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FENÓMENO DE TRANSFERÊNCIA I

Elaine Ojeda Armaignac Ph.D, Professora Catedrática

e-mail: elaineojeda2014@gmail.com

CONFERÊNCIA INTRODUTÓRIA

TEMA 1: Fundamentos dos Fenómenos de Transporte. Balanço de quantidade


de movimento e calor. Equações de mudança.

SUMÁRIO:

1. Objectivo geral do curso e sistema de avaliação.

2. Conceito de Operações Unitárias e sua relação com os Fenómenos de


Transporte.

3. Equação geral de transporte molecular. Sua aplicação e inter-relação param


descrever os mecanismos de transporte de quantidade de movimento, calor, e
massa.

BIBLIOGRAFIA:

1. R. B. Bird, W. E. Steward, E. N. Lightfood. Fenómenos de transporte.


Ediciones REPLA, S.A. 1992. ISBN 969-616502-9. pp. 845. Cap. I. (Texto
Básico).

2. Bird R. B. etal.: “Fenómenos de Transporte”. (2ª Edição), LTC, Rio de


Janeiro, 2004

3. Streeter, V. L., Wylie, E. V., Bedford, K. W. Mecánica de Fluidos. Novena


Edición. Editorial McGraw – Hill, 2000. ISBN: O-07-062537-9. pp. 746.

4. Shame, I. H. Mecánica de Fluidos. Tercera Edición. Editorial McGraw – Hill,


1995. ISBN: 958-600-246-2. pp. 850.

5. Perry R.H. y col.: Chemical Engineers’ Handbook.


6. Garcell L. R. etal., (Texto básico da disciplina): “Transferência de
Quantidade de movimento, calor e massa”. Editorial Povo e Educação.
Cidade de Havana, Cuba, 1988.

7. Notas de aula

DESENVOLVIMENTO:

1. Objectivo do curso e sistema de avaliação.


Objectivo Geral:

Proporcionar aos estudantes os conhecimentos teóricos, princípios e conceitos


necessários para explicar e aplicar as leis, mecanismos, e métodos básicos, que
regem e descrevem os processos de transferência de quantidade de movimento,
de calor e de massa, com o fim de consolidar as bases científicas das operações
unitárias, de maneira que possam as compreender e as relacionar com uma visão
de conjunto, e posteriormente ampliar o campo de aplicação destas.

Temas da Disciplina

1. Fundamentos dos Fenómenos de Transporte. Balanço de quantidade de


movimento, calor e massa. Equações de mudança.

2. Transporte em fluxo turbulento.

3. Transporte em sistemas de duas fases.

4. Balanças macroscópicas.

Sistema de avaliação

Atividade docente avaliativa

2 Provas parciais (Uma em tema 1 y outra en Tema 3)

1 Trabalho extraclase

1 Exame Final (Temas 1, 2 e 3).

As provas parciais serão realizadas ao final de cada Tema.

A prova final será realizada somente pelos alunos que tenham um acumulado
menor de 13,5 pontos na média das provas parcias.
2. Conceito de Operações Unitárias e sua relação com os Fenómenos de
Transporte

Para o estudo dos processos industriais se está acostumado a seguir dois caminhos
diferentes:

1. Pode-se estudar cada indústria em particular; por exemplo a do álcool, a do


petróleo, a do açúcar, a metalurgia do níquel, como constituindo conjuntos
independentes e detalhando as diversas operações características que cada
uma compreende.

2. O outro caminho consiste em classificar aos distintos elementos comuns a


muitos processos industriais com arrumo à função específica que realizam, e
estudá-los separadamente como operações unitárias e processos básicos,
independentes do processo de fabricação de que formam parte e da matéria-
prima que se elabora.

Este é o caminho que se segue geralmente no estudo da engenharia química.

Quando os elementos são de:

 Índole física se denominam operações e os de

 Índole química processos.

Este segundo caminho surge ante a quase impossibilidade de abranger por


separado as Fabricações de tantos milhares de produtos que têm uso na vida
moderna.

Como se sabe, qualquer processo químico pode ser subdividido em várias etapas
sucessivas desenvolvidas para transformar uma matéria-prima em produtos finais.

Por exemplo, uma grande variedade de produtos pode ser obtida a partir do petróleo
bruto, realizando etapas como as seguintes:

 bombeamento através de diferentes condutos para alimentação de


equipamentos de processo;

 aquecimento em estufas para vaporizar parcialmente a alimentação;

 destilação para separar seus componentes com base nas diferenças


características dos pontos de ebulição e volatilidade relativa de seus
componentes (nafta, gasolina, querosene, óleo combustível).
Além disso, produtos como querosene e gasóleo podem ser submetidos a processos
de craqueamento térmico ou craqueamento catalítico para que moléculas longas
sejam quebradas e reestruturadas em alcanos, alcenos, cicloalcanos,
hidrocarbonetos aromáticos e hidrogénio mais curtos; Neste caso, as reacções
químicas ocorrem devido ao efeito do calor e na presença de catalisadores.

Os processos químicos portanto estão dados por uma série de fenómenos físicos e
químicos.

A Operação Unitária como tal é uma das etapas de dita sequência que suporta a
alguma transformação física das substâncias que se processam.

Por outra parte as mudanças químicas vêm dados pela ocorrência de reacções
químicas.

SEQUÊNCIA DE REAÇÕES QUÍMICAS


PROCESSO = +
OPERAÇÕES UNITARIAS (MUDANÇAS QUÍMICAS)

(MUDANÇAS FÍSICAS)

Com os conhecimentos das Operações e Processos Unitários, o engenheiro


químico pode utilizá-los em novos processos industriais, e lhe dá possibilidades de
projectar, construir e explorar instalações novas, como se se tratasse de processos
já conhecidos e aplicados.

Como exemplos das operações unitárias podem citá-los seguintes:

 Filtração,
 Sedimentação,
 Evaporação,
 Destilação,
 Absorção,
 Secado
 Umidificação
 etc
Nos últimos anos os grandes avanços da teoria das operações unitárias, da
engenharia de reactores e a crescente matematização das ciências permitiram
agrupar uma série de conceitos e métodos fundamentais, que tomaram corpo como
Fenômenos de Transporte: a aplicação dos princípios físicos fundamentais ao
estudo das operações unitárias, que proporcionou a estas uma unidade em sua
base científica que antes não tinham, eliminando-se assim o empirismo cega.

Para sua aplicação, as Operações Unitárias requerem de vários elementos que


constituem ferramentas de trabalho e de cálculo (Figura No.1).

Equilíbrio Desenho de Plantas


Químico
Química Física Balanços Económicos

Equilíbrio de
Fase

OPERAÇÕES REATORES
+
Balanço de UNITÁRIA QUIMICOS
Massa
Princípios de
Engenharia
Química Balanço de
Energia
Velocidad de Transporte de Velocidade
Quantidade de movimento, De
calor e massa Reacção Química

Fenómenos de
Transporte Engenharia das Reacções
Químicas

Figura 1. Elementos necessários param a projecção e operação de processos


químicos

Na Figura No.2 se mostra em um diagrama simplificado a relação entre os princípios


dos Fenómenos de Transporte e as Operações Unitárias
OPERAÇÕES UNITARIAS

Trocadores de Absorção
Fluxo por tubeiras
calor
Filtração Evaporadores Destilação

Sedimentação Extracção

Operações de fluxo de Operações com Operações com


fluidos transferência de calor transferencia de massa

Transporte de quantidade de Transporte de energia Transporte de masa


movimento calorifica

FENÓMENOS DE TRANSPORTE

Figura 2. Relação entre os Fenómenos de Transporte e as Operações Unitárias

Essência dos fenómenos de transporte

Os fenómenos de transporte têm lugar naqueles processos conhecidos como


processos de transferência nos que se estabelece o movimento de uma
propriedade (massa ou energia) em uma ou várias direcções, sob a acção de uma
força impulsora. Ao movimento da propriedade lhe chama fluxo. Os exemplos (3) e
(5), são muito frequentes em Engenharia Química
Exemplos de Fenómenos de Transporte

No. Sistema Força impulsora Fenómeno de Transporte de uma propriedade

As moléculas mais pesadas migram para a zona de


Mescla refrigerante Diferença de
1 baixa temperatura, e as mais ligeiras o fazem para a
uniforme temperatura
zona de alta temperatura (Difusão térmica).

Os íones se movem dependendo do signo de sua


Mescla de gases Campo
2 carga eléctrica (Difusão forçada).
ionizados electromagnético

Diferença de Cada componente se move do ponto de maior


Mescla binária
3 concentração dos concentração para o de menor concentração
(gás ou líquido)
componentes (Difusão).

Diferença de
4 Sólido, líquido, gás Fluxo de eléctrones (Corrente eléctrica).
voltagem

Diferença de Fluxo de calor do ponto de maior temperatura


5 Sólido, líquido, gás
temperatura para o de menor temperatura (Condução).

Tipos de Fenómenos de Transporte fundamentais em Engenharia Química

Em Engenharia Química os fenómenos de transporte fundamentais são os


relacionados com o transporte de quantidade de movimento, de calor, e de massa.

Os mecanismos de transporte de quantidade de movimento, massa ou energia


podem ser de dois tipos:

1. Molecular: se caracteriza pelo movimento individual das moléculas

2. Turbulento: é o resultado do movimento de grandes grupos de moléculas

Transporte molecular.

O tópico 1 do curso trata das generalidades do transporte de quantidade de


movimento, calor e massa.

Os fenómenos de transporte, para seu estudo, são usualmente separados em dois


mecanismos básicos: transporte molecular e transporte turbulento.
O transporte molecular é caracterizado pelo movimento individual das
moléculas.

O transporte turbulento resulta do movimento de grandes grupos de


moléculas (redemoinhos)

O transporte molecular pode ocorrer em gases, líquidos e sólidos. Alguns exemplos


simples onde o transporte molecular de movimento, calor e massa ocorrem são
mostrados na Figura 1a, 1b e 1c respectivamente.

Observando cada uma das situações representadas, podem surgir as seguintes


questões:

 Quais são as propriedades que são transportadas?

 Como se origina o fluxo de cada propriedade (densidade de fluxo, de


quantidade de movimento, calor ou massa)?

 Como a força motriz influencia o fluxo de propriedade que está sendo


transportada?

 Como as condições do processo, a geometria do sistema, a natureza das


substâncias influenciam a intensidade dos processos de transferência de
quantidade de movimento, calor e massa?
Figura 1a) Transporte molecular de quantidade de movimento
Folha que se A camada superior móvel, com
move com velocidade Uv, transfere movimento
Vmáx. velocidade Uv, para a camada adjacente de líquido, e
pela acção de esta para as seguintes, até que a
uma força camada adjacente à camada estática
exterior seja considerada imóvel, com
Lâmina estática externa velocidade V=0. Desta forma, a
quantidade de movimento da folha é
transmitida ao líquido viscoso.
Líquido viscoso

Figura 1b) Transporte molecular de calor

Parede interna A parede interna de um forno está a 500°C e a


do Forno a Densidade de parede externa a 50°C. Um fluxo de calor por
500 °C fluxo de calor condução térmica é estabelecido através da
parede do forno, cuja origem é a diferença de
Parede externa do temperatura entre as duas superfícies que
Forno a 50 °C limitam a parede. A espessura da parede do
forno, a natureza do material e a diferença de
Ar a 30 °C temperatura na superfície interna e externa da
parede sólida determinam a intensidade do fluxo
Parede de um Forno de calor. Assim, ocorre o transporte de calor por
condução térmica.
Gases quentes

Figura 1c) Transporte molecular de massa

NOx

NOx CO2 CO
SO2

CO2 CO
SO2

Gases de combustão Os gases de combustão que emanam de uma


que se difundem no caldeira são extraídos de uma chaminé e
ar atmosférico descarregados no ar circundante. Os
componentes do gás de combustão (CO2, CO,
NOx, partículas de carbono, etc.) difundem-se
no ar. Assim, o transporte de massa ocorre por
Chimenea difusão
3. Equação geral de transporte molecular. Sua aplicação e inter-relação
param descrever os mecanismos de transporte de quantidade de
movimento, calor, e massa.

3.1. Leis físicas fundamentais

Os fenómenos de transporte de quantidade de movimento, calor e de massa podem


ser descritos por três leis físicas fundamentais:

 a lei da conservação da massa,

 a segunda lei do movimento de Newton e

 a primeira lei da termodinâmica.

Conhecendo estas leis, podem-se aplicar os balanços de massa, quantidade de


movimento e energia, obtendo-se a equação da continuidade, a equação do
movimento e a respectiva equação da energia.

3.2. Equação geral de transporte molecular.

Nos processos de transporte molecular, a transferência ou deslocamento de uma


determinada propriedade ou entidade ocorre através do movimento molecular
através de um sistema ou meio que pode ser um fluido (gás ou líquido) ou um sólido.

A propriedade que é transferida pode ser massa, energia térmica (calor) ou


quantidade de movimento (momento ou momento linear).

Cada molécula em um sistema tem uma certa quantidade de massa, energia térmica
ou momento linear associado a ela. Quando há uma diferença na concentração de
qualquer uma dessas propriedades de uma região para uma região adjacente,
ocorre um transporte líquido dessa propriedade.

Em fluidos como gases, onde as moléculas estão relativamente distantes, a


velocidade de propriedade de transporte será relativamente alta, pois poucas
moléculas estão presentes para bloquear o transporte ou interagir.

Em fluidos mais densos, como líquidos, as moléculas estão mais próximas e o


transporte ou difusão ocorre mais lentamente.

Nos sólidos, as moléculas são mais compactadas do que nos líquidos, e a migração
molecular é ainda mais restrita.

O transporte molecular é caracterizado pelo movimento individual das


moléculas.
A equação geral de transporte molecular pode ser obtida partindo de um modelo
gasoso simples. Este modelo gasoso é o postulado pela teoria cinética simplificada
dos gases ideais.

A equação resultante, derivada deste modelo gasoso, aplica-se também para


descrever o transporte molecular em líquidos e sólidos. Dita equação se expressa
como uma relação matemática linear da forma FLUXO – GRADIENTE, a qual
constitui em realidade, uma expressão da velocidade de transferência de uma
propriedade em um sistema dado:

1  d 
 neto   l  c   (1)
 
6  dy
onde:

 neto - é a densidade de fluxo nítido da propriedade (em uma direcção dada).

d
- é o gradiente da concentração da propriedade na direcção Y.
dy

1
l  c - é uma constante de proporcionalidade, sendo l o percurso livre meio das
6
moléculas do modelo gasoso, e c a velocidade médio de sortes moléculas
entre duas colisões.

Do ponto de vista físico,

 neto é a velocidade de transferência da propriedade, e

d
é a intensidade da força impulsora
dy

De acordo com a equação (1), a propriedade se transporta do ponto de maior


concentração da propriedade para o de menor concentração, daí que, nessa
d
equação, o gradiente é negativo.
dy

Na Engenharia Química, no campo das operações unitárias, a propriedade que se


transporta pode ser:

 quantidade de movimento,
 energia calorífica, e

 massa.

Assim, a equação (1) pode dar lugar a três expressões básicas (Figura No.4):

A equação resultante pode ser aplicada para descrever os processos de transporte


de quantidade de movimento, calor e massa em gases, dando origem às leis da
viscosidade de Newton, à Lei de Fourier e à Lei de Fick.

Lei do Newton (Transporte molecular de quantidade de movimento: Regime laminar


de fluxo): equação 6

 dv
 yz      (6)
 d y 

Lei do Fourier (Transporte molecular de calor: Condução): equação 3

 dT 
q  k    (4)
 d y 

Lei do Fick (Transporte molecular de massa: Difusão): equação 4

 d CA 
N A  D AB    (2)
 dy 
 

A partir da equação geral se obtêm as expressões das leis de Newton, de Fourier e


de Fick, para os transportes de massa, de calor, e de quantidade de movimento,
respectivamente, as quais são definições das propriedades de transporte.
Ecuación general de transporte
molecular

1  d
  l  c    
6  dy
…(1)

 d CA   d (  C p  T )   d (  v) 
N A  D AB     q        yz      
 dy   dy   d y 
…(2) …(3) …(5)

Ley de Fick (Transporte molecular de (Transporte molecular


calor) de cantidad de
(Transporte molecular
movimiento)
de masa)
Difusión

 dT  dv
q  k      yz      
 dy  dy

…(4) …(6)

Ley de Fourier Ley de Newton

Conducción Régimen laminar


de flujo

FIGURA No.4

3.3. Propriedades de transporte de gases, líquidos e sólidos.

Durante o estudo da equação geral e das leis básicas do transporte molecular, três
propriedades de transporte foram identificadas: viscosidade dinâmica, condutividade
térmica e difusividade de massa.

O conhecimento do significado físico dessas propriedades e sua determinação são


essenciais para poder interpretar vários fenómenos de transporte em processos
químicos tecnológicos.

1
Em sortes equações, a constante de proporcionalidade  l  c dá lugar às
6
propriedades de transporte:
2
DAB – difusividad, m s
2
 – difusividad térmica, m s
2
 – viscosidade cinemática, m
s

1
 l  c  D AB
6
1 (7)
l c  
6
1
6
l  c   m2
s
cm s 
2

Para o transporte de quantidade de movimento:

kg  m
    v (Concentração de quantidade de movimento), s  Pa  s
3
m m

kg  m
   yz (Densidade de fluxo de quantidade de movimento), s  Pa
m s
2

Para sistemas de  constante, a partir da expressão (5), chega-se à equação (6)

 d    
 yz     
 dy 
  
onde:  - Viscosidade dinâmica, Pa  s

 dv
 yz     
 d y 
Para el transporte de calor:

 d   C p  T 
q     
 dy 
    Cp  T J
(Concentração de calor), m3

  q (Densidade de fluxo de calor), W 2


m

Para sistemas de  e Cp constantes, a partir da expressão (3), chega-se à equação


(4)

   Cp  k

Onde: k – condutividade térmica, W mº C

 dT 
q  k   
 d y 

Para o transporte de massa:

  C A (Concentração molar), mol


m3

ψ  N A (Densidade de fluxo molar), mol


m2  s

 d CA 
N A  D AB   
 dy 
 

Exemplo Ilustrativo # 1

Uma parede de tijolos refractários, em um forno, possui 20 cm de espessura e uma

condutibilidade térmica de 1,65 W . A superfície interior, no lado onde se produz


mº C
a combustão, está a uma temperatura de 1000ºC; e a outra superfície exterior a
950ºC. Determinar a densidade de fluxo de calor para o exterior (q), através da
parede, e o fluxo de calor (Q, expresso em W) se a área da superfície de
transferência de calor da parede é de 10 m2
Solução

De acordo com a lei do Fourier da condução (equação 4):

 dT 
q  k    
 d y

W
tem-se como dado: k  1,65 (condutibilidade térmica do meio)
mº C

 dT 
Para achar o término    que é o gradiente de temperatura (força impulsora):
 d y

 dT  T T T 950  1000
       final inicial  
 d y y espesor 0,20

 dT 
    250 º C  gradiente de temperatura (força impulsora)
m
 d y 

Logo, pela expressão (4):

q  1,65  250   412,5


W
densidade de fluxo de calor
m2

Se a superfície transversal tiver uma área de 10 m 2, o fluxo de calor na direcção do


gradiente de temperatura seria, por definição:

Q
q
A
isolando

 Q  q  A  412,5  10  4125 W


CONCLUSÕES

Nesta conferência conheceram os aspectos de interesse relacionados com a


disciplina. Neste sentido é importante conhecer o objectivo básico da disciplina,
assim como sua relação com outras disciplinas do curso.

Também se aprofundou no conceito de Operações Unitárias e suas relações com os


Fenómenos de Transporte. Explicou-se que os Fenómenos de Transporte vão mais
à frente do marco da Engenharia Química.

Por último, conheceu-se a equação geral do transporte molecular e sua aplicação


aos sistemas onde se transporta massa, calor, e quantidade de movimento, dando
lugar às expressões ou leis que descrevem os mecanismos de difusão, condução e
regime laminar: leis do Fick, do Fourier, e do Newton, respectivamente

Perguntas de Comprovação

1. Quais são os fenómenos de transporte típicos em Engenharia Química?

2. Por quais vias é possível estudar os processos tecnológicos das indústrias


químicas?

3. Qual lei básica do transporte molecular define à viscosidade dinâmica?

4. Qual é o significado físico do gradiente de concentração de propriedade na


equação geral de transporte molecular?

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