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2o semestre/2016
versão 1.5
primeira versão: 2005
Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 2
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
____________________________
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 3
Breve Biografia
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 4
AULA 1 - APRESENTAÇÃO
1.1. INTRODUÇÃO
frasco
t
T f Tambiente T f TG
inicial final
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 5
De uma forma geral, toda vez que houver gradientes ou diferenças finitas de
temperatura ocorrerá também uma transferência de calor. A transferência de calor pode
se dar no interior de um corpo ou sistema ou na interface da superfície deste corpo e um
meio fluido.
qc
condensador
compressor válvula
wc evaporador
qe
TERMIDINÂMICA: 1ª Lei: wc qe qc . Permite conhecer ou estabelecer o trabalho
e os fluxos de calor envolvidos, mas não permite dimensionar os equipamentos
(tamanho e diâmetro das serpentinas do condensador e do evaporador, por exemplo),
apenas lida com as formas de energia envolvidas e o desempenho do equipamento,
como o COP:
q
COP e
wc
T1 . . T2
qx
sólido
dT
qx A
dx
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 7
Para T2 T1
T
T2
T
x
T1
x1 x2 x
qx 0 (pois o fluxo de calor flui da região de maior para a de menor temperatura. Está,
portanto, fluindo em sentido contrário a orientação de x)
T 0 T
Além disso, do esquema; 0 , daí tem-se que o gradiente também será
x 0 x
positivo, isto é:
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 8
dT
0 mas, como k 0 (sempre), e A 0 (sempre), concluí-se que,
dx
então, é preciso inserir o sinal negativo (-) na expressão da condução de calor (Lei de
Fourier) para manter a convenção de que qx 0
Se as temperaturas forem invertidas, isto é, T1 T2 , conforme próximo esquema, a
equação da condução também exige que o sinal de (-) seja usado (verifique!!)
q A(TS T )
q hA(TS T )
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 9
onde:
A : Área de troca de calor;
TS : Temperatura da superfície;
T : Temperatura do fluido ao longe.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 10
CONDUÇÃO DE CALOR
T
qk , onde A é a área perpendicular à direção do fluxo de calor e k é a
x
condutividade térmica do material.
A
q
k qT k W
k W
ou
W
m o C
A
o
C m.K
m2
x m
Sendo:
k: propriedade (de transporte) do material que pode ser facilmente determinada de forma
experimental. Valores tabelados de diversos materiais se encontram na seção de
apêndice do livro-texto.
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7
Pontos de medição de
temperatura
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 11
Gases
k T
Líquidos
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 12
Sólidos
Balanço de energia em um
volume de controle elementar
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 13
Sejam os termos:
Direção x
T T
q x k x dy dz -k x dA
x x
Direção y
T
q y k y dx dz
y
T T
qykdDireção
xz z qzkdxy
y y
T
qz k z dx dy
z
E G q 'G'' dx dy dz
U u T
E ar m dx dy dz c
t t t
q
Direção x: qxdxdx q x dx q x q x dx 0(dx 2 )
x x
q y
Direção y: q y dy q y dy
y
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 14
q z
Direção z: q z dz q z dz
z
T q q y q
q x q y q z qG''' dxdydz cdxdydz q x x dx q y dy q z z dz
t x y z
+ ordem superior
simplificando os termos q x , q y e q z , vem:
T q x q y q
qG''' dxdydz cdxdydz dx dy z dz,
t x y z
T T T T
qG''' dxdydz cdxdydz k x dxdydz k y dxdydz k z dxdydz
t x x y y z z
T T T T
kx k y k z qG'" c
x x y y z z t
Essa é a equação geral da condução de calor. Não existe uma solução geral analítica
para a mesma, porque se trata de um problema que depende das condições inicial e de
contorno. Por isso, ela é geralmente resolvida para diversos casos que dependem da
geometria do problema, do tipo (regime permanente) que perfazem as condições de
contorno e inicial. Evidentemente, procura-se uma solução do tipo: T T ( x, y, z, t ) . A
seguir são apresentados alguns casos básicos.
Casos:
kx k y kz k
2T 2T 2T q'g'' 1 T
2
x
y
z 2 2 k t
2T
onde,
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 15
k
=
c é conhecida como difusibilidade ou difusividade térmica, cuja unidade no SI é:
W
k m K W m² s m²
c kg J J s s
m 3 kg K
Essa equação ainda pode ser escrita em notação mais sintética da seguinte forma:
qG''' 1 T
2T
k t
onde:
2 2 2
2 é o operador matemático chamado de Laplaciano no
x 2 y 2 z 2
sistema cartesiano de coordenadas.
Esta última forma de escrever a equação da condução de calor é preferível, pois,
embora ela tenha sido deduzida acima para o sistema cartesiano de coordenadas, a
formulação simbólica do laplaciano independe do sistema de coordenadas adotado.
Caso haja interesse em usar outros sistemas de coordenadas, basta substituir o
Laplaciano do sistema de interesse, como exemplificado abaixo,
1 1 2 2
- Cilíndrico: 2 r
r r r r 2 2 z 2
1 2 1 1 2
- Esférico: 2 r sen
r 2 r r r 2 sen r 2 sen 2 2
1 T
2T
t (Eq. de Fourier)
T
C) Regime permanente (ou estacionário) e k uniforme e constante, 0
t
qG'''
T 0
2
(Eq. de Poisson)
k
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 16
Para resolver esse caso, vamos partir da equação geral da condução de calor, deduzida
na aula anterior, isto é:
q ''' 1 T
2T G
k t
d 2T
Assim, com essas condições, vem que 0 , e a solução procurada é do tipo T(x).
x 2
dT
Para resolver essa equação considere a seguinte mudança de variáveis:
dx
d
Logo, substituindo na equação, vem que 0
dx
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 17
d C , ou seja: C
1 1
dT dT
Mas, como foi definido C1
dx dx
Integrando a equação mais uma vez, vem:
Para se obter as constantes C1 e C2, deve-se aplicar as condições de contorno que, nesse
exemplo, são dadas pelas temperaturas superficiais das duas faces. Em termos
matemáticos isso quer dizer que
(A) em x = 0 T T1
(B) e em x = L T T2
De (A): C2 T1
T2 T1
e de (B): T2 C1 L T1 C1
L
Assim, x
T ( x) (T2 T1) T1
L
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 18
qG''' 1 T
A equação geral é da forma 2T
k t
1 T 1 2T 2T qG''' 1 T
r
r r r r 2 2 z 2 k t
Introduzindo as simplificações:
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 19
d dT
r 0 , onde a solução procurada é do tipo T T (r )
dr dr
Solução:
dT dT
d r dr dr 0dr C 1 r
dr
C1
dr
dT C 1
r
C2
T r C1 ln(r ) C2
(A) r ri T Ti Ti C1 ln(ri ) C2
(B) r re T Te Te C1 ln( re ) C2
ri T T
Fazendo-se (A) – (B), temos que Ti Te C1 ln , ou C1 i e
re r
ln i
re
Ti Te
T r
r
ln Te
ri re
ln
re
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 20
T
Ti Lei logarítmica
Te
ri re
raio
dT
O fluxo de calor é obtido por meio da Lei de Fourier, isto é, qk
dr
Atenção a esse ponto, a área A é a área perpendicular ao fluxo de calor e não a área da
seção transversal. Portanto, trata-se da área da “casquinha” cilíndrica ilustrada abaixo.
d
q k 2rL [C1 ln( r ) C 2 ]
dr
ou, efetuando a derivação, temos:
1
q 2kLrC1
r
ou, ainda: q 2kLC1
q 2kL
Te Ti
Substituindo, C1 : r (W)
ln i
re
q 2kL (Te Ti )
q ''
A 2rL ri
ln
re
k (Te Ti )
q ''
r ri
W m2
ln
re
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 21
Para resolver de forma rápida e simples este problema, note que o fluxo de calor q é o
mesmo que atravessa todas as paredes. Assim, para cada parede pode-se escrever as
seguintes equações:
(T1 T2 ) qL1
- parede 1: q k1 A T1 T2
L1 k1 A
(T2 T3 ) qL2
- parede 2: q k2 A T2 T3
L2 k2 A
(T3 T4 ) qL3
- parede 3: q k3 A T3 T4
L3 k3 A
ANALOGIA ELÉTRICA
Nota-se que existe uma analogia elétrica perfeita entre fenômenos elétricos e térmicos
de condução de calor, fazendo a seguinte correspondência:
iq
U T
RÔHMICO RTÉRMICO
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 22
q
Por meio de analogia elétrica, configurações mais complexas (em série e paralelo) de
paredes podem ser resolvidas.
Quando as superfícies de dois sólidos são colocadas em contato para formar uma parede
composta, a região interfacial entre eles pode ter uma resistência térmica de contato,
��," , devido ao fato de que não existe uma contato “perfeito” entre as duas superfícies,
como ilustrado abaixo, devido à rugosidade superficial. A transferência de calor se dará
por condução nos pontos de contato dos picos das rugosidades e pela condução através
do fluido que preenche o espaço entre as superfícies. Radiação térmica também pode
estar presente.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 23
� − �
��," =
��"
Geração interna de calor pode resultar da conversão de uma forma de energia em calor.
P RI 2 (W)
Onde: P : potência elétrica transformada em fluxo de calor por efeito Joule (W)
R : resistência ôhmica ( )
I : corrente elétrica (A)
''' P
Em termos volumétricos, qG ''' (W / m3 ) , qG (W/m3), onde V : volume onde o
V
calor é gerado.
2. Geração de calor devido a uma reação química exotérmica (qG ''' 0) como, por
exemplo, o calor liberado durante a cura de resinas e concreto. Já, no caso de uma
reação endotérmica, qG ''' 0 .
3. Outras formas tais de geração de calor devido à absorção de radiação, nêutrons, etc...
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 24
Parede (placa) plana com geração de calor uniforme (resistência elétrica plana).
b L
i
T1
2b
2L
T2
Equação geral
qG
'''
1 T , T
2T sendo que 0 (regime permanente)
k t t
'''
qG
2T 0 T T (x)
k
Condições de contorno:
(1) x L T T1
(2) xL T T2
Solução
dT
Seja a seguinte mudança de variável (apenas por conveniência): ,
dx
'''
Então d qG
dx k
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 25
Integrando novamente:
'''
qG x 2
T ( x) C1 x C2
2k
Condições de contorno
'''
q G L2
(1) T1 C1 L C 2 - temperatura da face esquerda conhecida
2k
'''
q L2
(2) T2 G C1 L C 2 - temperatura da face direita conhecida
2k
T2 T1
Substituindo em (1) ou (2), tem-se C1
2L
q G ''' ( L2 x 2 ) x T1 T2
T ( x) (T2 T1 )
2k 2L 2
CASOS:
'''
qG ( L2 x 2 )
T ( x) TS
2k
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 26
dT
Também poderia se chegar a essa expressão usando 0
dx
'''
qG L2
TMÁX TC TS
2k
dT
q kA ou, o fluxo de calor por unidade de área,
dx
q dT
q '' k , substituindo a distribuição de temperaturas, vem:
A dx
d qG''' ( L x )
2 2
q'' k TS ,
dx 2k
'''
q '' xqG
ou, simplesmente:
Dessa forma, o plano central age como o caso de uma parede adiabática, q '' 0
(B) Nesse caso, suponha que a temperatura de uma das faces seja maior: Por exemplo,
T1 T2 , como ilustrado abaixo a seguir.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 27
dT
k 0 ou
dx xmáx
d qG x T1 T2
'''
' ''
qG (T T1 )
x máx 2 0
k 2L
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 28
1 T 1 2T 2T
2T r
r r r r 2 2 z 2
Hipóteses adicionais
2
- simetria radial: 0 (não há influência da posição angular numa seção
2
transversal, pois há simetria radial)
2
- o tubo é muito longo: 0 (não há efeitos de borda na direção axial)
z 2
'''
dT qG
'''
dT q r2
d r dr k rdr C1 , ou, ainda: r
dr
G
2k
C1
'''
qG r 2
T (r ) C1 ln r C2
4k
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 29
Isso implica dizer que o fluxo de calor é nulo na linha central e, como decorrência,
também pode-se afirmar que a máxima temperatura Tmáx ocorre nessa linha.
q ''' r C
lim G 1 0
2k
r 0 r
'''
'''
q r2 q r2
TS G C2 ou, C2 TS G 0
4k 4k
'''
T
4k
r0 r 2 TS
qG 2
qG '''r02
Sendo, Tmáx TS
4k
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 30
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Considere um tubo cilíndrico longo revestido de isolamento térmico perfeito do lado
externo. Sua superfície interna é mantida a uma temperatura constante igual a Ti .
Solução:
Condições de contorno:
dT
(2) 0 (fluxo de calor nulo na superfície)
dr re
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 31
qG re ri
''' 2
q G re2 ''' 2
C1 ; C2 Ti 2 ln( ri )
2k 4k re
Assim,
q G re2
'''
ri 2 r 2 r
T (r ) 2
2 ln Ti
4k re ri
O fluxo de calor é:
dT
q kA
dr
d
q k (2 rL) T (r )
dr
Após substituir a distribuição de temperaturas e efetuar da derivada, vem:
q
L
qG re2 ri 2
'''
(W/m)
A temperatura máxima é:
Tmáx Te
qG re2 ri 2 re2 re
'''
Tmáx Te 2 ln Ti
4k re2 ri
Solução:
Calor gerado por unidade de volume, isto é, a potência elétrica dissipada no volume.
U2 L
P Ri 2 ; R
R A
70 10 m
8
D2 (3,2 103 )2
L 0,3m , A 8,0425 10 6 m2
4 4
8
70 10 0,3
R 2,6111 10 2
8,0425 10 6
100
P 3,830kW
2,6111 10 2
P 3,83 10 3 3,83 10 3
qG
V A L 8,0425 10 6 0,3
W
qG 1,587 10 9 3
m
P
P hA(TP T ) TP T
hA
3,83 103
TP 95
10 10 (3,2 103 ) 0,3
3
TP 222o C
q r 2
Tc TP G o
4k
1,587 109 (1,6 103 ) 2
Tc 222
4 22,5
Tc 267o C
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 33
- paredes planas
T1 T2 L
q R
R kA
- circuito elétrico
- paredes compostas
- Circuito elétrico
Ainda,
onde
1 1 1 1
R// R2 R3 R4
REQ R1 R// R5
T1 T2
q
REQ
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 34
- Tubo cilíndrico
ln e
r
T Te
R i
r
q i ;
R 2kL
- Circuito elétrico
Req Ri
r
ln i 1
Req i
r
2k i L
r r
ln 2 ln 3
R1 1 R2 2
r r
2k1L 2k2 L
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 35
Por indução, como deve ser a resistência térmica devido à convecção de calor?
Tp T
q hA(Tp T ) e q
1
hA
1
onde, é a resistência térmica de convecção
hA
- Circuito elétrico
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 36
Fluxo de
Circuito Elétrico Transferência Resistências Térmicas
de calor
Parede plana
T1 T2 L
q R
R kA
Paredes compostas
REQ R1 R// R5
T T
q 1 2 1 1 1 1
REQ
R// R2 R3 R4
Tubo cilíndrico
ln e
r
T Te
q i
R i
r
R
2kL
Tubo cilíndrico
composto
r
T Te ln i 1
q i
Req i
r
REQ
2k i L
Convecção em tubo
cilíndrico
ln e
Ti Te r
q 1
Req i
r
REQ
2kL hA
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 37
q UATtotal
- parede plana
1 L 1
R
h1 A kA h2 A
T
q UAT
R
1 1
UA ou U
R RA
Logo,
1
U
1 L 1
h1 k h2
- tubo cilíndrico
U e Ae Ttotal Ui Ai Ttotal
Logo, U e Ae U i Ai
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 38
1
Ui
Ai ln re r
i
A
i
2kL Ae he
As tubulações que transportam fluidos aquecidos (ou frios) devem ser isoladas do meio
ambiente a fim de restringir a perda (ou ganho) de calor do fluido, que implica em
custos e ineficiências. Aparentemente, alguém poderia supor que a instalação pura e
simples de camadas de isolantes térmicos seria suficiente. Entretanto, um estudo mais
pormenorizado mostrará a necessidade de se estabelecer um critério para realizar esta
operação.
Como visto, o fluxo de calor é
Ti T
q
ln ri
re
1
2kL 2Lre h
2L(Ti T )
ou, q
ln
re
ri 1
k re h
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 39
dq 2L(Ti T ) 1 1
0 k .r 2
dre
ln re r
1
2
e h.re
i
k re h
Assim,
1 1
2 rcrit
k
kre hre h
k
Se o raio crítico de isolamento for originalmente menor que a transferência de calor
h
será aumentada pelo acréscimo de camadas de isolamento até a espessura dada pelo raio
crítico – conforme tendência do gráfico. Neste caso, ter-se-ia o efeito oposto ao
desejado de diminuir o fluxo de calor. Por outro lado, se originalmente a espessura de
isolamento for maior que a do raio crítico, adições sucessivas de camadas isolantes vão
de fato diminuir a perda de calor.
Para exemplificar, considere um valor do coeficiente de transferência de calor por
W
convecção de h = 7 (convecção natural). A tabela a seguir indica os raios críticos
m 2 oC
de isolamento para alguns isolantes térmicos.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 40
Da lei de resfriamento de Newton, vem que o fluxo de calor trocado é dado por
q hATs T , onde h é o coeficiente de transferência de calor por convecção, A é a
área de troca de calor e Ts e T∞ são as temperaturas da superfície do fluido (ao longe).
Por uma simples análise, sabe-se que a transferência de calor pode ser melhorada, por
exemplo, aumentando-se a velocidade do fluido em relação à superfície. Com isso,
aumenta-se o valor do coeficiente de transferência de calor h e, por conseguinte, o
fluxo de calor trocado, como dado pela expressão de Newton. Porém, há um preço a
pagar e este preço é o fato que vai se exigir a utilização de equipamentos de maior porte
para movimentação do fluido, ou seja, maiores ventiladores (ar) ou bombas (líquidos).
Uma forma muito empregada de se aumentar a taxa de transferência de calor consiste
em aumentar a superfície de troca de calor com o emprego de aletas, como as ilustradas
abaixo.
Assim, o emprego das aletas permite uma melhora da transferência de calor pelo
aumento da área exposta ou de contato entre a superfície aquecida e o fluido.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 41
TIPOS DE ALETAS
Figura 1– Diferentes tipos de superfícies aletadas, de acordo com Kreith e Bohn. (a)
aleta longitudinal de perfil retangular; (b) tubo cilíndrico com aletas de perfil
retangular; (c) aleta longitudinal de perfil trapezoidal; (d) aleta longitudinal de perfil
parabólico; (e) tubo cilíndrico equipado com aleta radial; (f) tubo cilíndrico equipado
com aleta radial com perfil cônico truncado; (g) pino cilíndrico; (h) pino cônico
truncado; (i) pino parabólico.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 42
Volume de controle
elementar, C
Hipóteses:
- regime permanente;
- temperatura uniforme na seção transversal;
- propriedades constantes.
Balanço de energia
I II III
fluxo de calor que entra fluxo de calor que que deixa fluxo de calor que que sai
no V .C. p / condução o V .C. p / condução do V .C. p / convecção
dT
(I) qx kAx
dx
dq
(II) qx dx qx x dx o(dx 2 ) expansão em serie de Taylor
dx
(III) qc hAL ( T T )
qc hPdx(T T )
d dT
k A hP(T T ) 0
dx dx
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 43
Sendo T T d dT
d d hP
A 0 Esta é a equação geral da Aleta
dx dx k
d 2 hP
m2 0 , m2
d 2 kA
A solução é do tipo: ,
( x) c1e mx c2 e mx
Essa solução provém do polinômio característico, o qual possui duas raízes reais e
distintas (m e –m) . Veja a seção “ lembrete de cálculo” abaixo.
1a Condição de Contorno
T (0) Tb
para x 0
(0) b Tb T
b c1e0 c2e0
c1 c2 b
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 44
LEMBRETE DE CÁLCULO
d2y dy
2
b cy 0
dx dx
Assume-se que y e nx
m 2 e nx bmenx ce nx e nx
Daí, obtém-se o polinômio característico
n 2 bn c 0
y c1e n1x c2 e n2 x
b 4c b 2
Onde, p ; q
2 2
x T T ou 0
Assim,
0 lim c1e mx c2 e mx
x
c1 0 c2 b
De forma que, a distribuição de temperaturas nesse caso é:
hP
( x) x
kA
( x) b e mx
e
b
hP
x
( x ) T ( x ) T kA
e
b Tb T
(2) qaleta hP(T T )dx (o fluxo de calor total transferido é a integral do
0
fluxo de calor convectivo ao longo de toda a superfície da aleta)
dT d
q aleta kAb kAb
dx x 0 dx x 0
Mas, Ab A cte
qaleta kA
d
dx
bemx kAb (m)emx x0
hP
qaleta kAb
kA
qaleta b hPkA ou qaleta hPkA(Tb T )
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 46
qaleta hP dx ; P cte
0
qaleta hP be mx dx
0
q aleta hP b lim
0
e mx
e mx dx hP b lim
m
hP b
m
lim e m 1
m
hP b
hPkA b
0
d
dT
dx
0
dx
(extremidade adiabática), ou
d
dx
c1emx c2emx 0
x L x L
bemL
De onde, se obtém, c2
emL e mL
c1 c2
Ou
e m( L x ) e m( L x ) / 2
b emL emL / 2 ou
( x ) T ( x ) T coshm( L x )
b T ( x ) Tb coshmL
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 47
kA b senh(mL)
(m)
cosh(mL)
kAb m tgh(mL)
q b hPkA tgh(mL)
Caso realista.
Condição de contorno na extremidade:
dT
em xL k h(TL T ) condução na extremidade = convecção
dx x L
Distribuição de temperaturas
( x ) T ( x ) T coshm( L x ) h mk senhm( L x )
b
T ( x ) Tb
cosh mL h
mk
senh( mL )
Fluxo de calor
mk conh( mL )
senh( mL ) h
cosh( mL ) h senh( mL )
q hPkA( Tb T )
mk
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 48
Condição de
Caso contorno na Distribuição de Temperatura Fluxo de Calor
extremidade
�=�
hP
( x) T ( x) T x
kA qaleta hPkA( Tb T )
a Aleta muito e
longa b Tb T
Extremidade ( x) T ( x) T coshm( L x)
q ( Tb T ) hPkA tgh( mL )
b adiabática b T ( x) Tb coshmL
Convecção na h
( x) T ( x) T coshm( L x) mk senhm( L x) mk conh(mL)
senh(mL) h
c extremidade b
T ( x) Tb
cosh mL h
mk
senh(mL) q hPkA(Tb T )
cosh(mL) h senh(mL)
(caso real) mk
ℎ�
�=√
��
b
t
L t/2
Lc=L+t/2
Lc L t / 2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 49
A teoria desenvolvida na aula anterior é bastante útil para uma análise em detalhes para
o projeto de novas configurações e geometrias de aletas. Para alguns casos simples,
existem soluções analíticas, como foi o do caso estudado da aleta de seção transversal
constante. Seções geométricas irregulares ou que envolvem condições de contorno mais
complexas podem ser resolvidas mediante solução numérica da equação diferencial
geral da aleta. Porém, existe um método de seleção de tipos de aletas baseado no
chamado método da eficiência da aleta. Sendo que a eficiência de aleta, A , é definida
por
q
qb= cte
qb
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 50
Da definição de eficiência de aleta, o fluxo de calor real transferido pela aleta, qA, pode
ser obtido por meio de qA A qmax , onde o máximo fluxo de calor transferido, qmax, é
aquele que ocorreria se a aleta estivesse toda à temperatura da base, isto é:
qmax hAaq b ,
q A a hAaqb
Note que a eficiência da aleta, a , selecionada sai de uma tabela, gráfico ou equação.
Na sequência deste texto há uma série de gráficos para alguns tipos de aletas.
(2) Deve-se usar um material de condutividade térmica elevado, tais como cobre e
alumínio, por razões que veremos adiante.
Exemplo de Aplicação
Solução
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 51
t 0,001 m
(5,5 2,5) t
L 0,01 0,015 m Lc L 0,0155 m
2 2
AP Lc t 0,0155 0,001 1,55 10 5 m 2 L3c 2 h kAP 1 2 0,01551,5 65 240 1,55 10 5
0,5
0,255
Para o uso do gráfico, precisamos ainda da razão entre o raio externo corrido e o raio
interno da aleta.
Admitindo que o passo das instalações da aleta é de 1 cm, qual deve ser o fluxo de calor
total transferido pelo tubo, se o mesmo for de 1 m de comprimento.
Solução
O tubo terá 100 aletas. O fluxo de calor trocado por aleta já é conhecido do cálculo
anterior. O fluxo de calor da porção de tubos sem aletas será:
O fluxo de calor trocado pelas 100 aletas será qca 100 17,5 1750 W
1750
qT q sa qca 344,6 1750 2094,5 W e % 100% 83,6%
2095
q a hAaq b
Área total da aleta
Eficiencia da aleta
(f da figura)
qb Tb T
base
Comentários:
Aleta triangular (y ~ x)
requer menos material
(volume) para uma mesma
dissipação de calor do que
a aleta retangular. Contudo,
a aleta de perfil parabólico
é a que tem melhor índice
Ap – área de seção transversal de aleta de dissipação de calor por
unidade de volume (q/V),
mais é apenas um pouco
Tipo Aa área total exposta da aleta superior ao perfil triangular
Retangular 2bLc e seu uso é raramente
b – largura da justificado em função de
Triangular
2b L2 ( L / 2) 2 1/ 2 aleta maior custo de produção.
1/ 2
Parabólica Lc = L-corrigido A aleta anular é usada em
2,05b L2 ( L / 2) 2 t = espessura
tubos.
Anular
2b r2c 2 r12
1/ 2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 53
Efetividade da Aleta
qaleta q
aleta
qs / aleta hAbq b
Ab, Tb
O fluxo de calor sem a aleta, q s/aleta, é o que ocorreria na base da aleta, conforme
ilustração acima. Como regra geral, justifica-se o caso de aletas para ε > 2.
tgh (mLc )
Nesse caso: A = Ab e, portanto,
hA / kP
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 54
Exemplos de Aplicação
L= 5cm
Solução:
tgh (mLc )
, com
hA / kP
h2r 2h 2h
mLc 3,24 h 0,05 0,01 / 2 , ou
hP
m 3,24 h e
kA kr 2
kr 19.0,01
hA hr 2 hr h.0,01
No denominador tem-se: 0,0162 h .
kP k 2r 2k 2.19
Substituindo estes dois resultados na expressão da efetividade, vem:
tgh (0,178 h )
0,0162 h
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 55
Comentário
hA
Caso (A) 1,31
kP
hA
Caso (B) 0,026
kP
hA
Caso (C) 0,00262
kP
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 56
Solução:
141,4
m
2h
2.100 141,4
e, portanto, mLc 0,05 0,01 / 2 7,76
kr k .0,01 k k k
hA hr 100.0,01 1
No denominador, agora temos:
kP 2k 2k 2k
2k tgh(7,76 / k )
Comentário:
O material da aleta é bastante importante no que tange a efetividade de uma aleta. Deve-
se procurar usar material de elevada condutividade térmica (cobre ou alumínio).
Geralmente, o material empregado é o alumínio por apresentar várias vantagens, tais
como:
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 57
Introdução
T 2
T1
T0
T0 T1 T(t)
Tempo t=0
T 2
T0
t
t
de aquecimento não são iguais. Isto indica que a variação da temperatura no corpo não é
uniforme dentro do corpo, de uma forma geral. Esta análise que envolve o problema da
difusão interna do calor é um pouco trabalhosa do ponto de vista matemático, mas pode ser
resolvida para alguns casos de geometrias e condições de contorno simples. Casos mais
complexos podem ser resolvidos de forma numérica. Entretanto, o interesse da aula de hoje
é numa hipótese simplificadora que funciona para um grande número de casos práticos. A
ideia consiste em assumir que todo o corpo tenha uma única temperatura uniforme a cada
instante. Esta hipótese é chamada de sistema concentrado, objeto de análise na sequência.
T Sistema
T0 TT0 S Concentrado
T 2 Ts T 2
TC
TC
T0
Sistema Concentrado
A hipótese é que a cada instante t, o sistema tenha uma só temperatura uniforme T(t).
Isto ocorre em situações nas quais os sistemas (corpos) tenham sua resistência interna à
condução desprezível face à resistência externa à troca de calor externa que, geralmente se
dá por convecção. Para conduzir essa análise, lança-se mão do esquema abaixo de um
corpo a uma temperatura inicial T0 e que, subitamente, é exposto a um ambiente de
temperatura T∞, de forma a que ocorra transferência de calor convectiva.
T
q convecção
T0
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 59
Balança de energia
Termo (I):
dU du du dT
m c
dt dt dt dt
m = massa do corpo;
U = energia interna do corpo;
u = energia interna específica do corpo;
ρ = densidade do corpo;
= volume do corpo;
c = calor específico do corpo.
Termo (II):
qconv hA(T T )
dT
c hA(T T )
dt
Essa é uma equação diferencial de primeira ordem, cuja condição inicial é T(t=0) = T0.
dT hA
dt
T T c
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 60
d d
t
hA hA
c
dt , ou
t 0
c
dt , do que resulta em:
0
hA
ln t.
0 c
Finalmente,
hA hA
t T T t
e c ou e c
0 T0 T
Analogia Elétrica
Essa equação resulta da solução de um sistema de primeira ordem. Soluções desse tipo
ocorrem em diversas sistemas físicos, inclusive na área de eletricidade. Existe uma analogia
perfeita entre o problema térmico apresentado e o caso da carga e descarga de um capacitor,
como ilustrado no esquema abaixo.
V
V0
V0 C R
t
V
e RC
V0
Note a Analogia
Elétrica Térmica
Tensão, V T T
Capacitância, C c
Resistência, R 1/ hA
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 61
V0
T0 c 1 / hA
t
T
Constante de tempo do circuito elétrico,
RC
A constante de tempo é uma grandeza muita prática para indicar o quão rápidamente o
capacitor se carrega ou se descarrega. O valor de t é o instante em que a tensão do do
capacitor atingiu o valor de e-1 ~ 0,368
V 1
e e 1 0,368
V0 e
Com isso, pode-se fazer uma análise muito interessante, como ilustrado no gráfico
abaixo que indica a descarga do capacitor para diferentes constantes de tempo. Quanto
maior for a constante de tempo, mais o capacitor demora para atingir o valor de 0,368V0.
V0
IV
III
II
I
0,368V0
1 2 3 4 t
c
hA t
T T t
e c
e t → t
T0 T hA
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 62
Veja o gráfico ilustrativo abaixo para ver a influência da constante de tempo térmica.
T T
T0 T
0,368(T0 T )
t t
T T
2 1 1
T0 T1
3 1
T0 T 2
t
tP 2tP 3tP
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 63
A equação que rege o regime transitório concentrado pode ainda ser reescrita para se obter
a seguinte forma
T T
e Bi Fo
T0 T
hL
Onde, Bi é o número de Biot, definido por Bi , e Fo é o número de Fourier, definido
k
t
por Fo (trata-se de um “tempo” adimensional). Sendo,
L2
h = coeficiente transferência de calor por convecção;
= difusividade térmica;
k = condutividade térmica;
L = comprimento característico do corpo;
O número de Biot é uma razão entre a resistência interna à condução de calor e a resistência
externa à convecção.
Pode-se adotar L como sendo a razão entre o volume do corpo pela sua área exposta à troca
de calor.
V volume do corpo
L
A área exposta
Para concluir esta aula, deve-se informar o limite da aplicabilidade da hipótese de sistema
concentrado. Mostra-se que a hipótese de sistema concentrado admite solução razoável
desde que:
Bi 0,1
Termopares são sensores muito precisos para medir temperatura. Basicamente, eles são
formados pela junção de dois fios de materiais distintos que são soldados em suas
extremidades, como ilustrado na figura abaixo. A junção soldada pode, em primeira análise,
ser aproximada por uma pequena esfera de diâmetro D. Considere um termopar usado para
medir uma corrente de gás quente, cujas propriedades de transporte são: k = 20 W/m K,
c = 400 J/kg K e = 8500 kg/m3. Inicialmente, o termopar de D = 0,7 mm está a 25 oC e é
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 64
inserido na corrente de gás quente a 200 oC. Quanto tempo vai ser necessário deixar o
sensor em contato com o gás quente para que a temperatura de 199,9 oC seja indicada pelo
instrumento? O coeficiente de transferência de calor vale 400 W/m2K.
SOLUÇÃO
V D 0,7 10 3
Comprimento característico: L 1,167 10 4 m
A 6 6
hL 400 1,167 10 4
Número de Biot: Bi 2,333 10 3
k 20
1 T T 1 199,9 200
Da expressão da temperatura, vem Fo ln ln 3200,76
Bi T0 T
2,333 10 3
25 200
k 20 t
Dado que 5,883 10 6 e Fo , vem:
c 8500 400 L2
t
Fo L2
3200,76 1,167 10 4
2
7,4 s
5,883 10 6
Comentário: note que o número de Biot satisfaz a condição de sistema concentrado Bi 0,1 .
Um tempo de 7,4 s é necessário para obter uma leitura precisa de temperatura. O que
aconteceria com o tempo se o diâmetro do termopar fosse reduzido à metade?
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 2
Melancias são frutas muito suculentas e refrescantes no calor. Considere o caso de uma
melancia a 25 oC que é colocada na geladeira, cujo compartimento interno está a 5 oC. Você
acredita que o resfriamento da melancia vai ocorrer de forma uniforme, ou se, depois de
alguns minutos a fatia da mesma estará em temperaturas diferentes? Para efeito de
estimativas, considere que a melancia tenha 30 cm de diâmetro e suas propriedades de
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 65
Solução:
á��� = , �/�°
Cálculo do Nº de Biot
ℎ �
�= , sendo =
,
= = , �
D= 0,3 m
D = 0,3 m
0,0 ×
�= =
0,02
Conclusão, a melancia não vai resfriar de forma uniforme. Isto está de acordo com sua
experiência?
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 66
Condições de contorno
T0 Ti
Solução: T(x, t)
2T 1 T
Por não haver geração interna de calor, vem que , a qual é submetida as
x 2 t
seguintes condições:
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 67
T T0 x
erf ,
Ti T0 2 t
Onde, erf é a chamada função erro de Gauss, cuja definição é dada por:
x
2 t
x 2
e
2
erf d
2 t 0
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 68
Para se obter o fluxo de calor instantâneo numa dada posição qualquer, basta aplicar a
lei de Fourier da condução. Isto é feito substituindo a distribuição de temperaturas
acima, na equação de Fourier, isto é:
x
2 t
T x 2
e
q x kA kA T0 (Ti T0 )erf ( ) kA(Ti T0 ) d
2
x x 2 t x 0
x2
kA2(Ti T0 ) x
e 4t
, do que, finalmente, resulta em:
x 2 t
x2
kA(Ti T0 )
qx e 4t
t
Neste outro caso, estuda-se que a face exposta está submetida a um fluxo de calor
constante,
Ti qx
q0
2T 1 T
Partindo da equação da condução de calor , submetida às seguintes
x 2 t
condições:
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 69
A solução é:
x2
t 4t
2 q0 e
q x x
T Ti 0 1 erf
kA kA 2 t
Nesse terceiro caso, analisa-se o caso em que ocorre convecção de calor na face
exposta à esquerda.
T qx
Ti
x
Novamente, partindo da equação da condução de calor sem geração interna, vem:
2T 1 T
, a qual é submetida às seguintes condições:
x 2 t
A solução é:
hx h2t
T Ti x k k 2 x h t
1 erf e 1 erf
T Ti 2 t 2 t k
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 70
T
T T r
T0 Te Te
r0
Te r0
2L
T ( x, t ) T ou T (r, t ) T
i Ti T
0 T0 T
e Te T
hL
Número de Biot: Bi
k
t kt
Fo
L2
cL2
Qi c(Ti T ) c i
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 71
Gráficos de Heisler para uma placa de espessura 2L. Para outras geometrias (esfera e
cilindro): ver Apêndice D do Incropera e Witt
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 72
Exemplo:
Dados:
k = 43,2 W/mK
α = 1,19 x 10-5 m2/s h
5 cm
Solução:
2L = 5 cm = 0,05 m → L = 0,025 m
hL 500 0,025
Bi 0,289 0,1
k 43,2
Não se aplica a solução de sistema concentrado. Portanto, use a solução de Heisler. Para
isso, deve-se calcular os parâmetros para os gráficos da página anterior, que são:
1 / Bi 3,45
0,0125 0,95
x/L 0,5 0
0,05
Condução Bidimensional
Seja uma placa retangular, submetida às condições de contorno ilustrados, isto é, todos
os lados estão à mesma temperatura T1, exceto o lado superior que está à T2.
y T2
T1
T1 T(x,y)
x
L
T1
2T 2T
As hipóteses resultam em: 2T 0 ou 0
x 2 y 2
(1) T(0,y) = T1
(2) T(L,y) = T1
(3) T(x,0) = T1
(4) T(x,b) = T2
T T1
T2 T1
(1) θ(0,y) = 0
(2) θ(L,y) = 0
(3) θ(x,0) = 0
(4) θ(x,b) = 1
dT
A variação elementar de temp. é d
T2 T1
2 2
Então, 0 Esta é a equação da condução na nova variável θ.
x 2 y 2
( x, y) X x Y y
dX
Primeira derivada: Y
x dx
2
d2X
Segunda derivada: Y
x 2 dx 2
Analogamente em relação à y:
2 d 2Y
Segunda derivada: X
y 2 dy 2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 75
d2X d 2Y
Y X 0
dx 2 dy 2
É digno de nota que na equação acima o lado esquerdo é uma função exclusiva de y
e o lado direito, uma função exclusiva de x. No entanto, os dois lados da equação são
sempre iguais. Isto implica dizer que cada lado da equação não pode ser nem função de
x, nem de y, já que de outra forma não seria possível manter a igualdade sempre válida.
De forma que a igualdade deve ser uma constante que, por conveniência matemática, se
usa o símbolo 2 . Dessa forma, tem se:
1 d2X
2 e
X dx 2
1 d 2Y
2
2
Y dy
Note que a equação diferencial parcial original deu origem à duas outras equações
diferenciais comuns ou ordinárias. As soluções dessas duas novas equações são bem
conhecidas (lembre-se do polinômio característico) e são:
X x C1 cos x C2 senx , e
Y y C3 e y C4 e y
0, y C1 cos .0 C2 sen.0. C3e y C4 e y 0
0 C2 senx
. C3 C4
0 C2 senL. C4 (ey e y )
mas, como simultaneamente as duas constantes não podem ser nulas, isto é:
C2 e C4 0 , logo, deduz-se que sen(L) 0
ny
ny
x e L e L
n x, y 2C2C4 sen n
L 2
Cn
ny
senh( )
L
Para cada n = 1,2,3,... Existe uma solução particular θn. Daí também ter juntado as
constantes C2 e C4 num nova única constante Cn que dependem do valor de n.
Então a solução geral deve ser a combinação linear de todas as possíveis soluções.
nx ny
x, y C n sen senh
n 1 L L
nx nb
1 Cn sen senh
n1 L L
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 77
g
a
m ( x) g n ( x)dx 0 p/ mn (dica: note que se parece com produto escalar de
g n ( x) f ( x) g n ( x) Am g m ( x)
m1
b
g n ( x) f ( x)dx g n ( x) Am g m ( x)dx
b
a a
m1
Usando a propriedade de ortogonalidade, ou seja:
b
a
g m ( x) g n ( x)dx 0 se m n
b b
g m ( x) f ( x)dx Am g m ( x)dx
2
Pode-se eliminar a somatória, então:
a a
Am
a
g m ( x) f ( x)dx
b
2
g m ( x)dx
a
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 78
nx nb
1 Cn sen senh (A)
n1 L L
nx
g n ( x) sen ; n 1,2,....
L
funcão ortogonal
Assim, podem ser obtidos os coeficientes da série, como visto na revisão acima:
nx
L
sen
0
L
dx
2 (1) n 1 1
An
2 nx n
L
0 sen L dx
Então,
2 ( 1) n 1 1
n 1
n
nx
sen
L
1 (B)
C sen
n1
n
L
senh
L n1 n
sen
L
Cn
2 (1) n 1 1 ; n 1,2,3,....
nb
nsenh
L
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 79
ny
senh
2
(1) 1 nx
n 1
L
( x, y ) sen
n1 n L senh nb
L
x
L
0
Calcule o fluxo de calor. Nesse caso, você precisa calcular qx e qx. Note que o fluxo de
calor, nesse caso, será dado de forma vetorial, isto é:
T T
q x k i e q y k j . Sendo que o fluxo total de calor será q qx qy e o
x y
módulo do fluxo de calor será q qx 2 qy 2 em W/m2
Método Gráfico
T2
T1
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 80
SIMETRIA
T2
T1
SIMETRIA
(2) As linhas de simetria são adiabáticas, ou seja, não há fluxo de calor na direção
perpendicular a elas. Portanto, podem ser tratados como linhas de fluxo de calor
constante.
PAREDES
T2
ADIBATICAS
T1
(3) Traças algumas linhas de temperatura constante. Lembre-se que elas são
perpendiculares às linhas de fluxo constante.
T2
T1
LINHAS DE
FLUXO CTE.
(ADIABÁTICO)
qX
DL
(OU QUADRADO
CURVILÍNEO)
(5) Quando houver um “canto” isotérmico”, a linha de fluxo cte. Deve bissectar o
ângulo formado pelas duas superfícies
T
LINHA DE
FLUXO CTE.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 81
DT
DL
qi kDl (1)
Dl qi
DL
O fluxo de calor acima é o mesmo que atravessa qualquer região que esteja limitada
pelas mesmas linhas de fluxo constantes desde T1 até T2. Então, pode-se escrever que.
T2
T T
DT 2 1 (2)
N T1
(T2 T1 )
qi k (3)
N
O fluxo de calor total, q, é a soma de todos os M “Faixas” formadas por duas linhas
adjacentes de fluxo de calor (no exercício M = 5)
M
M
q qi k (T2 T1 )
i 1 N
q 5k (T2 T1 )
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 82
m,n
m,n+1
x Pontos Nodais
y,n
y
m,n-1
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 83
2T 2T
A equação da condução de calor em RP, 2-D é dada por 0 . Ela pode assim
x 2 y 2
ser assim discretizada:
T (Tm,n Tm1,n )
(Primeira derivada na direção x – face esquerda)
x 1
m ,n x
2
T T
2T x 1
m ,n x 1
m ,n
2 2
(Segunda derivada na direção x – centro)
x 2 x
Assim, a equação original da condução de calor diferencial pode ser aproximada por uma
equação algébrica,
2T 2T
Tm1,n Tm1,n Tm,n1 Tm,n1 4Tm,n 0 , se Δx = Δy
x 2 y 2
A equação acima é a forma da equação do calor em diferenças finitas para o caso em RP, 2-
D. Note que a temperatura nodal Tm,n representa a média aritmética das quatro temperaturas
da sua redondeza.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 84
m,n+1
m,n
T
m-1,n
Convecção
m,n-1
se Δx = Δy
x x 1
Tm,n h 2 h T (2Tm1,n Tm,n1 Tm,n1 ) 0
k k 2
m-1,n m,n x = y
y
T
m,n-1
x
x x
2Tm,n h 1 2h T (Tm1,n Tm,n1 ) 0
k k
Ver tabela 4.2 (Incropera) ou Tabela 3.2 Holman para outras condições e geometrias.
Tabela 4.2 do Incropera.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 85
Uma vez que as equações de todos os pontos nodais forem estabelecidas, obtém-se um
sistema de N equações por N incógnitas do tipo:
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 86
[ A].[T ] [C ]
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 87
Exemplo Resolvido
h = 200 W/m2 ºC
T = 20 ºC
k = 10 W/m ºC
x = y = 10 cm
T 20C
5 6 7 6 5
3 4 3
100°C
100°C
1 2 1
100°C
Solução:
nó 1 : 4T1 T2 T3 2(100) 0
nó 2 : 2T1 4T2 T4 100 0
nó 3 : T1 4T3 T4 T6 100 0
nó 4 : T2 2T3 4T4 T7 0
x x
Tm ,n h 2 h T (Tm 1,n T fixo ) 0
k k
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 88
4T5 T6 140 0
x x
2 h T 2Tm ,n1 Tm 1,n Tm 1,n 0
1
Tm ,n h
k k 2
1 1
T3 T5 4T6 T7 40 0
2 2
1
nó 7: 4T7 40 (2T4 2T6 ) 0 , ou
2
T4 T6 4T7 40 0
Em forma de Matriz temos:
4 1 1 0 0 0 T1 200
0
2 4 0 1 0 0 T2 100
0
1 0 4 1 0 1 0 T3 100
0 1 2 4 0 0 1 T4 0
0 0 0 0 4 1 0 T5 140
1 1
0 0 1 0 4 T6 40
2 2
0 1 4 T7 40
0 0 1 0
T1 90,4 C
T2 87,2 C
T3 74,3 C
T4 68,2 C
T5 44,7 C
T6 38,8 C
T7 36,7 C
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 89
Já vimos que a transferência de calor por convecção é regida pela simples de lei de
resfriamento de Newton, dada por:
q Ah(TS T )
onde,
Análise Dimensional
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 90
Nesse sistema de grandezas primárias, por exemplo, a grandeza força tem as seguintes
dimensões:
Força ML/t2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 91
2
2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 92
D
fluido
Tubo
aquecido
Sabe-se de antemão que as grandezas que interferem na transferência de calor são:
M = 7 – 4 = 3 (3 grupos adimensionais)
Da K bV c d ec p f h g
f
L2 M
b c d e g
ML L M M
L 3 3
a
2 3
t T t L Lt t T t T
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 93
b d e g 0
a b c 3d e 2 f 0
3b c e 2 f 3g 0
b f g 0
(A) – Como h é uma grandeza que nos interessa, vamos assumir o seguinte conjunto de
valores
g 1
c d 0
a=1
b = -1
e=f=0
Esse primeiro grupo adimensional recebe o nome de número de Nusselt, definido por:
Dh
1 Nu
k
g 0
(para não aparecer h)
a 1
f 0
b=0
c=d=1
e = -1
VD
2 Re D
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 94
e = f =1
b = -1
Daí resulta, o terceiro e último número adimensional que recebe o nome de número de
Prandtl.
c
3 p Pr
k
Então, há uma função do tipo
F ( 1 , 2 , 3 ) 0 ou F ( Nu, Re D , Pr ) 0 .
Nu f (Re D , Pr )
Nu
Pr 0,3
1 3<ReD<100
água
óleo
ar
0,01
1 10 100
Re
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 95
Na aula passada vimos que a transferência de calor no escoamento externo sobre uma
superfície resulta na existência de 3 números adimensionais que controlam o fenômeno.
Essas grandezas são o número de Nusselt, Nu, o de Reynolds, Re, e o de Prandtl, Pr. De
forma que existe uma relação do tipo Nu = f(Re, Pr), que pode ser obtida de forma
experimental ou analítica em algumas poucas situações.
Na aula de hoje apresentar-se-á uma situação particular em que esta relação pode ser
obtida de forma analítica e exata para o caso do escoamento forçado sobre uma
superfície plana. Para isso, serão apresentadas as equações diferenciais que regem a
transferência de calor em regime laminar. Depois será indicada a solução dessas
equações. Para começar o estudo, considere o escoamento de um fluido sobre uma
superfície ou placa plana, conforme ilustrado a seguir. Admita que o fluido tenha um
perfil uniforme de velocidades (retangular) antes de atingir a placa. Quando o mesmo
atinge a borda de ataque, o atrito viscoso vai desacelerar as porções de fluido adjacentes
à placa, dando início a uma camada limite laminar, cuja espessura cresce à medida que
o fluido escoa ao longo da superfície. Note que esta camada limite laminar vai crescer
continuamente até que instabilidades vão induzir a uma transição de regime para dar
início ao regime turbulento, se a placa for comprida o suficiente. Admite-se que a
transição do regime de escoamento laminar para turbulento ocorra para a seguinte
u x
condição Re xtransição 5 10 5 (às vezes também se usa 3 105), onde x é a
distância a partir do início da placa (borda de ataque).
u
x
laminar Transição Turbulento
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 96
No regime laminar, o fluido escoa como se fossem “lâminas” deslizantes, sendo que a
du
tensão de cisalhamento (originária do atrito entre essas camadas) é dada por
dy
para um fluido newtoniano (como o ar, água e óleo). Essa condição e geometria de
escoamento permitem uma solução exata, como se verá a seguir.
Hipóteses principais:
- Fluido incompressível
- Regime permanente
- Pressão constante na direção perpendicular à placa
- Propriedades constantes
- Força de cisalhamento na direção y constante
y
dy
dx
v
(v dy )dx
y
u
(u dx)dy
udy x
dy
vdx
dx
sai m
Como m entra , então substituindo os termos, vem:
v u
udy vdx (v dy)dx (u dx)dy . Simplificando, tem-se
y x
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 97
u v
0 ou DivV 0
x y
Onde o operador matemático Div é definido por, Div i j .
x y
Note que essa lei é uma equação vetorial, isto é, o balanço deve ser feitos nas diversas
direções (x, y, z). No caso, nos interessa o balanço de forças e de quantidade de
movimento na direção paralela à placa, ou, seja a direção x.
p
(p dx)dy
pdy x
dx
p
F x pdy (
y
dy)dx dx ( p dx)dy
x
p
ou, simplificando, F x
y
dxdy dxdy
x
u
Mas, por ser um fluido newtoniano, tem-se que, substituindo, em.
y
2u p
F x
y 2
dxdy dxdy
x
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 98
v u
(v dy)(u dy)dx
y y
u
u 2 dy (u dx) 2 dy
x
vudx
u v u
(u dx) 2 dy u 2 dy (v dy )(u dy )dx uvdx
x y y
u u u v
u 2 dy 2 u dxdy ( dx) 2 dy u 2 dy vudx v dxdy u dxdy
x x y y
v u
(dy ) 2 dx uvdx
y y
u u v
2 u dxdy v dxdy u dxdy termos de ordem superior
x y y
u u
(u
u u
v )dxdy u
u v
( )
(u v )dxdy
x y x y
dxdy x x
0 continuidade
Portanto, agora podemos juntar os termos de resultante das forças externas com a
variação do fluxo da quantidade de movimento, resultando na seguinte equação:
u u 2 u p
(u v ) 2
x y y x
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 99
u h (u ) T T2
(u(v vdydy)()(hu udydy)dy (u dy )dx kdx( dy )
yy yy )dx y y y 2
u h
(u dy)(h dy)dy
u
(u x dx) 2 dy x
dy x
uhdy
dx
T
vhdx udx kdx
y
(u ) (u ) u
u y dy dx udx y dydx y uu y dydx
Conservação de energia:
T
vhdx uhdy kdx
y
u
u dxdy
y y
v h u h T 2T
(v dy)(h dy)dx (u dx)(h dx)dy kdx( dy)
y y x x y y 2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor100
u h u h v 2u
00 u dydx u dxdy h dxdy v dxdy h dxdy k 2 dxdy
y y x x y y x
u h h u v 2u
u u v h( ) k 2
y y x x x y x
0 continuidade
T T 2T u
c p u c p v k 2 u
x y y y y
Em geral a potência térmica gerada pelas forças viscosas (último termo) é desprezível
face ao termo da condução de calor e de transporte convectivo de energia (entalpia).
Isso ocorre a baixas velocidades. Assim, a equação da energia pode ser simplificada
para:
T T 2T
u v 2
x y y
u u 2u
u v 2
x y y
onde, é a viscosidade cinemática
Comparando as duas equações acima, nota-se que quando , ou seja, Pr 1
corresponde ao caso em que a distribuição da temperatura é idêntica a distribuição de
velocidades, o que ocorre com as maiorias dos gases, já que 0,65 Pr 1 .
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor101
u v
Conservação de massa 0
x y
u u 2u p
(u v ) 2
x y y x
Conservação da quantidade de movimento
u u 2u
direção x u v 2 Pressão constante
x y y
T T 2T
Conservação de energia u v 2
x y y
5x
Espessura da camada limite hidrodinâmica (CLH): ;
Re x
1/ 2
Coeficiente local de atrito local: c f , x 0,664 Re x ;
L0
Razão entre as espessuras das camadas limites hidrodinâmica (CLH) e térmica (CLT):
Pr1/ 3 ;
t
L
1
Número de Nusselt médio: Nu L Nu x dx 2 * Nu x L 0,664 Re L Pr1/ 3 .
1/ 2
L0
s
Definição do coeficiente de atrito: c f , s tensão de cisalhamento na parede
u 2 / 2
Os gráficos abaixo indicam o comportamento das camadas limites. Note que o número
de Prandtl desempenha um papel importante no crescimento relativo das CLT e CLH.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor102
u , T
T (Pr 1)
T (Pr 1)
T (Pr 1)
x
T u
C.L.T C.L.H
TS
1 1
Temos as seguintes relações: C f , x , e hf ,x .
x x
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor103
A A
H y
1 2 x
dx
Balanço de massa
H
Fluxo mássico na face 1 – A: udy
0
d
H H
Fluxo mássico na face 2 – A: udy udy dx
0
dx 0
d
H
Fluxo mássico na face A – A: udy dx
dx 0
H
Fluxo de Q. M. na Face 1 – A: u dy
2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor104
d
H H
Fluxo de Q. M. na Face 2 – A: u dy u 2 dy dx
2
dx 0
0
d
H
Fluxo de Q. M. na Face A – A: u udy dx
dx 0
d d
H H
Fluxo liquido de Q. M. = u 2 dy dx u udy dx
dx 0
dx 0
d ( ) d ( ) d ( ) ou
d ( ) d ( ) d ( )
Fazendo u
H
udy , vem
0
d d H du
H H
u udy dx u udy dx udy dx
dx 0 dx 0 0 dx
d du
H H
uudy dx
udy dx
dx 0 dx 0
d d H
H H
du
fluxo Q.M . u 2 dy dx u udy dx udy dx
dx 0
dx 0 dx 0
Os dois primeiros termos da integral podem ser reunidos para obter a seguinte forma
mais compacta:
d H
H
du
fluxo Q.M . (u u )udy dx udy dx
dx 0 dx 0
Agora, vamos obter a resultante das forças externas. No presente caso, só vamos
considerar as forças de pressão e de atrito.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor105
dP
- força resultante da pressão: H dx
dx
u
- força de cisalhamento na parede: -dx p dx
y y 0
Finalmente, a equação integral da camada limite laminar hidrodinâmica pode agora ser
escrita (2ª lei de Newton):
u dP H du H
dx H dx (u u )udy dx udy dx
y y 0
dx 0 dx 0
2u du
dP
De forma que, na forma diferencial:
0 du 0
2
Assim, a equação da conservação da Q.M. se resume a:
H
u d
y y 0 dx
( u u )udy
0
d u
(u u )udy
dx 0 y y 0
Daí, pode se obter, entre outras coisas, a lei de crescimento da camada limite laminar
hidrodinâmica, isto é, a espessura da camada limite laminar numa posição x a partir da
borda de ataque, (x).
A solução aproximada, objeto desta análise, começa quando se admite um perfil de
velocidades na direção perpendicular ao escoamento, isto é, u(y). Claro que a adoção
desse perfil deve seguir certos critérios. Pense: Se você tivesse que admitir tal perfil de
velocidades, provavelmente faria o mesmo que o apresentado aqui. Isto é, você imporia
um polinômio de grau tal que as condições de contorno do perfil de velocidades fossem
satisfeitas. Certo? Pois é exatamente isso é que é feito. Então, primeiro passemos a
analisar as condições de contorno do problema, que são:
u0 p/ y 0
u u p/ y
u
0 p/ y
y
2u
0 p/ y 0
y 2
u( y) C1 C2 y C3 y 2 C4 y 3
Daí, aplicando as c.c. para se obterem as constantes C1 a C4, tem-se o perfil aproximado
de velocidades:
3
u( y) 3 y 1 y
u 2 2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor107
d 3 y 1 y 3 y 1 y
3 3
u
u 1 dy
2
dx 0 2 2 2 2 y y 0
d 39 3 u
u 2
dx 280 2
78 u x
840 0
d dx
0
vx ( x) 4,64
ou, ( x) 4,64 , ou
u x Re x
( x) 5
Lembrando da aula anterior que solução exata (Blasius) fornece:
x Re x
Ver Holman Apêndice B ou Incropera
Uma vez resolvido o problema hidrodinâmico acima, agora se pode resolver o problema
térmico, tendo sempre como alvo a obtenção do coeficiente de transferência de calor, h.
Note que junto à superfície todo calor transferido da superfície para o fluido se dá por
condução de calor e depois este fluxo de calor vai para o fluido. De forma, que se
podem igualar os dois termos da seguinte maneira:
T
h(Tp T ) k , ou
y y 0
T
k
y y 0
h
T p T
Condições de contorno
T Tp p/ y 0
T
0 p / y t
y
T T p / y t
T2
0 p/ y 0
y 2
y u
T t
x x0
T p cte
d H du
2
T
H
(T T )udy dy
dx 0 c p 0 dy y y 0
T T p 2 t 2 t
3 / 4 1/ 3
t 1 x
Pr 1/ 3 1 0
1,026 x
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor109
t 1
Pr 1/ 3
1,026
T
k
y y 0 k (T p T ) 3 3 k 3k
hx , ou
T p T (T p T ) t 2 2 t 2 t
1 / 3
3k 1,026 Pr1 / 3 x0 3 / 4
hx 1 , ou ainda
2 x
1 / 3
u
1/ 2
x0 3 / 4
hx 0,332k Pr 1/ 3
1
x x
hx x
Lembrando da definição do número de Nusselt, Nu x , vem:
k
1 / 3
x0 3 / 4
Nu x 0,332 Pr 1
1/ 3 1/ 2
Re x
x
1/ 2 L
u
L
dx
h dx x
1/ 3
0,332 Pr
x 1/ 2
hL 0
0
, ou
L L
1/ 2
u
0,332 Pr 1/ 3
L1 / 2
hL , ou finamente:
L/2
1/ 3 u
1/ 2
hL 2 0,332 Pr 2hx L
L
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor110
hL
NuL 2 Nu x L 0,664 ReL1 / 2 Pr1 / 3
k
Tp T
Tf
2
hL
Nu L 0,453 ReL1 / 2 Pr1 / 3
k
Num processo farmacêutico, óleo de rícino (mamona) a 40ºC escoa sobre uma placa
aquecida muito larga de 6 m de comprimento, com velocidade de 0,06 m/s. Para uma
temperatura de 90ºC. Determine:
São dados:
40 90
Propriedades calculadas a T f 65 0 C
2
= 7,3810-8 ms/s
k f = 0,213 W/moC
= 6,510-5 m2/s
= 9,57102 kg/m3 u
t
= 6,2210-2 N.s/m2
J
T
C p = 3016
k g C
Tp 90C
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor111
Solução
u L 0,06 6
Re L 5538 Re transição(5 10 5 ) É laminar!
6,5 10 5
L L
0,06
1/ 2 Obs*: Tanto a solução exata como a
hx 0,332 0,213 (881) 1/ 3
5
aproximada leva a constante ao
6,5 10 6 mesmo valor de 0,332
W W
8,4 hx 8,4 2
m 2 C m C
W W
hL 2hx L 2 8,4 16,8 hL 2hx L 2 8,4 16,8 2
m 2 C m C
d) q Ah (Ts T ) q Ah (Ts T )
q
h L(Ts T ) 16,8 6 (90 40)
Lp q
h L(Ts T ) 16,8 6 (90 40)
W Lp
5040
m W
5040
m
de transferência de calor. Isto é uma grande vantagem, pois, pelo menos no passado, os
dados de atrito eram bem mais abundantes que os de transferência de calor.
Por definição, o coeficiente de atrito é dado por:
p
Cf
u 2
2
Mas, por outro lado, para um fluido newtoniano (todos os que vamos lidar neste curso),
a tensão de cisalhamento na parede é:
u
p
y y 0
3
u 3 y 1 y
Usando o perfil de velocidades desenvolvido na aula 14, ou seja: ,
u 2 2
temos que a derivada junto à parede resulta em:
u 3 u
y y 0 2
C fx u Re x 0,323
0,323
2 u x 2
Re x
Por outro lado, da aula anterior, chegou-se à seguinte expressão para o número de
Nusselt, Nu x 0,332 Pr1/ 3 Re x
1/ 2
que, mediante algum rearranjo pode ser escrito como:
Nu x 1 / 2 hx
0,332 Pr 2 / 3 Re x , onde Stx é o número de Stanton. Então,
Re x Pr c p u
Stx
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor113
Comparando as duas equações anteriores em destaque, notamos que eles são iguais a
menos de uma diferença de cerca de 3% no valor da constante, então, esquecendo desta
pequena diferença podemos igualar as duas expressões para obter:
c fx
St x Pr 2 / 3
2
Cf
Sabe-se que S t Pr 2 / 3
2
hL 16,8
Por outro lado, S t 9,70 10 5
c p u 9,57 10 3016 0,06
2
F N
p L 3,07 10 2 6 0,184
Lp m
______________________________________________________________________
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor114
turbulenta
y
Camada amortecedora
x Sub camada laminar
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor115
pressão: P
P P'
valor medio fluctuacào
ins tan táneo
Em todos os casos, uma barra sobre a grandeza indica um valor médio e uma apóstrofe,
valor de flutuação. Os termos de flutuação são responsáveis pelo surgimento de forças
aparentes que são chamadas de tensões aparentes de Reynolds, as quais devem ser
consideradas na análise.
Para se ter uma visão fenomenológica das tensões aparentes, considere a ilustração da
camada limite turbulenta abaixo. Diferentemente do caso laminar, em que o fluido se
“desliza” sobre a superfície, no caso turbulento há misturas macroscópicas de “porções”
de fluido. No exemplo ilustrado, uma “porção” de fluido (1) está se movimentando para
cima levando consigo sua velocidade (quantidade de movimento) e energia interna
(transferência de calor). Evidentemente, uma “porção” correspondente (2) desce para
ocupar o lugar da outra. Isso é o que dá origem às flutuações. Do ponto de vista de
modelagem matemática, essas “simples” movimentações do fluido dentro da camada
limite dão origem às maiores dificuldades de modelagem.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor116
u u 2u 1 P
u v
x y y 2 x
2
u u u u v v u u
x y 2
u u
1
x
P P
y
Neste ponto é conveniente realizar uma média temporal sobre um intervalo de tempo
T = t2 - t1 longo o suficiente para capturar as informações relevantes de flutuação do
escoamento. Para isso, define-se, a seguinte média temporal sobre uma grandeza
instantânea f (ou sua derivada espacial) qualquer:
1 t2
f
T t1
f ( t ) dt
f1 f1
f1 f 2 f1 f 2 , Cf1 C f1 , f1 f1 , e f0
s s
sendo, C uma constante no intervalo de tempo e s é uma coordenada espacial (x, y ou z).
Assim, aplicando a média temporal sobre a equação anterior, vem:
2u 2u 1 P 1 P
y 2 y 2 x x
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor117
2u 2u 1 P 1 P
y 2
y 2 x
x
0 0
Reescrevendo, vem:
u u 2u 1 P u u
u v 2 u v
x y y x x y
O termo entre parênteses do lado direito é nulo pela lei da conservação de massa.
Substituindo a igualdade acima, obtém-se a forma da equação diferencial turbulenta da
conservação da quantidade de movimento:
u u 2u 1 P uu uv
u v 2
x y y x x x
Como indicado acima, no processo de obtenção desta equação, admitiu-se que a média
temporal das flutuações e suas derivadas são nulas. Com isso surgiram termos que
envolvem a média temporal da derivada do produto das flutuações, que são os termos
entre parênteses. Por fim, ainda existe uma última simplificação que envolve a camada
limite. Para o caso do escoamento bidimensional verifica-se que o gradiente do produto
das flutuações na direção principal x (primeiro termo dos parênteses) é desprezível em
relação ao segundo termo, de forma que a equação final da conservação da quantidade
de movimento turbulenta é:
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor118
u u 2u 1 P uv
u v 2
x y y x x
T T T
C p u v k
y y C p v' T '
x y
u
Viscosidade turbilhonar:
M vu
y e
T
Difusividade turbilhonar:
H vT
y
u
Assim, definem-se a tensão de cisalhamento total turbulenta por:
t M
y ,
T
qt C p H
e transferência de calor total turbulenta: y
Distante da parede, o domínio da viscosidade e da difusividade turbilhonares é superior
Médio : Nu L 0,037 Re 0L,8 871 Pr1 3 Re L 108
0,37 Re x 0, 2 Re L 108
x
Nota: para outras expressões ver livro-texto – ou tabela ao final desta aula.
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Exemplo resolvido (Holman 5-7)
Ar a 20oC e 1 atm escoa sobre uma placa plana a 35 m/s. A placa tem 75 cm de
comprimento e é mantida a 60ºC. Calcule o fluxo de calor transferido da placa.
20 60
Propriedades avaliadas à T 40C
2
kJ kg W
c p 1,007 1,128 3 Pr 0,7 k 0,02723
kgC m mC
kg
2,007 x10 5
ms
VL
Re L 1,475 x10 6
hL 0 ,8
Nu L Pr1 / 3 (0,037 Re L 871) 2055
k
k
h Nu L 74,6W / m 2 C
L
q hA(Ts T ) 74,6.0,75.1.(60 20) 2238 W
______________________________________________________________________
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor120
ReD C m
0,4 – 4 0,989 0,330
4 – 40 0,911 0,385
40 – 4.000 0,683 0,466
4.000 – 40000 0,193 0,618
40.000 – 400.000 0,027 0,805
Para o escoamento cruzado de outros fluidos sobre cilindros circulares, uma expressão
mais atual bastante usada é devida a Zhukauskas, dada por
1/ 4
Pr 0,7 Pr 500
Nu D C Re Pr
m
D
n
válida para 6
,
Prs 1 Re D 10
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor122
ReD C m
1 – 40 0,75 0,4
40 – 1.000 0,51 0,5
1.000 – 2105 0,26 0,6
2105 – 106 0,076 0,7
____________________________________________________________
Existem várias expressões práticas para a transferência de calor sobre banco de tubos.
Para o ar, pode se usar a expressão de Grimison, que também pode ser modificada para
outros fluidos, como discutido em Incropera (Seção 7.6). Mais recentemente,
Zhukauskas apresentou a seguinte expressão:
1/ 4
Pr
Nu D C Re m
D , max Pr 0, 36
Prs
N L 20
válida para 0,7 Pr 500
1000 Re 6
D , max 2.10
Configuração ReD,max C m
2
Alinhada 10-10 0,80 0,40
2
Em quicôncio 10-10 0,90 0,40
Alinhada 102-103 Aproximado como um único
2 3
Em quicôncio 10 -10 cilíndro (isolado)
Alinhada
103-2105 0,27 0,63
(ST/SL>0,7)a
Em quicôncio
103-2105 0,35(ST/SL)1/5 0,60
(ST/SL<2)
Em quicôncio
103-2105 0,40 0,60
(ST/SL>2)
5 6
Alinhada 2x10 -210 0,021 0,84
Em quicôncio 2x105-2106 0,022 0,84
a
Para ST/SL>0,7 a transferência de calor é ineficiente, e tubos alinhados não deveriam ser utilizados.
Se o número de fileiras de tubos for inferior a 20, isto é, NL < 20, então deve-se corrigir
a expressão acima, multiplicando o resultado obtido por uma constante C2, conforme
expressão abaixo e valores dados na segunda tabela abaixo.
Nu D C2 Nu D
N L 20 N L 20
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor124
ST
acontecer, então: Vmax V . Caso essa condição não seja satisfeita, então, a
2( S D D)
ST
velocidade máxima ocorre em A1 e, portanto, usa-se novamente Vmax V.
ST D
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor125
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Exercício de Aplicação
Verifica-se um escoamento de ar a uma velocidade de 4 m/s e temperatura de 30°C.
Neste escoamento de ar é colocada uma fina placa plana, paralelamente ao mesmo, de
25 cm de comprimento e 1 m de largura. A temperatura da placa é de 60°C.
Posteriormente, a placa é enrolada (no sentido do comprimento) formando um cilindro
sobre o qual o escoamento de ar vai se dar de forma cruzada. Todas as demais
condições são mantidas. Pede-se:
(a) Em qual caso a troca de calor é maior.
(b) Qual o fluxo de calor trocado em ambos os casos.
(c) Analisar se sempre há maior troca de calor numa dada configuração do que na
outra, independentemente do comprimento e velocidade do ar. Justifique sua
resposta através de um memorial de cálculo.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor126
Solução
T T p
Propriedades do ar à T 45C
2
ν = 1,68 x 10-5 m2/s
k = 2,69 x 10-2 W/mK
Pr = 0,706
Placa
u 4m / s
T p 60C
T 30C L=0,25m
u L 4 0,25
Re L 5,95 x10 4 Re crit 5 10 5
1,68 10 5
1/ 2
Nu L 0,664 Re L Pr1 / 3 0,664 (5,95x10 4 )1 / 2 (0,706)1 / 3 144,2
Nu k 144,2 0,02697
Assim h L 15,56W / m 2 C
L 0,25
Cilindro
u , T
Ts 60C
D
πD = L D = 0,25/π = 0,0796 m
4 0,0796
Assim, Re D 5
1,895 10 4
1,68 10
Nu D C Re mD Pr1 / 3 p/ReD=1,895104
C = 0,193
m = 0,618
Assim, Nu D 0,193 (1,895 10 )
4 0, 618
(0,706) 75,63
1/ 3
Nu D k 75,63 0,02697
de forma que: h D 25,63W / m 2 K
D 0,0796
a) A transferência de calor é maior no caso do cilindro pois h D h L e a área de troca de
calor é a mesma.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor127
b)
Placa Cilindro
0,664 k 1/ 2
hL Re L Pr1 / 3 (A)
L
k 1/ 3 k Pr1 / 3
hD Pr C Re D
m
C Re mD (B)
D L
k Pr1 / 3 hL
Portanto de (A), , que, pode ser subst. em (B), para obter
L 0,664 Re1L/ 2
C Re mD h L
hD 2,669C Re mD0,5 h L
0,664 Re D
1/ 2
hD
Ou 2,669C Re mD0,5 para o caso laminar na placa
hL
hLL k Pr1 / 3 hL
De donde (0,037 Re 0L,8 871) Pr1 / 3 e (C)
k L 0,037 Re 0L,8 871
C Re mD h L
sub. em (B), vem h D
0,037 Re 0L,8 871
hD C Re mD
Subs. ReL = πReD, vem:
h L 0,037 Re L 871
0 ,8
hD C Re mD
h L 0,037 Re L 871
0 ,8
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor128
3,00
hD 2,50
hL 2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
ReD
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 129
xe – comprimento de entrada
O número de Reynolds agora deve ser baseado no diâmetro do tubo (ou duto), isto é:
u D
Re D , sendo u – velocidade média
O caso laminar vai ocorrer para Re D 2300 e, nesse caso, o comprimento de entrada
x
se estende até e 0,05 Re D
D
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 130
quando seu valor será superior a 4000, isto é, Re D 4000 . Entre 2300 e 4000 ocorre
transição laminar-turbulento. Para efeitos práticos, porém, pode-se assumir escoamento
turbulento a partir de 2300.
T C.L.
externo
q hA(Ts T )
interno
cte q hA(Ts Tm )
Ts Ts
Ts
Tc
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 131
Note que as maiores temperaturas ocorrem junto à parede, porém nessa região é
exatamente onde ocorrem as menores velocidades. Assim, a média aritmética simples
1
A
Tm TdA não representa a temperatura efetiva da seção. Para obter a temperatura
efetiva da seção, considere o exercício mental em que uma porção da seção transversal
do tubo com fluido é colocada dentro de um copo. Há de se concordar que a
temperatura efetiva que representa a seção é aquela temperatura decorrente do equilíbrio
térmico daquela porção de fluido. Certo? Sim, isto está correto e daí o nome alternativo
de temperatura de copo (“cup” que significa literalmente “caneca” no vernáculo
original).
dx
Tequilibrio Tm
(copo)
A
1
C P m 0
Mas, sabendo que hm c pTm , então: Tm uC PTdA
A
1
Se CP= cte., vem que Tm uTdA
m 0
A
Mas, por definição a vazão mássica na seção transversal é dada por m udA
0
uTdA
Tm 0
A
udA
0
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 132
uTrdr
Tm 0
r
(Válida para tubo circular)
urdr
0
uTrdr
Além do mais, se ρ= cte, vem Tm 0
R
(válida para tubo circular)
urdr
0
(2rdx)
r p (r 2 ) ( p dp)r 2
r0a Elemento de fluido
q dx
du
Um balanço de forças, resulta em: r 2 dp (2rdx) , ou rdp 2 dx , ou ainda:
dr
r dp
du dr
2 dx
Integrando na direção radial. Note que a pressão estática é a mesma na seção
r 2 dp
transversal, isto é, p p(r), vem que u C
4 dx
A constante C é determinada da condição de parede, isto é,
u=0 .r dp
2
r = r0 C 0
4 dx
____________________________
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 133
1 dp 2
Assim, u (r ) (r0 r 2 )
4 dx
2
r0 dp
Velocidade no centro do tubo, u0: u 0
4 dx
Finalmente, dividindo uma expressão pela outra, tem-se:
u (r ) r2
1 2 O perfil de velocidades é parabólico (2º grau)!!
u0 r0
dq p
Admitindo-se fluxo de calor constante na parede do tubo: 0
dx
1 T 1 T
r
r r r x
T
Como o fluxo de calor e constante ao longo do tubo, então: cte
x
T
Por outro lado, por simetria no centro do tubo, sabe-se que 0 e, na parede do
r r 0
T
tubo k q p cte
r r r0
Entrando com estas c.c na equação acima e integrando, resulta no seguinte perfil
laminar de temperaturas:
1 T u 0 r0 r 1 r
2 2 4
T (r ) T0
x 4 r0 4 r0
2
7 u 0 r0 T
Após algum esforço, se obtém Tm T0 (para fluxo de calor constante na
96 x
parede).
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 134
T
k
T r r r0
q hA(T p Tm ) kA , ou h
r r r0 T p Tm
1 T u 0 r0 r 1 r
2 2 4
k T0
r x 4 r0 4 r0
r r0
h
1 3 2 T 7 u 0 r0 T
2
T0 u 0 r0 T0
16
x 96 x
TP Tm
k
Após se efetuarem os cálculos, vai-se chegar a h 4,364 ou, Nu D 4,364 . Este é
D
um resultado notável, pois o número de Nusselt para escoamento laminar plenamente
desenvolvido, propriedades constantes, submetido a um fluxo de calor constante não
depende do número de Reynolds ou de qualquer outro parâmetro! Se os cálculos forem
efetuados para temperatura de parede constante, vai-se obter Nu D 3,66 .
Trabalhos teóricos também foram realizados para outras geometrias e seus valores são
apresentados na tabela abaixo. O fator de atrito também é apresentado.
Nos problemas práticos, as propriedades devem ser calculadas à média entre as
Tme Tms
temperaturas médias de saída e entrada, isto é: Tm quando as diferenças de
2
temperatura não são significativas. Em caso diferenças significativas, deve-se empregar
o conceito de diferença média logarítmica de temperatura, DMLT, visto adiante.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 135
Nu
Plenamente desenvolvido
x
Veja livro para correlações que consideram o comprimento de entrada.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 136
q" dAp
m hx
m hx dx
dx
dhx
Expansão em serie de Taylor da entalpia, vem hx dx hx dx ...
dx
hx dx m
Mas, pela 1ª lei, temos: m hx q" dAp , que substituindo a expansão, já
dTm dT
q" P C P u A m C P m
dx dx
Dois casos podem ser analisados para ser determinar Tm que dependem da condição de
contorno impostas na parede do tubo.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 137
q" P
Integrando a equação, vem Tm ( x) x cte
C P u A
q" P
Para x = 0, Tm = Te, de forma que Tm ( x) x Te
C P u A
T p Tm ( x) h Px
Para x = 0, Tm = Te, de forma que exp c
T p Te m C P
T Tp h T
Tm Tp
Te Te
h
x
Fluxo de calor constante na superfície Temperatura de parede constante
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor138
No caso laminar, a transferência de calor da parede para o fluido (ou vice-versa) é dada
q dT q dT
por condução, segundo a lei de Fourier, isto é, k , ou
A dr Ac p dr
No caso de escoamento turbulento, define-se uma expressão análoga que tem a seguinte
forma
H
q dT
Ac p dr
du du
( m )
dr dr
em que, m é a viscosidade turbilhonar.
q dT q
ou du dT
Ac p du Ac p
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor139
Outra hipótese a ser adotada é que a razão entre o fluxo de calor por unidade de área e o
cisalhamento seja constante na seção transversal, o que permite escrever que o que
ocorre na parede, também ocorre dentro do escoamento, isto é:
q qp qp
ou du dT
CP A CP Ap p CP Ap p
um Tm
qp
De forma, que é possível integrar a equação:
ApCP p du dT
0 Tp
qp
que resulta em u m T p Tm
Ap C P p
mas, por outro lado, o fluxo de calor convectivo é dado por q p hAp (Tp Tm ) . Agora
Por outro lado, o equilíbrio de forças no elemento de fluido ilustrado abaixo resulta em:
r
Pr0 p 2r0 L , ou p 0 P
2
2L
p 2r0 L
Pr0
2
( P P)r0
2
p
L
Mas, da mecânica dos fluidos, sabe-se que a perda de pressão distribuída é dada por:
2
L um
P f ,
d0 2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor140
f
p um 2 (B)
8
hu m f
u m
2
Cp 8
Agora é de interesse que se façam aparecer os adimensionais que controlam o
fenômeno. Para isso, algumas manipulações serão necessárias, começando por
rearranjar a equação acima, para obter:
h f
C p u m 8
Agora, conveniente, esta expressão é multiplicada e dividida por algumas grandezas,
conforme indicado abaixo:
hD k 1 f
k C p um D 8
hD 1 1 f
que, pode ainda ser manipulada para obter: k / D u / 8
m
Esta é a analogia de Reynolds para escoamento turbulento em tubos. Ela está de acordo
com dados experimentais para gases (Pr ~ 1). Com base em dados experimentais
Colburn recomenda que a relação acima seja multiplicada por Pr2/3 para Pr > 0,5 (até
100). Lembre-se que essa analogia já havia sido desenvolvida para escoamento laminar.
Nu D f f
13
, ou St Pr 2 3
Pr Re D 8 8
Na faixa de Reynolds entre 2 104, para tubos lisos, f pode ser aproximado pela seguinte
equação de ajuste
0, 2
f 0,184 Re D .
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor141
0 ,8
Nu D 0,023 Re D Pr1 / 3
0 ,8
Nu D 0,023 Re D Pr n
sendo,
n = 0,3 se o fluido estiver sendo resfriado
n = 0,4 se o fluido estiver sendo aquecido
Para tubos rugosos, usar o diagrama de Moody, como mostrado abaixo, para obter f.
1 / D 2,51
Expressão de Colebrook (clássica): 1/ 2
2,0 log
1/ 2
f 3,7 Re D f
/
�
̅̅̅̅� = ,
�� ��� 0,
− 8 �� /
[ +( ) ]
�
(A) Laminar
Assim, segue-se que a seguinte expressão seja utilizada para levar este efeito em
consideração.
n
Nu cor Nu m m = viscosidade à temperatura da mistura.
p p = viscosidade à temperatura da parede
Se o fluido for em gás n = 0 (sem correções) Para 0,5 < Tm / Tp < 2,0
(B) Turbulento
n
T
Nu cor Nu m
T
p
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor143
T – temperatura absoluta
n = 0 (resfriamento de gases)
n = 0,45 para fases sendo aquecidos (n = 0,15 p/ Co2)
0 ,11
Pr
Líquidos Nu cor Nu m
Pr
p
Exemplos resolvidos
Te T p 38C Ts
0,6m
Te Ts
Calcule as propriedades à temperatura média Tm
2
0 ,8
Dittus Boelter: Nu D 0,023 Re D Pr 0, 4 (1)
diferente
Nova Ts
Ts = 21ºC Tm = 18ºC
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor144
VD 30 x0,05
Re D 1,029 x105 turbulento !!!!
14,58 x10 6
0,8
Nu D 0,023 Re D Pr 0, 4 0,023(1,029 x10^5)0,8 (0,72)0, 4 206,34
Nu D k 206,34 * 0,02554 W
h 105,4 2
D 0,05 m C
De (2)
Ts Te
hA
Tp Tm 15 105,4 0,05 03,6 38 18 17,7C
mcp 0,072 1,0056 x10
(2) Água passa em tubo de 2cm de diâmetro dotado de uma velocidade média de 1 m/s.
A água entra no tubo a 20ºC e o deixa a 60ºC. A superfície interna do tubo é mantida a
90ºC. Determine o coeficiente médio de convecção de calor, sabendo que o tubo é
longo. Calcule, também, o fluxo de calor transferido por unidade de área de tubo.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor145
Solução
VD
1 0,02 992,3
Re D 3,039 10 4
6,531 10 4
O escoamento é turbulento e o número médio de Nusselt é obtido usando a equação de
Dittus-Bolter, vem.
Nu D 0,023 Re0D,8 Pr 0, 4
0 ,11 0,11
Pr 4,34
Nu cor Nu m 159,5 174,0
PrP 1,97
O coeficiente médio de transferência de calor é
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor146
T
Tp
Ts Te
DMLT
ln Ts Te
Te
30 70
Refazendo o exercício, vem: DMLT 47,2o C - compare com T 50o C
ln 30 70
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor147
Solução
Tm1 20C Ts
1) 1º Lei Q m
C p T , com Q q"DL e, portanto, q"DL m
C p T
m C p T 0,01 4181 60
De forma que: L , ou L 13,31m
q"D 100 0,06
q "
2) q s " h (Tp , 2 Tm, 2 ) ou Tp , 2 s Tm, 2
h
4 0,01
Re D 603 2300 - Laminar !!
0,06 352 106
hD
Como se trata de fluxo de calor constante na parede, tem-se Nu D 4,364
k
4,364k
Assim, h mas k80C 0,670W / mC
D
4,364 x0,67
Logo, h 48,73W / m 2 C
0,06
1000
Finalmente, Tp , 2 80 100,5C
48,73
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 148
q U A T
Onde, T é uma diferença média efetiva da temperatura para todo o trocador de calor
que será discutida adiante; U já foi definido e representa as resistências térmicas. Para
as configurações usuais mais encontradas, temos:
Paredes plana:
1
�=
1⁄ℎ� + �⁄� + 1/ℎ
Parede cilíndrica:
1
� =
�� ⁄�� ℎ� +[�� �� ⁄�� / ]+1⁄ℎ�
, ( q U o Ao T )
1
�� = , q U i Ai T
1⁄ℎ� +[�� �� ⁄�� / ]+�� ⁄�� ℎ�
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 149
Fluido (U – W/m²K)
Óleo para óleo 170-312
Orgânico para orgânico 57-340
Vapor para
Soluções aquosas 567-3400
Óleo combustível, pesado 57-170
Óleo combustível, leve 170-340
Gases 28-284
Água 993-3.400
Água para
Álcool 284-850
Salmoura 567-1.135
Ar comprimido 57-170
Álcool condensado 255-680
Amônia condensado 850-1.420
Freon 12 condensado 454-850
Óleo condensado 227-567
Gasolina 340-510
Óleo lubrificante 113-340
Casco e tubo
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 150
Trocador de placas
onde dA é a área elementar de troca de calor. O fluxo de calor recebida pelo fluido frio é
igual à fornecida pelo fluido quente, isto é,
dq m
f c f dT f m
q cq dTq
1 1
d (Tq T f ) dq
mq cq m f c f
d (Tq T f ) 1 1
U dA
(Tq T f ) mq cq m f c f
T2 1 1
ln UA
T1 mq cq m f c f
onde, T1 Tqe Tfe e T2 Tqs T fs , como indicado no gráfico de distribuição de
q q
mq cq mf c f
(Tqe Tqs ) (T fs T fe )
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 152
T2 T1
T DMLT
ln T2 T1
Note que a temperatura de saída de fluido frio (Tfs) pode ser maior que a temperatura de
saída de fluido quente (Tqs).
De forma similar ao do caso de correntes paralelas, pode-se demonstrar que a DMLT
para o caso contra-corrente que as taxas de transferência de calor por conservação de
energia infinitesimal e convectivo são respectivamente:
1 1 Tq1 Tq 2 T f 1 T f 2
d (Tq T f ) dq U (Tq T f )dA
mq cq m f c f q q
ou
d (Tq T f ) U
(Tq1 T f 1 ) (Tq 2 T f 2 ) dA
(Tq T f ) q
d T( q f ) U
(T1 T2 )dA
T( q f ) q
ou
T2 T1
q U A DMLT onde DMLT
ln T2 T1
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 154
Solução
Considerações:
Perda de calor para a vizinhança desprezível.
Mudanças nas energias cinética e potencial desprezíveis.
Propriedades constantes.
Resistência térmica na parede do tubo e efeitos da deposição desprezíveis.
Condições de escoamento completamente desenvolvidas na água e no óleo (U
independente de x).
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 155
8524
T fs 30 40, 2 °C
0, 2 4178
A DMLT é igual a:
(Tqe T fs ) (Tqs T fe ) 59,8 30
DMLT 43,2C
Tqe T fs 5,98
ln ln
Tqs T fe
30
Assim:
k 0,625
hi Nu D 90 2.250W / m² K
Di 0,025
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 156
q 8.524
L 66,5 m
Di U DMLT 0,025 37,8 43,2
O MÉTODO F
q U A F DMLT
Onde DMLT é aquela para um trocador de calor de tubo duplo em contracorrente com
as mesmas temperaturas de entrada e saída da configuração mais complexa. As figuras a
seguir fornecem os fatores de correção para diversas configurações. Nestas figuras, a
notação (T, t) representa as temperaturas das duas correntes de fluido, pois não
importando se o fluido quente escoa nos tubos ou na carcaça.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 157
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 158
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 159
Sendo que a máxima troca de calor possível é aquela que resultaria se um dos fluidos
sofresse uma variação de temperatura igual à máxima diferença de temperatura possível,
isto é, a temperatura de entrada do fluido quente menos a temperatura de entrada do
fluido frio. Este método emprega a efetividade para eliminar a temperatura de saída
desconhecida e fornece a solução para a efetividade em termos de outros parâmetros
conhecidos ( m , c, A e U).
Seja a capacidade definida como C m
c . Então, pela 1a Lei da Termodinâmica, tem-
se:
O que indica que o fluxo de calor cedido pelo fluido quente é aquele recebido pelo
fluido frio. A máxima troca de calor ocorre quando o fluido de menor C sofrer a maior
variação de temperatura possível, isto é,
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 160
Esta troca de calor seria conseguida num trocador de calor de contracorrente de área
infinita. Combinando as equações acima, obtém-se:
Cq (Tqe Tqs ) C f (T fs T fe )
Cmin (Tqe T fe ) Cmin (Tqe T fe )
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 161
Como o valor mínimo de C pode ocorrer tanto para o fluido quente quanto para o fluido
frio, existem dois valores possíveis para a efetividade:
Tqe Tqs
Cq C f : q
Tqe T fe
T fs T fe
Cq C f : f
Tqe T fe
T2 1 1
ln UA , (eq. da DMLT)
T1
mq cq m f c f
Tqs T fs 1 1
UA
Cq C f
ln
Tqe T fe
Ou
UA Cq
Tqs T fs 1
Cq C f
e
Tqe T fe
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 162
qreal
T T T T fe Tqs T fs Cf
q 1 qs fs fs 1
Tqe T fe Tqe T fe Tqe T fe qreal
q Cq
Rearranjando,
Cq T T fs
q 1 1 qs
C f Tqe T fe
ou
UA Cq
1
Cq C f
1 e
q
1 Cq / C f
UA C f
1
C f C q
1 e
f
1 C f / Cq
Ou generalizando:
UA Cmin
1
Cmin Cmáx
1 e
1 C min / C máx
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 163
Outras Configurações
Expressões para a efetividade de outras configurações estão na seguinte tabela, em que
C = Cmin/Cmáx. NUT (na tabela NUT está escrito como NTU – number of transfer units).
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 164
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 165
Exemplo
Uma fluxo de água de 0,75 kg/s entra num TC de tubo duplo, em contra-corrente, a
temperatura de 38 °C. A água é aquecida por um fluxo de óleo de 1,51 kg/s (cp=1,88
kJ/kgK) que entra no TC a 116 °C. Para uma área de 13 m² e U=340 W/m²K determinar
o fluxo de calor total transferido.
Solução:
− � −� −�
−� ,557 ,9 5−
�= = = ,
− × � −� −� − , ×� ,557 ,9 5−
qreal 138,8
Tqs Tqe 116 67,1C
Cóleo 2,8388
qreal 138,8
T fs T fe 38 82,2 C
Cágua 3,138
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 166
Correntes paralelas
Considere o mesmo TC, mas agora na configuração de correntes paralelas.
qreal 110,3
Tqs Tqe 116 77,0 C
Cóleo 2,8388
qreal 110,3
T fs T fe 38 73,1C
Cágua 3,138
Exemplo – Continuação
Calcule o fluxo de calor do trocador de calor do exemplo anterior usando o método F-
DMLT da aula anterior. Admita as temperaturas de entrada do problema e as de saída
que foram obtidas para as configurações de contra-corrente e de correntes paralelas.
Comente.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 167
Solução
� = , ° � = , °
= ° = °
� = , ° � = , °
∆ = − � = − , = , ° ∆ = − = − = °
∆ = � − = , − = , ° ∆ = � − � = , − , = , °
, − , − ,
�� = = , ° � = = , °
,
� �
, ,
��� = ×�× �� �� = ×�× �
= × × , = × × ,
��� = , � �� = , �
Comentários
(1) Nas configurações contra-corrente e correntes paralelas os valores do fluxo de
calor são os mesmos, como era de se esperar. A diferença (110,3 e 109,2 kW) no
caso de corrente paralela se deve pelo número de casas decimais usadas.
(2) Evidentemente, esse era um resultado esperado, pois os dois métodos são
equivalentes e devem levar do mesmo resultado.
(3) Note que, em geral, a configuração de contra-corrente tem uma capacidade
maior para a mesma carga térmica de trabalho, mantidas as demais condições
operacionais.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor168
CLT
Quantidade de movimento
x
y
u u p 2u
u v g 2
x y x y
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor169
p
Mas, g , de forma que substituindo na equação da QM, vem
x
u u 2u
u v g ( ) 2
x y y
1 1
, ou (T T ) (aproximação de
T p T T
Boussinesq), logo,
u u 2u
u v g (T T ) 2
x y y
1 RT P 1
Note que para gás perfeito, GP [K ]
-1
T p P T RT p T
T T 2T
A equação da Energia: u v 2
x y y
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor170
(T sT ) x 3
Grx g
2
Nu f (Gr, Pr)
L
1 4
1/ 4
Nu L Nu x dx 0,677 Pr1/ 2 (0,952 Pr)1/ 4 Grx Nu xL
L0 3
Assim, como ocorre com a convecção forçada, também existe a transição de camadas
limites de laminar para turbulenta na placa vertical, o valor normalmente aceito é
Grcrit Pr 109
Relações Empíricas
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor171
Geometria Ra C m obs
D 35 Cilindros e placas verticais 104 – 109 0,59 ¼ Laminar
L GrL1 / 4 9
10 – 10 13
0,10 1/3 Turbulento
4 9
Cilindros horizontais 10 – 10 0,53 ¼ Laminar
109 – 1012 0,13 1/3 Turbulento
gqB x 4
Grashof modificado: Gr* Gr* Grx .Nu x
k 2
Laminar, placa vertical: Nu x 0,60 Grx . Pr
*
1/ 5 *
10 5 Grx 1011
Turbulento, placa vertical: Nu x 0,17 Grx . Pr
*
1/ 4 *
2.1013 Grx Pr 1016
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor172
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor173
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Exemplo sugerido
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor174
Espaços Confinados
(T1 T2 ) 3 T1 T2
Gr g
2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor175
h
função da distância das placas, isto é: Nu . Conforme indicado por Kreith,
k
algumas correlações empíricas podem ser empregadas:
h
m
n L
Nu C Gr Pr
k
C, m e n são dadas na tabela a seguir. L é a dimensão característica da placa. Holman
adverte que deve-se usar essa expressão na ausência de uma expressão mais específica.
CONVECÇÃO MISTA
cilindro aquecido, por exemplo. É padrão considerar que o número de Nusselt misto
seja resultante da combinação dos números de Nusselt da convecção forçada, Nu F, e
natural, NuN, segundo a seguinte expressão:
Nu n Nu Fn Nu Nn
Onde, o expoente n é adotado como 3, embora 3,5 e 4 também sejam adotados para
escoamentos transversais sobre placas horizontais e cilindros (e esferas),
respectivamente. O sinal de (+) se aplica para escoamentos paralelos e transversais,
enquanto que o sinal de (-), para escoamentos opostos.
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor178
Exemplo
Obs.: para o item (b) considere a transferência de calor combinada de convecção natural (livre) e
forçada. Para isso, verifique se a condição em que os dois efeitos são significativos dado por GrD ≈ReD2 e
use a expressão Nu3 = NuF3 + NuN3, onde, NuN é o número de Nusselt calculado como se houvesse apenas
convecção natural e NuF se houvesse apenas convecção forçada. Todos os números de Nusselt são
baseados no diâmetro da esfera.
Solução
Ts T 69 25
(a) Propriedades da água a T f 47 C
2 2
0,0004366 / K 5,82 x107 m2 / s k 0,627W / mK
As D 2 0,012 0,000314 m 2
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor179
(b)
g Ts T D 3 9,81 0,0004366 (69 25)0,013
GrD 556398
v2 (5,82 x10 7 ) 2
U D 0,04 0,01
Re D 687
v 5,82 x10 7
GrD 556398
1,21 1
Re 2D 687 2
3 3 3
Nu Nu F Nu N Nu 33,74
k 0,627
h Nu 33,74 2115W / m 2 K
D 0,01
(c)
GrD GrD
0,01
1 portanto, assumindo
Re 2D Re 2D
U 1D GrD
Re D
0,01
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www.usp.br/sisea - © José R. Simões Moreira – atualização Outubro/2016