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TEMA: Termodinâmica
TEMA: Termodinâmica
1. Introdução
Uma das ideias centrais da termodinâmica é a relação entre calor e trabalho mecânico: a partir
dessa relação foi possível que construíssemos máquinas térmicas cada vez mais eficientes e
úteis, como a máquina a vapor e os motores de combustão interna. Para que se entenda o
funcionamento desses sistemas mais complexos, é necessário aprender alguns conceitos
imprescindíveis para a compreensão da termodinâmica, por isso, vamos revisar cada um
desses conceitos de forma detalhada, a seguir.
2. Termodinâmica
É importante destacar que existem quatro leis básicas que norteiam o estudo da
termodinâmica, sendo um fato interessante e curioso que a primeira delas (em ordem
crescente, mas não de descobrimento) só foi enunciada após o estabelecimento da primeira e
segunda lei. Para contornar essa singularidade histórica, foi atribuído o nome de Lei Zero da
Termodinâmica, àquela que embasa a compreensão das demais leis. Indispensável para o
entendimento dessa lei, é a conhecença do fenômeno natural chamado de equilíbrio térmico, o
qual permite estabelecer o conceito de temperatura de um corpo. Tal equilíbrio pode ser
observado, por exemplo, no resfriamento do café numa xícara, cujo líquido inicialmente
quente, após transcorrido certo intervalo de tempo, tende a permanecer na mesma temperatura
do ambiente à qual está submetido. A partir dessa tendência, foi possível estabelecer a Lei
Zero: “Dois corpos estão à mesma temperatura se, e somente se, ambos estiverem em
equilíbrio térmico com um terceiro” (ROCHA, 2010, p. 37).
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A
A C
B
B
Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contacto, aquele que
estiver mais quente irá transferir calor para aquele que estiver mais frio. Isso faz com que as
temperaturas se igualem chegando ao equilíbrio térmico.
A Lei se relaciona com o princípio da conservação da energia. Isso quer dizer que a energia
em um sistema somente pode transformada não ser destruída.
Este sistema permanece estático ou imutável. Algo pode estar ocorrendo nele, como uma
reação química ou a mistura de dois gases. As implicações do enunciado é que se o sistema
está isolado, sua energia total não muda.
Essas observações podem ser resumidas como segue. Se W for o trabalho feito sobre o
sistema, se Q for a energia transferida como calor para o sistema e se ΔU for a variação da
energia interna do sistema, temos:
U = Q - W
Podemos afirmar, sem perda de generalidade, que a Segunda Lei da Termodinâmica é tida
como uma das formulações mais inquietantes da história da ciência. Partindo do enunciado de
Kelvin, temos que “não há nenhum processo no qual calor é extraído de uma fonte e
convertido inteiramente em trabalho útil, sem nenhuma outra consequência para o resto do
universo.” Em um sistema isolado, isto é, que não troca energia com outros entes (o qual se
compreende o universo em questão) há dois possíveis processos, os quais ocorrem em regiões
com características similares pertencentes ao sistema considerado, porém muito menores que
o mesmo, que influenciam o processo de dissipação de energia, em função do tempo
decorrido. “Do ponto de vista macroscópico, a segunda lei da termodinâmica pode ser
entendida como uma lei de evolução no sentido de definir a seta (direção) do tempo”
(OLIVEIRA & DECHOUM, 2003, p. 1, grifo do autor).
Dessa forma, a segunda lei , não é possível que o calor se converta integralmente em outra
forma de energia. Por esse motivo, o calor é considerado uma forma degradada de energia.
Quetecalor Frio
∆S
O cálculo da variação da entropia para alguns processos, como a expansão de um gás num
vácuo e as transições de fase sólido-líquido, líquido-vapor, ajudou a sedimentar, entre os
estudantes e professores, o entendimento da variação da entropia como o aumento da
desordem. Em outras palavras, a entropia seria a passagem de uma situação de maior ordem
para uma situação mais desordenada, uma “tendência ao caos”. Tal interpretação alçou a
entropia a um status (não necessariamente desejado) de ferramenta capaz de explicar até
mesmo fenômenos das ciências sociais, como supõem diversas publicações” (CAVALCANTI
et al, 2018, p. 170).
O que esse postulado apresenta é: toda vez que um sistema estiver próximo do zero absoluto
(“0” na escala Kelvin e “-273.75” em graus Celsius) a entropia dele será constante ou igual a
zero.
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3. Conclusão
A termodinâmica acrescenta novas grandezas na descrição macroscópica de corpos
compostos de distribuições contínuas de matéria. Para podermos apreciar o que isto significa,
lembremos primeiramente da mecânica de Newton. A aplicação das leis aos diferentes tipos
de sistemas permite-nos definir os seus estados de equilíbrio. Para o fazer impomos condições
de extremo, i.e. maximizamos ou minimizamos as funções de estado. Vamos ver que, como
consequência da 2ª lei, a condição de equilíbrio em sistemas isolados é a que maximiza a
entropia. Dito de outra forma, um sistema isolado está em equilíbrio quando a taxa de
produção da entropia é nula.
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4. Referências Bibliografica
ROCHA, JAL (2010). Elementos de termodinâmica. IN: Termodinâmica da fratura: uma nova
abordagem do problema da fratura nos sólidos [online]. Salvador: EDUFBA, pp. 37-46. ISBN
978-85-232-1235-3.