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José Manuel António

Matias Ernesto

Texto de Apoio
(Licenciatura em Ensino de Física, em habilitações em Energias Renováveis, 3o Ano)

Universidade Rovuma
Nampula
2019
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José Manuel António


Matias Ernesto

Texto de Apoio
(Licenciatura em Ensino de Física, em habilitações em Energias Renováveis, 3o Ano)

Trabalho de carácter avaliativo referente a


cadeira de Didática de Física III, curso de
licenciatura ensino de Física 3º Ano
lecionada por:
dr. Ascaly Aurélio Mussaneque

Universidade Rovuma
Nampula
2019
3iii

Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4

2. Calorimetria Calor ............................................................................................................... 5

2.1. Conceito de temperatura .................................................................................................. 5

2.1.1. A lei zero da termodinâmica ........................................................................................ 5

2.1.2. Dilatação térmica ......................................................................................................... 6

2.1.3. Termómetros ................................................................................................................ 7

2.1.4. O Ponto Triplo da Água ............................................................................................. 10

2.1.5. A escala internacional de temperatura ....................................................................... 10

2.1.5.1. Escalas celsius ........................................................................................................ 10

2.1.5.2. Escala kelvin .......................................................................................................... 11

2.1.5.3. Escala Fahrenheit ................................................................................................... 11

2.2. Conceito de calor ........................................................................................................... 12

2.2.1. Calor sensível e calor latente ..................................................................................... 12

3. Capacidade térmica de um corpo ou capacidade calorifica .............................................. 13

4. Capacidade térmica especifica ou calor especifico de uma substância ............................. 13

5. Principio fundamental da calorimetria .............................................................................. 14

6. Mudança de estado ............................................................................................................ 15

7. Propostas de Experiências ................................................................................................. 17

8. Questões, Problemas Resolvidos e Problemas Proposto................................................... 20

8.1. Questões, Problemas Resolvidos ................................................................................... 20

Exercícios propostos ................................................................................................................. 24

Conclusão ................................................................................................................................. 28

Bibliografia ............................................................................................................................... 29
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1. Introdução
O presente texto de apoio inerente aos educandos do ensino médio da 12ª classe com seguintes
temas em abordagem: Calorimetria Calor e Temperatura; Capacidade Calorífica e Calor
Específico; Princípio Fundamental da Calorimetria; Mudanças de Estado; propostas de
experiências; Questões, Problemas Resolvidos e Problemas Proposto.
No entanto, este material que propomos é de máxima indispensável na sua vida estudantil sobre
tudo para o desenvolvimento da sua mentalidade do conhecimento sobre os fenómenos que
ocorrem na natureza em especial na disciplina de Física, visto que esta disciplina busca o que
tu fazes no cotidiano e é comum as pessoas avaliarem temperaturas através da sensação de
quente ou frio, percebida ao tocarem um corpo. Havendo diferença de temperatura entre dois
ou mais corpos, fluirá entre eles energia térmica, calor, do corpo com temperatura maior para o
de temperatura menor, até atingirem o equilíbrio térmico, ou seja, atingirem a mesma
temperatura.
É com este texto de apoio que tu tens que levar a serio porque vai mudar a sua maneira de
pensar, ganhando neste sentido uma consciência madura para o seu e o desenvolvimento do
país e do mundo inteiro.
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2. Calorimetria Calor
A calorimetria tem por finalidade a análise, do ponto de vista quantitativo, do prolema das
trocas de calor entre sistemas postos em presenças de diferentes temperaturas no interior de
recipientes.

2.1.Conceito de temperatura
Quando o universo o começou, há 13,7 bilhões de anos, sua temperatura era da ordem de 1039 K.
Ao se expandir, o universo esfriou, e hoje sua temperatura media é de aproximadamente 3K.
Aqui na terra a temperatura é um pouco maior, porque vivemos nas vizinhanças de uma estrela.
Se não fosse o sol, também estaríamos a 3K (ou melhor, não existiríamos).
Segundo (VILANCULO & COSSA, 2015), afirma que ” Temperatura é uma grandeza física
que mede o grau de agitação das partículas (átomos e moléculas) que constituem um corpo”.
Para tal. temperatura indica o estado de agitação das partículas que constituem uma dada
substância, o que traduz em estados de aquecimento ou de arrefecimento de um corpo, quando
o maior for o estado de agitação das partículas, tanto maior será a sua temperatura”.
No entanto, para o (MAXIMO & ALVARENGA, 2006, p. 45), argumenta que “a temperatura
de um corpo é uma propriedade que está relacionada com o facto de o corpo estar mais quente
ou mais frio”.

2.1.1. A lei zero da termodinâmica


A lei zaro é constantemente usado no laboratório. Se quisermos saber se os líquidos em dois
recipientes estão à mesma temperatura, medimos a temperatura de cada um com um
termómetro. Não precisamos coloca-los em contacto para observar se estão ou não em
equilíbrio térmico; se suas temperaturas são iguais, temos certeza de que estão.
Curiosamente, a lei zero apareceu somente na década de 1930, muito depois da descoberta da
primeira e da segunda da termodinâmica.
Quando um termômetro e outro objeto são postos em contato eles atingem, depois de algum
tempo, o equilíbrio térmico. Depois que o equilíbrio térmico é atingido, a leitura do termômetro
é considerada como a temperatura do outro objeto. O processo é coerente por causa da lei zero
da termodinâmica afirma que: Se dois objetos A e B estão em equilíbrio térmico com um terceiro
objeto C (o termômetro), os objetos A e B estão em equilíbrio térmico entre si.
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2.1.2. Dilatação térmica


A variação da temperatura dum corpo provoca a variação das suas dimensões. Dum modo geral,
o aumento da temperatura provoca o aumento dessas dimensões e vice-versa.
Dilatação linear dos sólidos: quando um fio de comprimento 𝑙0 , que se encontra a uma
temperatura 𝑇0 , sofre uma variação de temperatura ∆𝑇 = 𝑇 − 𝑇0 , o seu comprimento sofre uma
variação ∆𝑙,em que ∆𝑙 = 𝑙0 ∙ 𝛼 ∙ ∆𝑇, passando a ser 𝑙 = 𝑙0 + ∆𝑙. A cada variação de
temperatura de 1ºC corresponde uma variação «∝» no comprimento do fio, por isso, «𝛼» recebe
a designação de coeficiente de dilatação linear dó material que constitui o fio.
Dilatação superficial dos sólidos: ocorre quando uma placa de superfície 𝑆0 , que se encontra a
uma temperatura inicial 𝑇0 , sofre uma variação de temperatura ∆𝑇 = 𝑇 − 𝑇0 . Sofrendo uma
variação ∆𝑆 da sua superfície, ela passa a apresentar uma superfície 𝑆 = 𝑆0 + ∆𝑆, para a ∆𝑆 é
expressa: ∆𝑆 = 𝑆0 ∙ 𝛽 ∙ ∆𝑇,. A cada variação de temperatura de 1ºC corresponde uma variação
"𝛽" da área da placa, por isso, "𝛽" recebe a designação de coeficiente de dilatação superficial,
cujo valor é 𝛽 = 2𝛼.
Dilatação volumétrica dos sólidos: fazendo variar a temperatura dum sólido, cujo volume inicial
é 𝑉0 de 𝑇0 até uma temperatura T, a variação das suas dimensões lineares provoca uma variação
∆𝑉 no seu volume. O sólido continua com a mesma forma, passando a apresentar um volume,
𝑽 = 𝑽𝟎 + ∆𝑻, para a ∆𝑉 é expressa: ∆𝑽 = 𝑽𝟎 ∙ 𝜸 ∙ ∆𝑻. A cada variação de temperatura de 1ºC
corresponde uma variação "𝛾"do volume, recebendo "𝛾"a designação de coeficiente de
dilatação cúbica, cujo valor é 𝛾 = 3𝛼.
Dilatação volumétrica dos líquidos: dum modo geral, os líquidos dilatam-se mais do que os
sólidos, embora essa dilatação obedeça a uma lei idêntica. Devido às características dos
líquidos, somente podemos observar essas dilatações quando os líquidos estão colocados em
recipientes sólidos que
também dilatam. Por isso, observamos dois tipos de dilatação para os líquidos: uma real (que
não depende do recipiente) e outra aparente (afectada pela dilatação do recipiente).
O coeficiente de dilatação real do líquido é igual à soma do seu coeficiente de dilatação aparente
com o coeficiente de dilatação do recipiente que o contém.
Matematicamente temos:
𝜸𝒓𝒆𝒂𝒍 = 𝜸𝒓𝒆𝒄𝒊𝒑𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 −𝜸𝒓𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆
7

2.1.3. Termómetros
Termómetro é um aparelho que permite medir a temperatura dos corpos.
Uma escala termométrica corresponde a um conjunto de valores numéricos onde cada um
desses valores está associado a uma temperatura. Para a graduação das escalas foram
escolhidos, para pontos fixos, dois fenómenos que se reproduzem sempre nas mesmas
condições: a fusão do gelo e a ebulição
da água, ambos sob pressão normal.
1º Ponto fixo: corresponde à temperatura de fusão do gelo, chamado ponto do gelo.
2.° Ponto fixo: corresponde à temperatura de ebulição da água, chamado ponto de vapor.
A comparação das temperaturas dos corpos é através de nosso tato nos forcem apenas uma ideia
qualitativa dessas temperaturas.
As unidades de temperatura são as seguintes:
 Gau centigrado (Celsius) °𝑪
 Grau Fahrenheit °𝑭
 Kelvin 𝑲 (SI)
A relação entre as escalas kelvin é dada pala seguinte expressão
𝑇(Κ) = 𝑇(°𝑪) +273
𝑇(Κ) − 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑚 𝑘𝑒𝑙𝑣𝑖𝑛
𝑇(°𝑪) − 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑚 𝐶𝑒𝑙𝑠𝑖𝑢𝑠
A figura abaixo mostra escalas termométricas

Fig.01: (VILANCULO & COSSA, 2015, p. 96)

Na verdade, existem vários tipos de termómetros cada um deles utilizando a variação de uma
certa grandeza, provocada por variação de da temperatura. Assim, temos termómetros que são
construídos baseando-se nas variações que a temperatura provoca no comprimento de uma haste
metálica, no volume de um gás, na resistência eléctrica de um material, na cor de um solido
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muito aquecido. A figura a baixo mostra u termómetro comum de liquido (𝐻𝑔 𝑜𝑢 𝑎𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙) em
tubo de viro.
Termómetro comum de liquido (𝐻𝑔 𝑜𝑢 𝑎𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙) em tubo de viro.

Fig.02 Fonte: (MAXIMO & ALVARENGA, 2006, p. 45)


Entretanto, para se adquirir o conceito quantitativo de temperatura, não é necessário analisar
esta grande variedade de aparelho. Vamos desenvolver o nosso estudo baseando-nos apenas no
tipo mais comum de termómetro aquele que relaciona a temperatura com a altura da coluna de
um liquido no interior de um tubo capilar de vidro. Neste termómetro, variações de temperatura
provocam dilatações ou contrações do liquido, fazendo a coluna subir ou descer dentro do tubo
de vidro. Assim, a cada altura da coluna podemos atribuir um numero, correspondente à
temperatura que determinou aquela altura.
O liquido mais utilizado neste tipo de termómetro é 𝐻𝑔 ( por exemplo, nos termómetros
clínicos). Alguns termómetros mais baratos utilizam álcool colorido, geralmente de cor
vermelha, com vem na figura a cima.

Ilustração esquemática de diversos tipos de termómetros


Termómetro de gás, é obtida através da leitura Termómetro clinico: em virtude de um
da pressão de um gás mantido a volume estreitamente na base do tubo capilar, a
constante coluna de 𝐻𝑔 é impedida de retornar ao
reservatório. Por isso, este termómetro
continua indicando a temperatura de uma
pessoa, mesmo não estando mais em
contacto com ela.
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Termómetro metálico: o aquecimento faz Termómetro de máxima e mínima: indica por


com que a espiral bimetálica se encurve, meio de dois índices, as temperaturas
movendo-se ponteiro, que indica o valor da máxima e mínima ocorridas em um certo
temperatura. intervalo de tempo.

Termómetro ótico: a temperatura do objecto uma fornalha, por exemplo) é obtida


comparando se sua cor do filamento de uma lâmpada eléctrica.

Fig. 03 Fonte: (MAXIMO & ALVARENGA, 2006, p. 46)


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2.1.4. O Ponto Triplo da Água


Para criar uma escala de temperatura, escolhemos um fenômeno térmico reprodutível e,
arbitrariamente, atribuímos a ele uma temperatura. Poderíamos, por exemplo, escolher o ponto
de fusão do gelo ou o ponto de ebulição da água, mas, por questões técnicas, optamos pelo
ponto triplo da água.
A água, o gelo e o vapor de água podem coexistir, em equilíbrio térmico, para apenas um
conjunto de valores de pressão e temperatura. A Figura mostra uma célula de ponto triplo, na
qual este chamado ponto triplo da água pode ser obtido em laboratório. Por acordo
internacional, foi atribuído ao ponto triplo da água o valor de 273,16 K como a temperatura-
padrão para a calibração dos termômetros, ou seja, 𝑻𝟑 = 𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟔𝑲.

2.1.5. A escala internacional de temperatura


Medir uma temperatura usando um termómetro de gás, com uma precisão razoável, é uma tarefa
tediosa que pode exigir meses de trabalho meticuloso. Na prática, o termómetro de gás é usado
somente para estabelecer certos pontos fixos “primários”. Estes pontos são, então, usados para
calibrar outros termómetros secundários mais convenientes, os que usam líquidos. Os
termómetros de uso domiciliar são deste tipo: um liquido, em gral mercúrio, é confinado num
bulbo de vidro como mostra a figura a cima numa extremidade de um tubo fino. A altura que
ele atinge corresponde à temperatura, que é lida numa escala impressa no tubo.
Para uso prático, como na calibração de termómetros científicos ou industriais, foi adotada
a escala internacional de temperatura. Consiste em conjunto de instruções para se obter na
prática a melhor aproximação possível para a escala kelvin. Adotamos um conjunto de pontos
fixos primários e especificamos um conjunto de instrumentos para serem usados na interpolação
entre estas temperaturas de ponto fixos, e para extrapolar acima da temperatura máxima ou
abaixo da mínima.

2.1.5.1.Escalas celsius
Para que possamos medir temperatura será necessário graduar o termómetro, isto é, marcar nele
as divisões e atribuir números a essas divisões. Quando procedemos desta maneira, estamos
construindo uma escala termométrica.
Na construção de uma determinada escala termométrica, são adotadas convenções arbitrarias.
Em Virtude de serem arbitrarias a essas convenções, várias escalas termométricas diferentes
foram surgindo, com decorrer do tempo, em vários países. Esta variedade de escalas
termométricas, naturalmente, acarretava uma serie de inconveniente ao trabalho cientifico.
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Para afastar estas dificuldades, os cientistas sugeriram a adoção de uma escala única, baseada
em dificuldades, os cientistas sugeriram a adoção de uma escala única, baseada em convenções
internacionais em escala celsius (chamada antigamente de escala centígrada) é a escala mais
usada no dia a dia em quase todos os países do mundo.
As temperaturas na escala Celsius são medidas em graus, e um grau Celsius tem o mesmo valor
numérico que um kelvin. Entretanto, o zero da escala Celsius está em um valor mais
conveniente que o zero absoluto. Se 𝑇𝐶 representa uma temperatura em graus Celsius e T a
mesma temperatura em kelvins, a temperatura em graus Celsius é definida pela equação 𝑻𝑪 = 𝑻 −
𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟓°, em que 𝑇𝑐 é a temperatura em graus Celsius e T é a temperatura em kelvins. Quando
expressamos temperaturas na escala Celsius, usamos o símbolo de grau.

2.1.5.2.Escala kelvin
Até agora, é usada universalmente, principalmente pelos cientistas, foi proposta pelo grande
físico irlandês, Lord kelvin (1824-1907), sendo denominada escala kelvin ou escala absoluta.
A ideia de se propor surgiu das discussões em torno de temperaturas máximas e mínimas que
podem ser atingidas por um corpo, verificou-se que não há, teoricamente, um limite superior
para a temperatura que que o corpo pode alcançar. Entretanto, observa-se que existe um limite
natural, quando temos a abaixar temperatura. Estudos realizados em grandes laboratórios de
diversos países mostraram que é impossível obter uma temperatura inferior a -273ºC. esta
temperatura é denominada zero absoluto. Na realidade, o zero absoluto é uma temperatura
limite, que não pode ser alcançada, no entanto, conseguidos valores muito próximos a elas.
Kelvin propôs como zero absoluto de sua escala (representado por 0 K) a temperatura de zero
absoluto e um intervalo unitário igual ao intervalo de 1ºC.
De modo geral, designando por T a temperatura Kelvin e por 𝑇𝐶 é a temperatura em graus
Celsius,, correspondente, é fácil concluir:
𝑻 = 𝒕𝑪 + 𝟐𝟕𝟑
Logo, para se expressar, na escala kelvin, uma temperatura dade em graus celsius, basta
adicionar 273 a este valor.

2.1.5.3.Escala Fahrenheit
A escala Fahrenheit, a mais comum nos Estados Unidos, utiliza um grau menor que o grau
Celsius e um zero de temperatura diferente. A relação entre as escalas Celsius e Fahrenheit é
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𝟗 𝑻𝑪 𝑻𝑭 −𝟑𝟐
definida pela equação 𝑻𝑭 = 𝟓 𝑻𝒄 + 𝟑𝟐°, 𝒐𝒖 𝟏𝟎𝟎
=
𝟏𝟖𝟎
em que 𝑇𝐹 é a temperatura em graus
Fahrenheit e 𝑇𝐶 é a temperatura em graus Celsius.
A conversão entre as duas escalas pode ser feita com facilidade a partir de dois pontos de
referência (pontos de congelamento e de ebulição da água).
Finalmente, nas escalas Celsius e Kelvin, o intervalo de 0 °C a 100 °C e de 273 K a 373 é
dividido em 100 partes iguais e cada uma das divisões corresponde a 1ºC e 1K, respectivamente.
Na escala Fahrenheit, o intervalo de 32 ºF a 212 ºF é dividido em 180 partes. A escala Fahrenheit
é usada, geralmente, nos países de língua inglesa. A escala Kelvin é chamada escala absoluta
de temperatura, baseando-se no conceito de zero absoluto, como sendo a temperatura em que a
energia cinética das moléculas dum corpo é mínima. Esta temperatura é de O K,
aproximadamente, - 273,15 °C.

2.2.Conceito de calor
Na visão de (HALLIDAY & RESNICK, 2016, p. 186), afirma que” Calor é a energia térmica
transferida de um corpo para outro ou seja, calor é a energia térmica transferida entre corpos
a diferentes temperaturas”.
Quando um corpo recebe calor, a sua temperatura aumenta e, quando cede calor, a sua
temperatura diminui.
No sistema Internacional todas as formas de energia, inclusive o calor, são medidas e o Joule
(J).
Entretanto, na pratica, até hoje é usada uma outra unidade de calor, muito antiga, denominada
caloria (cal). Existem também a unidade quilocaloria (Kcal) que é uma múltipla da caloria. Eis
a relação entre as unidades de calor:
1 cal = 4,18 J
1 kcal = 1000 cal
Por definição, 1 caloria é a quantidade de calor que deve ser transferida a 1 grama de água para
que a sua temperatura se eleve de 1 °𝐶.

2.2.1. Calor sensível e calor latente


Calor sensível é a quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo ao sofrer uma variação
de temperatura sem que haja mudança de fase.
Como por exemplo:
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Se um pedaço de ferro for querido ele um aumento de temperatura sem mudar a forma de
ligação das moléculas (sem mudança de fase.)
Calor latente é a recebida ou cedida por um corpo sem que haja variação de temperatura do
corpo, mas que, mas que acarreta mudança de forma de ligação das moléculas do corpo
(mudança de fase).
Exemplo: Um pedaço de galo a 0°𝐶, quando submetido a um aquecimento, absorve a
quantidade de calor que lhe é fornecida sem aumentar a sua temperatura, até derreter o gelo
completamente.

3. Capacidade térmica de um corpo ou capacidade calorifica


Capacidade térmica é a quantidade de calor que se deve fornecer a um corpo para que a sua
temperatura se eleve em um (1) kelvin.
A sua expressão matemática é:
𝑸
𝑪=
∆𝑻
Onde:
𝐶 – é capacidade térmica;
𝑄 – é a quantidade de calor;
∆𝑇 – é a variação da temperatura.
Para calcularmos a variação de temperatura temos de ter em conta que:
 ∆𝑻 = 𝑻𝒇 − 𝑻𝒊 , se o corpo aquecer.
 ∆𝑻 = 𝑻𝒊 − 𝑻𝒇 , se o corpo arrefecer.
Onde:
𝑇𝑓 é 𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒 𝑇𝑖 é 𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙.
A unidade de capacidade térmica no SI é o joule por Kelvin, J/K.

4. Capacidade térmica especifica ou calor especifico de uma substância


Calor especifico é a quantidade de calor que se deve fornecer a 1 kg de uma certa substância
para que a sua temperatura se eleve em um (1) kelvin.
Matematicamente temos:
𝐂
𝐜=
𝐦
Onde:
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𝐶 – é capacidade térmica, 𝒎 é a massa e 𝒄 é o calor especifico. A unidade do calor especifico


no Sistema Internacional é o joule por quilograma, por kelvin (J/kg K) ou (𝐽𝑘𝑔−1 𝐾 −1 ).
Com base na equação do calculo da capacidade térmica podemos escrever que a quantidade de
calor cedida ou recebida por um corpo é dade pela expressão:

𝐐 = 𝐂 ∙ ∆𝐓 ou 𝐐 = 𝐦 ∙ 𝐜 ∙ ∆𝐓

Nota:
 A capacidade térmica é uma característica do corpo, isto é, corpos de massas de
diferentes e constituídos por substancias diferentes podem ter a mesma capacidade
térmica.
 O calor especifico é uma característica da substancia, em dado estado de agregação.

5. Principio fundamental da calorimetria


Quando dois ou mais corpos, com temperaturas diferentes, são postos em contacto, eles trocam
calor entre si, até atingir o equilíbrio térmico.
O Principio fundamental da calorimetria fundamenta que “a quantidade de calor cedida pelos
corpos que arrefecem é igual a quantidade de calor absorvida pelos corpos que aquecem”.
𝑸𝒄𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 = 𝑸𝒂𝒃𝒔𝒐𝒓𝒗𝒊𝒅𝒐

O uso desta igualdade permite-nos determinar os valores de várias grandezas térmicas,


características de um corpo ou de uma substancia, como a quantidade térmica, o calor especifico
entre outras.
Os recipientes utilizados para estudar a troca de calor entre dois ou mais são denominados
calorímetros.
Os calorímetros são tanto quanto possíveis isolados do meio externo para evitar troca de calor
entre o meio externo e o calorímetro incluindo o seu conteúdo.
Existem diverso tipos de calorímetros. Alguns dos mais usados são o calorímetro de mistura,
também chamado calorímetro de Berthelot, e o calorímetro elétrico como mostra a figura a
baixo.
15

Calorímetro de mistura Calorímetro elétrico

Fig. 03: (VILANCULO & COSSA, 2015, p. 99)


Calorímetro de mistura consiste, essencialmente, num recipiente interno, espalhadas,
envolvido por recipiente fechado, de paredes isolantes. Com estes cuidados consegue-se isolar
termicamente o interior do calorímetro, impedindo-se a entrada ou a saída de calor.
Geralmente, o calorímetro contém um liquido (água, em geral) é provido de dois acessórios:
Um termómetro e uma haste destinada a agir o liquido para se obter rapidamente o equilíbrio
térmico da mistura colocada no seu interior.

6. Mudança de estado
Mudança de estado é um facto conhecido que uma substância pode apresentar-se na Natureza
sob três fases distintas: sólida, liquida e gasosa (vapor). a pressão e a temperatura a que uma
substância for submetida determinarão a fase na qual ela se apresentará.
Quando uma substancia passa de uma fase (estado) para a outra, diz-se que ela sofreu uma
mudança de fase ou uma mudança de estado.
A figura 04 mostra, esquematicamente as diferenças mudanças de fase.
Mudança de estado

Fig. 04: (VILANCULO & COSSA, 2015, p. 101)


16

Os fenómenos de fusão e de vaporização de uma substância acontecem sempre devido à


absorção de calor pala substância, em quanto os fenómenos de solidificação e de condensação
acontecem devido à perda de calor.
O gráfico seguir relaciona a variação de temperatura sofrida por um corpo com a quantidade de
calor trocada por ele.
Variação da temperatura de um corpo em função da quantidade de color

Fig. 05: (VILANCULO & COSSA, 2015, p. 101)


 Durante a fase 1, a quantidade de calor fornecida é:
𝑄1 = 𝑚. 𝑐𝑠 . ∆𝑇
Onde:
𝐶𝑠 − é o calor especifico da substância no estado solido.
Nesta fase, a temperatura do corpo começa a subir até atingir a temperatura de fusão, 𝑇𝑓 quando
se indica o processo de transformação do solido em liquido.
 Durante a fase 2, a quantidade de calor fornecida serve para mudar o estado de
agregação da substância:
𝑄2 = 𝑚. 𝐿𝑓𝑢𝑠𝑎𝑜
Onde:
𝑚 é a massa e 𝐿𝑓𝑢𝑠𝑎𝑜 é o calor latente de fusão.
Calor latente de fusão é a quantidade que deve ser fornecida a 1 kg duma substância qualquer
para que passe do estado solido a liquido (ou vice-versa), sem mudança da temperatura, apos a
substância ter atingido a temperatura de fusão.
 Durante a fase 3, com o termómetro da fusão, o fornecimento de calor volta a produzir
um aquecimento da substancia, agora no estado liquido, com o consequente aumento de
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temperatura até que a substancia atinja o ponto de ebulição. Por isso, a quantidade de
calor fornecida na fase 3 é:
𝑸𝟑 = 𝒎. 𝒄𝑳 . ∆𝑻
Onde:
𝑐 é calor especifico da substância no estado liquido.
 Durante a fase 4, a quantidade de calor fornecida serve para mudar o estado de
agregação da substância. Por isso, a temperatura (liquido e gás) permanece constante
até que toda a massa liquida se transforme em vapor.

𝑸𝟒 = 𝑳𝒗𝒂𝒑𝒐𝒓𝒊𝒛𝒂𝒄𝒂𝒐 . 𝒎
Onde
𝐿𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎𝑐𝑎𝑜 é calor latente de vaporização.
Calor latente de vaporização é a quantidade de calor que deve ser fornecida a 1 kg duma
substancia para que passe do estado liquido a gasoso (vice-versa), apos a substância ter atingido
a temperatura de vaporização.
 Na fase 5, a quantidade de calor fornecida serve para um maior aquecimento de
substancia. A quantidade de calor fornecida durante esta fase:
𝑸𝟓 = 𝒎. 𝒄𝒈 . ∆𝑻
Onde:
𝑐 é calor especifico da substância no estado gasoso.
Contudo, em A e B, a substancia encontra-se à mesma temperatura, mas em estados diferentes.
Em a encontra-se no estado solido, mas em B está no estado liquido.
Em C e D, a substância encontra-se, também, à mesma temperatura, mas em estados diferentes.
Em C está no estado liquido, mas em D encontra-se no estado gasoso.

7. Propostas de Experiências.
7.1. Experimento I. Temperatura
Objectivos da experiência
 Estudar os fenómenos de equilíbrio térmico das substâncias;
 Avaliar até que ponto a temperatura das duas substâncias atinge o equilíbrio térmico;

Material
 Pedra de gelo;
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 Água no estado liquido;


 2 copos de vidro transparente;
 Termómetro.

Procedimentos
 Levar as substâncias (gelo e água), pôr a cada uma delas no seu devido copo, de seguida,
medir as suas temperaturas ambiente com ajuda do termómetro;
 Pôr os dois copos em contacto, sabendo que um copo apresenta a água liquida esta a
temperatura ambiente;
 Depois de passar algum tempo, levamos o termómetro e introduzimos a cada um dos
copos para ver se estão a temperatura térmica, se não aguardemos até que estejam em
temperatura térmica as duas substancias, registado os fenómenos durante o processo.

Avaliação e analise dos resultados


O aluno observa os fenómenos da sua experiência e tira as suas conclusões

7.2.Experimento II – Temperatura
Objetivos - Associar a temperatura com a energia interna de um corpo.
 Entender calor como energia em transferência entre corpos com temperaturas diferentes.
Materiais
 Três recipientes de tamanhos iguais, bacias de sorvete, por exemplo.
 Água gelada, água aquecida e água a temperatura ambiente.
Procedimento
 Coloque no primeiro recipiente água gelada; no segundo água à temperatura ambiente
e no terceiro, água aquecida.
 Em seguida, coloque, ao mesmo tempo, uma mão na água gelada e outra na água
aquecida. Espere alguns instantes. Agora coloque as duas mãos, ao mesmo tempo, no
recipiente com água à temperatura ambiente. Observe a sensação que você tem nas duas
mãos e responda aos questionamentos a seguir.
Quando as mãos estavam em bacias separados você podia descrever qual era
aquecida?
Nessa situação era capaz de determinar a temperatura da água?
E da água gelada?
Quando você colocou as mãos na mesma bacia, continuou a ter as mesmas sensações?
19

Descreva o que sentiu.

7.3.Experimento III - Termômetro


Objetivos – observar o funcionamento de um termômetro.
 Entender o funcionamento de um termômetro.
Materiais
 1 frasco pequeno de vidro (de medicamento, de conserva de pimenta, por
exemplo); água, gelo; - tinta de carimbo; - um tubo de tinta vazio de caneta esferográfica; -
cola. (silicone); - rolha, caso o frasco não tenha a tampa emborrachada; - ebulidor e uma caneca
para aquecer água; - régua; - um pedaço de cartolina suficiente para fixar a régua; - álcool; -
termômetro.
Montagem
 Dilua a tinta no álcool e encha o frasco até a borda.
 Faça um furo na rolha e introduza o tubo de tinta. Feche bem com cola de silicone.
 Recorte a cartolina (do mesmo tamanho que a régua) e cole na régua.
 Fixe a régua revestida no tubo.
 Encaixe a rolha no frasco, faça ajustes se necessário e feche as bordas com a cola
de silicone, cuidando para que não fique ar entre o álcool. O álcool vai subir até
certa altura no tubo.
 Coloque o frasco imerso na mistura de água com gelo picado. Espere
aproximadamente dois minutos e marque na cartolina o ponto correspondente à
altura da coluna de líquido.
A figura mostra montagem de um termômetro.

 Aqueça a água até ela atingir 50ºC. Verifique a temperatura com o termômetro.
20

 Coloque o tubo imerso na água a 50ºC. Espere aproximadamente dois minutos e marque
na cartolina o ponto correspondente à altura da coluna de líquido;
 Agora você tem dados suficientes para construir uma escala para o seu termômetro, pois
conhece dois de seus pares: ho ⟹ 0ºC e h1 ⟹ 50ºC.
 Meça a distância correspondente ao intervalo de 0ºC a 50ºC (h1 — ho) e calcule por
regra de três a distância correspondente a 1ºC. Com isso, você pode fazer marcas no
tubo de 1 em 1ºC, desde 0ºC até 50ºC.
A que correspondem às marcas feitas no tubo com água colorida?
 escolha, conversando no grupo, um nome para sua escala termométrica criada.
 Coloque o termômetro em contato com seu corpo. Marque na cartolina essa temperatura.
Calcule essa temperatura.
 Coloque o termômetro em contato com água a temperatura ambiente e determine sua
temperatura na escala criada para seu termômetro.

8. Questões, Problemas Resolvidos e Problemas Proposto


8.1.Questões, Problemas Resolvidos

1. Ao derramarmos éter sobre a pele, sentimos uma sensação de resfriamento em


consequência de:
A. o éter penetrar nos poros, congelando imediatamente os vasos sanguíneos.
B. o éter, por ser líquido, encontrar-se a uma temperatura inferior à da pele.
C. o éter limpar a pele, permitindo maior troca de calor com o ambiente
D. a pele fornecer ao éter a energia responsável por sua mudança de fase.
Resolução
Opção D

2. Um cozinheiro quer comprar uma panela que aqueça rápida e uniformemente. Ele deve
procurar uma panela feita de um material que tenha
A. alto calor específico e alta condutividade térmica.
B. alto calor específico e baixa condutividade térmica.
C. baixo calor específico e alta condutividade térmica.
D. baixo calor específico e baixa condutividade térmica.
21

Resolução
Opção C

3. O gráfico representa a variação da temperatura de um corpo sólido, em função do tempo,


ao ser aquecido por uma fonte que libera energia a uma potência constante de 150 cal/min.
SENDO a massa do corpo igual a 100g, o seu calor específico será de:
A. 0,75 cal/g °C
B. 0,80 cal/g °C
C. 1,50 cal/g °C
D. 3,75 cal /g °C
Resolução
Opção A

4. A função de uma roupa de inverno é:


A. dificultar a perda de calor do corpo.
B. fornecer calor ao corpo.
C. impedir o ganho de frio pelo corpo.
D. retirar calor do corpo.
E. retirar frio do corpo.

Resolução
Opção A
7. Uma Resistência esta sujeita a uma d.d.p. de 80v e atravessada por uma corrente de 2.5 A,
mergulhando esta resistência na agua, calcule, a quantidade de calor fornecida a agua em 5
minutos.
A. 3 × 104 J B. 6 × 104 J C. 9 × 104 J D. 12 × 104 J
Resolução

Dados Pedido Fórmula/ Resolução

𝐼 = 2,5𝐴 𝑄 =? 𝑄 = 𝑝 × 𝑡 𝑜𝑛𝑑𝑒: 𝑝 = 𝐼 × 𝑉
𝑉 = 80𝑉 𝑄 =𝐼×𝑉×𝑡
𝑡 = 5𝑚𝑖𝑛 = 300𝑠 𝑄 = 2,5 × 80 × 300
𝑄 = 60000𝐽 = 6 × 104 𝐽
Opção B
22

8. Mistura-se 200g de agua a ferver a 100c com 100g de agua fria a 20c num recipiente, pretende
se saber qual será a temperatura da mistura, tendo em conta que o calor especifico da agua e de
4200j/kg K.
A. 13,33℃ B. 33,33℃ C. 53,33℃ D. 73,33℃
Resolução
Para tirarmos os dados do 0065efcicios temos primeiro de identificar qual dos corpos cede e
qual absorve. e claro que a água a ferver vai ceder calor e a agua fria vai absorver. por isso,
convêm separarmos os dados da agua fria e da água quente. Assim fazemos a seguinte tabela:
Cede Absorve
Água quente Água fria
m = 200g m = 100g
Ti = 100℃ Ti = 20℃
c = 4200 J⁄kgK c = 4200 J⁄kgK
Ti =? Ti =?

m ∙ c ∙ (Ti − Tf ) = m ∙ c ∙ (Tf − Ti )
200 ∙ 4200 ∙ (100 − Tf ) = 100 ∙ 4200 ∙ (Tf − 20)
840000 ∙ (100 − Tf ) = 420000 ∙ (Tf − 20) |−1
Tf = 73,33℃
Opção D
9. Mistura-se 200𝑔 de agua a ferver a 100℃ com 100𝑔 de agua fria a 20℃ num calorímetro
cuja a capacidade térmica e de 400 𝐽⁄𝐾 , pretende se saber qual será a temperatura da mistura ,
tendo em conta que o calor especifico da agua e de 4200𝑗/𝑘𝑔𝐾.
A. 73,31℃ B. 73,32℃ C. 73,33℃ D. 73,34℃
Resolução
Como já sabe que para tirarmos os dados dos exercícios temos primeiro de identificar qual dos
corpos cede e qual absorve. e claro que a agua a ferver vai ceder calor e a agua fria vai absorver.
Por isso, convêm separarmos os dados da água fria e da agua quente. Assim teremos a tabela
seguinte:
Cede Absorve
Água quente Água fria Calorimetria
m = 200g m = 100g 𝑘 = 10 𝐽⁄𝐾
Ti = 60℃ Ti = 30℃ Ti = 30℃
23

c = 0,2 J⁄kgK c = 0,1 J⁄kgK


Tf =? Tf =? Tf =?

m ∙ c ∙ (Ti − Tf ) = m ∙ c ∙ (Tf − Ti ) + k ∙ (Tf − Ti )


200 ∙ 4200 ∙ (100 − Tf ) = 100 ∙ 4200 ∙ (Tf − 20) + 400 × (Tf − 20)
840000 ∙ (100 − Tf ) = 420000 ∙ (Tf − 20) + 400 × (Tf − 20) |−1
Tf = 73,31℃
Opção A
10. Num calorímetro de capacidade térmica 10cal/℃, tem-se uma substância de massa 200g,
calor específico 0,2 cal/g℃ à 60oC. Adiciona-se nesse calorímetro uma massa de 100g e de
calor específico o,1 cal/g℃ à temperatura de 30oC. A temperatura de equilíbrio será:
A. 50oC B. 45oC C. 25oC
D. 30oC
Resolução
Já sabemos que para tirarmos os dados do 0065efcicios temos primeiro de identificar qual dos
corpos cede e qual absorve. e claro que a água a ferver vai ceder calor e a água fria vai absorver.
por isso, convêm separarmos os dados da agua fria e da agua quente. Assim teremos a tabela
seguinte:
Cede Absorve
Água quente Água fria Calorimetria
m = 200g m = 100g 𝑘 = 400 𝐽⁄𝐾
Ti = 100℃ Ti = 20℃ Ti = 20℃
c = 4200 J⁄kgK c = 4200 J⁄kgK
Tf =? Tf =? Tf =?

m ∙ c ∙ (Ti − Tf ) = m ∙ c ∙ (Tf − Ti ) + k ∙ (Tf − Ti )


200 ∙ 0,2 ∙ (60 − Tf ) = 100 ∙ 0,1 ∙ (Tf − 30) + 10 × (Tf − 30)
40 ∙ (60 − Tf ) = 10 ∙ (Tf − 30) + 10 × (Tf − 30) |−1
Tf = 50℃
Opção A.
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Exercícios propostos
1. Um ventilador ligado provoca a sensação de frescor nas pessoas. A afirmativa que
melhor descreve a explicação desse fenómeno é:
A. o ventilador altera o calor específico do ar.
B. o ventilador aumenta a pressão do ar sobre a pele das pessoas.
C. o ventilador diminui a temperatura do ar.
D. o ventilador retira o ar quente de perto das pessoas.

2. Caminhando descalço dentro de casa, ao passar da sala, que tem o chão coberto por
tábuas de madeira, para a cozinha cujo piso é de granito, tem-se a sensação de que o
piso da cozinha está mais frio que o da sala. Essa sensação é devido ao facto de:
A. a capacidade térmica do piso de granito ser menor que a das tábuas de madeira.
B. a condutividade térmica do piso de granito ser maior que a das tábuas de madeira.
C. a temperatura do piso da cozinha ser menor que a do chão da sala.
D. o calor específico do granito ser menor que o das tábuas de madeira.
3. Num calorímetro de capacidade térmica 10cal/℃, tem-se uma substância de massa
200g, calor específico 0,2 cal/goC à 60oC. Adiciona-se nesse calorímetro uma massa de
100g e de calor específico o,1 cal/goC à temperatura de 30oC. A temperatura de
equilíbrio será:
B. 55oC B. 45oC C. 25oC D. 30oC E.
70oC
4. Dois corpos, A e B, de massas iguais e temperaturas tA e tB, são postos em contacto até
que o equilíbrio térmico seja atingido. Sabendo-se que não há mudança de fase e que o
calor específico do corpo A é três vezes maior que o do corpo B, pode-se afirmar sobre
a temperatura final t:
A. t = 3 (tA+ tB) /4
B. t = (3tA+ tB) /4
C. t = 3 (tA+ tB) /4
D. t = (tA+ 3tB) /3
5. Se dois corpos estiverem em equilíbrio térmico com um terceiro, pode-se e concluir que:
A. Não existe um fluxo de calor entre os corpos.
B. A temperatura do terceiro corpo aumenta.
C. Os dois corpos cedem calor ao terceiro.
D. Os Três corpos estão em repouso.
25

6. Um bloco de gelo de 80 gramas foi colocado dentro de um calorímetro, bem isolado,


contendo 50 gramas de água. Depois de várias horas, verificou-se uma situação final na
qual havia, ainda, 80 gramas de gelo no interior do calorímetro. Pode-se concluir, desta
experiência, que:
A. a condutividade térmica do gelo é igual à da água.
B. as quantidades de calor contidas na água e no gelo, na situação final, tornaram-se iguais.
C. a temperatura final do gelo e da água era de 0oC
D. o calor latente de fusão do gelo é maior do que a energia contida na água.
7. Usando um agasalho de lã, as pessoas sentem-se aquecidas. Isso acontece porque:
A. a lã fornece calor ao corpo.
B. a lã reduz a transferência de calor do corpo para o meio exterior.
C. a lã é boa condutora de calor.
D. a lã impede a transpiração.

8. Considere um calorímetro no qual existe uma certa massa de líquido. Para aquecer o
conjunto líquido - calorímetro de 300C para 600C são necessários Q1 J. Por outro lado,
Q2 J elevam de 400C para 800C o calorímetro juntamente com o triplo da massa do
líquido.
a) Determine a capacidade térmica do calorímetro nas seguintes situações:
Q1 = 2000 J, Q2 = 4000 J
Q1 = 2000 J, Q2 = 7992 J
b) Com base nestes dados, em qual das duas situações a influência do material do
calorímetro pode ser desconsiderada? Justifique sua conclusão.
9. Uma garrafa térmica é feita de vidro com face interna espelhada para
A. reduzir as perdas de calor por radiação.
B. reduzir as perdas de calor por convecção.
C. reduzir as perdas de calor por condução.
D. elevar o ponto de ebulição da água.
10. A passagem da fase sólida para líquida de 200 g de uma substância determinada, em
função do calor Q absorvido, é representada no gráfico abaixo.
26

Os calores específicos dessa substância, nas fases sólida e líquida são, respectivamente, em
cal/g0C, de
A. 1,0 e 0,5 B. 0,80 e 0,20 C. 0,50 e 0,12 D. 0,50
e 0,05

11. Se, ao fornecermos calor a um sistema, sob pressão constante, observarmos que a
temperatura permanece inalterada, podemos afirmar que o sistema:
A. é totalmente sólido.
B. é totalmente líquido.
C. está necessariamente em processo de fusão.
D. está sofrendo uma mudança de fase.

12. Quando seguramos um cone com uma bola de sorvete, sentimos a nossa mão a esfriar
quando ela está abaixo da bola, mas não temos essa sensação se posicionarmos a mão
alguns centímetros acima da bola. Isso indica que a transferência de calor está se dando
preferencialmente por:
A. Condução B. convecção C. radiação D. condução e radiação.
E. Convecção e radiação.
13. "_________ é a energia que flui entre um sistema e sua vizinhança como consequência
da diferença de temperatura que existe entre eles." A lacuna será corretamente
preenchida por:
A. Trabalho B. entropia C. energia interna D. calor

14. Um sistema consiste de um cubo de 10 g de gelo, inicialmente à temperatura de 0 0C .


Esse sistema passa a receber calor proveniente de uma fonte térmica e, ao fim de algum
tempo, está transformado em uma massa de 10 g de água a 200C. Qual foi a quantidade
de energia transferida ao sistema durante a transformação? dados: calor de fusão do gelo
= 334,4 J/g; calor específico da água = 4,18 J / (g0C)
A. 418 J B. 836 J C. 4,18 kJ D.
6,77 kJ
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Chave de correção
1 2 3 4 5 6 7
D B A B A D B

8 9 10 11 12 13 14
a) 50 e 0,4
b) Na 2ª, pois ela é muito pequena A B D A D C
comparada à 1ª
28

Conclusão
Para terminar, em relação aos temas propostos sobre Calorimetria Calor e Temperatura;
Capacidade Calorífica e Calor Específico; Princípio Fundamental da Calorimetria; Mudanças
de Estado; Questões, Problemas Resolvidos e Problemas Proposto. No entanto, é de referir que
a calorimetria estuda os prolemas das trocas de calor entre sistemas postos em presenças de
diferentes temperaturas no interior de recipientes; a temperatura refere-se a sensação de frio e
de quente; quando um corpo recebe calor, a sua temperatura aumenta e, quando cede calor, a
sua temperatura diminui denominamos o calor. Portanto, para a máxima compreensão dos
conteúdos propostos precisa de ler com muita atenção e não estas vetado em consultar outros
manuais para completar o seu saber do dia a dia para um futuro melhor e o progresso do nosso
país.
29

Bibliografia
BUDULA, Hilário, Física 12ª Classe, Ligação em cadeia, 1ª edição, Maputo 2013
CUPANE, Alberto Felisberto. Física 9ª classe. Textos editores, Ltd – Moçambique. 1ª
Edição. 2009
HALLIDAY, D., & RESNICK, R. (2016). Fundamentos de Fisica: Gravitacao, Ondas e
termodinamica (10a ed ed., Vol. 2). Rio de Janeiro: gen LTC.
MAXIMO, A., & ALVARENGA, B. (2006). Fisica ensino medio (1a ed ed., Vol. 2). Sao Paulo:
editora scipione.
MENEZE, João Paulo, & POPAVA, Valia Alexieva. FISICA, Admissão ao ensino superior,
1ª edição. Texto Editores, Lda. Maputo, Janeiro 2008.
VILANCULO, A., & COSSA, R. (2015). F12. Fisica 12a Classe (2a Ed ed., Vol. 1). (Lda, Ed.)
Maputo: Textos Editores, Lda.

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