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Bendita de Lurdes Luciano António

Luísa Elias Jorge

Maria Muajulo

Patrício Paulo Bandali

Princípios Básicos de Transferência de Calor

(Licenciatura em Ensino de Química)

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira


de Laboratório I a ser entregue ao centro
de Departamento de Ciências Naturais
Tecnologia Engenharia e Matemática,
curso de licenciatura em ensino de
Química, Orientado pelo:

Docente: Dr. Célio Macalia

Universidade Rovuma

Lichinga

2021
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Índice
1.Introdução................................................................................................................................3
2.Objectivos................................................................................................................................3
2.1.Geral..................................................................................................................................3
2.2.Específicos........................................................................................................................3
2.2.1.Metodologia...................................................................................................................3
3.Conceito...................................................................................................................................4
3.1.Princípios básicos de transferência de calor......................................................................4
3.2.Fluxo de calor....................................................................................................................4
4.Transferência de calor por condução.......................................................................................5
4.1.Condução de calor unidimensional em regime permanente..............................................6
4.2.Lei Fourier.........................................................................................................................7
4.3.Condução de calor em uma parede plana..........................................................................9
5.Transferência de calor por convenção...................................................................................10
6.Regimes de transferência de calor.........................................................................................12
7.R transferência de calor por radiação.....................................................................................13
8.Trocadores de calor................................................................................................................14
8.1.Classificação dos trocadores de calor..............................................................................14
8.2.Coeficiente global de transferência de calor...................................................................15
8.3.Relevância da transferência de calor...............................................................................16
8.4.Mecanismos combinados................................................................................................17
9.Conclusão...............................................................................................................................18
10.Bibliografia..........................................................................................................................19
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1.Introdução

O presente trabalho do âmbito da cadeira de laboratório i tem como tema a transferência de


calor e os mecanismos físicos que permitem a transferência de calor de modo a poder
quantificar a quantidade de energia transferida na unidade de tempo. Os mecanismos são:
condução, radiação e convecção.

Transferência de calor (ou calor) é energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura.
Sempre que existir uma diferença de temperatura em um meio ou entre meios ocorrera
contacto directo, como mostra a figura 2, ocorrera uma transferência de calor do corpo de
temperatura mais elevada para o corpo de menor temperatura até que haja equivalência de
temperatura entre eles. Dizemos que o sistema tende a atingir o equilíbrio térmico.

2.Objectivos

2.1.Geral
 Falar dos princípios básicos de transferência de calor

2.2.Específicos
 Saber transferência de calor por condução;
 Conhecer a transferência de calor por convecção;
 Ter noção da transferência de calor por radiação.

2.2.1.Metodologia
As metodologias de investigação usada para produção desse trabalho foram o de pesquisa
bibliográfica ou seja consulta em manuais sintetizado como concretamente livros e internet.
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3.Conceito

3.1.Princípios básicos de transferência de calor


A transferência de calor pode ser definida como uma energia térmica em trânsito devido a
uma diferença de temperatura, ou seja, existindo uma diferença de temperatura, haverá
transferência de calor. A transferência de calor pode ocorrer de três maneiras, existem três
mecanismos de transferência de calor distintos: por condução, por convecção e radiação.
Vejamos (figura 1.)
Figura 1: mecanismos de transferência de calor por condução, convecção e radiação.

Fonte: Bergman et al. (2016, p. 2)

A transferência de calor pode ser definida como a transferência de energia de uma região para
outra como resultado de uma diferença de temperatura entre elas. É necessário o
entendimento dos mecanismos físico que permitem a transferência de calor de modo a poder
quantificar a quantidade de energia transferida na unidade de tempo.

Transferência de calor: explica os modos de transferência, como o calor se propagada e as


taxas que ocorrem.
A diferença entre a termodinâmica e a transferência de calor é que a termodinâmica estuda
sistemas em equilíbrio (não há gradiente de temperatura).

3.2.Fluxo de calor

Fluxo de calor, ou fluxo térmico é a taxa de energia térmica (calor) transferida de uma dada


superfície. Pode ser quantificado por seu valor transferido por unidade de área em uma
unidade de tempo. Em unidades do sistema internacional (si), é medido em [w·m−2].
Fluxo de calor: relação entre a quantidade de calor transmitido e o tempo gastado na
transmissão. Pode ser calculado de seguinte fórmula:

Q
q=
t
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Normalmente é possível observar que a energia térmica transita devido a uma diferença de
temperatura, da fonte quente par a fonte fria, sendo assim, sempre existirá transferência de
calor quando houver diferença de temperatura por exemplo, quando dois corpos com
diferentes categorias são de terminadas em contacto directo (figura 2, a seguir), ocorre uma
transferência de calor do corpo com maior temperatura para o corpo com temperatura mais
baixa, até que haja o equilíbrio térmico, ou seja, até que as temperaturas dos corpos se
igualem neste caso trata-se da transferência de calor por condução.
Figura 2: representação de transferência de calor por condução

T1 T
T1 T

Se T1> T2 T1 > T> T2

Figura 2: autores 2021.

4.Transferência de calor por condução

A condução pode se definida como o processo pelo qual a energia é transferida de uma região
de alta temperatura para outra de temperatura mais baixa dentro de um meio (sólido liquido
ou gasoso) ou entre meios diferentes em contacto directo. Este mecanismo pode ser
visualizado como a transferência de uma substância de energia de partículas mais energéticas
para partículas menos energéticas de uma substância devido a interacções entre elas .

O mecanismo da condução pode ser mais facilmente entendido considerando, como exemplo,
um gás submetido a uma diferença de temperatura. A figura mostra um gás entre duas placas
a diferentes temperaturas.

Figura 3: transferência de calor por condução

Fonte: bergman et al. (2016, p. 2)


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1. O gás ocupa o espaço entre (2) superfícies (1) e (2) mantida de as diferentes
temperaturas de modo que que T 1>T 2 (o gás não tem movimento macroscópicos0);
2. Com altas temperaturas estão a associadas com energias moleculares mais elevadas, as
moléculas próximas à superfície são mais energéticas (movimentam-se mais rápido);
3. O plano hipotético x é constante atravessado por moléculas de cima e de baixo.
Entretanto, as moléculas de cima estão associadas com mais energia que as de baixo.
4. Portanto existe uma transferência líquida de energia de (1) para (2) por condução.

Para os líquidos o processo é basicamente o mesmo, embora as moléculas estejam menos


espaçadas e as interacções sejam mais fortes e mais frequentes. Para os sólidos existem
basicamente dos processos (ambos bastante complexos);

 Sólido mau condutor de calor: ondas de vibração da estrutura cristalina


 Sólido bom condutor de calor: movimento dos electrões livres e vibração de estrutura
cristalina.

Nesse tipo de transferência, o fluido ou sólido trocam calor pelo contacto directo., tem-se uma
representação esquemática da transferência de calor por condução através de uma parede
sólida submetida a uma diferença de temperatura entre suas faces.

Condução: dá-se a níveis atómico e molecular, consistindo da transferência de energia entre


partículas (das mais energéticas para as menos energéticas). Ocorre através de um sólido ou
por meio de um fluido estacionário. A equação que define a taxa de transferência de calor por
¿
unidade de área (perpendicular à direcção de transferência), que é o fluxo de calor ( q x ), a
equação de transferência de calor por condução é deduzida da lei de Fourier.

4.1.Condução de calor unidimensional em regime permanente

No tratamento unidimensional a temperatura é função de apenas uma coordenada. Este tipo de


tratamento pode ser aplicado em muitos dos problemas industriais. Por exemplo, na acção da
transferência de calor em um sistema que consiste de um fluido que escoa ao longo de um
tubo, a temperatura da parede do tubo pode ser considerada função apenas do raio do tubo.
Esta suposição é valida se o fluido escoa uniformemente ao longo de toda a superfície interna
e se o tubo não for longo a superfície para que ocorram grandes variações de temperatura do
fluido devido à transferência de calor.
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4.2.lei Fourier

A lei de Fourier é fenomenológica, ou seja, foi desenvolvida partir da observação dos


fenómenos da natureza em experimentos. Imaginemos um experimento onde o fluxo de calor
resultante é medido após a variação das condições experimentais. Consideremos, por
exemplo, a transferência de calor através de uma barra de erro com uma das extremidades
aquecidas e com a área lateral isolada térmica mente, como mostra a figura.

∆ T =T 1−T 2

Figura 4: lei Fourier

Com base em experiencias, variando a área da secção da barra, a diferença de temperatura e a


distância entre as extremidades, chega-se a seguinte relaxa de proporcionalidade.

∆T
qα . A .
∆X

A proporcionalidade pode ser convertida para igualdade através de um coeficiente de


proporcionalidade e a lei de Fourier pode ser enunciada assim: “a quantidade de calor
transferida por condução, na unidade de tempo, em um material, é igual ao produto das
seguintes quantidades.

dT
q=−k . A . q }x =-k.A. {dT} over {dx¿
dX Ou

Onde:

Q-fluxo de calor por condução (kcal/h no sistema métrico);


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K-condutividade térmica do material;

A- área da secção através da qual o calor flui por condução, medida de perpendicularmente à
direcção do fluxo (m 2 ¿ .

dT /dX - Gradiente de temperatura na secção, isto é, a razão de variação da temperatura t com


a distância, na direcção x do fluxo de calor (oC/h).

A razão do sinal menos na equação de Fourier e que é a direcção do aumento da distância x


deve ser a direcção do fluxo de calor (figura 5aaa). Com o calor flui do ponto de temperatura
mais alta para o de temperatura mais baixa (gradiente negativo), o fluxo só será positivo
quando o gradiente for positivo (multiplicado por -1).

Figura 5:

O factor de proporcionalidade k (condutividade térmica) que surge da equação de Fourier é


uma propriedade de casa material e vem exprimir a maior ou menor facilidade que um
material apresenta à condução de calor. Sua unidade é facilmente obtida da própria equação
de Fourier. Por exemplo no sistema prático métrico temos:

Kcal
dT −Q h Kcal
q=−K . A . → K= . =
dx dT ° C h. m .° C
A m2
dx m

W
No sistema internacional (si), fica assim:
m. K

Os valores numéricos de k variam em extensa faixa dependendo da constituição química


estado físico e temperatura dos materiais. Quando o valor de k é elevado o material é
considerado condutor térmico e caso contrário, isolante térmico. Com relação à
temperatura, em alguns materiais como o alumínio e o cobre, o k varia muito pouco com a
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temperatura, porem em outros, como alguns aços, o k varia significativamente com a


temperatura. Nestes casos, adopta-se como solução de engenharia um valor médio de k em
um intervalo de temperatura. A variação da condutividade térmica (no SI) com a temperatura.

4.3.Condução de calor em uma parede plana

Consideremos a transferência de calor por condução através de uma parede plana submetida a
uma diferença de temperatura. Ou seja, submetida a uma forte de calor, de temperatura
constante e conhecida, de um lado, um bom exemplo disto é a transferência de calor através
da parede de um forno, como pode ser visto na figura (5) que tem espessura l, área transversal
a e foi construído com material de condutividade térmica k. Do lado de dentro a forte de calor
mantem a temperatura na superfície interna da parede constante e igual a t1 e externamente o
sorvedouro de calor (meio ambiente) faz com que a superfície externa permaneça igual a t2.

Figura 5: condução de calor em uma parede plana

Aplicando a equação de Fourier, obtém-se;

dT
q=−K . A .
dx

Fazendo a separação de variáveis, obtemos:

q . dx=−K . A . dT

Na figura vemos que na face interna (x=0) a temperatura é t2 e na face externa (x=l) a
temperatura é t2. Para transferência em regime permanente o valor não varia como o tempo.
Como a área transversal da parede é uniforme e a condutividade k é um valo médio, a
integração da equação em cima entre os limites que podem ser verificados na figura 6, fica
assim;
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L T2

q . ∫ dx=−K . A . ∫ dT
O T1

q . ( L−0 )=−K . A . ( T 2−T 1 )

q . L=K . A . ¿

Considerando que ( T 1−T 2) é a diferenca de temperatra entre as faces da parede (dt), o fluxo
de calor a que atavesa a parede plana por condução é:

K.A
q= ∗∆ T
L

Para melhor entender o significado da equação considera um exemplo pratico prático.


Suponhamos que o engenheiro responsável pela operação de um forno necessita reduzir as
paredes térmicas de um forno por razoe económicas. Considerando a equação a cima, o
engenheiro tem, por exemplo. As opções listadas na tabela 1:

Tabela 1: possibilidade para redução de fluxo de calor em uma parede plana.

Objectivo Variável Acção

K↓ Trocar a a parede por outra de menor condutiva tem


térmica
A↓ Reduzir a área superficial do forno
q↓
L↑ Aumentar a espessura da parede

∆T↑ Reduzir a temperatura interna do forno

Trocar a parede ou reduzir a temperatura interna podem acções de difícil implementação;


porem a colocação de isolamento, térmico sobre a parede cumpre ao mesmo tempo as acções
de redução da condutividade térmica e aumento de espessura da parede.

5.Transferência de calor por convenção

A convecção pode ser definida como o processo pelo qual energia e transferida das porções
quentes para as porcos frias de um fluido através da acção combinada de: condução de calor
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armazenamento d energia e movimento de mistura. O mecanismo da convecção pode


facilmente entendido considerando, por exemplo, um circuito (chip) sendo refrigerado (ar
ventilado0, como mostra a figura.

1. A velocidade da camada de ar próxima à superfície é muito baixa em razão forcas


viscosas (atrito).
2. Nesta energia o calor é transferido por condução ocorre portanto um armazenamento
de energia partículas nesta região.
3. Na medida que estas partículas passam para a região de alta velocidade, elas são
carreadas pelos fluxos transferido calor para as partículas mais frias
 No caso dizemos que a convecção foi forcada, pois movimento d mistura foi induzido
por um agite externo, no caso um ventilado.
 Suponhamos que o ventilador seja retirado. Neste cão, as partículas que estão
próximas superfície continuam recebendo calor por condução e armazenamento a
energia. Estas partículas têm sua temperatura elevada e, portanto a densidade reduzida.
Já que são mais leves elas sabem trocando calor com as partículas mais frias (e mais
pesadas) que descem.
 Neste caso dizemos que a convecção é natural (é óbvio que no primeiro caso a
quantidade de calor transferido é maior). Um exemplo bastante conhecido natural é o
aquecimento de água em uma panela domestica como mostrado, para este caso, o
movimento das moléculas de água pode ser observado visualmente.

Convecção: a transferência de calor devido à convecção compreende dois mecanismos


diferentes, um a nível molecular, no qual a transferência de energia ocorre por difusão
(movimento aleatório) e outro a nível macroscópico, no qual a energia é transferida por meio
do movimento global. A convecção também pode ser classificada de acordo com a natureza
do escoamento do fluido: forçada ou natural. Sendo forçada quando o escoamento é causado
por agentes externos (exemplo: ventilador). Por outro lado, a convecção é dita natural (ou
livre) quando o escoamento é induzido por forças de empuxo devido à variação de
temperatura no fluido (causa a alteração da massa específica, p). O fluxo de calor por
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¿
convecção (q x Pode ser representado pela lei do resfriamento de newton (considerando que a
transferência de calor ocorra para o ambiente):

} = h( {T} rsub {Superfice} - {T} rsub {Amiente ¿


q

Na qual h representa o coeficiente de transferência de calor por convecção (w/m2 ×k ). Este


coeficiente depende da natureza do escoamento, de propriedades de transporte do fluido,
termodinâmicas, arranjo geométrico da superfície além da camada limite.

Por fim, há a convecção, que é a forma de transferência de calor comum para os gases e
líquidos. O exemplo a seguir descreve como acontece a convecção:

Ao colocar água para ferver, a parte que está próxima ao fogo será a primeira a aquecer.
Quando ela aquece, sofre expansão e fica menos densa que a água da superfície, sendo assim,
ela desloca-se para ficar por cima, enquanto a parte mais fria e densa move-se para baixo.
Esse ciclo repete-se várias vezes e forma uma corrente de convecção, que é ocasionada pela
diferença entre as densidades, fazendo com que o calor seja transferido para todo o líquido.
Observe a figura:

Figura 6: exemplo de transferência de calor por convenção

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/radiacao-conducao-conveccao.htm. Acesso


em 10 de Dezembro de 2021.

6.Regimes de transferência de calor

O conceito de regime de transferência de calor pode ser melhor entendido através de


exemplos. Analisemos, por exemplo, a transferência de calor através da parede de uma estufa
qualquer. Consideremos duas situações: operação normal e desligamento.
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Durante a preação normal, enquanto a estufa estiver ligada a temperatura na superfície interna
da parede não vária. Se a temperatura não varia. Se temperatura ambiente externa não varia a
quantidade de calor transferência para fora é constante. Sob estas condições a quantidade
calor transferida para fora é constante e o perfil de temperatura ao longo da parede. Na outra
situação consideremos, por exemplo, o desligamento. Quando a estufa é desligada a
temperatura na superfície interna diminui gradativamente, de modo que o perfil de
temperatura varia com o tempo. Como consequência, a quantidade de calor transferência para
fora é cada vez menor. Portanto a temperatura em cada ponto da parede vária. Neste caso diz
que estamos no regime transiente.

Os problemas de fluxo de calor em regime transiente são mais complexos. Entretanto, a


maioria dos problemas de transferência de calor são ou podem ser tratados como regime
permanente.

7.A transferência de calor por radiação

A radiação pode se definida como o processo pelo qual calor é transferido de superfície em
alta temperatura para uma superfície em temperatura mais baixa tais superfície estão
separados no espaço, ainda que exista vácuo entre elas. A energia assim transferida é chamada
radiação térmica e é feita sob forma de ondas electromagnéticas.

O exemplo mais evidente que podemos dar é o próprio calor que rebemos do sol. Neste caso,
mesmo havendo vácuo entre a superfície do sol (cuja temperatura é aproximadamente
5500 ° C e a superfície da terra, vida na terra depende desta energia recebida. Esta energia
chega até nós na forma de ondas electromagnéticas. As ondas electromagnéticas são comuns a
muitos outros fenómenos: raio-x ondas de rádio e tv, microondas e outros tipos de radiações.
As emissões de ondas electromagnéticas podem ser atribuída a variações das configurações
electrónicas do constituintes de átomos e moléculas, e ocorrem devido a vários fenómenos,
porem para a transferência de calor interessa apenas as ondas electromagnéticas resultantes de
uma diferença de temperatura (radiação térmicas). As suas características são:

 Todos corpos em temperatura acima do zero absoluto e mictem continuamente


radiação térmica;
 As intensidades das emissões dependem somente da temperatura e da natureza da
superficialmente;
 A radiação térmica viaja na velocidade da luz (300.000 km/s).
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Radiação: qualquer corpo (matéria) que possua temperatura maior que zero, emite energia.
Este modo de transferência de calor é definido por radiação. Pode ocorrer no vácuo, não
necessitando de um meio material para transferir calor. Cabe mencionar que o termo

Irradiação é dada à taxa na qual a radiação incide sobre determinada área unitária da
superfície.

Da relação com a termodinâmica e mediante considerações de regime estacionário, ausência


de geração de energia e inexistência de mudança no calor latente, podemos fazer uso da
seguinte equação:

q=mc p (T Saida−T entrada)

Onde: m- é a vazão mássica (kg/s) e C p É o calor específico (j/kg).

A equação da taxa de transferência de calor (q) somente pode ser usada em alguns cenários.
Portanto, sempre devemos assumir hipóteses. Aqui, são apresentadas algumas, a saber:

 Gás ideal com variações das energias potencial e cinética desprezíveis, apresentando
trabalho desprezível.
 Líquido incompressível com as energias potencial e cinéticas desprezíveis, assim
como o trabalho.
 Gás ideal e líquido incompressível com dissipações viscosas desprezíveis.

8.Trocadores de calor

A troca térmica entre dois fluidos de diferentes temperaturas separados por um meio sólido
possui diversas aplicações na indústria química e de processos em geral e é realizada com o
uso de equipamentos de troca térmicos, ou trocadores de calor. A análise do desempenho de
trocadores de calor que operam sob condições prescritas, assim como seu projecto e a
avaliação de sua eficácia são tarefas que o engenheiro responsável deve ser capaz de resolver.

8.1.Classificação dos trocadores de calor


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Os trocadores de calor podem ser classificados quanto ao processo de transferência de calor


(directa ou indirecta), ao número de correntes, ao contacto entre os escoamentos (ou
correntes), à razão da área de troca térmica pelo volume, à disposição das correntes, aos
mecanismos de transferência de calor, à sua utilização (aquecedor, refrigerador) e à sua
construção. No entanto, a classificação típica se dá em função da construção do trocador de
calor e a configuração/disposição do escoamento. Deste modo, temos:

Trocadores de calor de tubos: tubular e casco e tubo.


Trocadores de calor de placas.
Trocadores de calor alertados.

Assumindo passe simples, os fluidos podem se mover em escoamento paralelo (as correntes
quente e fria se movem no mesmo sentido), contracorrente (as correntes quente e fria se
movem em sentidos opostos) e cruzado (um fluido escoa perpendicularmente ao outro).
Considerando passes múltiplos, se o trocador for alertado pode possuir escoamento
contracorrente-cruzado, por exemplo. Se for casco e tubo, pode ser paralelo ou contracorrente
com diferentes passes entre as correntes, assim como o de placas. Cabe citar que na presente
seção será dada ênfase aos trocadores de calor tubular de passe simples.

Como características o trocador de calor tubular apresenta dois tubos concêntricos, onde no
anular escoa uma corrente fluida sem contacto algum com a outra corrente que escoa no tubo
interno. Para efeito de cálculo, geralmente assume-se que ambos estejam plenamente
desenvolvidos, com propriedades constantes e que a temperatura da superfície interna do
anular seja constante ao longo de toda a parede, enquanto a superfície externa esteja
perfeitamente isolada. Duas configurações são possíveis nesse tipo de trocador, em paralelo e,
a mais componentes encontrada nos processos da indústria, a contracorrente.

8.2.Coeficiente global de transferência de calor


O coeficiente global de transferência de calor (u) é definido em termos da resistência térmica
total à transferência de calor entre dois fluidos de diferentes temperaturas. A resistência à
transferência de calor entre as correntes de diferentes temperaturas pode aumentar devido à
deposição (por conta das impurezas dos fluidos) nas paredes do trocador. Assumindo-se
transferência de calor regida pelos mecanismos de condução e convecção entre um fluido
quente e outro frio, separados por uma parede, podemos chegar a seguinte equação:

1 1 1 1 1
= = = + Rcondutiva +
UA U q U q U f A f (hA)q (hA)
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Agora, incluindo os efeitos referentes à deposição nas paredes, chega-se a:

1 1 Rd,q Rd ,f 1
= + =RCondutiva= +
UA (hA)q Aq A f (hA)f

Onde:

Rd¿- é a resistência causada pela deposição (factor de incrustação),

Rcondutiva - Refere-se à resistência condutiva na parede e os subscritos q e f representam os


fluidos quente e frio.

Uma das etapas mais difíceis durante a análise de um trocador de calor trata da obtenção dos
coeficientes de troca térmica (quando estes não são especificados a priori). Aqui, serão
apresentadas correlações do número de reynolds e de nusselt para escoamento interno em tubo
circular e na região anular de tubos circulares concêntricos, que são configurações observadas
nos trocadores bitubulares. Assumindo escoamento plenamente desenvolvido turbulento (re>
2.400) no interior de tubo circular:

ρ medio D hidrâulico
∗4 mq
μ 4 mq
ℜ= =
πρdi μπD i

Assim, pode-se empregar

C Pμ
A equação de dittus-boelter: Nu=o ,023 ℜ4 /5 Prn (Pr ), onde n pode ser 0,3 (fluido sendo
k
resfriado) ou 0,4 (fluido sendo aquecido). O número de nusselt se relaciona com o coeficiente
k
de troca térmica convectivo (w/m2 ×k), como segue:h=Nu . Por outro lado, para
Di
escoamento laminar plenamente desenvolvido, temos que nu= 3,66 (seção transversal circular
com temperatura constante na parede), com o número de reynolds e o coeficiente convectivo
sendo calculados da mesma forma. Já na região anular de tubos concêntricos, o número de
reynolds pode ser calculado como:

ρ( D ¿ ¿ e−Di )
∗4 mq
ρmedio Dhidrâulico μ
ℜ= = ¿
μ μπ ¿ ¿ ¿
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Para escoamento turbulento, usa-se a mesma equação Nu=0,023 ℜ4hidrâulica


/5 n
Pr para o número
de nusselt com reynolds sendo calculado pelo diâmetro hidráulico D hidràulica De −Di . Para
escoamento laminar plenamente desenvolvido e temperatura constante na superfície interna
do anular.

8.3.Relevância da transferência de calor


A transferência de calor é fundamental para todos os da engenheira para os ramos da
engenharia. Assim como os engenheiro mecânico enfrenta problema de refrigeração de
motores, de ventilação, ar problemas relacionados aos processos piro metalúrgicos e
hidrometalurgicos, ou no projecto de fornos, regeneradores, conversores, etc.

Em nível idêntico, o engenheiro químico ou nuclear necessita da mesma ciência em estudos


sobre evaporação, condensação ou em trabalhos em refinarias e reactores, enquanto o
electricista e o electrónico a utiliza no cálculo de transformadores e geradores de calor em
microelectrónica e o engenheiro naval aplica em profundidade a transferência de calor em
cadeiras, máquinas térmicas, etc.

Até mesmo o engenheiro civil e o arquitecto sentem a importância de, em seus projecto-a,
preverem o isolamento térmico adequado que garante o conforto do ambientes. Como visto, a
transferência de calor é importante para a maioria de problemas industriais e ambientais.
Como exemplo de aplicação, considerem a vital área de produção e conversão de energia.

 Na geração de electricidade (hidráulica, fusão nuclear, fóssil, geotérmica, etc.)


Numerosos problemas que envolvem condução, convenção e radiação e estão
relacionados com o projecto de caldeiras, condensadores e turbinas.
 Existe também a necessidade de maximizar a transferência de calor e manter a
integridade dos materiais em altas temperaturas.
 É necessário minimizar a descarga de calor no meio ambiente, evitando a poluição
térmica através de torres de refrigeração e recirculação.

O mesmo processo de transferência de calo afectam também a porformece de sistemas de


propulsão (motores a combustão e foguetes), outros campos que necessitam de uma análise de
transferência de calor são sistema de aquecimento, incineradores, armazenamento de produtos
criogénicos, refrigeração de equipamentos electrónicos, sistemas de refrigeração de
equipamentos electrónicos, sistemas de refrigeração e ara condicionados e muitos outros.
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8.4.Mecanismos combinados
Na maioria das situações práticas ocorrem ao mesmo tempo dois ou mecanismos de
transferência de calor actuando ao mesmo tempo. Nos problemas da engenharia, quando um
dos mecanismos domina quantitativamente, soluções aproximadas podem ser obtidas
desprezando-se todos, excepto o mecanismo dominante. Entretanto, deve ficar entendido que
variações nas condições do problema podem fazer com que um mecanismo desprezado se
torne importante. Como exemplo de sistema onde ocorrem ao mesmo tempo vários
mecanismos de transferência de calor consideremos uma garrafa térmica.

9.Conclusão

Após a elaboração desse trabalho de pesquisa chegamos a conclusão de que introdução


O presente trabalho de pesquisa de laboratório i retrata assunto de estrema importância que é
o princípios básicos se transferência calor. A transferência de calor é uma energia térmica em
trânsito devido a uma diferença de temperatura, ou seja, existindo uma diferença de
temperatura, haverá transferência de calor. A transferência de calor pode ocorrer de três
maneiras, existem três mecanismos de transferência de calor distintos: por condução, por
convecção e radiação.

De acordo com alei Fourier a proporcionalidade pode ser convertida para igualdade através de
um coeficiente de proporcionalidade e a lei de Fourier pode ser enunciada assim: “a
quantidade de calor transferida por condução, na unidade de tempo, em um material, é igual
ao produto das seguintes quantidades.
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10.bibliografia

Bargmen, et al. (2016, p. 2)

Costa, e. C. Refrigeração. 3. Ed. São paulo: edgard blucher, 1982. 322 p.

Coulson, j. M.; richardson, j. F. Coulson and richardson’s chemical engineering: volume 1:


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Ed. Nova york: elsevier, 2011. 895p.

Felder, r. M.; rousseau, r. W. Princípios elementares dos processos químicos. 3.


Ed. Rio de janeiro: ltc, 2005. 604p.

Foust, a. S. Et al. Princípios das operações unitárias. Trad. Horácio macedo. 2. Ed.
Rio de janeiro: ltc, 1982. 670p.

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M.n. ozisk, transferência de calor - um texto básico  (guanabara koogan, rio de janeiro, 1990).

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/radiacao-conducao-conveccao.htm. Acesso em 10 de
Dezembro de 2021.
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