 210
180 A 200 255 245 230 225 220 215
TABELA 2
VOLUME COMPACTADO SECO DE AGREGADO GRAÚDO PARA A REGIÃO DE SALVADOR
(M³/M³ DE CONCRETO)
MF DIMENSÃO MÁXIMA CARACTERÍSTICA DO AGREGADO GRAÚDO (MM)
(AREIA) 9,5 12,5 19 25 31,5 37,5
1,0 0,665 0,728 0,790 0,815 0,840 0,865
1,2 0,654 0,712 0,770 0,795 0,820 0,845
1,4 0,625 0,688 0,750 0,775 0.800 0,825
1,6 0,605 0,668 0,730 0,755 0,780 0,805
1,8 0,585 0,648 0,710 0,735 0,760 0,785
2,0 0,565 0,628 0,690 0,715 0,740 0,765
2,2 0,545 0,608 0,670 0,695 0,720 0,745
2,4 0,525 0,588 0,650 0,675 0,700 0,725
2,6 0,505 0,568 0,630 0,655 0,680 0,705
2,8 0,485 0,548 0,610 0,635 0,660 0,685
62
TABELA 3 - ACI
RELAÇÕES ÁGUA/CIMENTO, MÁXIMAS PERMISSÍVEIS PARA DIFERENTES TIPOS DE
ESTRUTURAS E GRAUS DE EXPOSIÇÃO
(ACI Manual of Concrete Inspection)
63
TABELA 4
PROPORCIONAMENTO DE BRITAS (CONCRETO CONVENCIONAL)
7. O consumo do agregado miúdo pode ser calculado pelo método ponderal ou pelo método
volumétrico;
8. Executa-se, posteriormente, o ajuste do traço através de misturas experimentais.
A revisão da NB-1, NBR 6118, que levou cerca de 10 anos para ser concluída, apresenta
capítulos específicos, 6 e 7, que estabelecem itens de diretrizes para durabilidade das
estruturas de concreto, bem como critérios de projeto que visam a obtenção da
durabilidade das estruturas, resumidos nas tabelas indicadas a seguir:
TABELA 5
CLASSES DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DE
EXPOSIÇÃO
Classe de Classificação geral do Riscos de deterioração
agressividade Agressividade tipo de ambiente pra da estrutura
ambiental efeito de projeto
I Fraca Rural
Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana(1,2) Pequena
III Forte Marinha(1)
Grande
Industrial(1,2)
IV Muito Forte Industrial(1,3)
Elevado
Respingos de Maré
1.Pode se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível a cima) para
ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviços de apartamentos
residencial e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).
2.Pode se admitir uma classe de agressivos mais branda (um nível acima) em obras em regiões de clima
seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em
ambientes predominantemente secos ou regiões onde chove raramente.
3.Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em industrias
de celulose o papel, armazéns de fertilizantes e indústrias químicas.
TABELA 6
CORRESPONDÊNCIA ENTRE CLASSE DE AGRESSIVIDADE E QUALIDADE DO
CONCRETO
64
TABELA 7
CORRESPONDÊNCIA ENTRE CLASSE DE AGRESSIVIDADE E QUALIDADE DO
CONCRETO
65
CONDIÇÕES DE PREPARO DO CONCRETO (NBR 12655)
3.2 - EXERCÍCIOS
1) Um cais marítimo foi calculado em concreto, sem revestimento, com resistência característica
a compressão de 30 MPa. Pede-se determinar o traço de concreto que atenda às condições
previstas. Utilizar o método do ACI
Dados do cais:
● Espessura das vigas - 25 cm;
● Espessura da laje - 15 cm;
● Menor distância horizontal entre barras de armadura - 28mm;
● Cobrimento mínimo da armadura - 35mm.
O concreto será lançado através da calha de caminhão betoneiras com adensamento vibratório
moderado. Consistência medida através de slump-test: 60 a 80mm
Materiais disponíveis:
● brita – 25 e 19 mm
● areia - MF = 1,70
2) Um reservatório elevado de água potável foi calculado em concreto, sem revestimento, com
resistência característica a compressão de 25 MPa. Pede-se determinar o traço de concreto que
atenda às condições previstas. Utilizar o método do ACI
Dados do reservatório:
● Espessura das paredes - 15 cm;
● Menor distância horizontal entre barras de armadura - 35mm;
● Cobrimento mínimo da armadura - 25mm.
O concreto será lançado através de baldes transportados por grua (guindaste) com adensamento
vibratório moderado. Consistência medida através de slump-test: 80mm
Materiais disponíveis:
● brita – 25 e 19 mm
● areia - MF = 1,80
66
3) Projetar os traços de concreto solicitados a seguir para uma obra de edifício, situada em região
não agressiva.
TRAÇO 1: Infra-estrutura em tubulões com fck = 15,0 MPa.
TRAÇO 2: Estrutura do edifício com fck = 20,0 MPa.
Dados:
● Dimensões mínimas entre formas: 16 cm;
● Espaço mínimo entre barras da armadura: 3,0 cm;
● Adensamento a ser utilizado: vibratório moderado;
● Os materiais serão medidos em massa com controle efetivo das umidades dos materiais;
● materiais disponíveis: Cimento CP II E 32, areia, brita 25 mm e brita 19 mm.
Pede-se:
a) Determinar os traços unitários utilizando as condições adotadas em laboratório, conforme questão 2.
b) Verificou-se que o concreto (fck = 20,0 MPa) poderia ser transportado através de bombeamento, se
acrescidos 3 % de areia em relação ao agregado total e 0,5 % na umidade da mistura. Calcular novo
traço.
c) Durante uma jornada de trabalho, devido a um problema na balança de agregados, estes passaram a
ser medidos em volume. Calcule os traços a serem utilizados neste caso.
d) Se os tubulões estivessem em contato com o lençol de água e esta fosse sulfatada, qual o traço de
concreto a ser utilizado?
4) Elaborar um traço para uma parede de concreto que estará em contato com a água de rio e
fornecer os volumes dos agregados a serem medidos para 01 (um) saco de cimento.
Dados:
a) Dimensões da parede: 25 m x 0,15 m x 1,5 m
b) Relação Água/Mistura seca: escolher entre 8,0 % e 8,5 %.
c) Proporcionalmente dos agregados: utilizar dosagem da aula prática como
referência
5) Elaborar um traço de concreto para uma construção cujo fck = 30,0 MPa e no qual
adotou-se:
sd = 4,0 MPa; % areia fina = 10 %; % brita 9,5 mm = 12 %;
A % = entre 8,5 % e 9,2 %; % areia grossa = 27 %; % brita 25 mm = 51 %.
67
3.3 - MISTURAS EXPERIMENTAIS
DETERMINAÇÃO
Brita dmax
Brita dmax
Água (ml)
Abatimento (mm)
ASPECTOS VISUAIS
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS OBSERVAÇÕES
MOBILIDADE
COBERTURA
EXSUDAÇÃO
COESÃO
68
3.4 - AJUSTE DE TRAÇO
No decorrer da produção do concreto, algumas variáveis, como diferença nas características
dos materiais fornecidos, ou na sistemática de produção, podem acarretar variações no
concreto. Nestes casos, é necessário fazer ajustes técnicos para que a consistência e a
resistência pretendidas sejam alcançadas com o mínimo de consumo de cimento e maior
economia. A observação da consistência e o acompanhamento do controle da resistência são
os principais responsáveis pela necessidade do ajuste de traços.
EXERCÍCIOS
Ao virar o concreto na obra, durante a fase de ajuste, observou-se que em cada betonada (2
sacos de cimento) para se atingir a consistência pretendida, o betoneiro mediu 42 l de água.
As umidades de areia e de brita foram medidas, correspondendo respectivamente a hA =
6,4% e hB = 1,0%. Podemos continuar a utilizar o mesmo traço? Caso contrário, qual o novo
traço para atingir a resistência requerida? Justifique sua resposta.
3) Qual o traço de concreto a ser adotado para o reservatório da referida obra sabendo-se
que o fck é de 25,0 MPa, consistência do concreto de 70 ± 10mm?
69
● Traço fornecido:
Cimento = 50 kg,
areia = 119 kg
brita19 = 202,5 kg e
água = 29 litros.
6) Definiu-se para a fundação de uma determinada edificação o traço: 1: 00: 2,12 : 2,05: 2,05:
0,60 : 0,003 (cimento, areia, brita 19 , brita 25, água e aditivo). Concluída a fundação, houve
necessidade de ajustar o traço em função da resistência especificada para o concreto da
estrutura ser maior que a utilizada. Assim, a relação a/c necessária para atender a condição
estabelecida é de 0,50. Faça o ajuste necessário no traço de modo que o concreto permaneça
com a mesma trabalhabilidade e garanta a resistência especificada.
Após a mistura experimental, deve-se realizar os ajustes, caso necessário, no traço determinado pelo
método do ACI e calcular uma quantidade de materiais (cimento, areia, brita e água) para produção do
concreto em betoneira com volume suficiente para determinação do abatimento (slump-test) e
moldagem de corpos de prova.
TRAÇO
QUANTIDADES (g)
MATERIAIS UNITÁRIO
(em massa)
Cimento
Areia ( g )
Brita dmax (g)
Brita dmax (g)
Água (ml)
m (agregados total)
A (%)
Consumo de cimento (kg/m3)
Aditivo
Após o preparo do concreto em betoneira com o volume previsto, efetua-se as determinações dos
seguintes ensaios no CONCRETO FRESCO.
70
4. ENSAIOS NO CONCRETO FRESCO
4.1 DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA DO CONCRETO PELO ABATIMENTO
DO TRONCO DE CONE – NBR NM 67:96
DEFINIÇÃO:
APARELHAGEM:
● Molde cônico de metal com diâmetro inferior, 200 mm ± 2 mm, diâmetro superior, 100 mm
± 2 mm e altura 300 mm ± 2 mm, (o molde deve ser provido, em sua parte superior, de
duas alças, posicionadas a 2/3 de sua altura e ter aletas em sua parte inferior para mantê-
lo estável);
● haste de aço para adensamento com diâmetro 16 mm e comprimento 600 mm;
● placa de metal plana quadrada de lados não inferior a 500 mm;
● régua ou trena milimetrada.
AMOSTRA:
ENSAIO:
71
● caso nos dois ensaios consecutivos definidos, ocorrer um desmoronamento ou
deslizamento, o concreto não é necessariamente plástico e coeso para a aplicação do
ensaio de abatimento.
1/3 2/3
da da
altura altura
RESULTADO:
✓ Referência à norma,
✓ Data do ensaio,
✓ Identificação da amostra,
✓ Abatimento do corpo-de-prova de ensaio e/ou anomalias observadas.
Obs.: a operação completa, desde o início de preenchimento do molde com concreto até sua
retirada, deve ser realizada sem interrupções e completar-se em um intervalo de 150 s.
DEFINIÇÃO:
● Condições exigíveis para moldagem, desforma, preparação de topos, e cura de corpos de
prova cilíndricos de concreto, destinados a ensaios para determinação das propriedades
intrínsecas desse material.
72
APARELHAGEM:
● Moldes de aço ou outro material não absorvente e quimicamente inerte com os
componentes constituintes do concreto. Não devem sofrer deformações durante a
moldagem dos corpos de prova. Devem ter as superfícies internas lisas e sem defeitos.
Devem possuir dispositivos de fixação às placas da base.
● Mesa vibratória; deve ter freqüência mínima de 2400 vibrações/min.
● Concha: deve ser confeccionada em aço ou outro material rígido e não absorvente. Deve
ser empregada a concha baseada no molde cilíndrico de dimensão básica igual a 150 mm.
● Gola: dispositivo de aço ou outro material rígido e não corrosível, que deve ser acoplado
ao molde e tem a finalidade de evitar que o concreto transborde dele, quando empregado
adensamento vibratório.
● Cilíndricos: a dimensão básica escolhida deve ser, 100 mm, de forma que obedeça à
do agregado. Os corpos de prova cilíndricos devem ter diâmetro igual a d e altura igual a
2d.
AMOSTRAGEM:
● A amostra destinada à moldagem de corpos de prova deve ser retirada do terço médio do
total da betoneira. Devem ser anotados; data e hora de adição da água de amassamento.
LOCAL DA MOLDAGEM:
● Os moldes devem ser colocados sobre uma base nivelada, livre de choques e vibrações.
Os corpos de prova devem ser moldados em local próximo aquele que serão armazenados
nas primeiras 24 h.
PROCESSO DE ADENSAMENTO:
● Adensamento vibratório: colocar todo o concreto antes de iniciar a vibração. A vibração
deve ser até que o concreto apresente superfície relativamente plana e brilhante.
73
TABELA 1 - NÚMERO DE CAMADAS PARA MOLDAGEM DOS CORPOS-DE-PROVA
DIMENSÃO NÚMERO
TIPO DE NÚMERO DE GOLPES
TIPO DE MOLDE BÁSICA DE
ADENSAMENTO POR CAMADA
(cm) CAMADAS
10 x 20 2 12
MANUAL
15 x 30 3 25
MANUAL 15 x 15 x 50 2 75
A agulha do vibrador
deve ser inserida no
PRISMÁTICO sentido do eixo
VIBRATÓRIO 15 x 15 x 50 1 longitudinal do corpo-de-
prova, penetrando
aproximadamente 20
mm na camada anterior
74
5. ENSAIOS NO CONCRETO ENDURECIDO
C = carga
Onde:
C = valor da carga de ruptura, N (newton).
A = área calculada em função do diâmetro do corpo de prova (mm²)
APARELHAGEM
RESULTADOS
● Identificar no relatório os corpos-de-prova, a data de moldagem, a data de ensaio, a idade dos corpos-
de-prova, suas dimensões, o tipo de capeamento empregado e a classe da prensa.
● Informar os resultados individuais e dos exemplares, além do tipo de ruptura dos corpos de prova.
02 275000
03 472000
75
Onde:
C = valor da carga de ruptura, N (newton).
d = diâmetro do corpo-de-prova, mm
L = altura do corpo-de-prova, mm
Ensaio de tração por compressão diametral Adaptado de Mehta e Monteiro (2008), adaptado por Pinheiro, 2010
APARELHAGEM
RESULTADOS
01 82500
02 95000
03 86200
76
5.3 DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NA FLEXÃO EM CORPOS-
DE-PROVA PRISMÁTICOS - NBR 12142:2010
Neste ensaio, o objetivo é flexionar um prisma de concreto que, por possuir resistência à
tração bem inferior à compressão, rompe-se por tração. Ao flexionar uma peça de material
elástico, parte dela é comprimida e parte é tracionada.
Dimensões do Corpo-de-Prova:
Lcp=500mm
Lcutelos=450mm
Bcp=150mm
Dcp=150mm
APARELHAGEM
RESULTADOS
77
Dimensões médias (mm) Distância Carga de
Identificação do Tensão
entre cutelos Ruptura
Corpo-de-Prova (MPa)
Altura de suporte (N)
Largura (B)
(D) (mm)
01 26500
02 30000
03 34000
Estruturas de concreto sem revestimento estão, em maior ou menor grau, sujeitas à ação de
agentes agressivos como o gás carbônico existente no ar, o sal da água do mar, os gases
sulfurosos de uma rede de esgoto etc. Quanto mais poroso for o concreto, mais rapidamente
esses agentes prejudicam a integridade da peça. Este ensaio avalia a porosidade do concreto
em corpos-de-prova extraídos de estruturas ou moldados para o ensaio.
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
a. Balança com dispositivo para pesagem hidrostática com resolução de 0,05 % da massa a
ser determinada.
b. Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo entre (100 a 110)°C.
c. Recipiente, taxo ou panela de ferro resistente ao calor, para fervura da amostra.
d. Fogão a gás de chama alta.
78
b. Ensaiar ao menos duas amostras, com volume mínimo de:
PROCEDIMENTO
a. Imergir a amostra em água à temperatura de (23 + 2)ºC e mantê-la durante 72 horas nessa
condição;
b. Em casos especiais, mediante solicitação expressa, a amostra pode permanecer imersa
em água até que duas pesagens sucessivas efetuados em intervalos de 24 horas,
nãodifiram em mais de 0,5% da menor massa;
c. Depois de saturada a amostra em água à temperatura de (23 + 2)ºC, colocar a amostra em
um recipiente cheio de água que deve ser progressivamente levada à ebulição, a qual deve
começar depois de 15 minutos e antes de 30 minutos;
d. Manter a ebulição por 5 horas, repondo a água que evaporar já na mesma temperatura;
e. Deixar esfriar naturalmente até (23 + 2)°C.
f. Determinar e registrar a massa da amostra imersa em água na balança hidrostática (Mi),
em gramas;
g. Secar a amostra com pano úmido, determinar e registrar a sua massa (Msat), em gramas.
RESULTADOS
5.4.1. ABSORÇÃO
a. Calcular a absorção (A) pela equação abaixo, com duas casas decimais.
Onde:
- Msat = Massa da amostra saturada em água após imersão e fervura obtido no item g.
- Ms = Massa da amostra seca em estufa obtido no item b.
79
5.4.2. ÍNDICE DE VAZIOS
Onde:
c. Calcular a massa específica da amostra seca (Ps), com duas casas decimais.
d. Calcular a massa específica da amostra saturada após fervura (Psat), com duas casas
decimais.
RELATÓRIO
80
EXEMPLO:
Densidad
Identificação do Massa Massa Absorção Índice de
Massa seca e de
Corpo-de-Prova saturada imersa (%) Vazios
(g) massa
(g) (g) (%)
(kg/m3)
01 3481,8 3716,8 2148,0
02 3462,4 3725,5 2162,0
03 3479,9 3723,7 2158,0
Média - - -
Identificação do Massa 24
Massa seca Massa 3 h Massa 6 h Massa 48 h Massa 72 h
Corpo-de-Prova h
(g) (g) (g) (g) (g)
(g)
Identificação do
Absorção Absorção Absorção Absorção Absorção
Corpo-de-Prova Altura (cm)
3h 6h 24 h 48h 72h
01 7,8
02 8,3
03 7,4
Média
(a) (b)
81
6. CONTROLE DA RESISTÊNCIA
O controle da resistência é um dos itens do controle de qualidade e deve ser feito de maneira
racional e sistemática, para segurança da obra e controle da produção.
Para atingir estes objetivos, o responsável técnico deve planejar as etapas da concretagem e
viabilizar a divisão adequada dos lotes de acordo com a NBR 12655.
A análise de cada lote é função do tipo de amostragem e do número de exemplares. Para sua
aceitação é preciso que:
fckest ≥ fckprojeto
sendo fckest calculado de acordo com o tipo de amostragem e conforme NBR 12655
a) AMOSTRAGEM PARCIAL
fckest ≥ 𝜓6 .f1
b) AMOSTRAGEM TOTAL
fckest = fC BETONADA
82
A rejeição de um lote não implica obrigatoriamente a não aceitação
da estrutura. As providências necessárias variam numa escala
crescente de complexidade e custos podendo-se adotar as
seguintes etapas:
⇒ Reforço da estrutura;
⇒ Demolição da estrutura;
⇒ Alterar o uso, destinação.
83
EXERCÍCIO:
Efetuar o controle da resistência de um concreto, segundo NBR – 12655 a partir dos resultados transcritos em anexo.
Obs.: Na obra, o concreto foi fabricado em betoneiras estacionárias, os agregados medidos em volume e a água
corrigida em função da umidade dos agregados.
Exemplar Data Local nº de Volume Fck Tipo de Resist 28d (MPa) Lote
Moldagem Concretado Amassadas Acumulado MPa Concreto min max nº
1 02/03/98 bloco de fundação nº 01 3 1,0 20 F. Obra 28,5 29,0
2 02/03/98 bloco de fundação nº 03 3 2,0 20 F. Obra 30,4 31,5
3 02/03/98 bloco de fundação nº 04 e 13 5 3,8 20 F. Obra 25,0 26,9
4 03/03/98 bloco de fundação nº 02 e 12 4 5,2 20 F. Obra 31,0 32,2
5 04/03/98 bloco de fundação nº 06 e 08 4 6,6 20 F. Obra 23,4 23,4
6 04/03/98 bloco de fundação nº 07, 10 e 11 6 8,7 20 F. Obra 22,3 22,6
7 05/03/98 bloco de fundação nº 05 1 13,7 20 Pre - mist 23,5 23,5
8 09/03/98 vigas baldrames 4 15,1 20 F. Obra 26,0 27,5
9 10/03/98 vigas baldrames 5 16,9 20 F. Obra 29,0 29,0
10 11/03/98 vigas baldrames 2 17,3 20 F. Obra 24,5 25,0
11 16/03/98 pilares 1 e 5, 14 e 15 (térreo) 1 19,3 20 Pre - mist 20,5 22,0
12 17/03/98 pilares 06 a 12 (terreo) 1 21,5 20 Pre - mist 19,8 21,0
13 25/03/98 vigas e laje 1º teto 1 27,5 20 Pre - mist 19,3 20,0
14 25/03/98 vigas e laje 1º teto 1 33,5 20 Pre - mist 20,0 20,3
15 25/03/98 vigas e laje 1º teto 1 39,5 20 Pre - mist 24,2 25,0
16 25/03/98 vigas e laje 1º teto 1 45,5 20 Pre - mist 22,8 24,1
17 25/03/98 vigas e laje 1º teto 1 52,2 20 Pre - mist 22,5 23,1
18 25/03/98 vigas e laje 1º teto 1 62,5 20 Pre - mist 24,0 24,3
19 30/03/98 pilares 1 e 2 (1º pavimento) 2 63,0 20 F. Obra 31,0 31,0
20 30/03/98 pilares 3 e 4 (1º pavimento) 2 63,6 20 F. Obra 28,0 28,8
21 31/03/98 pilares 5 e 14 (1º pavimento) 2 64,3 20 F. Obra 22,5 23,6
22 31/03/98 pilares 09, 10 e 15 (1º pavimento) 2 65,2 20 F. Obra 19,8 21,1
23 31/03/98 pilares 06, 07 e 08 (1º pavimento) 3 65,9 20 F. Obra 24,6 26,4
24 01/04/98 pilares 11, 12 e 13 (1º pavimento) 2 66,2 20 F. Obra 22,5 23,1
84
Exemplar Data Local nº de Volume Fck Tipo de Resist 28d (MPa) Lote
Moldagem Concretado Amassadas Acumulado MPa Concreto min max nº
25 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 68,3 20 F. Obra 21,0 21,2
26 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 70,4 20 F. Obra 25,3 26,3
27 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 72,5 20 F. Obra 28,4 29,4
28 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 74,6 20 F. Obra 25,5 25,5
29 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 76,7 20 F. Obra 26,6 28,1
30 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 78,8 20 F. Obra 23,0 23,3
31 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 80,9 20 F. Obra 18,5 20,0
32 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 83,0 20 F. Obra 25,0 25,4
33 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 85,1 20 F. Obra 26,1 26,2
34 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 87,2 20 F. Obra 29,5 32,0
35 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 89,3 20 F. Obra 30,5 30,5
36 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 91,4 20 F. Obra 27,2 28,4
37 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 93,5 20 F. Obra 22,0 24,1
38 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 95,6 20 F. Obra 26,0 28,0
39 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 97,7 20 F. Obra 25,2 26,1
40 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 99,8 20 F. Obra 20,6 22,4
41 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 101,9 20 F. Obra 32,0 33,1
42 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 104,0 20 F. Obra 27,4 28,0
43 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 106,1 20 F. Obra 20,8 22,5
44 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 108,2 20 F. Obra 25,5 26,0
45 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 110,3 20 F. Obra 22,0 23,4
46 09/04/98 vigas e laje 2º teto 6 112,1 20 F. Obra 25,0 25,2
47 22/04/98 pilares (2º pavimento) 1 116,3 20 Pre - mist 22,0 22,3
85
Exemplar Data Local nº de Volume Fck Tipo de Resist 28d (MPa) Lote
Moldagem Concretado Amassadas Acumulado MPa Concreto min max nº
48 24/04/98 vigas e laje da cobertura 1 123,8 20 Pre - mist 20,8 21,0
49 24/04/98 vigas e laje da cobertura 1 131,3 20 Pre - mist 23,2 23,5
50 24/04/98 vigas e laje da cobertura 1 138,3 20 Pre - mist 22,6 22,6
51 24/04/98 vigas e laje da cobertura 1 145,3 20 Pre - mist 25,5 26,4
52 24/04/98 vigas e laje da cobertura 1 152,3 20 Pre - mist 25,0 25,8
53 24/04/98 vigas e laje da cobertura 1 159,3 20 Pre - mist 26,0 26,1
54 07/05/98 pavimentação térreo 1 165,3 20 Pre - mist 21,5 23,0
55 07/05/98 pavimentação térreo 1 171,3 20 Pre - mist 19,1 20,5
56 07/05/98 pavimentação térreo 1 177,3 20 Pre - mist 24,6 25,1
57 07/05/98 pavimentação térreo 1 183,3 20 Pre - mist 23,5 23,6
58 08/05/98 pavimentação térreo 2 193,3 20 Pre - mist 25,0 26,5
59 08/05/98 pavimentação térreo 2 203,3 20 Pre - mist 22,8 23,0
60 08/05/98 pavimentação térreo 2 215,3 20 Pre - mist 23,6 24,2
61 08/05/98 pilares do reservatório 3 216,2 20 F. Obra 27,0 28,1
62 08/05/98 pilares do reservatório 3 217,1 20 F. Obra 24,8 26,8
63 25/05/98 fundo e parede do reservatório 1 219,5 18 Pre - mist 32,0 33,2
86
7. LISTA DE EXERCÍCIOS
9) Para a obra acima, determine qual o traço em massa a ser empregado no concreto do
reservatório superior, indicando as quantidades de materiais necessárias para fabricar
20m3 de concreto (cimento em sacos, agregados em volume-m3).
10) A dosagem experimental para o concreto cuja relação água-cimento foi determinado no
exercício nº 1 acima, indicou os seguintes resultados: cimento: 3000g; areia: 5400 g; brita
25mm:4800g; brita 38mm: 4800g; água: 1530g. Determinar o traço unitário em massa do
concreto.
87
11) Os estudos de dosagem desenvolvidos no laboratório, para um concreto de classe C30,
foram iniciados com 20.000 g de materiais secos, estipulando-se a relação cimento:
agregados (1: m) igual a 1:5. Do total de agregados, 34% foi de areia, 21% de brita 19mm
e o restante de brita 25mm. Durante a mistura experimental, foi preciso adicionar 280g
de areia para melhorar a trabalhabilidade, alcançando-se a consistência desejada com
1680g de água.
Determinar:
a) o traço unitário em massa do concreto, sabendo que o construtor fará a medição dos
agregados em volume, com assistência de tecnologista;
b) o número e dimensões das caixas de madeira adaptáveis a carros de mão para
utilização numa betoneira que tem a capacidade de produção de 350 litros.
12) No estudo acima, a colocação de 0,2% de plastificante, em relação a massa do cimento,
promoveu uma redução de 7% no teor de umidade do concreto para a mesma
consistência. Determine o novo traço para o concreto prevendo o emprego do referido
aditivo, mantendo as mesmas características do traço anterior.
13) Dado o traço unitário do concreto de uma obra de edifício 1,000: 2,240: 3,860: 0,540
(cimento: areia: brita 19mm: água), pretende-se altera-lo com a introdução de um aditivo
incorporador que introduzirá 4% de ar na massa e promoverá uma diminuição do teor de
umidade do traço original de 8% e uma redução de 10% na sua resistência. Calcule o
novo traço com o aditivo e o ganho de consumo de cimento decorrente de sua utilização.
(Usar a Curva de Abrams da página 59).
14) Qual volume de concreto produzido após uma jornada de trabalho de 8 horas,
sabendo-se que traço adotado foi de 1,00:1,85:3,65:0,50: (cimento, areia, brita19 e água)
efetuaram-se 4 misturas por hora em betoneiras com capacidade para 2 sacos de cimento?
15) Encontre o traço utilizado numa obra em que para cada saco de cimento de 50 kg se
coloca:
● fck = 30 MPa;
● consumo mínimo de cimento = 400 kg/m3;
● areia grossa com módulo de finura superior a 2,10;
● dimensão máximo do agregado de 19 mm;
● teor de argamassa em volume superior a 610 L/m3;
88
Quando do início da obra o construtor apresentou o seguinte traço de concreto para
aprovação:
Cimento = 401 kg;
Areia = 633 kg;
Brita 9,5 = 560 kg;
Brita 19 = 426 kg;
Água = 206 kg
Aditivo plastificante = 0,3%.
Em função do que foi estabelecido faça as considerações pertinentes a respeito do traço
fornecido.
17) Uma obra produzia concreto utilizando o traço 1,00: 1,90:3,65:0,49: (cimento, areia,
brita19 e água) para execução de uma pavimentação de 600 m2 com espessura de 20 cm.
No decorrer da execução do serviço o encarregado pediu mais 40 sacos de cimento para
concluir a obra. Se haviam sido comprados 840 sacos, verifique se o pedido pode ser
justificado.
18) A partir das misturas experimentais apresentadas, encontre o traço mais adequado
para um concreto de fck = 25 MPa, a ser lançado e adensado por processo convencional. As
britas são compatíveis com as condições de projeto. Justifique a escolha da mistura.
Material (kg) M1 M2 M3
Cimento 2500 2500 3000
Areia 4000 4750 5250
B9,5 --- --- 3900
B19 4250 3100 5850
B25 4250 4650 -
Água 1150 1380 1440
Slump 75 mm 120 mm 80 mm
89
IV – ARGAMASSA
Composições de estudo:
90
1.2. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS NO ESTADO PLÁSTICO: ASPECTOS
QUALITATIVOS
Composição de estudo:____
PROPRIEDADE
CARACTERÍSTICAS OBSERVAÇÕES
OBSERVADA
TEXTURA Ver cor, superfície lisa ou rugosa
EXSUDAÇÃO Acentuada, normal, ausência
CONSISTÊNCIA Seca, plástica, fluida
COESÃO Ruim, razoável, boa
DENSIDADE Leve, média, pesada
PERDA DE
Monitorar por 20 a 30 minutos
CONSISTÊNCIA
SECAGEM EM Monitorar o tempo em minutos
BLOCO que demorou a secagem
OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES:_________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
ARENOSO – Tipo de solo, chamado arenoso, é formado principalmente por cristais de quartzo
e minerais primários, possui uma quantidade maior de areia do que de outros componentes.
Este solo, por ser formado em grande parte por grãos de areia, deixa espaços entre os grãos,
proporciona uma passagem maior de água e circulação de ar, sendo assim muito permeável.
ADITIVO – São produtos químicos produzidos a partir de matérias primas como liguinina,
cloretos, aluminatos, melanina, silicatos dentre outros, e que quando misturados na
produção de concretos e argamassas, modificam as propriedades físico-químicas desses,
com a finalidade de melhorar e facilitar a confecção, lançamento e aplicação.
91
2. ENSAIOS DA ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO
EM LABORATÓRIO:
𝐕 = 𝐥. 𝐡. 𝐜
Médi - - - -
-
a
Desvi - - - -
-
o
92
A resistência à tração na flexão é calculada segundo a equação:
1,5 𝑥 𝐹𝑓 𝑥 𝐿
𝑅𝑓 =
403
Onde:
- Rf é a resistência à tração na flexão, em megapascals;
- Ff é a carga aplicada verticalmente no centro do prisma, em newtons;
- L é a distância entre os suportes, em milímetros;
𝐹𝑐
𝑅𝑐 =
1600
Onde:
- Rc é a resistência à compressão, em megapascals;
- Fc é a carga máxima aplicada, em newtons;
- 1600 é a área da seção considerada quadrada do dispositivo de carga 40 mm x
40 mm, em milímetros quadrados.
A absorção de água por capilaridade calculada para cada tempo deve ser expressa em
gramas por centímetro quadrado, dividindo a variação de massa pela área da seção
transversal do corpo de prova em contato com a água, de acordo com a seguinte equação:
𝑚𝑡 − 𝑚0
𝐴𝑡 =
16
UFBA – Escola politécnica DCTM – Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais
93
Onde:
- At é a massa do corpo-de-prova em cada tempo, aproximada ao centésimo
mais próximo, em gramas por centímetro quadrado;
- mt é a massa do corpo-de-prova em cada tempo, aproximada ao centésimo
mais próximo, em gramas;
- m0 é massa inicial do corpo de prova, em gramas;
- t corresponde aos tempos de 10 min e 90 min, em segundos;
- 16 é a área do corpo-de-prova, em centímetros quadrados.
Por definição, o coeficiente de Capilaridade (C) é igual ao coeficiente angular da reta que
passa pelos pontos representativos das determinações realizadas aos 10 min e aos 90
min, considerando-se como:
- abscissas: a raiz do tempo, em minutos;
- ordenadas: a absorção de água por capilaridade, em gramas por
C = (m90 - m10)
Onde:
C é o coeficiente de capilaridade, em gramas por centímetro quadrado pela raiz
quadrada de minuto (g/dm². 𝑚𝑖𝑛1/2 )
Observações:___________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
𝑃𝑖
𝑅𝑗 =
𝐴𝑖
94
Onde:
95
3. ENSAIOS DA ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO
EM ESTADO APLICADO
➢ Aspectos visuais
Deve-se inspecionar diariamente durante a sua execução, verificando a espessura,
rugosidade e homogeneidade da aplicação. No caso de chapisco aplicado com
desempenadeira denteada, deve- se verificar a formação dos cordões. É muito importante a
inspeção diária desta etapa, pois, além de a execução ser rápida, a condenação de grandes
áreas executadas é de difícil correção.
➢ Dureza da superfície e aderência
Para cada lote da fachada definido no item 4.8.2, deve-se definir uma área mínima de 1,00
m² (o ideal é estender esta inspeção para vários outros pontos do lote), devendo-se executar
as avaliações a seguir.
a) Dureza da superfície: devem ser executados riscos cruzados com a ponta de uma
espátula na superfície do
chapisco, observando-se o grau de dificuldade de se fazerem estes riscos. Quanto mais
difícil for fazer estes riscos, maior a dureza e resistência do chapisco.
Se, por outro lado, o chapisco se fragmentar ou esfarelar (abrindo sulcos maiores), é sinal
de que sua dureza e resistência superficial é inadequada.
Quando isso ocorrer, deve-se ter uma disposição específica para essa correção (cura,
remoção). Pode-se também complementar essa avaliação friccionando os dedos da mão
sobre a superfície do chapisco e observar a quantidade de material que se desprende.
96
Esta inspeção é de suma importância e deve ser registrada nos controles de execução das
fachadas. As não-conformidades deverão ser corrigidas antes da liberação desta etapa.
Os procedimentos de correção devem levar em conta as causas geradoras da não-
conformidade, como:
A norma NBR 7200 indica a aplicação do emboço sobre o chapisco quando este estiver
com uma idade mínima de 3 dias. Esta recomendação diz respeito à idade em que o
chapisco tem resistência para suportar o peso do emboço. Entretanto, as inspeções
sugeridas acima só serão conclusivas quando o chapisco tiver uma idade mínima de 7 dias.
Dessa maneira, recomenda-se que a aplicação do emboço deva ser executada quando o
chapisco estiver no mínimo com 7 dias de idade.
(𝑴𝒖−𝑴𝒊)−𝑴𝒔
𝑼 = × 𝟏𝟎𝟎
𝑴𝒔
O teor de umidade médio do revestimento é igual à média das três determinações.
Calcular a resistência de aderência à tração de cada corpo-de-prova pela seguinte equação:
𝑭
𝑹𝒂 =
𝑨
Onde:
- Ra é a resistência de aderência à tração, expressa em megapascals;
- F é a força de ruptura, expressa em newtons;
- A é a área do corpo-de-prova, expressa em milímetros quadrados (mm²)
97
Resistência de aderência à tração
Formas de Ruptura:
98
Figura 1 - Formas de ruptura no ensaio de resistência à tração para um sistema de
revestimento SEM CHAPISCO (NBR 13528/10)
O ensaio permite medir a quantidade de água absorvida sob baixa pressão numa
superfície definida de um material poroso.
a) OBJETIVO
b) METODOLOGIA
c) RESULTADOS
Tempo Volume de água penetrado (cm³)
(min) 1ª leitura 2ª leitura Média
2
5
10
15
20
25
30
60
99
Volume de água penetrado (cm³) x Tempo (min)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BANDUK, RAGUEB C.; CEOTTO, LUIZ H.; NAKAKURA, ELZA H. Recomendações
Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto,
Execução e Avaliação. Porto Alegre: ANTAC, 2005.
100