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Engenharia Mecânica
Guia de Estudo:
Transferência de Calor 1
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Engenharia Mecânica
Transferência de Calor 1
Bibliografia:
- INCROPERA, F.Transferência de Calor e Massa. 3 ed. Rio de
Janeiro,Guanabara,1985
- KREITH,F. ;Bohn,M.S. . Princípios da Transmissão de Calor. 6 ed. São Paulo,
Editora Thomson Learning. 2003
- OSIZIK,M.Necati . Transferência de Calor : Um Texto Básico. Rio de Janeiro,
Guanabara, 1985
- ARAUJO,Celso. Transmissão de Calor. Rio de Janeiro: Ed.LTC. 1995
- BRAGA FILHO,Washington.Transmissão de Calor:Ed.Pioneira Thonsom
Leaning.2004
TABELAS DE ÍCONES
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impresso ou endereço de Internet.
2. Definições:
Calor: é energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura. Sempre que existir uma
diferença de temperatura em um meio ou entre meios ocorrerá transferência de calor.
T1 T2 T T
Transmissão de Calor: é a ciência que explica como ocorre a troca de energia através do
calor e com que taxa isso ocorre. Para isso faz uso da Termodinâmica ( 2º lei da
Termodinâmica: “é impossível um processo cujo único resultado seja a transferência liquida
de calor de uma região fria para uma mais quente) e de observações experimentais. Existem
três modos distintos de transmissão de calor: Condução, Convecção e Radiação.
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Fluxo de Calor: “é a quantidade de energia trocada por unidade de tempo e por unidade de
área perpendicular a direção de troca de calor” (Braga 2004), ocorre mediante um gradiente
de temperatura.
"A variação líquida de energia de um sistema é sempre igual à transferência líquida de energia
na forma de calor e trabalho".
"É impossível o processo cujo único resultado seja a transferência líquida de calor de uma
região fria para uma região quente".
temperatura em cada ponto da parede varia. Neste caso, dizemos que estamos no regime
transiente.
Este processo depende do tipo de material que conduz o calor. Metais são mais
condutores elétricos e térmicos (elétrons livres).
Materiais isolantes a transmissão de calor só ocorre por vibração das moléculas
prejudicado pelo fato de existir a presença de ar.
É baseada nas observações de Fourier (Jean Baptiste Joseph Fourier- 1768 a 1830 -
propôs esta lei em 1822): A lei de Fourier é fenomenológica, ou seja, foi desenvolvida a
partir da observação dos fenômenos da natureza em experimentos.
α : proporcional
É então introduzido a constante de Condutividade Térmica (quantidade de calor que
fluirá por unidade de tempo através de uma unidade de área).
onde,
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, fluxo de calor por condução na direção x por unidade de área( Kcal/h no sistema
métrico);
A, área da seção através da qual o calor flui por condução, medida perpendicularmente à
Tabela extraída de: BRAGA FILHO, Washington. Transmissão de Calor. São Paulo: Ed
Thomson, 2004.
( meio ambiente ) faz com que a superfície externa permaneça igual a T2.
separando as variáveis:
integrando:
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4.2. Convecção
Convecção refere-se à transferência de calor que irá ocorrer entre uma superfície e
um fluido em movimento ou estacionário quando eles estão em temperaturas diferentes.
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Definição: processo pelo qual a energia é transferida das porções quentes para as
porções frias de um fluido através da ação combinada de condução de calor,
armazenamento de energia e movimento de mistura. (convecção = condução + transporte
de massa). Exemplo: pulo na piscina após horas de sol.
3. Na medida que estas partículas passam para a região de alta velocidade, elas são
carreadas pelo fluxo transferindo calor para as partículas mais frias.
5- Radiação Térmica:
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Transferência de Calor que ocorre quando não há um meio físico entre os corpos.
Todas as superfícies a uma temperatura não nula emitem energia na forma de ondas
eletromagnéticas. Portanto, na ausência de um meio interveniente, há transferência de
calor por radiação entre duas superfícies que estejam com temperaturas diferentes. A
fonte mais comum de radiação é o sol.
Radiação Térmica é a energia emitida por toda matéria que se encontre a uma
temperatura não nula. Ocorre perfeitamente no vácuo, não havendo, portanto,
necessidade de um meio material para a colisão de partículas ou transferência de massa.
Todas as ondas têm um comprimento de onda característico, , e uma amplitude, A. A
freqüência, , de uma onda é o número de ciclos que passam por um ponto em um
segundo.
O corpo humano possui uma temperatura de cerca de 310 K e irradia basicamente
no infravermelho longo. Se a fotografia de uma pessoa for feita com uma câmera sensível
ao infravermelho, obtemos uma fotografia térmica. Um engenheiro está segurando um
fósforo aceso. A imagem é codificada em cores de modo a mostrar diferenças de
temperatura. Observe o branco e o vermelho escuro da chama e da palma da mão do
engenheiro (onde seus vasos sangüineos estão mais próximos à superfície) e o azul de seus
óculos frios. Esta fotografia em infra-vermelho demonstra que as imagens em infra-
vermelho mostram a energia em forma de calor e a sua distribuição.
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Corpo Negro:
Corpo negro ou irradiador ideal é um corpo que emite e absorve, a qualquer
temperatura, a máxima quantidade possível de radiação em qualquer comprimento de onda.
O irradiador ideal é um conceito teórico que estabelece um limite superior de radiação de
acordo com a segunda lei da termodinâmica. É um conceito teórico padrão com o qual as
características de radiação dos outros meios são comparadas.
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Onde:
Ec = poder de emissão de um corpo cinzento
En = poder de emissão de um corpo negro
Gustav Kirchhoff: em 1.859, mostrou que a energia emitida pelo corpo negro dependia
somente de sua temperatura e do comprimento da onda emitida.
Teoria de Planck: para ele a energia deveria ser descontinua e existente em forma de
pacotes mínimos, quantum, mais tarde batizado por Gilbert Lewis de fóton.
Teoria de Maxwell: a luz é uma onda eletromagnética, quanto mais intensa fosse a luz
incidente maior seria a energia fornecida aos elétrons.
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Josef Stefan: a energia emitida por um corpo quente(acima do zero absoluto) era
proporcional a quarta potência de sua temperatura.
O fluxo térmico radiante para uma superfície real é menor que o emitido por um
corpo negro à mesma temperatura.
Fator Forma:
como E1 = E2
a equação fica:
q"radiação Vizinhança
T1 q"Cond
T2 T00
Fluid
q"Conv
o
ΔV = variação de voltagem
R = resistência
I = corrente
Da lei de Fourier
q"
T1 T2
ΔT
No caso de se ter duas placas de materiais diferentes justapostas á outra, isso será
equivalente a se ter uma resistência em série. A resistência térmica equivalente é igual a
soma das outras duas.
k1 k2 k3
T1
T2
T3 .
q
T4
L1 L2 L3
Figura 15 – Resistência
Resistência em Série:
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Resistência em Paralelo:
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Substituindo as equações:
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A = 4 π r2
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Resistência de convecção:
9- Aletas:
Para se melhorar uma troca de calor pode-se agir de três maneiras, pode-se aumentar
h, As ou a diferença de temperatura. Para aumentar h (coeficiente de convecção) é
necessário trocar o fluido, às vezes isso é impossível. Aumentar a diferença de temperatura
é necessário resfriar o fluido, atitude normalmente cara. A única solução plausível é
aumentar a superfície de troca de calor, com o uso de aletas) (Figura 16)..
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Figura 16 – Aletas
(eq. 1)
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(eq.2)
onde C1 e C2 são constantes para serem determinadas através das condições de contorno
De acordo com a segunda condição de contorno, que depende das condições adotadas,
teremos três casos básicos :
(eq: 3)
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( eq. 4 )
Como o calor transferido por condução através da base da aleta deve ser transferido por
convecção da superfície para o fluido, temos :
( eq. 5 )
( eq. 6)
Caso (b) ® Barra de comprimento finito, com perda de calor pela extremidade
desprezível
( eq. 7 )
( eq. 8 )
( eq. 9 )
( eq. 10 )
Caso (c) ® Barra de comprimento finito, com perda de calor por convecção pela
extremidade
TIPOS DE ALETAS
Vários tipos de aletas estão presentes nas mais diversas aplicações industriais. A seguir
veremos alguns dos tipos mais encontrados industrialmente.
( eq. 11 )
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Neste caso, temos uma aleta de seção triangular mostrada na figura 19. Aletas de
seção parabólica, trapezoidal, etc, também são comuns. O cálculo do coeficiente m pode
ser feito de modo similar ao caso anterior, considerando uma área transversal média.
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· Aletas Curvas
· Aletas Pino
Em certas aplicações aletas tipo pino são necessárias para não prejudicar
demasiadamente o coeficiente de película. A figura 14 mostra uma aleta pino de seção
circular. Neste caso o cálculo do coeficiente m é feito assim :
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Consideremos uma superfície base sobre a qual estão fixadas aletas de seção
transversal uniforme, como mostra a figura 22. As aletas tem espessura e, altura l e
largura b. A superfície base está na temperatura T s maior que a temperatura ambiente
T¥.
Figura 22
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temperatura Ts é da base da aleta, pois à medida que a aleta perde calor, a sua
relação ao fluido.
Por este motivo , calculado com o potencial (Ts- T¥), deve ser corrigido, multiplicando
este valor pela eficiência da aleta ( h ). A eficiência da aleta pode ser definida assim :
Portanto,
Da equação 6.18 obtemos o fluxo de calor trocado pela área das aletas :
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O fluxo de calor em uma aleta cuja troca de calor pela extremidade é desprezível é
obtido através da equação 6.10, obtida anteriormente :
q. 6.20 )
O coeficiente da aleta ( m ) pode ser introduzido na eq. 6.22 para dar a expressão
final da eficiência da aleta :
De volta à equação, o fluxo de calor trocado em uma superfície aletada por ser
calculado assim :
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10- Convecção:
Um fluído é capaz de resistir qualquer tensão de cisalhante nele imposta. Ele pode
entrar em movimento pela diferença de massa específica (empuxo) ou por diferenças de
pressão. Convecção baseada em empuxos são chamadas de Convecção Livre ou Natural, a
convecção promovida por diferenças de pressão é chamada de Convecção Forçada.
onde,
¨ região de alta velocidade è a mistura entre o fluido mais quente e o mais frio
contribui substancialmente para a transferência de calor
- Dimensão Característica ( D )
: densidade do fluido;
V : velocidade do fluido;
g : aceleração da gravidade;
Uma fórmula que levasse em conta todos estes parâmetros seria extremamente
complexa. O problema é, então, contornado dividindo-se o estudo em casos particulares.
Por exemplo, o estudo da convecção em gases pode ser subdividido assim :
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Para cada caso particular são obtidas equações empíricas através da técnica de
análise dimensional combinada com experiências, onde os coeficientes de película são
calculados a partir de equações empíricas obtidas correlacionando-se os dados
experimentais com o auxílio da análise dimensional.
diâmetro e altura D ( p/ Gr.Pr < 108 ). Neste caso, usamos a seguinte equação :
C e m são constantes de acordo com a tabela, e também pode ser adotada para gases em
escoamento sobre cilindros com seção reta ou não circular.
ReD C m
0,4 –7 0,989 0,330
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4 – 40 0,911 0,385
40 – 4.000 0,683 0,466
4.000 – 40.000 0,193 0,618
40.000 – 400.000 0,027 0,805
ReD C m
1 – 40 0,75 0,4
40 – 1000 0,51 0,5
103 – 2 x 105 0,26 0,6
2 x 105 - 106 0,076 0,7