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TERMODINÂMICA QUÍMICA
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TERMODINÂMICA QUÍMICA
Docente
Prof. Doutor Afonso Filipe João
REALIZADO POR:
1. Introdução.................................................................................................................. 1
CAPITULO II ................................................................................................................... 2
Conclusão ....................................................................................................................... 11
1.1.Objectivos:
1.1.1. Objectivo Geral:
Falar da termodinâmica química.
1.2.Metodologias
Para a realização do presente trabalho utilizou-se o método quantitativo, revisão da
literatura, uso do Manual da Cadeira com o auxílio da Internet (Wikepedia e
enciclopédia livre).
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CAPITULO II
2. Termodinâmica química
A termodinâmica química é o estudo da inter-relação de calor e trabalho com reacções
químicas ou com mudanças físicas de estado dentro dos limites das leis da
termodinâmica. A termodinâmica química envolve não apenas medições laboratoriais
de várias propriedades termodinâmicas, mas também a aplicação de métodos
matemáticos ao estudo de questões químicas e à espontaneidade dos processos. A
estrutura da termodinâmica química é baseada nas duas primeiras leis da
termodinâmica. A partir da primeira e da segunda leis da termodinâmica, quatro
equações chamadas "equações fundamentais de Gibbs" podem ser derivadas. A partir
destas quatro, uma infinidade de equações relacionando as propriedades termodinâmicas
do sistema termodinâmico pode ser derivada usando matemática relativamente simples.
Isto descreve a estrutura matemática da termodinâmica química.
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a interacção da vizinhança, como volume, massa, energia etc. A termodinâmica é
criteriosa na avaliação das propriedades extensivas de um sistema, uma vez que são
dados importantes em sua avaliação. Geralmente, em termodinâmica, as propriedades
extensivas, com excepção da massa, são representadas com letras maiúsculas, por
exemplo: o volume, representado por V. As propriedades intensivas, ao contrário das
extensivas, não dependem do tamanho do sistema e elas variam em qualquer lugar
dentro do sistema. São exemplos a temperatura, pressão, densidade e o volume
específico. No caso das propriedades intensivas, elas são representadas com letras
minúsculas, com excepção de pressão (P) e temperatura (T) (ÇENGEL; BOLES, 2013).
Um sistema é caracterizado pelas suas propriedades, que, quando conhecidas,
determinam o estado do sistema. Se o sistema sofre alguma variação é porque suas
propriedades sofreram variação e, com isso, o estado será diferente.
2.1.2.1.Trabalho
Pode-se definir o trabalho termodinâmico como: "Um sistema realiza trabalho se o
único efeito sobre o meio (vizinhança) PUDER SER o levantamento de um peso."
Unidades de Trabalho - A definição de trabalho envolve o levantamento de um peso,
isto é, o produto de uma unidade de força (Newton) agindo através de uma distância
(metro). Essa unidade de trabalho no sistema Internacional é chamada de Joule, ( J ).
2.1.2.2.Calor
A definição termodinâmica de calor é um tanto diferente da interpretação comum da
palavra. Portanto, é importante compreender claramente a definição de calor dada aqui,
porque ela se envolve em muitos problemas térmicos da engenharia. Se um bloco de
cobre quente for colocado em um recipiente de água fria, sabemos, pela experiência,
que o bloco de cobre se resfria e a água se aquece até que o cobre e a água atinjam a
mesma temperatura. É dessa transferência de energia que chegamos a uma definição de
calor. "Calor é a energia transferida através da fronteira de um sistema para a vizinhança
ou meio, devido unicamente à diferença de temperatura que existir entre o sistema e o
meio.
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Unidades de Calor - Conforme já discutido, o calor, como o trabalho, é uma forma de
transferência de energia de um sistema ou para ele. Portanto, as unidades de calor, ou de
uma forma mais geral, de qualquer outra forma de energia, são as mesmas do trabalho,
ou são directamente proporcionais a ela. No sistema Internacional, SI, a unidade de
calor (e de qualquer forma de energia) é o Joule. O calor é normalmente representado
pelo símbolo Q. Do ponto de vista do sistema, o calor transferido do meio para um
sistema é considerado positivo (o sistema está ganhando energia) e transferido de um
sistema para o meio é negativo (o sistema perde energia). A quantidade de calor
transferido para um sistema por unidade de tempo, é chamado taxa de transferência de
calor, e designado pelo símbolo Q& , e a respectiva unidade também é o Watt (W).
2.1.3. Energia
O conceito central de todas as explicações na físico-química, e também em muitos
outros ramos da ciência, é o de energia. Usaremos uma lei da natureza que,
aparentemente, é universal: “a energia se conserva”. Ou seja, a energia nem é criada
nem é destruída. Assim, embora se possa transferir energia de um sistema para outro, a
energia total se mantém constante. A unidade no SI (Sistema Internacional) é o joule (J),
que equivale a: 1 J = 1 kg m2 s-2 Um joule é uma unidade muito pequena de energia.
Por exemplo, cada batimento do nosso coração consome cerca de 1 J. A energia molar é
a energia de uma amostra dividida pelo número de mols presentes na amostra.
Normalmente se mede em joules por mol (J mol-1) ou num múltiplo desta unidade (kJ
mol-1). Em muitos casos, há adopção de outras unidades, como por exemplo, o elétron-
volt, caloria ou quilocaloria. A relação entre elétron-volt e o joule é: 1 ev = 1,6 x 10-19
J; Já a relação entre caloria e joule é: 1 cal = 4,184 J. Uma quantidade de energia de 1
cal é sufi ciente para elevar de 10C a temperatura de 1 g de água.
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propriedades termodinâmicas usadas no desenvolvimento, aumento de escala e
segurança dos processos químicos para que eles sejam levados da escala laboratorial à
de produção. O calor, ou entalpia, da reacção é normalmente expresso como entalpia
molar em kJ/mol ou como entalpia específica em kJ/kg ou kJ/L.
O calor da reacção pode ser calculado com base no calor padrão de formação de todos
os reagentes envolvidos. No entanto, ele geralmente é determinado medindo-se a
produção de calor ao longo do tempo com um calorímetro de reacção, como um
calorímetro de fluxo de calor. A determinação do calor da reacção requer o
conhecimento do equilíbrio global do fluxo de calor, incluindo o fluxo de calor através
da parede do reactor, a quantidade de calor que é trocada durante a dosagem de
reagentes ou solventes e o calor acumulado devido a um aumento ou diminuição da
temperatura. Enquanto a taxa de liberação de calor e o calor da reação fornecem
informações sobre como o calor é liberado em função do tempo, o calor, ou entalpia, da
reacção é obtido através da integração da tendência de calor da reação entre o início e o
fim da reacção. Como todos os termos individuais de fluxo de calor são relevantes para
o seu equilíbrio global, é necessário ter cuidado para determiná-los da maneira mais
precisa possível.
2.2.2. A Entalpia
A entalpia é definida como 𝐻 ≡ 𝐸int + 𝑃𝑉. No entanto, a grandeza que possui interesse,
de fato, é a variação de entalpia, 𝑑𝐻 ≡ 𝑑𝐸int + 𝑃𝑑𝑉 + 𝑉𝑑𝑃. Um dos significados
importantes da entalpia é que sua variação em um processo que ocorre a pressão
constante é igual à variação da energia interna menos o trabalho realizado pelo sistema,
pois 𝑑𝐻 ≡ 𝑑𝐸int + 𝑃𝑑𝑉 (se 𝑃 é constante) ou ∆𝐻 ≡ ∆𝐸int + 𝑃∆𝑉 (se 𝑃 é constante).
Pela primeira lei da termodinâmica, temos a pressão constante Δ𝐸int = 𝑄 + 𝑊 = 𝑄 −
𝑃Δ𝑉. Portanto, para processos que ocorrem a pressão constante, temos Δ𝐸int + 𝑃Δ𝑉 =
𝑄, de modo que a variação da entalpia é igual à energia transferida para o sistema na
forma de calor. Isso nos permite obter informações sobre a energia interna 𝐸 de um
sistema medindo simultaneamente a variação de entalpia e a variação de volume do
sistema, num processo a pressão constante. É claro também que, conhecendo a
diferença de energia interna entre dois estados e determinando a variação de volume
entre eles a pressão constante, podemos determinar a energia que deve ser fornecida na
forma de calor para efectuar uma transformação entre os dois estados.
A função entalpia tem uma arbitrariedade em sua definição, assim como a energia
interna. A energia interna é a soma da energia potencial com a energia cinética. O valor
absoluto da energia potencial depende do ponto de referência, no qual escolhemos a
energia potencial igual a zero. Como a entalpia é igual à soma da energia interna com o
produto pressão × volume, há a mesma arbitrariedade no valor absoluto da entalpia.
Pode-se escolher entalpia de formação igual a zero para algumas substâncias mais
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comuns ou estáveis em temperatura ambiente, mas de forma a manter coerência com a
energia absorvida (ou liberada) na forma de calor em todas as reacções químicas em que
essas substâncias estão envolvidas. Se utilizarmos agora os valores da entalpia de
formação das três substâncias envolvidas na formação do gás carbónico, temos 𝐻(1 mol
de CO2 ) − [𝐻(1 mol de O2) + 𝐻(1 mol de C)] = −393,5 kJ − (0 + 0) kJ = −393,5 kJ.
2.2.3. Entropia
Entropia é uma grandeza física capaz de medir a multiplicidade de estados e a
quantidade de energia indisponível em um sistema físico termicamente isolado.
Entropia é uma importante grandeza física utilizada na Mecânica Estatística e
na Termodinâmica para medir o grau de desordem de um sistema. Dizemos que, quanto
maior for a variação de entropia de um sistema, maior será sua desordem, ou seja,
menos energia estará disponível para ser utilizada. Por tratar-se de um conceito um
pouco complexo e abstracto, muitas pessoas entendem a entropia de forma equivocada,
usando-a em contextos completamente inadequados, não relacionados directamente com
os aspectos físicos dessa grandeza. A entropia está relacionada à espontaneidade de
algum processo físico ou químico. Sempre que um processo desse tipo
acontecer espontaneamente, a entropia do sistema aumentará, isto é, o sistema
ficará menos organizado ou mais aleatório.
Porém, Gibbs descobriu que, quando uma reacção química espontânea ocorre, parte da
energia liberada (reacção exotérmica) sempre é utilizada para reorganizar o sistema
(reorganizar os átomos). Essa parte de energia depende da temperatura (T) e do nível de
desorganização dos átomos (ΔS).
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A partir disso, Gibbs concluiu que a entalpia (energia liberada durante a reacção), a
entropia e a temperatura são os factores determinantes para prever a espontaneidade de
uma reacção.
Assim, podemos definir a energia livre de Gibbs (ΔG) como a energia útil de um
sistema que resulta da diferença entre a entalpia e a entropia (esta multiplicada pela
temperatura), o que resulta na seguinte equação matemática:
ΔG = ΔH – T. ΔS
Joule (J)
Quilojoule (KJ) - 1 KJ equivale a 1000 J
Caloria
Quilocaloria (Kcal) - 1 Kcal equivale a 1000 cal
Vale lembrar que 1 Kcal = 4,18 KJ ou 1 cal = 4,18 J.
Como a energia livre de Gibbs é a energia que sobra após uma reacção química
espontânea, logo, ela é liberada. Assim sendo, uma reacção só é espontânea se o
resultado do ΔG for menor que 0;
A expressão da energia livre de Gibbs só é aceita se a reacção estiver sendo
realizada sobre pressão e temperatura constantes;
A temperatura, no cálculo da energia livre de Gibbs, sempre deve estar na
unidade Kelvin;
A energia livre de Gibbs é a máxima energia que pode ser retirada de um
sistema (uma reacção);
Quando utilizamos a fórmula da energia livre de Gibbs, é fundamental que as
variações de entalpia (ΔH) e entropia (ΔS) estejam na mesma unidade de
medida.
Como a energia livre de Gibbs é a energia que sobra após uma reacção química
espontânea, logo, ela é liberada. Assim sendo, uma reacção só é espontânea se o
resultado do ΔG for menor que 0;
A expressão da energia livre de Gibbs só é aceita se a reacção estiver sendo
realizada sobre pressão e temperatura constantes;
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A temperatura, no cálculo da energia livre de Gibbs, sempre deve estar na
unidade Kelvin;
A energia livre de Gibbs é a máxima energia que pode ser retirada de um
sistema (uma reacção);
Quando utilizamos a fórmula da energia livre de Gibbs, é fundamental que as
variações de entalpia (ΔH) e entropia (ΔS) estejam na mesma unidade de
medida.
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sistema a partir de sua vizinhança: q = ΔHfus. Se quisermos retornar ao sistema o seu
estado original (gelo a 0 o C), podemos simplesmente reverter o procedimento
removendo a mesma quantidade de calor, do sistema para a vizinhança. Um processo
irreversível não pode simplesmente ser revertido para restaurar o sistema e a vizinhança
a seus estados originais. Quando um sistema varia por um processo irreversível, ele
deve tomar um caminho diferente (com valores de q e w) para conseguir voltar ao seu
estado original.
2.4.Lei de Hess
A lei de Hess surge na Termoquímica como uma consequência do princípio da
conservação da energia e do facto de uma função de estado depender apenas dos estados
inicial e final e não do caminho percorrido entre ambos. Refere-se à aditividade de
valores de variação de entalpia padrão de reacções químicas ΔrHº que podem ser
utilizadas na estimativa da variação de entalpia de uma reacção difícil (ou mesmo
impossível) de medir experimentalmente. Foi em 1840 que Germain Henri Hess (1802-
1850), médico e químico nascido na Suíça e naturalizado russo, publicou o seu artigo
mais conhecido, onde descreve os princípios que constituem a base daquela que é hoje
conhecida como Lei de Hess, assim denominada em sua homenagem. Para a correta
aplicação/utilização da Lei de Hess, tem de se ter em consideração os seguintes pontos:
Os valores de variação de entalpia devem ter uma base molar e ser referentes aos
mesmos valores de pressão e temperatura, normalmente à pressão que define estado
padrão (po = 105 Pa) e à temperatura de referência T = 298,15 K (25,00 ºC); Qualquer
operação que afecte a equação química intermediária em questão, afecta da mesma
forma o seu valor de ΔrHº. Por exemplo, se a equação química for invertida, o sinal de
ΔrHº é o seu simétrico; se se multiplicarem os coeficientes estequiométricos de uma
equação por um número inteiro ou fraccionário, o valor de Δ rHº também deverá ser
multiplicado por esse número. Ao “somarem-se” as equações químicas intermediárias,
devem reduzir os termos semelhantes (isto é, anular as mesmas quantidades de
substâncias no mesmo estado físico comuns aos reagentes e produtos). Por exemplo, se
existirem 4 moles de água no estado líquido nos reagentes e 5 moles de água no estado
líquido nos produtos de reacção, anulam- -se as 4 moles de água comuns nos reagentes
e produtos, sobrando 1 mole de água nos produtos – é como se a reacção não
consumisse água e formasse apenas 1 mole de água no estado líquido). Isto denomina-
se “reduzir os termos semelhantes”.
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Conclusão
Após a realização do trabalho conclui-se que, um sistema termodinâmico consiste
geralmente numa certa quantidade de matéria contida dentro de um recipiente.
Termodinâmica focaliza o estudo de propriedades como pressão, temperatura e volume
dos sistemas físicos; em sua versão microscópica, destina-se ao estudo do movimento
das partículas e moléculas que compõem a matéria, analisando e descrevendo o seu
movimento colectivo, através de observações estatísticas. A Termodinâmica surge como
o meio de identificar, mensurar e estudar de que maneira o grau de agitação molecular
de um dado corpo (sistema) influencia na conservação de energia do universo analisado.
As paredes do recipiente podem ser fixas ou m´oveis (através de um pistão, por
exemplo). A natureza das paredes afecta de forma fundamental a interacção entre o
sistema e o meio externo que o cerca. Os processos espontâneos levam a processos
termodinâmicos reversíveis e irreversíveis. A função termodinâmica entropia é uma
função que pode ser imaginada como uma medida da desordem ou aleatoriedade. Um
processo que aumenta a aleatoriedade do sistema, como a expansão de um gás, leva a
um valor positivo de entropia. A energia livre de Gibbs pondera a influência da entalpia
e entropia na medida da espontaneidade de um processo, conforme a equação ΔG = ΔH
- TΔS. Num processo espontâneo ΔG < 0, no equilíbrio ΔG = 0 e quando ΔG > 0, temos
que o processo inverso ao descrito é espontâneo.
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Referências Bibliográficas
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disponível em http://mundoeducaao.uol.com.br/fisica/aplicacoes-termodinamica/htm,
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