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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


CENTRO DE TECNOLOGIA DE ALEGRETE
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
PROFESSOR GUSTAVO FUHR SANTIAGO

TERMODINÂMICA

Acadêmicos:
Alam Luis Hermes Cancian - 101150960
Pablo Moreira Lopes - 101151966

ALEGRETE/RS
2010
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA – UNIPAMPA
CENTRO DE TECNOLOGIA DE ALEGRETE
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

TERMODINÂMICA

Por:
Alam Luis Hermes Cancian -101150960
Pablo Moreira Lopes - 101151966

Professor:

Gustavo Fuhr Santiago

ALEGRETE, 21 de julho de 2010.


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Sumário

1. Resumo.....................................................................................................................4

2. Introdução...............................................................................................................4

3. Termodinâmica.......................................................................................................5

3.1 Temperatura e calor.............................................................................................5

4. Equilíbrio térmico, a lei zero da termodinâmica.................................................7

4.1 Dilatação térmica..................................................................................................8

5. Primeira lei da termodinâmica..............................................................................8

5.1 Alguns casos especiais da primeira lei da termodinâmica..............................10

6. Segunda lei da termodinâmica.............................................................................11

6.1 Máquinas térmicas..............................................................................................11

7. Terceira lei da termodinâmica.............................................................................13

8. Conclusão...............................................................................................................14

Referência Bibliográfica...........................................................................................15
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1. Resumo.

A termodinâmica, um dos principais ramos da física, estuda as leis que relacionam


calor, trabalho e outras formas de energia, ela esta relacionada ao conceito de temperatura.
Aplicamos diariamente os princípios destas leis, mesmo sem saber elas estão presentes em
nossa vida. Dela temos que a energia é sempre conservada, o que pode ocorrer é de a energia
mudar de forma. A termodinâmica é a base do funcionamento das máquinas térmicas, que
evoluem cada dia mais, contudo concluímos que não existem máquinas térmicas perfeitas, já
que nenhuma é capaz de transformar 100% do calor em trabalho.
Palavras chave: calor, temperatura, energia, trabalho, máquina.

2. Introdução.

Até crianças possuem uma compreensão básica do que é quente e o que é frio, mas o
que é temperatura?
A termodinâmica é um dos principais ramos da física e da engenharia e trata do estudo
da relação entre o calor e o trabalho, ou seja, de métodos para a transformação e energia
térmica em energia de movimento, e esta diretamente relacionada ao conceito de temperatura.
Essa ciência teve impulso especialmente durante a revolução industrial, quando o
trabalho que era realizado por homens ou animais começou a ser substituído por máquinas. Os
trabalhos dos cientistas da época levaram-nos a duas leis de caráter muito amplo e aplicável a
qualquer sistema na natureza.
A primeira lei da termodinâmica, que é o princípio da conservação da energia aplicada a
sistemas termodinâmicos.
A segunda lei da termodinâmica, que nos mostra as limitações impostas pela natureza
quando se transforma calor em trabalho.
Os exemplos de aplicação da termodinâmica na ciência e na tecnologia são numerosos,
engenheiros de automóveis, engenheiros de alimentos, engenheiros civis, meteorologistas,
engenheiros agrônomos, e muitos outros profissionais se preocupam com os efeitos que a
temperatura exerce sob seus campos de trabalho, e por isto eles têm de deter certo
conhecimento de termodinâmica e das leis que a regem para prever e prevenir possíveis
problemas que possam ocorrer relacionados a mudança de temperatura.
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3. Termodinâmica.

Historicamente as leis da termodinâmica foram obtidas como leis empíricas de natureza


fenomenológica, somente mais tarde, com a formulação da teoria cinética dos gases, é que se
procurou a explicação microscópica das leis da termodinâmica.
O ponto de partida para o estudo da termodinâmica é o conhecimento dos conceitos de
temperatura e calor.
3.1 Temperatura e calor.

Se pegarmos uma lata de refrigerante na geladeira e colocarmos na mesa da cozinha a


temperatura da lata aumentará até ficar em equilíbrio com a temperatura do ambiente,
considerando o refrigerante um sistema (a temperatura Ts) e o ambiente da cozinha (a
temperatura Ta), a observação é que se Ts não é igual a Ta, Ts varia e Ta pode variar um
pouco até que as duas temperaturas se igualem e o equilíbrio térmico seja estabelecido.
Essa variação de temperatura ocorre devido a uma mudança da energia térmica do
sistema relacionado à troca de energia entre o sistema e o ambiente. A energia transferida é
chamada de calor, e é simbolizada pela letra Q.
O calor é positivo se a energia é transferida do ambiente para a energia térmica do
sistema, (calor absorvido pelo sistema).
O calor é negativo se quando a energia é transferida da energia térmica do sistema para
o ambiente, (calor cedido ou perdido pelo sistema).
Temos então de maneira mais simples o seguinte enunciado, “calor é a energia
transferida de um sistema para o ambiente ou vice-versa devido a uma diferença de
temperatura”.
No final do século XVIII, existiam duas hipóteses sobre a natureza do calor, a mais
aceita considerava o calor como uma substância fluida indestrutível que “preencheria os
poros” dos corpos e se escoaria de um corpo mais quente para um mais frio. Essa substância
hipotética foi chamada de calórico. A implicação era que o calor pode ser transferido de um
corpo a outro, mas a quantidade total de calórico seria conservada, o que implicaria numa lei
de conservação do calor.
A hipótese rival foi expressa por Newton em 1704 e dizia o seguinte: “o calor consiste
num minúsculo movimento de vibração das partículas dos corpos”. Esta déia pode ter sido
sugerida pela geração de calor por atrito. A teoria do calórico explicava estes efeitos dizendo
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que o atrito espremia o calórico para fora do material, como água absorvida nua esponja
quando a esponja é comprimida.
A principal dificuldade, porém, estava na “lei de conservação do calórico”, pois a
quantidade de calórico que podia ser espremida para fora de um corpo por atrito era ilimitada.
Com efeito, em 1798, Rumford escreveu.
Foi por acaso que me vi levado a realizar as experiências que vou relatar
agora... Estando ocupado, ultimamente, em supervisionar a perfuração de canhões na
oficina do arsenal militar de Munique, chamou-me a atenção o elevado grau de
aquecimento de um canhão de bronze, atingido em tempos muito curtos, durante o
processo de perfuração; bem como a temperatura ainda mais alta (acima do ponto de
ebulição da água, conforme verifiquei) das aparas metálicas removidas pela
perfuração.
Rumford foi assim levado a endossar a teoria alternativa de que ‘... o calor
não passa de um movimento vibratório que tem lugar entre as partículas do corpo’.
(H MOYSÉS NUSSENZVEIG, 2002,v.2, p.167).
A máquina a vapor de James Watt era uma demonstração prática de que o calor leva a
produzir trabalho, mas essa conexão só foi estabelecida no século XIX, e em 1842 o médico
alemão Julius Robert Mayer chega ao primeiro enunciado geral do principio da conservação
de energia.
Mayer diz, “se energia cinética e potencial são equivalentes a calor, é natural que calor
seja equivalente a energia cinética e potencial”, ou seja, calor é uma forma de energia. Mayer
também enunciou um problema crucial, qual a taxa de conversão entre energia mecânica e
calor?
E ele conseguiu chegar à resposta partindo da diferença entre o calor especifico de um
gás a pressão constante e seu calor específico a volume constante, usando isso Mayer deduziu
um valor mecânico da caloria cujo a diferença do valor correto fica entre 10%, mas seu
trabalho foi ignorado por muitos anos. As experiências continuaram sendo feitas até que o
cientista James Prescott Joule chegou a um resultado de grande precisão.
A formulação mais geral do princípio de conservação de energia foi apresentada por
Hermann Von Helmholtz, ele mostrou que o princípio se aplicava a todos os fenômenos então
conhecidos – mecânicos, térmicos, magnéticos, astronomia, biologia e também no
metabolismo dos seres vivos.
Ele escreveu em seu livro:
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[...] chegamos à conclusão de que a natureza como um todo possui u estoque


de energia que não pode de forma alguma ser aumentado ou reduzido; e que, por
conseguinte, a quantidade de energia na natureza é tão eterna e inalterável como a
quantidade de matéria. Expressa desta forma chamou esta lei geral de principio de
conservação de energia. .(H MOYSÉS NUSSENZVEIG, 2002,v.2, p.169).

4. Equilíbrio térmico, a lei zero da termodinâmica.

Um sistema térmico consiste geralmente numa certa quantidade de matéria contida


dentro de um recipiente, que pode ser de paredes fixas ou móveis (como um pistão).
A natureza das paredes do recipiente afeta de forma fundamental a interação entre o
sistema e o meio que o cerca, se colocarmos água dentro de um recipiente de paredes
metálicas, como uma panela e levá-lo ao fogo ou a geladeira o estado da água será alterado
pela interação com esses diversos ambientes.
Se em lugar disso colocarmos água em uma garrafa térmica fechada que é um recipiente
de paredes duplas entre as quais se faz vácuo (para impedir a condução de calor) podemos nos
aproximar da situação limite ideal do isolamento térmico perfeito em que o estado do sistema
contido no recipiente não é afetado pelo ambiente externo em que é colocado.
Uma parede ideal com essa propriedade chama-se parede adiabática, e uma parede não-
adiabática chama-se diatérmica (que significa “transporte ao calor”), um exemplo é uma
parede metálica fina.
Quando dois sistemas estão separados por uma parede diatérmica diz-se que estão em
contato térmico, já um sistema contido num recipiente de paredes adiabáticas chama-se
sistema isolado.
A termodinâmica clássica trata de sistemas em equilíbrio térmico, e o conceito de
temperatura esta diretamente associada a uma propriedade comum de sistemas em equilíbrio
térmico. A sensação subjetiva que temos de temperatura não fornece um método confiável de
aferição, assim num dia frio ao tocarmos num objeto metálico temos a sensação de que ele
esta a temperatura mais baixa do que um objeto de madeira, embora os dois se encontrem a
mesma temperatura. A diferença esta que por condução o objeto metálico remove mais
rapidamente o calor da ponta de nossos dedos.
Consideremos dois sistemas isolados A e B cada um deles independentemente, atingem
equilíbrio térmico se estão separados por paredes adiabáticas, o estado termodinâmico de
equilíbrio de um deles não é afetado pelo outro, mas se substituirmos as paredes de separação
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adiabáticas por paredes de separação diatérmica, colocando A e B em contato térmico o


sistema evoluirá para um novo estado de equilíbrio térmico diferente, ou seja, as variáveis de
A e B mudarão com o tempo até que o sistema atinja o equilíbrio térmico.

Sistema separado por paredes adiabáticas. Sistema separado por paredes diatérmicas

A B A B

Em linguagem mais simples o que a lei zero nos diz é o seguinte: todo corpo possui uma
propriedade chamada temperatura. Quando dois corpos estão em equilíbrio térmico suas
temperaturas são iguais e vice versa.
A lei zero é considerada uma descoberta tardia, pois foi formulada apenas na década de
1930, muito depois que a primeira e a segunda lei da termodinâmica foram descobertas e
numeradas.
Como o conceito de temperatura é fundamental para essas duas leis, a lei que estabelece
a temperatura como um conceito valido deve ter uma numeração menor, por isso zero.
4.1 Dilatação Térmica.

A dilatação dos materiais com o aumento da temperatura deve ser levada em conta em
várias situações da vida prática. Pontes, trilhos de trem, calçadas, motores, entre outros são
feitos com materiais que de acordo com a variação da temperatura podem expandir, ou de
materiais situações que não se expandam a altas temperaturas, por isso dependendo das
construções elas são divididas em trechos, separadas por juntas de dilatação para que o
material possa se expandir em dias quentes sem que haja deformação na sua estrutura.
5. Primeira lei da termodinâmica.

“A relação entre o calor transferido para um sistema, o trabalho realizado sobre ele e a
variação de sua energia interna é a base da primeira lei da termodinâmica.”(PAUL A.
TIPLER, GENE MOSCA, 2009, v. 1, p.599).
Quando um sistema muda de um estado inicial para um estado final, tanto o trabalho
(W) realizado como o calor (Q) transferido dependem da natureza do processo.
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Ao analisarmos um sistema verificamos apenas estado final e inicial dele, não


dependendo de maneira alguma de como o sistema passou de um estado para outro.
Durante anos, a potência gerada pela troca de calor tem sido aproveitada.
Desde as antigas maquinas a vapor até os motores de combustão interna de
automóveis, os engenheiros têm descoberto maneiras de melhorar o desempenho de

suas máquinas, retirando delas a maior quantidade possível de energia. .(PAUL A.


TIPLER, GENE MOSCA, 2009, v. 1, p.599).
Nesta lei observamos a equivalência entre trabalho e calor, de forma simplificada o que
ela nos diz é que, a energia total transferida para um sistema é igual à variação de sua energia
interna. Podemos dizer que existe uma função U (energia interna) cuja variação durante uma
transformação depende unicamente dos estados inicial e final do sistema.
Num sistema fechado essa variação é dada por: Δu=Q−W . Assim ela nos diz que a
energia interna de um sistema é relacionada ao trabalho realizado sobre o ambiente e ao calor
transferido ao sistema.
Analisando tudo isto se verificou que a primeira lei da termodinâmica nada mais é do
que o principio da conservação de energia, e apesar de ser estudado para os gases, pode ser
aplicado em quaisquer processos em que a energia de um sistema é trocada com o meio
externo em forma de calor e trabalho.
Quando fornecemos a um sistema certa quantidade de energia Q, esta energia pode ser
usada de duas formas:
Uma parte da energia pode ser usada para o sistema realizar um trabalho (W),
expandindo-se ou contraindo-se ou também pode acontecer do sistema não alterar seu volume
(W=0).
A outra parte pode ser absorvida pelo sistema, virando energia interna, ou seja, essa
outra parte da energia é igual a variação de energia ( Δu ) do sistema, e caso a variação de
energia for igual a zero o sistema usou toda a energia em forma de trabalho.
Aplicando a lei de conservação de energia temos o seguinte relacionamento:
 (Q) a quantidade de calor trocado com o meio.
Q ˃ 0, o sistema recebe calor.
Q ˂ 0, o sistema perde calor.
 ( Δu ) a variação de energia interna.
Δu ˃ 0, a energia interna aumenta, portanto, sua temperatura aumenta.
Δu ˂ 0, a energia interna diminui, portanto, sua temperatura diminui.
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 (W) a energia trocada com o meio em forma de trabalho.


W ˃ 0, o sistema fornece energia ao meio, portanto, o volume aumenta.
W ˂ 0, o sistema recebe energia do meio, portanto, o volume diminui.

O principio da conservação de energia estabelece que a quantidade total de energia em


um sistema isolado permanece constante, uma conseqüência dessa lei é que energia não pode
ser criada nem destruída, o que pode ocorrer é que a energia de um sistema isolado pode
mudar de forma.
Basicamente ela diz que a energia interna E∫ ¿¿ de um sistema tende a aumentar se
acrescermos energia na forma de calor Q , e a diminuir, se removermos energia na forma de
trabalho W realizado pelo sistema.
5.1 Alguns casos especiais da primeira lei da termodinâmica.

Processos adiabáticos.

Durante um processo adiabático o sistema é de tal forma isolado que não ocorre
transferência de calor entre ele e seu ambiente fazendo com que o calor Q=0 obtemos
ΔEint =−W . Este processo mostra que se o trabalho for feito pelo sistema, isto é, se o
trabalho for positivo, haverá uma diminuição na energia interna dele. Já se o trabalho for feito
sobre o sistema, ou seja, se o trabalho for negativo, haverá um aumento na energia interna
dele.
Processo a volume constante.

Se o volume de um sistema for mantido constante este sistema não poderá realizar
trabalho. Com W =0 temos ΔEint =Q. Assim se o calor for positivo a energia interna do
sistema aumentará da mesma forma se calor for removido do sistema a energia interna deste
sistema diminuirá.
Processos cíclicos.

São processos nos quais após as trocas de calor e trabalho, o sistema volta ao seu estado
inicial, neste caso nenhuma propriedade do sistema é alterada, assim temos ΔEint =0 então
temos, Q=W . Assim o trabalho feito durante o processo deve ser exatamente igual a
quantidade total de calor transferido.
Processo de expansão livre.
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São processos adiabáticos nos quais nenhum trabalho é feito sobre ou pelo sistema,
assim Q=W =0 , então, ΔEint =0.
Como este processo não pode ser feito lentamente podemos descrever apenas o estado
inicial e final do processo e não o que ocorre durante ele.

6. Segunda lei da termodinâmica.

Freqüentemente somos solicitados a conservar energia. Mas, de acordo com a


primeira lei da termodinâmica, a energia é sempre conservada. O que, então,
significa conservar energia se a quantidade total de energia no universo não varia,
independentemente do que fizermos?

A energia é sempre conservada, mas algumas formas de energia são mais


úteis do que outras. A possibilidade ou a impossibilidade de se colocar a energia em
uso é o tópico da segunda lei da termodinâmica. Citação do livro grande.(PAUL A.
TIPLER, GENE MOSCA, 2009, v. 1, p. 634).

Não é possível transformar calor completamente em trabalho sem que nenhuma outra
mudança ocorra no ambiente. Este enunciado é a base da segunda lei da termodinâmica.
Um dispositivo que transforma calor em trabalho, enquanto opera em um ciclo é
chamada de máquina térmica, maquina ou motor. Durante a operação de uma máquina, em
cada ciclo energia é extraída como calor Q H de um reservatório de temperatura T H , uma parte
sendo transformada em trabalho útil e o resto sendo perdida como calor QC para um
reservatório á temperatura baixa T C (fonte fria).
Esta lei estuda basicamente o funcionamento das máquinas térmicas, ou seja, situações
em que o calor é transformado em outras formas de energia.
6.1 Máquinas térmicas.

Quando as máquinas térmicas começaram a ser estudadas os físicos da época ficaram


muito intrigados com situações que não ocorriam da maneirada nas máquinas térmicas. Uma
das situações era a passagem espontânea de calor de um corpo frio para um corpo quente,
quando o esperado é que ocorra o inverso, passagem espontânea de calor do corpo quente para
o corpo frio.
A outra situação que não ocorria era a transformação integral de calor em trabalho.
Estas duas situações deram origem a segunda lei da termodinâmica que nos diz o
seguinte, “o calor flui espontaneamente de um corpo quente para um corpo frio, o contrario só
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ocorre com a realização de trabalho, e nenhuma máquina térmica que opere em ciclos pode
retirar calor de uma fonte e transformá-la completamente em trabalho.

Sistema de trabalho de uma máquina térmica.

O esquema acima mostra basicamente como uma máquina térmica opera, extraindo
calor da fonte quente e transformando em trabalho, e enviando energia na forma de calor que
não é transformada em trabalho pela máquina para uma fonte fria.
Por exemplo, sabe-se que é impossível construir um motor onde calor é transferido de
um reservatório quente e completamente convertido em trabalho. Todos os motores reais
possuem uma fonte de calor e um reservatório frio, e neste algum calor é sempre perdido e
não é transformado em trabalho.
De modo geral, na termodinâmica, o trabalho pode ser determinado através de um
método gráfico. Considere um gráfico de pressão por volume, como mostrado na figura
abaixo.
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O trabalho é numericamente igual à área entre a curva do gráfico e o eixo do volume.

Gráfico, pressão X volume.


O objetivo da máquina é transformar tanto quanto possível do calor extraído Q H em
trabalho, o sucesso é medido pela sua eficiência térmica (℮), que é definida como a razão
entre o trabalho que ela realiza por ciclo (o que você extrai), e o calor que você absorve por
ciclo (calor que você fornece), assim temos.
│ W │ │Q H │−│ Q C │
℮= =
│Q H │ │ QH │
Esta fórmula mostra que a eficiência de uma máquina térmica pode ser de 100%
somente se QC =0, isto é, se nenhum calor for transferido ao reservatório de baixa
temperatura, o que os físicos concluíram ser impossível de acontecer, assim não existem
máquinas térmicas perfeitas.
7. Terceira lei da termodinâmica.

Dois grandes nomes da Física, Walther Nernst e Max Planck estabeleceram


distintamente dois princípios que tentam estabelecer a terceira lei da Termodinâmica,
idealizando sistemas cuja entropia tende a um valor mínimo, ou mesmo zero.
Nernst propôs um princípio: que a entropia de um sistema em equilíbrio termodinâmico
tende a uma constante S0 finita quando a temperatura tende ao zero absoluto,
S → S0 quando T → 0
Já o Princípio de Planck resulta em:
S0 = 0

Até hoje não há uma certeza absoluta se é uma lei ou uma regra. Alguns estudiosos da
área alegam que há uma exceção, então a dúvida. A forma original enunciada diz que é
impossível que um sistema consiga atingir o zero absoluto, pois para isto teria que haver uma
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ordem perfeita das moléculas que constituem a porção de matéria em questão, na teoria isto é
impossível de ser alcançado e na pratica ainda não houve sucesso nas tentativas feitas.
8. Conclusão.

Através do estudo da termodinâmica podemos verificar que ela esta relacionada a várias
situações da vida prática, fica evidente a importância da aplicação destes fenômenos em nosso
dia-a-dia, sendo amplamente aplicados em equipamentos usados diariamente como aparelhos
digitais, eletrodomésticos, meios de transporte, entre muitos outros, que se utilizam dos
princípios da termodinâmica para realizarem algum trabalho, transformando energia térmica
em outras formas de energia a fim de facilitar alguma atividade.
Compreendendo fenômenos como estes é possível ter confiabilidade e segurança nos
eventuais equipamentos ou dispositivos que forem projetados e estudados.
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Referências Bibliográficas

[1] Moysés Nussenzveig, H. Curso De Física Básica – vol. 2. 4ª Edição. Blucher. São
Paulo. 2007.
[2] Resnick, Halliday. Walker, Jearl. Fundamentos de Física – vol. 2. 8ª Edição. LTC.
Rio de Janeiro. 2009.
[3] Tipler A. Paul, Mosca, Gene. Física para cientistas e engenheiros – vol. 1. 6ª edição.
LTC. Rio de Janeiro. 2009.
[4] http://alkimia.tripod.com/cientificos/2_lei.htm
[5] http://educacao.uol.com.br/fisica/ult1700u1.jhtm

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