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Gênito Antônio Marcelino

Joaquim do Carmo Lima


Luís Manuel Antônio
Norest Devissone
Róbate Fernando Nhampiwa
Yassimin Sérgio Mussa

APLICAÇÃO DA TERMODINÂMICA
Licenciatura em Ensino de Física com Habilidade em Energias Renováveis

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022
Gênito Antônio Marcelino
Joaquim do Carmo Lima
Luís Manuel Antônio
Norest Devissone
Róbate Fernando Nhampiwa
Yassimin Sérgio Mussa

Licenciatura em Ensino de Física com Habilidade em Energias Renováveis

Trabalho a ser apresentado no Departamento


de ciências exatas e tecnológicas como
requisito de avaliação parcial na cadeira de
HCT sob orientação da docente: Msc. Inácia
Macapa.

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................1

1.1. Objectivos............................................................................................................................1

1.1.1. Geral..................................................................................................................................1

1.1.2. Específicos........................................................................................................................1

2. Fundamentação Teórica..........................................................................................................2

2.1. Termodinâmica....................................................................................................................2

2.1.1. Processos cíclicos e sistemas isolados..............................................................................2

2.1.2. Tipos de processos termodinâmicos.................................................................................2

2.1.2.1. Processo adiabático........................................................................................................3

2.1.2.2. Processo isocórico..........................................................................................................3

2.1.2.3. Processo isobárico..........................................................................................................3

2.1.2.4. Processo isotérmico.......................................................................................................4

2.1.2.5. Gráfico dos 4 processos.................................................................................................4

2.2. Máquinas térmicas...............................................................................................................4

2.2.1. Máquina a vapor...............................................................................................................5

2.2.2. Motores de combustão interna..........................................................................................6

2.2.3. Refrigeradores...................................................................................................................9

2.2.3.1. A geladeira.....................................................................................................................9

3. Conclusão..............................................................................................................................11

Referência Bibliográfica...........................................................................................................12
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1. Introdução

O estudo da Física envolve quase sempre um conceito primitivo denominado energia. Essa
energia manifesta-se de várias formas, recebendo em cada caso um nome que a caracteriza:
energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa e outros.

Até aproximadamente 1850, as áreas da Termodinâmica e da Mecânica eram consideradas


dois ramos distintos da ciência. O princípio de conservação de energia parecia descrever
somente certos tipos de sistemas mecânicos. No entanto, experiências realizadas em meados
do século XIX pelo inglês James Joule e por outros mostraram a forte conexão entre a
transferência de energia por calor em processos térmicos e a transferência de energia por
trabalho em processos mecânicos.

A termodinâmica – a ciência da energia no contexto mais amplo – surgiu lado a lado com a
revolução industrial em decorrência do estudo sistemático sobre a conversão de energia
térmica em movimento e trabalho mecânico. Daí o nome termo + dinâmica. De fato, a análise
de motores e de geradores de vários tipos permanece sendo o foco da termodinâmica para a
engenharia. Porém, como ciência, a termodinâmica agora se estende a todas as formas de
conversões de energia, incluindo as que envolvem os organismos vivos.

Os primeiros seres humanos aprenderam a usar o calor das fogueiras para se aquecer e
cozinhar os alimentos. Assim procedendo, eles transformavam a energia do calor em energia
térmica.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Compreender o funcionamento de máquinas térmicas com base em princípios


termodinâmicos.

1.1.2. Específicos

 Identificar os tipos de máquinas térmicas


 Conceituar cada máquina térmica;
 Identificar os processos termodinâmicos das máquinas térmicas.
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2. Fundamentação Teórica

2.1. Termodinâmica

A termodinâmica é o ramo da física que estuda as transformações de energia. Muitos


dispositivos práticos são projetados para transformar energia de uma forma, como o calor
proveniente da queima do combustível, em outra, como trabalho.

Corolário: As leis da termodinâmica às quais qualquer dispositivo deste tipo deve satisfazer:

PRIMEIRA LEI A energia é conservada, ou seja, Δ U term=W +Q

SEGUNDA LEI A maioria dos processos macroscópicos é irreversível. Em especial, a


energia térmica é transferida espontaneamente de um sistema mais quente para um mais frio,
mas nunca de um sistema mais frio para um sistema mais quente.

Em mecânica, “trabalho” significa o trabalho realizado sobre um sistema por uma força
externa. Entretanto, na termodinâmica prática, é útil mudar o sentido e falar do trabalho
realizado pelo sistema sobre a vizinhança.

2.1.1. Processos cíclicos e sistemas isolados

Vale a pena mencionarmos dois casos especiais da primeira lei da termodinâmica. Uma
sucessão de etapas que, finalmente, fazem o sistema retornar ao seu estado inicial, denomina-
se processo cíclico. Em tal processo, o estado inicial é idêntico ao final, e a variação total da
energia interna deve ser igual a zero.

No entanto, W =Q

Se um trabalho total W for realizado pelo sistema durante esse processo, uma quantidade de
energia igual deve ser transferida para o interior do sistema sob forma de calor Q .

outro caso especial da primeira lei ocorre em um sistema isolado, aquele que não troca nem
calor trabalho com suas vizinhanças. Em qualquer processo termodinâmico que ocorre em um
sistema isolado,

W =Q=0

2.1.2. Tipos de processos termodinâmicos

Resumidamente, podemos dizer que essas transformações são o processo adiabático, que “não
envolve troca de calor”; o processo isocórico, que “mantém o volume constante”; o processo
isobárico, que “mantém a pressão constante”; e o processo isotérmico, que “mantém a
temperatura constante”.
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2.1.2.1. Processo adiabático

Um processo adiabático é aquele no qual não ocorre transferência de calor nem para dentro,
nem para fora do sistema; Q=0. Podemos impedir a transferência de calor fechando o sistema
com um material isolante ou realizando o processo tão rapidamente que não haja tempo
suficiente para ocorrer um fluxo de calor apreciável. Pela primeira lei da termodinâmica,
verificamos que, em qualquer processo adiabático,

U 2−U 1=DU =−W

Quando um sistema se expande adiabaticamente, W é positivo (o sistema realiza trabalho


sobre as vizinhanças); logo, DU é negativa e a energia interna diminui. Quando um sistema é
comprimido adiabaticamente, W é negativo (o trabalho é realizado sobre o sistema pelas
vizinhanças); logo, U aumenta. Em muitos sistemas (mas não todos), um aumento de energia
interna é acompanhado de um aumento na temperatura, e uma diminuição na energia interna é
acompanhada de uma queda na temperatura.

Nota: A fase de compressão em um motor de combustão interna é aproximadamente um


processo adiabático. A temperatura da mistura de ar e combustível sobe à medida que ela é
comprimida no cilindro. A expansão do combustível queimado durante a fase da produção de
trabalho também é aproximadamente um processo adiabático, com uma diminuição da
temperatura.

2.1.2.2. Processo isocórico

Um processo isocórico é um processo a volume constante. Quando o volume de um sistema


termodinâmico permanece constante, ele não realiza trabalho sobre as vizinhanças. Logo,
W =0 e,

U 2−U 1=DU =Q

Em um processo isocórico, toda energia adicionada sob forma de calor permanece no interior
do sistema, contribuindo para o aumento da energia interna. O aquecimento de certo gás em
um recipiente cujo volume é mantido constante é um exemplo de processo isocórico. (Note
que existem alguns tipos de trabalho que não envolvem variação de volume. Por exemplo,
podemos realizar trabalho sobre um fluido agitando-o.

2.1.2.3. Processo isobárico

Um processo isobárico é um processo à pressão constante. Em geral, nenhuma das três


grandezas DU ,Q e W é igual a zero em um processo isobárico;
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No entanto, dw=d ( pv )

2.1.2.4. Processo isotérmico

Um processo isotérmico é um processo à temperatura constante. Para um processo ser


isotérmico, é necessário que a transferência de calor para dentro ou para fora do sistema seja
suficientemente lenta, possibilitando que o sistema permaneça em equilíbrio térmico. Em
geral, nenhuma das três grandezas, DU ,Q e W , é igual a zero em um processo isotérmico.

Em alguns casos especiais, a energia interna do sistema depende apenas de sua temperatura, e
não do volume ou da pressão. O sistema mais conhecido que goza dessa propriedade especial
é um gás ideal.

2.1.2.5. Gráfico dos 4 processos

2.2. Máquinas térmicas

O primeiro dispositivo prático para transformar calor em trabalho foi a máquina a vapor,
símbolo da Revolução Industrial. Uma máquina a vapor ferve água para obter vapor a alta
pressão e, depois, usa o vapor para empurrar o pistão e realizar trabalho. O século XIX e o
século XX testemunharam o desenvolvimento da turbina a vapor, do motor a gasolina, do
motor a jato e de outros dispositivos que transformam o calor da queima de combustíveis em
trabalho útil. Esses são os dispositivos que movem nossa sociedade moderna.

“Máquina térmica” é o termo genérico que se usa para qualquer dispositivo que, por meio de
um processo cíclico, transforma energia térmica em trabalho. A usina de energia e o motor de
um carro são exemplos de máquinas térmicas.

Por exemplo, em um processo típico, no qual uma usina de energia produz eletricidade, um
combustível – por exemplo, carvão –, é queimado e os gases produzidos a altas temperaturas
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são usados para converter água líquida em vapor. Esse vapor é direcionado para as lâminas de
uma turbina, colocando-a em rotação. A energia mecânica associada a essa rotação é usada
para acionar um gerador elétrico. Outro aparelho que pode ser modelado como uma máquina
térmica é o motor de combustão interna de um automóvel. Esse aparelho usa energia de um
combustível para realizar trabalho sobre pistões, que resulta no movimento do automóvel.

2.2.1. Máquina a vapor

O primeiro dispositivo que funcionava usando a força do vapor data do século I da era cristã.
Um estudioso de nome Heron, que viveu em Alexandria, Egito, deixou um esboço da primeira
“máquina térmica” de que se tem notícia, a eolípila. Essa máquina era uma esfera metálica,
oca, encaixada em um cano, através do qual recebia vapor de uma caldeira. Em suas laterais
encontravam-se dois canos em forma de L. O vapor entrava na esfera e saía pelos canos em L.
Isso provocava o movimento de rotação do dispositivo. Esse “motor” não realizava trabalho,
era apenas uma forma de se demonstrar a “força” do vapor.

No século XVIII, mais precisamente em 1712, Thomas Newcomen (1662-1729), nascido em


Dartmouth, Inglaterra, mecânico de profissão, aperfeiçoou uma máquina inventada por seu
sócio (Thomas Savery), que seria utilizada na drenagem de minas. Essa máquina foi instalada
com grande sucesso nas minas de carvão em Staffordshire, na Grã-Bretanha, e, por quase
cinquenta anos, foi utilizada para evitar a inundação das galerias subterrâneas da área. No
entanto, esse dispositivo tinha o inconveniente de gastar muito combustível, sendo usado
apenas quando os outros meios de drenagem não estavam em funcionamento.

Em 1765, coube ao engenheiro escocês James Watt (1736-1819) aperfeiçoar a máquina de


pistão de Thomas Newcomen, criando um dispositivo mais econômico e prático.

Essa nova máquina a vapor passou a substituir a força animal e humana no funcionamento das
máquinas industriais, deflagrando o período histórico denominado Revolução Industrial, que
transformou toda a estrutura social da Europa. Em 1830, após sua morte, funcionavam, só na
Inglaterra, mais de 10 000 máquinas a vapor. Em 1814, o inglês George Stephenson
encontrou outra utilidade para as máquinas térmicas de Watt: movimentar uma locomotiva,
revolucionando o transporte de pessoas e de bens produzidos pelas indústrias.

Na figura a baixo, podemos observar um esquema que representa uma das primeiras máquinas
térmicas idealizada por James Watt. A água aquecida na caldeira entrava em ebulição e o
vapor se expandia, provocando o movimento de um pistão que, acoplado a uma roda,
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desencadeava o movimento de um eixo. Ligadas a esse eixo, várias máquinas industriais


funcionavam e, assim, produziam os bens de consumo da época.

2.2.2. Motores de combustão interna

O Motor de Combustão Interna é um aparelho capaz de transformar diretamente a energia


térmica em energia mecânica.

Nos motores de combustão interna, a transformação de energia calorífera resultante da queima


ou da explosão de uma mistura de ar – combustível é feita no interior de um dos órgãos da
maquina, a câmara de explosão. Podem ser a gás, a gasolina, a álcool, a diesel, a metanol, a
benzina, etc. Desses todos, os mais usados são os a gasolina, álcool e diesel.

Os motores de combustão interna são baseados no princípio de que os gases se expandem


quando aquecidos. Controlando-se essa expansão dos gases, pode-se obter pressão, a qual será
utilizada para movimentar algum órgão da maquina, tendo-se assim a transformação da
energia calorífera do combustível em energia mecânica no órgão motor da maquina.

Nos motores a quatro tempos a álcool ou gasolina a produção de movimento começa pela
queima de combustível nas câmaras de combustão. Essas câmaras contêm um cilindro, duas
válvulas (uma de admissão e outra de escape) e uma vela de ignição. O pistão que se move no
interior do cilindro é acoplado à biela, que se articula com o virabrequim.

2.2.2.1. Ciclo de Otto


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1) Admissão da mistura: 1º tempo.

Abertura da válvula de admissão: enquanto o volume do gás aumenta, a pressão fica


praticamente constante - transformação isobárica (A → B);

2) Compressão da mistura: 2º tempo.

Enquanto o volume diminui, a pressão e a temperatura aumentam. Como o processo é muito


rápido, não há trocas de calor com o ambiente - transformação adiabática. (B → C);

3) Explosão da mistura: 3º tempo.

O volume do gás fica praticamente constante, e ocorre um grande aumento da temperatura e


da pressão - transformação isométrica (C → D); enquanto o volume aumenta, a pressão e a
temperatura diminuem - transformação adiabática (D → E);

4) Escape dos gases: 4º tempo.

Abertura da válvula de escape: o volume permanece o mesmo e a pressão diminui -


transformação isométrica (E → B); enquanto o volume diminui a pressão fica praticamente
constante – transformação isobárica (B → A).

2.2.2.2. Ciclo a diesel

O ciclo do motor a diesel é semelhante ao do motor a gasolina. A diferença mais importante é


que não existe combustível no cilindro no início do tempo de compressão. Um pouco antes do
início do tempo de potência, os injetores começam a injetar o combustível diretamente no
cilindro, com velocidade suficiente para manter a pressão constante durante a primeira parte
do tempo de potência. Em virtude da elevada temperatura resultante da compressão
adiabática, o combustível explode espontaneamente ao ser injetado; não é necessário usar
nenhuma vela de ignição.. Começando no ponto a, o ar é comprimido adiabaticamente até o
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ponto b, aquecido à pressão constante até o ponto c, expandido adiabaticamente até o ponto d
e resfriado a volume constante até o ponto a. Como não existe nenhum combustível no
cilindro durante a maior parte do tempo de compressão, não pode ocorrer pré-ignição; logo, a
razão de compressão r pode ser muito maior que a de um motor a gasolina. Isso faz a
eficiência aumentar e garante uma ignição confiável quando o combustível é injetado (por
causa da temperatura elevada atingida durante a compressão adiabática). Valores de r em
torno de 15 a 20 são normais; com esses valores e com γ=1,4 , a eficiência teórica de um ciclo
diesel idealizado é cerca de 0,65 até 0,70. Embora os motores a diesel sejam bastante
eficientes, eles precisam ser construídos com uma precisão muito maior que os motores a
gasolina, e seu sistema de injeção de combustível exige manutenção rigorosa.

2.2.2.3. Ciclo de Turbo-jatos


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2.2.3. Refrigeradores

Podemos dizer que um refrigerador é uma máquina térmica funcionando com um ciclo
invertido. Uma máquina térmica recebe calor de uma fonte quente e o rejeita para um local
mais frio. Um refrigerador faz exatamente o contrário: recebe calor de uma fonte fria (a parte
interna do refrigerador) e o transfere para uma fonte quente (geralmente o ar externo no local
onde o refrigerador se encontra). A máquina térmica fornece um trabalho mecânico líquido; o
refrigerador precisa receber um trabalho mecânico líquido.

2.2.3.1. A geladeira

Há evidências de que, desde muito cedo, os seres humanos que viviam em regiões muito frias
observaram que o resfriamento dos alimentos conseguia conservá-los por mais tempo. Com o
deslocamento das populações pelo mundo, esse conhecimento se espalhou. Porém, foi
somente no século XIX, precisamente em 1834, que Jacob Perkins patenteou um compressor
que podia solidificar a água, produzindo gelo artificialmente. A utilização desse compressor
possibilitou que algumas indústrias prosperassem, como as cervejarias. Os comerciantes de
carne agora podiam mandar seus produtos para os mais distantes países. No início do século
XX, em 1902, o americano Willis Carrier instalou em uma gráfica, na cidade de Nova York, o
primeiro aparelho de ar condicionado, que permitia resfriar e controlar a umidade do
ambiente. No início da década de 1920, surgiram nos Estados Unidos os primeiros
refrigeradores domésticos, que logo se popularizaram. Hoje, no Brasil, mais de 80% das
residências têm geladeira.

O funcionamento de uma geladeira baseia-se em um processo de transferência de calor de


uma fonte fria para uma quente. Esse processo não é espontâneo. É necessária uma energia
externa, em forma de trabalho (no compressor), para que essa transferência possa ocorrer. A
geladeira possui, portanto, uma fonte fria (o congelador) e outra quente (o radiador), que se
encontra na parte externa traseira, em forma de serpentina. O fluido operante usado é o fréon,
que vaporiza a baixa pressão no congelador e se condensa a alta pressão no radiador. O
mecanismo utilizado para reduzir a pressão no congelador é uma válvula; para aumentar a
pressão no radiador, o mecanismo é um compressor, muito parecido com aquele que Perkins
inventou. Observe que o fréon retira calor do interior da geladeira ao se vaporizar no
congelador e libera calor para o ambiente no radiador, quando se condensa ao ser comprimido
pelo compressor.
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As partes principais do mecanismo de uma


geladeira:

A. Compressor: o fréon entra no estado gasoso


com baixa pressão e sai com alta pressão, já
condensado.
B. Válvula: um tubo estreito (capilar) que
diminui a pressão do vapor.
C. Radiador: serpentina externa (localizada na
parte traseira) na qual o vapor se liquefaz,
liberando calor para o ambiente.
D. Congelador: o fréon no estado líquido se vaporiza ao absorver calor do interior da
geladeira.

Fonte: DOCA, 2012

Esta ilustração representa a esquematização de


uma máquina frigorífica. Espontaneamente, a
fonte fria não transfere energia para a fonte
quente. Assim, é necessário “forçar” essa
transferência pela realização de trabalho sobre o
sistema. A energia recebida pela fonte quente é a
soma da energia retirada da fonte fria co o trabalho realizado sobre a máquina.
Fonte: DOCA, 2012
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3. Conclusão

Máquina térmica é o termo genérico que se usa para qualquer dispositivo que, por meio de
um processo cíclico, transforma energia térmica em trabalho. A usina de energia e o motor de
um carro são exemplos de máquinas térmicas.

O primeiro dispositivo que funcionava usando a força do vapor data do século I da era cristã.
Um estudioso de nome Heron, que viveu em Alexandria, Egito, deixou um esboço da primeira
“máquina térmica” de que se tem notícia, a eolípila. Essa máquina era uma esfera metálica,
oca, encaixada em um cano, através do qual recebia vapor de uma caldeira. Em suas laterais
encontravam-se dois canos em forma de L. O vapor entrava na esfera e saía pelos canos em L.
Isso provocava o movimento de rotação do dispositivo. Esse “motor” não realizava trabalho,
era apenas uma forma de se demonstrar a “força” do vapor.

Em uma máquina idealizada por Watt, a água aquecida na caldeira entrava em ebulição e o
vapor se expandia, provocando o movimento de um pistão que, acoplado a uma roda,
desencadeava o movimento de um eixo. Ligadas a esse eixo, várias máquinas industriais
funcionavam e, assim, produziam os bens de consumo da época.
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Referência Bibliográfica

DOCA, Ricardo Helou; BISCUOLA, Gualter José; BÔAS, Newton Villas. Tópicos de
física, Saraiva S.A 2012.

YOUNG, Hugh D; FREEDMAN, Roger A. FÍSICA. Vol. II, 14a edição, Pearson Education
do Brasil, 2015.

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