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Nesta unidade inicialmente será introduzido e discutido o conceito genérico de entropia. O conceito
será usado no entendimento de processos termodinâmicos em gases ideais. Também será mostrado
como processos irreversíveis, fora do equilíbrio, como a expansão livre podem ser entendidos por
meio da variação da sua entropia. Será mostrado que entropia é uma função de estado. A Segunda lei
da Termodinâmica será enunciada e explicada com base do conceito de entropia e por fim, será
mostrado que a inexistência de maquinas térmica e refrigeradores ideias são caso particulares do
enunciado da segunda lei da termodinâmica baseada no conceito de Entropia. Vários problemas serão
resolvidos ao longo do capítulo e uma série de questões conceituais, assim como problemas, serão
apresentados ao final do capítulo, visando a fixação dos conceitos apresentados.
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
1.1 Entropia
A Lei Zero da Termodinâmica estabelece a condição para definir o conceito de temperatura. A Primeira
Lei da Termodinâmica introduz o conceito de energia interna. A Segunda Lei da Termodinâmica, por
sua vez, conduz a uma outra propriedade termodinâmica chamada entropia. Assim como para o caso
de energia é muito difícil responder a pergunta: "o que é entropia?" Se pensarmos em um processo
irreversível como o resfriamento de uma substancia qualquer, dizemos que a entropia está
aumentando. Portanto relacionamos a ideia de fluxo de energia térmica com entropia. Por outro lado,
quando falamos de uma máquina térmica e de sua eficiência relacionamos isso com um acréscimo de
entropia ao universo.
Olhando pelo lado da estatística, associamos o aumento da entropia com a ideia de maior
probabilidade. Por exemplo, quando uma substancia aquecida se resfria, dizemos que a situação mais
provável é aquela em que a substancia aquecida se resfria até a temperatura de sua vizinhança.
Portanto a substância passa de um estado menos provável (aquecido) para um estado mais provável
(resfriado) no equilíbrio térmico.
Entropia também pode ser associada à ideia de desordem. Ou seja, todos os processos irreversíveis
levam os sistemas e seus ambientes para estados menos ordenados, portanto mais entrópicos.
Quando um processo irreversível ocorre, qualquer que seja sua natureza, de alguma forma, energia é
consumida para a realização do processo. A lei da conservação da energia também impera para os
processos irreversíveis, entretanto a energia que se utilizou para a realização do processo deixa de
estar disponível para a realização de trabalho útil. A energia que se tornou indisponível é chamada de
"trabalho indisponível" ou "trabalho perdido" sendo associada ao acréscimo de entropia ocorrido
durante o processo.
Fica patente assim a dificuldade de se definir a entropia de uma forma precisa. A mesma dificuldade
sentimos quando temos que definir energia. Nos subitens subsequentes deste capítulo abordaremos
a entropia para os processos reversíveis e irreversíveis no escopo da Segunda Lei da Termodinâmica.
Como vimos anteriormente em uma máquina térmica reversível de Carnot operando com um gás ideal
temos:
𝑄$ 𝑄" (1.2)
− =0
𝑇$ 𝑇"
Para um ciclo completo de uma máquina térmica reversível a equação (1.2) pode ser escrita como:
𝑑𝑄 (1.3)
) =0
𝑇
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
Apesar de 𝑑𝑄 não ser uma diferencial exata, 𝑑𝑄/𝑇 é uma diferencial exata e a integral (1.3) com seu
argumento 𝑑𝑄/𝑇 representa a variação diferencial de uma propriedade de estado termodinâmico,
ou melhor, uma função de estado termodinâmico que se anula quando o ciclo é constituído de
processos reversíveis. Denominamos este novo parâmetro termodinâmico de entropia S e sua
diferencial exata é:
𝑑𝑄 (1.4)
𝑑𝑆 =
𝑇
Para o ciclo completo
𝑑𝑄 (1.5)
) = ) 𝑑𝑆 = 0
𝑇
Para um processo termodinâmico reversível que sai de um estado inicial e atinge um outro estado
termodinâmico final, a variação da entropia será dada por:
. .
𝑑𝑄 (1.6)
∆𝑆 = 𝑆. − 𝑆/ = 0 𝑑𝑆 = 0
/ / 𝑇
A diferença de entropia entre dois estados termodinâmicos quaisquer independe do trajeto realizado
pelo processo e sim dos estados inicial e final. Este fato permite que a variação de entropia para
processos reversíveis seja estendida para os processos irreversíveis. Não existe processo
absolutamente reversível na natureza, pois ocorrem atrito e transferências de calor não desejadas.
Portanto, de fato, qualquer processo termodinâmico é irreversível.
Para calcular a variação de entropia num trajeto irreversível entre dois estados de equilíbrio é
necessário achar um processo reversível que ligue estes dois estados e calcular a variação de entropia
usando a equação (1.6). Vamos calcular a variação de entropia para algumas situações
termodinâmicas.
Seja um gás ideal que absorve uma certa quantidade de calor 𝑑𝑄 em um processo reversível. Pela
Primeira Lei da Termodinâmica:
𝑑𝑄 = 𝑑𝑈 + 𝑝𝑑𝑉 (1.7)
𝑑𝑉 (1.8)
𝑑𝑄 = 𝑛𝐶7 𝑑𝑇 + 𝑛𝑅𝑇
𝑉
Dividindo (1.8) por T,
𝑑𝑄 𝑑𝑇 𝑑𝑉 (1.9)
= 𝑛𝐶7 + 𝑛𝑅
𝑇 𝑇 𝑉
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
A variação de entropia de um gás ideal que sofre um processo reversível será obtida calculando a
integral de ambos os lados1, logo:
. 𝑇. 𝑉.
𝑑𝑄 (1.10)
∆𝑆9:; = 0 = 𝑛𝐶7 ln > ? + 𝑛𝑅 ln > ?
/ 𝑇 𝑇/ 𝑉/
Para um processo isotérmico reversível (Tf = Ti), a variação de entropia do gás será dada simplesmente
por :
. 𝑉.
𝑑𝑄 (1.11)
∆𝑆/@AB = 0 = 𝑛𝑅 ln > ?
/ 𝑇 𝑉/
Como já vimos anteriormente, expansão livre é a situação em que um gás fica inicialmente confinado
e pressurizado dentro de um compartimento isolado de um recipiente. No outro lado do recipiente
existe outro compartimento vazio. Quando a membrana entre os compartimentos é rompida o gás se
expande livremente. Neste processo não há realização de trabalho, não há variação da energia interna
porque não há variação de temperatura e também não há transferência de calor porque os
compartimentos são termicamente isolados.
Apesar disto tudo, há variação de entropia porque a expansão é um processo irreversível. Já vimos
que a variação de entropia só depende dos estados inicial e final independente de qual processo for.
Desta forma a variação de entropia na expansão livre, fisicamente caracterizado pelo volume inicial e
volume final ocupado pelo gás, pode ser calculada usando-se a transformação isotérmica entre os
estados A e B, da seguinte forma:
1
∫ 𝑑𝑥E𝑥 = ln (𝑥)
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
Exemplo 1: Calcule a variação da Entropia de um 1 mol de nitrogênio que sofre expansão livre em
conforme mostrado na figura abaixo.
A variação de entropia só depende dos estados inicial e final e, portanto, já que a expansão ocorreu
em temperatura constante:
N
dQ Q
∆S = 0 =
O T T
A variação de entropia é caracterizada pela variação do volume ocupado pelo gás e pode ser
calculada usando qualquer processo reversível com estados iniciais e finais semelhantes. Usando-
se a trajetória isotérmica que se inicia no estado inicial de volume V e pressão Pa termina no estado
final de volume 2V e pressão Pa/2 temos:
N
dQ Q WOQRS
∆S = 0 = =
O T T T
WOQRS VN
ΔS = = nR ln > ? = nRln2
T VO
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
Vamos a situação normal onde temos uma fonte de calor com alta temperatura que transfere calor
para um reservatório ou fonte com baixa temperatura. Como já vimos, se a transferência for reversível
ou irreversível não vai importar porque a variação de entropia independe disto. No caso a
transferência de calor é irreversível. A variação de entropia do reservatório quente devido a liberação
de calor é:
𝑄 (1.13)
∆𝑆$ = −
𝑇$
𝑄 (1.14)
∆𝑆" =
𝑇"
𝑄 𝑄 𝑄
∆𝑆 = ∆𝑆" + ∆𝑆$ = − = (𝑇 − 𝑇" )
𝑇" 𝑇$ 𝑇$ 𝑇" $ (1.15)
X
∆𝑆 = ∆𝑆" + ∆𝑆$ = (𝑇$ − 𝑇" )
YZ Y[
Como 𝑇$ > 𝑇" a variação de entropia de processos irreversíveis será sempre positiva.
Exemplo 2: Suponha que a mesma quantidade de calor, por exemplo, 260 J, é transferida por
condução entre um reservatório de calor mantido a 400 K para outros mantidos a 100 K, 200 K 300
K e 360 K respectivamente. Calcule a variação da entropia em cada caso.
A condução de calor é um processo irreversível, mas os reservatórios ganham e perdem calor
mantendo sua temperatura constante. E em uma transformação isotérmica:
]
dQ Q
∆S = 0 =
^ T T
Logo:
Q Q 1 1
a) ∆S = ∆S` + ∆S^ = − = 260 > − ? = 1,95 J/K
T] T^ 100 400
O calor que sai da fonte quente, pela convenção adotada neste libro, recebe sinal negativo.
Q Q 1 1
b) ∆S = ∆S` + ∆S^ = − = 260 > − ? = 0,65 J/K
T] T^ 200 400
Q Q 1 1
c) ∆S = ∆S` + ∆S^ = − = 260 > − ? = 0,22 J/K
T] T^ 300 400
Q Q 1 1
d) ∆S = ∆S` + ∆S^ = − = 260 > − ? = 0,07 J/K
T] T^ 360 400
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
Exemplo 3: Uma máquina que executa o Ciclo de Carnot absorve 200 J de um reservatório a
T^ =500 K, realiza trabalho e rejeita calor em uma fonte fria a T` =200 K. Determine a variações
de entropia (a) da fonte quente, (b) da fonte fria e (c) damáquina constituída de processos
reversíveis.
T` 200
e]mnoRS = 1 − =1− = 0,6 = 60%
T^ 500
O trabalho total realizado pela máquina é
W
e]mnoRS = ∴ W = e]mnoRS Q^ = 0,6 × 200 = 120J
Q^
A variação da entropia na fonte quente é
−Q^ −200
∆S^ = = = −0,4 J/K
T^ 500
A variação da entropia na fonte fria é
Q` Q^ − W 200 − 120
∆S] = = = = 0,4 J/K
T` T` 200
A máquina de Carnot opera em ciclos, na qual os estados finais e iniciais são idênticos e, portanto,
a variação da entropia durante sua operação é nula.
∆Sst9uAB = 0
A variação a entropia do sistema (máquina) e da vizinhança (reservatórios) é nula pois:
J J
∆Svu/;:9@A = ∆Sst9uAB + ∆S] + ∆S^ = 0 + 0,4 − 0,4 = 0
K K
O lago cede um calor para o gelo aquecer, se fundir e posteriormente para aquecer a água do gelo
fundido.
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
Em todos os processos vistos até agora neste capitulo as variações de entropia dos sistemas somadas
ao ambiente, que podemos generalizar e chamar como variação da entropia universo, sempre foi
positiva ou nula. Com base nisto podemos enunciar a segunda lei da termodinâmica em termos da
entropia:
Para qualquer processo termodinâmica que saia de um estado para o outro estado
termodinâmico de equilíbrio, a entropia do universo, isto é, do sistema mais sua
vizinhança, aumenta (se o processo for irreversível) ou permanece constante (se o
processo for reversível). Logo,
∆𝑆vu/;:9@A ≥ 0
Nos processos reversíveis, como é o caso da máquina de Carnot, a entropia total não se altera, isto é,
a soma da variação de entropia da máquina e da vizinhança, ou seja máquina e dos reservatórios
quentes e frios, é nula. Nos processos irreversíveis, é possível a entropia da vizinhança do sistema
termodinâmico diminuir porem a entropia da vizinhança do sistema termodinâmico irá aumentar de
modo que quando descontada a variação de entropia do sistema a variação liquida sempre será maior
do que zero.
Vamos verificar algumas situações de uso da Segunda Le da Termodinâmica em termos da entropia.
1. O enunciado de Kelvin - Planck afirma que não há máquina perfeita, isto é, máquina que
transforma 100 % de calor em trabalho. Se uma destas máquinas existisse, a fonte quente
libera calor para a máquina resultando na variação negativa de entropia na fonte quente dada
por:
𝑄Š (1.16)
∆𝑆‰v:uB: = −
𝑇Š
A máquina, opera em ciclos nos quais o estado final e o estado inicial são idênticos, logo com
variação de entropia nula. Depois da realização do trabalho, á máquina não libera calor para
a fonte fria, portanto a fonte fria também não experimentaria variação de entropia. Ou seja:
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
𝑄Š
∆𝑆vu/;:9@A = ∆𝑆‰v:uB: + ∆𝑆‹á‰v/ut + ∆𝑆.9/t = − < 0
𝑇Š
Ou seja, a variação total de entropia máquina + vizinhança seria negativa, violando assim a
Segunda Le da Termodinâmica em termos da entropia.
2. O enunciado de Clausius afirma que não é possível o calor fluir de um corpo para outro mais
quente de forma natural. Vamos supor que exista uma máquina que consiga tirar calor de
uma fonte fria e libera-lo para uma fonte quente sem dispêndio de energia, isto é, de forma
natural. A variação de entropia da fonte fria é:
𝑄• (1.18)
∆𝑆.9/t = −
𝑇•
𝑄Š (1.19)
∆𝑆‰v:uB: =
𝑇Š
𝑄Š 𝑄s (1.20)
∆𝑆vu/;:9@A = > − ?
𝑇Š 𝑇s
Como a máquina não “necessita" de energia para tirar o calor da fonte fria e levá-lo para a
fonte quente, conforme hipótese inicial, I𝑄Š l = I𝑄s l = 𝑄, dai então:
1 1 (1.21)
∆𝑆vu/;:9@A = 𝑄" > − ?
𝑇Š 𝑇s
Como TH é maior que TC, a variação total de entropia é negativa neste hipotético refrigerador
perfeito, violando assim a Segunda Le da Termodinâmica em termos da entropia.
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
𝑆 = 𝑘 ln 𝜔 (1.22)
sendo k a constante de Boltzmann (k = 1,38 x 10-23 J/K). Quando uma situação se caracteriza
como plenamente possível de ocorrer, w = 1, tem-se que S = k ln(1)=0. Isto é, entropia do
estado completamente ordenado é zero.
Exemplo 5: Um mol de gás ideal monoatômico é forçado a completar o ciclo mostrada abaixo.
Qual é o trabalho efetuado pelo gás na dilatação de a até c pelo caminho abc?
Wm•` = Wm• + W•` ; W•` = 0
Wm•` = Wm• = P(4VR − VR ) = 3PVR
Qual a variação da a energia interna e entropia ao passar dos estado b para o estado c?
PVR
Tm =
R
Tm T• 4PVR
= ∴ T• = 4Tm =
V“ 4V“ R
T• T` 8PVR
= ∴ T` = 2T• = 8Tm =
p 2p R
3
∆U•` = nC—(T` − T` ) = R(8 − 4)Tm = 6RTm = 6PVR
2
dT T` 3
∆S•` = nC— 0 = nC— Ln > ? = R Ln 2
T T• 2
5
∆Sm•`˜ = R(Ln4 + ln2 − ln4 − ln2) = 0
2
( ) Quanto mais próximo de Zero Kelvin, mais fácil é abaixar a temperatura de um sistema.
( ) A variação de entropia depende do caminho.
( ) A variação de entropia em um processo cíclico é igual a zero.
( ) Sabendo que a temperatura da fonte quente permanece inalterada, pode-se dizer que DU=0 nesta
fonte.
( ) A entropia nunca diminui em um processo reversível.
( ) A entropia nunca diminui em um processo irreversível.
( ) A entropia do universo sempre aumenta.
( ) É impossível a ocorrência espontânea de um processo onde a entropia diminui.
( ) Em processos irreversíveis as variações positivas de entropia sempre superam as negativas.
( )Quando a entropia aumenta a disponibilidade de energia diminui.
( ) Entropia é uma grandeza que pertence a cada partícula individualmente.
( )Para um dado estado macroscópico podem haver vários estados microscópicos correspondentes
1.2 A Lei Zero da Termodinâmica define: (a) Entropia (b) Temperatura (c) Energia interna (d) Fluxo de
calor
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
1.3 A Primeira Lei da Termodinâmica define: (a) Entropia (b) Temperatura (c) Energia interna (d)
Fluxo de calor
1.4 A Segunda Lei da Termodinâmica diz que é impossível: (a)A variação da energia interna ser igual a
zero.(b) Conversão total de trabalho em calor (c) Criação ou destruição de energia (d) Conversão
total de calor em trabalho útil
1.5 Sobre a entropia de um sistema, é correto afirmar que: (a) Nunca pode ser negativa. (b) Nunca
pode diminuir (c) Pode variar em um sistema isolado (d) Sua variação independe do processo.
1.6 Em um processo de expansão livre de um estado a para um estado b é correto afirmar que: (a) a
entropia e a energia interna não se alteram (b) a variação da entropia é a mesma que ocorreria em
uma expansão reversível, enquanto a variação de energia interna é nula (c) As variações de energia
interna e de entropia são positivas. (d) A variação de energia interna é menor que zero e a variação
de entropia é maior que zero.
1.7 A entropia pode diminuir (a) Em um processo cíclico (b) Apenas em um sistema submetido a um
processo idealizado, para o qual a segunda lei não é válida. (c) Dentro de um sistema preparado
adequadamente e submetido a um processo irreversível (d) Dentro de um sistema preparado
adequadamente e submetido a um processo reversível.
1.8 Não violaria a segunda lei da termodinâmica, um processo de: (a) Compressão espontânea do ar
em uma sala; (b) A água dentro de um copo sobre a mesa começar a congelar espontaneamente
(c) Fluir calor da Terra para o Sol (d) Uma lata de Coca-Cola entrar em equilíbrio térmico com o
gelo dentro de um recipiente fechado de isopor.
1.9 Suponha que duas moedas sejam lançadas num jogo de “cara” e “coroa”. Qual é a probabilidade
de que ambas exibam “cara”?
1.10 Suponha que três moedas sejam lançadas num jogo de “cara” e “coroa. ”? Qual é o resultado
mais provável dessa jogada?
1.11 Em um jogo com seu colega, no qual fossem lançadas quatro moedas, você apostaria em qual
configuração? (a) Todas exibindo cara (b) Todas exibindo coroa (c) 1 cara e 3 coroas (d) 1 coroa e
3 caras. Justifique sua resposta
1.12 Em um jogo seu colega lança 4 moedas , sendo que uma foi pintada de azul. Ele lhe diz que
obteve 4 caras, facilmente você pode dizer que a moeda azul saiu exibindo cara. Caso seu colega
lhe dissesse que a configuração é de 2 caras e 2 coroas, e lhe perguntasse: Como está a moeda
azul? Você poderia responder com certeza a essa pergunta?
1.13 Se um determinado número de moléculas confinados num cilindro se expandem em uma sala,
o número de posições onde ela pode ser encontrada aumenta ou diminui? Justifique?
1.14 Aumenta-se a temperatura de um certo gás confinado em um êmbolo. Como isso interfere na
distribuição de velocidades das moléculas? O que se pode afirmar sobre o número de posições
possíveis que as moléculas podem ocupar dentro do êmbolo antes e depois do aquecimento?
1.15 Liga-se um ar condicionado em uma sala e a temperatura cai de 30 oC para 17 oC. Responda: (a)
A variação de entropia na sala é positiva? (b) Isso viola a 2ª Lei? Explique.
1.16 Existe alguma variação de entropia em movimentos puramente mecânicos? Justifique.
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
1.7.1 Qual é a variação sofrida por 1,0 kg de água ao se transformar em vapor a 100º C a uma
pressão de 1 atm.
1.7.2 Calcule a variação de entropia que ocorre quando misturamos 1,00 kg de água a 20,0 oC com
2,00 kg de água a 80,0 oC .
1.7.3 Em um processo reversível três moles de um gás ideal são comprimidos isotermicamente a
20,0 oC. Durante a compressão um trabalho de 1850 J é realizado sobre o gás. Qual é a variação de
entropia do gás?
1.7.4 Um gás ideal sofre uma dilatação isotérmica reversível a 132 oC. A entropia do gás aumenta
de 46,2 J/K. Qual é o calor absorvido?
1.7.5 Uma mistura de 1,78 kg de água e 262 g de gelo a 0 oC é levada, por processo reversível, para
um estado final de equilíbrio a 0 oC onde a razão das massas de gelo/água é: 1:1. (a) Calcule a variação
de entropia do sistema durante o processo. (b) O sistema retorna ao primeiro estado de equilíbrio por
um processo irreversível. Calcule a variação de entropia durante este processo. (c) Mostre que sua
resposta é consistente com a segunda lei da termodinâmica.
1.7.6 Um cubo de gelo de 12,6 g a -10,0 oC é colocado em um lago cuja temperatura é +15,0 oC.
Calcule a mudança de entropia do sistema quando o gelo alcançar o equilíbrio térmico com o lago
(sugestão: o gelo afetará a temperatura do lago?)
1.7.7 Uma amostra de 1 kg de cobre, a 100 oC, é colocada num calorímetro com 4 litros de água a
0º C. A capacidade calorífica do calorímetro é desprezível. Calcule a variação da entropia (a) do cobre;
(b) da água; (c) do universo.
1.7.8 Se 500J de calor são transferidos de uma fonte a 400 K para uma fonte a 300 K, responda: (a)
Qual é a variação de entropia do universo? (b) Que parcela dos 500J pode ser transformada em
trabalho?
1.7.9 Um sistema absorve 300 J de calor de uma fonte a 300 K e 200J de outra fonte a 400 K.
Retorna, então, ao estado inicial, efetuando 100 J de trabalho e descarregando 400 J de calor em um
reservatório na temperatura T. (a) Qual a variação da entropia do sistema em um ciclo completo?
Qual é a temperatura T do reservatório?
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
1.7.12 Seja 𝜔 o número de estados microscópicos possíveis para um dado estado macroscópico.
Podemos mostrar que a entropia S de um estado macroscópico é dada por 𝑆 = 𝑘 ln 𝜔. Onde k é a
constante de Boltzmann. Como entropia é uma variável de estado (ou seja, em qualquer processo a
variação da entropia é o que interessa) podemos dizer que:
∆𝑆 = 𝑆• − 𝑆Ÿ
∆𝑆 = 𝑘 ln 𝑤• − 𝑘 ln 𝑤Ÿ
𝑤•
∆𝑆 = 𝑘 ln
𝑤Ÿ
considere que n moles de um gás estão a temperatura T confinados em uma caixa termicamente
isolada e dividida por uma parede em dois compartimentos, cada um com volume V. Inicialmente em
um dos compartimentos foi feito vácuo. A seguir quebramos a parede e o gás se expande e preenche
completamente os dois compartimentos da caixa. Calcule a variação de entropia nesse processo de
expansão livre, usando a definição microscópica da entropia dada acima.
1.8 Problemas
1.8.1 Um mol de um gás ideal monoatômico é obrigado a completar o ciclo mostrado na figura. Em
termos da pressão p0 e do volume V0 responda:
(a) Qual é o trabalho efetuado sobre o gás na dilatação de a até c pelo caminho abc?
(b) Qual é a variação da energia interna e da entropia ao passar de b para c?
(c) Qual é a variação da energia interna e da entropia em um ciclo completo?
1.8.2 Um mol de um gás monoatômico ideal passa por dois processos diferentes, de um estado
inicial cuja pressão é p0 e volume V0 para um estado final de pressão 2p0 e volume 2V0. No processo
(1) o gás se dilata isotermicamente até que o volume dobre e então a pressão é aumentada, a volume
constante, até atingir o estado final. NO processo (2) Ele é comprimido isotermicamente até que sua
pressão dobre e então seu volume é aumentado a pressão constante até o estado final. Represente
os dois processos num diagrama pV. Calcule, para cada processo, em termos de p0 e V0:
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
1.8.3 Faça um gráfico do ciclo de Carnot indicando a entropia no eixo horizontal e a temperatura
Kelvin no eixo vertical. Trata-se de um diagrama temperatura–entropia ou diagrama TS.
(a) Mostre que a área embaixo da curva que representa o processo reversível no diagrama TS
representa o calor absorvido pelo sistema.
1.8.4 O ciclo de Stirling é semelhante ao ciclo de Otto exceto que a compressão e a expansão do
gás ocorrem isotermicamente e não adiabaticamente. No ciclo, o fluido de trabalho realiza uma
compressão isotérmica à temperatura T1 do estado inicial a até o estado b, com uma razão de
compressão r; aquecimento a volume constante até o estado c com temperatura T; expansão
isotérmica à temperatura T2 até o estado d; resfriamento a volume constante retornando para o
estado inicial a conforme indicado na figura do problema. Suponha que o fluido de trabalho seja n
moles de um gás ideal (para o qual Cv não depende da temperatura).
1.7.13
I. Um corpo se move inicialmente com 500 J de energia cinética e é desacelerado até repouso
pelo atrito quando a temperatura da atmosfera é de 300K.
II. 1 kJ de calor é transferido de uma fonte a 400 K para uma fonte a 300k
Até agora a segunda lei havia sido expressa em termos de “impossibilidades”. Para formulá-la em
termos quantitativos usamos o conceito de entropia S, como expresso acima. A entropia relaciona-se
com a probabilidade de um sistema estar numa dada configuração em função do número de
possibilidades de configuração que esse sistema possa ter.
(F) Quanto mais próximo de Zero Kelvin, mais fácil é abaixar a temperatura de um sistema.
Pelo contrário, se torna mais difícil abaixar a temperatura de um sistema à medida que se diminui a
temperatura. Como mostra a 3ª lei da termodinâmica, é impossível atingir o zero absoluto através de
um número finito de processos cíclicos.
(F) A variação de entropia depende do caminho.
Não, entropia é uma variável de estado e, portanto, depende apenas do estado inicial e final do
sistema
(V) A variação de entropia em um processo cíclico é igual a zero.
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
Sim, a entropia só depende do estado final e inicial, portanto sua variação é nula em um ciclo, pois o
estado inicial e final coincidem.
(F) Sabendo que a temperatura da fonte quente permanece inalterada, pode-se dizer que DU=0 nesta
fonte.
Somente para gases ideias observamos que a energia interna depende apenas da temperatura. Ou
seja, a afirmação não pode ser generalizada.
(F) A entropia nunca diminui em um processo reversível.
Em sistemas preparados adequadamente a variação da entropia pode assumir qualquer valor,
inclusive negativo. Por exemplo, a entropia diminui durante uma compressão isotérmica de um gás
ideal (processo reversível).
(F) A entropia nunca diminui em um processo irreversível.
A variação TOTAL de entropia durante qualquer processo irreversível é positiva. Em sistemas
preparados adequadamente a variação da entropia pode assumir qualquer valor, inclusive negativo.
Por exemplo, a entropia diminui durante uma compressão isovolumétrica de um gás (processo
irreversível).
(V) A entropia do universo sempre aumenta.
A variação TOTAL de entropia em processos reversíveis é igual a zero. A variação TOTAL de entropia
em processos irreversível é sempre positiva. Como todo processo natural é irreversível a entropia
TOTAL do universo sempre aumenta.
(V) É impossível a ocorrência espontânea de um processo onde a entropia diminui.
Como todo processo natural é irreversível, todo processo espontâneo sempre ocorre no sentido do
aumento da entropia.
(V) Em processos irreversíveis as variações positivas de entropia sempre superam as negativas.
Em processos irreversíveis ocorrem tanto variações positivas quanto negativas de entropia, no
entanto a variação TOTAL é sempre positiva.
(V) Quando a entropia aumenta a disponibilidade de energia diminui.
Isso é uma consequência da segunda lei da termodinâmica. A transformação de energia mecânica em
calor é um processo irreversível, portanto a energia convertida em calor não fica integralmente
disponível para a realização de trabalho.
(F) Entropia é uma grandeza que pertence a cada partícula individualmente.
Não faz sentido falar de entropia de uma partícula. Entropia relaciona-se com a probabilidade de um
sistema estar numa dada configuração em função do número de possibilidades de configuração que
esse sistema possa ter.
(V) Para um dado estado macroscópico podem haver vários estados microscópicos correspondentes
Sim, há várias formas de configuração microscópicas que resultam na mesma configuração
macroscópica
1.2 A Lei Zero da Termodinâmica define: Temperatura
1.3 A Primeira Lei da Termodinâmica define: Energia interna
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1.4 A Segunda Lei da Termodinâmica diz que é impossível: Conversão total de calor em trabalho.
1.5 Sobre a entropia de um sistema, é correto afirmar que: Sua variação independe do processo.
1.6 Em um processo de expansão livre de um estado a para um estado b é correto afirmar que: a
variação da entropia é a mesma que ocorreria em uma expansão reversível, enquanto a variação
de energia interna é nula.
1.7 A entropia pode diminuir: dentro de um sistema preparado adequadamente e submetido a um
processo irreversível e dentro de um sistema preparado adequadamente e submetido a um
processo reversível.
1.8 Não violaria a segunda lei da termodinâmica um processo no qual uma lata de Coca-Cola entra
em equilíbrio térmico com o gelo dentro de um recipiente fechado de isopor.
1.9 Suponha que duas moedas sejam lançadas num jogo de “cara” e “coroa”. Qual é a probabilidade
de que ambas exibam “cara”?
Só há uma configuração possível para que isso ocorra (veja tabela). O mesmo vale para se obter ambas
com “coroa”. No entanto existem duas maneiras distintas de se obter uma “cara” e uma “coroa”.
Existem ao todo 4 possibilidades de configuração, em duas delas o sistema exibe 1 cara e 1 coroa é,
portanto esse deve ser o resultado mais provável.
Nº de possibilidades
Configuração microscópica Possibilidades
microscópicas para um
do sistema “2 moedas” microscópicas
mesmo estado macroscópico
2 caras 1
1 cara e 1 coroa 2
2 coroas 1
1.10 Suponha que três moedas sejam lançadas num jogo de “cara” e “coroa. ”? Qual é o resultado
mais provável dessa jogada? Pela tabela abaixo , vemos que existem 3 possibilidades de se obter
2 caras e 3 possibilidades de se obter 2 coroas. Essas duas configurações são as que tem a maior
probabilidade de ocorrer quando se lança 3 moedas
Nº de possibilidades
Configuração microscópica Possibilidades
microscópicas para um
do sistema “3 moedas” microscópicas
mesmo estado macroscópico
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Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica
3 caras 1
2 caras e 1 coroa 3
1 cara e 2 coroas 3
3 coroas 1
1.11 Em um jogo com seu colega, no qual fossem lançadas quatro moedas, você apostaria em qual
configuração? Escolheria 2 coroas e 2 caras. Por que existe mais chance de ocorrer essa quando
comparado às demais possibilidades.
1.12 Em um jogo seu colega lança 4 moedas , sendo que uma foi pintada de azul. Ele lhe diz que
obteve 4 caras, facilmente você pode dizer que a moeda azul saiu exibindo cara. Caso seu colega
lhe dissesse que a configuração é de 2 caras e 2 coroas, e lhe perguntasse: Como está a moeda
azul? Você poderia responder com certeza a essa pergunta?
Quando as moedas caem todas exibindo cara é evidente a configuração de cada moeda
individualmente. Isso não ocorre quando elas caem 2 caras e 2 coroas. A moeda azul pode estar entre
as duas que caíram exibindo cara ou entre as duas que caíram exibindo coroa; não há como afirmar
com certeza a posição de nenhuma das moedas individualmente
1.13 Se um determinado número de moléculas confinados num cilindro se expandem em uma sala,
o número de posições onde ela pode ser encontrada aumenta ou diminui? Justifique?
O número de posições aumenta, já que ela tem mais espaço para percorrer. A princípio uma molécula
poderia ser encontrada com certeza dentro do cilindro, em alguma posição daquele pequeno espaço.
Após a expansão ela poderá estar em qualquer posição dentro de todo o espaço da sala.
1.14 Aumenta-se a temperatura de um certo gás confinado em um êmbolo. Como isso interfere na
distribuição de velocidades das moléculas? O que se pode afirmar sobre o número de posições
possíveis que as moléculas podem ocupar dentro do êmbolo antes e depois do aquecimento?
O aumento de temperatura, como já foi visto anteriormente, aumenta a energia interna do sistema.
Assim, tendo maior energia interna um maior número de moléculas poderá ocupar as posições
possíveis e disponíveis para o gás dentro do êmbolo depois do aquecimento.
1.15 Liga-se um ar condicionado em uma sala e a temperatura cai de 30 oC para 17 oC. Responda: (a)
A variação de entropia na sala é positiva? (b) Isso viola a 2ª Lei? Explique.
Sim. A entropia diminui, pois, no processo irreversível, é retirado calo do ambiente. Isso não viola a
segunda lei pois esse calor é jogado no ambiente externo juntamente com aquele descartado pelo
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Exercício de Fixação
1.7.1 Qual é a variação sofrida por 1,0 kg de água ao se transformar em vapor a 100º C a uma
pressão de 1 atm.
( )
Q = 1kg 2256 ×103 J / kg .K = 2256kJ
Com esse valor e com a temperatura em Kelvin, pode-se calcular a variação de entropia envolvida
no processo:
Q 2256 x 103 J
ΔS = = = 6,05×103 J / K
T 373K
1.7.2 Calcule a variação de entropia que ocorre quando misturamos 1,00 kg de água a 20,0 oC com
2,00 kg de água a 80,0 oC .
1.7.3 Em um processo reversível três moles de um gás ideal são comprimidos isotermicamente a
20,0 oC. Durante a compressão um trabalho de 1850 J é realizado sobre o gás. Qual é a variação de
entropia do gás?
1.7.4 Um gás ideal sofre uma dilatação isotérmica reversível a 132 oC. A entropia do gás aumenta
de 46,2 J/K. Qual é o calor absorvido?
Q
DS =
T
Q = 46,2 J (405K ) = 18,711J
K
Q = 18,7kJ
1.7.5 Uma mistura de 1,78 kg de água e 262 g de gelo a 0 oC é levada, por processo reversível, para
um estado final de equilíbrio a 0 oC onde a razão das massas de gelo/água é: 1:1. (a) Calcule a variação
de entropia do sistema durante o processo. (b) O sistema retorna ao primeiro estado de equilíbrio por
um processo irreversível. Calcule a variação de entropia durante este processo. (c) Mostre que sua
resposta é consistente com a segunda lei da termodinâmica.
Q = LF m
( )
Q = (334x10 3 J Kg ) 759x10 -3 kg = -253,506kJ
Q - 253,506kJ
DS = = = -928 J
T 273K K
A entropia nesse caso é negativa, por ser um processo reversível, no qual retira-se calor do
sistema.
(b) variação da entropia só depende dos estados inicial e final, portanto ao retornar ao estado
de equilíbrio por processo irreversível a entropia aumenta de 928 J
(c) A entropia primeiramente sofre uma variação negativa na mistura em questão, através de
um processo reversível. É importante lembrar que a variação total da energia é positiva,
porque a vizinhança também sofre uma variação de entropia. E variação final é positiva. O
segundo processo é irreversível, portanto a variação da entropia é positiva
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1.7.6 Um cubo de gelo de 12,6 g a -10,0 oC é colocado em um lago cuja temperatura é +15,0 oC.
Calcule a mudança de entropia do sistema quando o gelo alcançar o equilíbrio térmico com o lago
(sugestão: o gelo afetará a temperatura do lago?)
É claro que um cubo de gelo não vai mudar a temperatura do lago inteiro. O gelo vai absorver
calor para derreter e ter sua temperatura final elevada até 15ºC. As variações de entropia
correspondentes são:
Tf
dT 273
DS gelo = mc ò = (0,0126kg )(2100 J / kg .K ) ln = 0,99J / K
Ti
T 263
mLF (0,0126kg )(333000 J / kg )
DS gelo = = = 15,37 J / K
T 273K
Tf
dT 288
DS agua = mcagua ò = (0,0126kg )(4190 J / K ) ln =2,82 J / K
Ti
T 273
DS gelo- água = 0,99 + 15,37 + 2,82 = 19,2 J / K
O calor cedido pelo lago para levar o gelo ao seu estado final de equilíbrio é:
Qlago = (0,0126kg )[(2100 J / kgK )(10 K ) + 4190 J / kgK + (4190 J / kgK )(15 K )] = 1109,3J
1.7.7 Uma amostra de 1 kg de cobre, a 100 oC, é colocada num calorímetro com 4 litros de água a
0º C. A capacidade calorífica do calorímetro é desprezível. Calcule a variação da entropia (a) do cobre;
(b) da água; (c) do universo.
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275,4
DS agua = 4 (4,190) ln
273,15
DS agua = 137 J / K
Universo (Processo irreversível)
DS universo = DS agua + DS cobre
DS universo = DS agua + DS cobre
DS universo = 137 - 117 = 20 J / K
DS universo > 0
1.7.8 Se 500J de calor são transferidos de uma fonte a 400 K para uma fonte a 300 K, responda: (a)
Qual é a variação de entropia do universo? (b) Que parcela dos 500J pode ser transformada em
trabalho?
A entropia do Universo é a soma das entropias da fonte quente com a da fonte fria
DS universo = DS H + DS C
-Q Q
DS universo = +
TH TC
æ 1 1 ö
DS universo = 500ç - + ÷ = 0,417 J / K
è 400 300 ø
TC
e = 1-
TH
300
e = 1- = 0,25
400
W = 0, 25 ( 500) = 125 J
1.7.9 Um sistema absorve 300 J de calor de uma fonte a 300 K e 200J de outra fonte a 400 K.
Retorna, então, ao estado inicial, efetuando 100 J de trabalho e descarregando 400 J de calor em um
reservatório na temperatura T. (a) Qual a variação da entropia do sistema em um ciclo completo?
Qual é a temperatura T do reservatório?
A entropia é uma função de estado, portanto ela será sempre nula em um processo cíclico
O calculo de TC pode ser feito lembrando que a variação da entropia do Universo é a soma das
variações de entropia nas três fontes.
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DS universo = DS H1 + DS H 2 + DS C
Q Q Q
DS universo = + + -
TH1 TH 2 TC
300 200 400
0=+ + -
300 400 TC
TC = 267 K
Q = mLF
Q1 = 0,150kg (334 ×10 3 J / kg.K ) = 50,1kJ
O calor liberado pelo vapor na liquefação e o calor que reduz a temperatura de 10g de água de
100oC para 0vC
Q = mLV + mcDT
Q 2 = (10 ×10 −3 ) ( 2.257 ×10 3 ) + #$10 ×10 −3 × 4190 ×100%& = 26, 76kJ
Se
Q2 = Q1 \ T final = 273 K
Vapor
Ti
DS vapor = -mvapor LV / Tl + magua c agua ln
Tf
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Universo
DS universo = DS gelo + DS vapor
DS universo = 24 J / K
DS universo > 0
1.7.12 Seja 𝜔 o número de estados microscópicos possíveis para um dado estado macroscópico.
Podemos mostrar que a entropia S de um estado macroscópico é dada por 𝑆 = 𝑘 ln 𝜔. Onde k é a
constante de Boltzmann. Como entropia é uma variável de estado (ou seja, em qualquer processo a
variação da entropia é o que interessa) podemos dizer que:
∆𝑆 = 𝑆• − 𝑆Ÿ
∆𝑆 = 𝑘 ln 𝑤• − 𝑘 ln 𝑤Ÿ
𝑤•
∆𝑆 = 𝑘 ln
𝑤Ÿ
considere que n moles de um gás estão a temperatura T confinados em uma caixa termicamente
isolada e dividida por uma parede em dois compartimentos, cada um com volume V. Inicialmente em
um dos compartimentos foi feito vácuo. A seguir quebramos a parede e o gás se expande e preenche
completamente os dois compartimentos da caixa. Calcule a variação de entropia nesse processo de
expansão livre, usando a definição microscópica da entropia dada acima.
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Não há trabalho realizado, não há variação da energia interna, contudo as moléculas tem 2 vezes mais
espaço para se mover.
seja w2 = 2 N w1
w2 2 N w1
DS = k ln = k ln
w1 w1
DS = k ln 2 N
DS = Nk ln 2
R
k=
Como N = nN A e N A , obtemos
DS = (nN A )æç R ö ln 2 = nR ln 2
÷
è NA ø Este resultado é o mesmo que seria obtido se o cálculo fosse
Q
DS =
feito através da expressão: T
Problemas
1.8.1 Um mol de um gás ideal monoatômico é obrigado a completar o ciclo mostrado na figura. Em
termos da pressão p0 e do volume V0 responda:
(a) Qual é o trabalho efetuado sobre o gás na dilatação de a até c pelo caminho abc?
No caminho abc só há realização de trabalho no processo isobárico ab. Wab é igual à área do
gráfico sob o segmento de reta ab
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p 0V0
Ta =
R
4V
Tb = Ta 0 = 4Ta
V0
(4Ta )(2 p0 )
Tc = = 8Ta
p0
Para a variação da energia interna vem,
æ3 ö
DU = nC v DT = (1,0)ç R ÷(8 - 4)Ta = 6 RTa
è2 ø
E para variação de entropia, tem-se:
Tc
dT T
DS bc = nC v ò = nC v ln c
Tb
T Tb
3
DS bc = R ln 2
2
(c) Qual é a variação da energia interna e da entropia em um ciclo completo?
æ3 ö pV 9
DU ab = nC v DT = (1,0)ç R ÷(4 - 1) 0 0 = p0V0
è2 ø R 2
æ3 ö pV 21
DU ca = nC v DT = (1,0)ç R ÷(1 - 8) 0 0 = - p0V0
è2 ø R 2
1.8.2 Um mol de um gás monoatômico ideal passa por dois processos diferentes, de um estado
inicial cuja pressão é p e volume V para um estado final de pressão 2p e volume 2V. No processo (1)
o gás se dilata isotermicamente até que o volume dobre e então a pressão é aumentada, a volume
constante, até atingir o estado final. No processo (2) Ele é comprimido isotermicamente até que sua
pressão dobre e então seu volume é aumentado a pressão constante até o estado final. Represente
os dois processos num diagrama pV. Calcule, para cada processo, em termos de p e V:
(a) O calor absorvido pelo gás em cada parte do processo.
(b) O trabalho realizado sobre o gás em cada parte do processo
(c) A variação de energia interna do gás
(d) A variação de entropia do gás
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9 9 3𝑛𝑅𝑙𝑛4
Processo bf 𝑃𝑉 𝑃𝑉 0
2 2 2
9 9 2𝑛𝑅𝑙𝑛4
Processo obf 𝑃𝑉 𝑃𝑉( + 𝑙𝑛2) 𝑃𝑉𝑙𝑛2
2 2
9 15 5𝑛𝑅𝑙𝑛4
Processo af 𝑃𝑉 𝑃𝑉 3𝑃𝑉
2 2 2
9 15 2𝑛𝑅𝑙𝑛4
Processo oaf 𝑃𝑉 𝑃𝑉( − 𝑙𝑛2) 𝑃𝑉(3 − 𝑙𝑛2)
2 2
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1.8.3 Faça um gráfico do ciclo de Carnot indicando a entropia no eixo horizontal e a temperatura
Kelvin no eixo vertical. Trata-se de um diagrama temperatura–entropia ou diagrama TS.
(a) Mostre que a área embaixo da curva que representa o processo reversível no diagrama TS
representa o calor absorvido pelo sistema.
f
dQ
dS = \ dQ = TdS \ Q = ò TdS
T i
Para ab
S2
Qab = T1 ò dS = T1 (S 2 - S1 )
S1 que é a área do gráfico
Para cd
S1
Qcd = T2 ò dS = T2 (S1 - S 2 )
S2 que é a área do gráfico.
Para o ciclo completo:
Qtotal = ò Tds = (T1 - T2 )DS
(b) Utilize o diagrama TS para deduzir a eficiência térmica do ciclo de Carnot.
T2
e = 1-
T1
1.8.4 O ciclo de Stirling é semelhante ao ciclo de Otto exceto que a compressão e a expansão do
gás ocorrem isotermicamente e não adiabaticamente. No ciclo, o fluido de trabalho realiza uma
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compressão isotérmica à temperatura T1 do estado inicial a até o estado b, com uma razão de
compressão r; aquecimento a volume constante até o estado c com temperatura T; expansão
isotérmica à temperatura T2 até o estado d; resfriamento a volume constante retornando para o
estado inicial a conforme indicado na figura do problema. Suponha que o fluido de trabalho seja n
moles de um gás ideal (para o qual Cv não depende da temperatura).
1.7.13
O ciclo de Stirling é semelhante ao ciclo de Otto exceto quando a compressão e a expansão do gás
ocorrem isotermicamente e não adiabaticamente como no caso do ciclo Otto. O ciclo de Stirling é
usado em uma máquina de combustão externa, ou seja, a máquina na qual o gás no interior do cilindro
não é usado no processo de combustão. O calor fornecido continuamente pelo fluido combustível no
exterior do cilindro em vez de ser oriundo de uma explosão no interior do cilindro como no ciclo Otto.
Por esta razão, as máquinas que funcionam com o ciclo de Stirling são mais silenciosas do que as
máquinas que funcionam com o ciclo Otto, uma vez que não existe válvula de admissão nem válvula
de exaustão (a principal fonte de ruído do motor. Embora pequenas máquinas de Stirling possam ser
usadas em diversas aplicações, o uso do ciclo de Stirling em um automóvel não teve êxito porque o
motor é maior, mais pesado e mais caro do que o motor convencional do automóvel. No ciclo, o fluido
de trabalho realiza os seguintes processo.
- nR ln r (T1 - T2 )
e=
- nR ln r T1
T2
e = 1-
T1
II. 1 kJ de calor é transferido de uma fonte a 400 K para uma fonte a 300k
Processo (I) Toda a energia mecânica é perdida, portanto o gasto de energia é de 500J
Processo (II) Imagine uma máquina térmica funcionando no ciclo de Carnot, nesse caso
æ T ö
Wutil = çç1 - C ÷÷QH = 0,25 *1kJ = 250J
è TH ø
(b) Calcule a variação de entropia do universo em cada um dos processos.
DQ
DS1 = = 1,67 J / K
T
æ 1 1 ö
DS 2 = DQçç - ÷÷ = 0,833 J / K
è TC TH ø
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