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SUMÁRIO
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ESCOLA TÉCNICA CENTRO RIO
MFLU – Mecânica dos Fluídos
A mecânica dos fluidos é o ramo da mecânica que estuda o comportamento físico dos fluidos e
suas propriedades. Os aspectos teóricos e práticos da mecânica dos fluidos são de fundamental
importância para a solução de diversos problemas encontrados habitualmente na engenharia,
sendo suas principais aplicações destinadas ao estudo de escoamentos de líquidos e gases,
máquinas hidráulicas, aplicações de pneumática e hidráulica industrial, sistemas de ventilação e
ar condicionado além de diversas aplicações na área de aerodinâmica voltada para a indústria
aeroespacial.
O estudo da mecânica dos fluidos é dividido basicamente em dois ramos, a estática dos fluidos e
a dinâmica dos fluidos. A estática dos fluidos trata das propriedades e leis físicas que regem o
comportamento dos fluidos livre da ação de forças externas, ou seja, nesta situação o fluido se
encontra em repouso ou então com deslocamento em velocidade constante, já a dinâmica dos
fluidos é responsável pelo estudo e comportamento dos fluidos em regime de movimento
acelerado no qual se faz presente a ação de forças externas responsáveis pelo transporte de
massa
Dessa forma, pode-se perceber que o estudo da mecânica dos fluidos está relacionado a muitos
processos industriais presentes na engenharia e sua compreensão representa um dos pontos
fundamentais para a solução de problemas geralmente encontrados nos processos industriais.
Definição de Fluido
Um fluido é caracterizado como uma substância que se deforma continuamente quando
submetida a uma tensão de cisalhamento, não importando o quão pequena possa ser essa tensão. Os
fluidos incluem os líquidos, os gases, os plasmas e, de certa maneira, os sólidos plásticos. A principal
característica dos fluidos está relacionada a propriedade de não resistir a deformação e apresentam a
capacidade de fluir, ou seja, possuem a habilidade de tomar a forma de seus recipientes. Esta
propriedade é proveniente da sua incapacidade de suportar uma tensão de cisalhamento em equilíbrio
estático.
Os fluidos podem ser classificados como: Fluido Newtoniano ou Fluido Não Newtoniano. Esta
classificação está associada à caracterização da tensão, como linear ou não-linear no que diz respeito à
dependência desta tensão com relação à deformação e à sua derivada.
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Unidades de Medida
Antes de iniciar o estudo de qualquer disciplina técnica, é importante entender alguns conceitos
básicos e fundamentais. Percebe-se que muitos alunos acabam não avançando nos estudos, e por isso
não aprendem direito a disciplina em estudo, por não terem contato com estes conceitos. Nesta
primeira aula serão estudadas as unidades e a importância do Sistema Internacional de Unidades (SI).
No nosso dia-a-dia expressamos quantidades ou grandezas em termos de outras unidades que
nos servem de padrão. Um bom exemplo é quando vamos à padaria e compramos 2 litros de leite ou
400g de queijo. Na Física é de extrema importância a utilização correta das unidades de medida.
Existe mais de uma unidade para a mesma grandeza, por exemplo, 1metro é o mesmo que 100
centímetros ou 0,001 quilômetro. Em alguns países é mais comum a utilização de graus Fahrenheit (°F)
ao invés de graus Celsius (°C) como no Brasil. Isso porque, como não existia um padrão para as
unidades, cada pesquisador ou profissional utilizava o padrão que considerava melhor.
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Unidade de capacidade térmica específica (calor específico) - Um joule por quilograma kelvin
(J/(kg K) é a capacidade térmica específica de um corpo homogêneo com massa de 1 quilograma, no
qual a adição de uma quantidade de calor de um joule, produz uma elevação de temperatura
termodinâmica de 1 kelvin.
Unidade de condutividade térmica - Um watt por metro kelvin (W/ m.K) é a condutividade térmica
de um corpo homogêneo isótropo, no qual uma diferença de temperatura de 1 kelvin entre dois planos
paralelos, de área 1 metro quadrado e distantes 1 metro, produz entre estes planos um fluxo térmico de
1 watt.
Unidade de intensidade de campo elétrico - Um volt por metro (V/m) é a intensidade de um
campo elétrico, que aplica uma força de intensidade 1 newton sobre um corpo eletrizado com
quantidade de carga de 1 coulomb.
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Massa Específica
Representa a relação entre a massa de uma determinada substância e o volume ocupado por
ela. A massa específica pode ser quantificada através da aplicação da equação a seguir.
onde, é a massa específica, m representa a massa da substância e V o volume por ela
ocupado.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a massa é quantificada em kg e o volume em m³,
assim, a unidade de massa específica é kg/m³.
Peso Específico
É a relação entre o peso de um fluido e volume ocupado, seu valor pode ser obtido pela
aplicação da equação a seguir
Como o peso é definido pelo princípio fundamental da dinâmica (2ª Lei de Newton) por , a equação
pode ser reescrita do seguinte modo:
A partir da análise das equações é possível verificar que existe uma relação entre a massa específica
de um fluido e o seu peso específico, e assim, pode-se escrever que:
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Exercícios Resolvidos
1) Sabendo-se que 1500kg de massa de uma determinada substância ocupa um volume de 2m³,
determine a massa específica, o peso específico e o peso específico relativo dessa substância.
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Exercício 2
2) Um reservatório cilíndrico possui diâmetro de base igual a 2m e altura de 4m, sabendo-se que o
mesmo está totalmente preenchido com gasolina (ver propriedades na Tabela), determine a massa de
gasolina presente no reservatório.
Massa Específica
720kg/m³ (obtido na tabela de propriedades dos fluidos)
Exercícios Propostos
1) A massa específica de uma determinada substância é igual a 740kg/m³, determine o volume
ocupado por uma massa de 500kg dessa substância.
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2) Sabe-se que 400kg de um líquido ocupa um reservatório com volume de 1500 litros, determine sua
massa específica, seu peso específico e o peso específico relativo. Dados:
3) Determine a massa de mercúrio presente em uma garrafa de 2 litros. (Ver propriedades do mercúrio
na Tabela). Dados: g = 10m/s², 1000 litros = 1m³.
4) Um reservatório cúbico com 2m de aresta está completamente cheio de óleo lubrificante (ver
propriedades na Tabela). Determine a massa de óleo quando apenas ¾ do tanque estiver ocupado.
5) Sabendo-se que o peso específico relativo de um determinado óleo é igual a 0,8, determine seu
peso específico em N/m³.
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Definição de Pressão
A pressão média aplicada sobre uma superfície pode ser definida pela relação entre a força aplicada e a
área dessa superfície e pode ser numericamente calculada pela aplicação da equação a seguir.
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O Barômetro de Torricelli
Dessa forma, Torricelli concluiu que essas variações mostravam que a pressão atmosférica
podia variar e suas flutuações eram medidas pela variação na altura da coluna de mercúrio. Torricelli
não apenas demonstrou a existência da pressão do ar, mas inventou o aparelho capaz de realizar sua
medida, o barômetro como pode se observar na figura.
Exercícios Resolvidos
1) Uma placa circular com diâmetro igual a 0,5m possui um peso de 200N, determine em Pa a pressão
exercida por essa placa quando a mesma estiver apoiada sobre o solo.
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Solução do Exercício 1
Área da Placa: Determinação da Pressão:
2) Determine o peso em N de uma placa retangular de área igual a 2m² de forma a produzir uma
pressão de 5000Pa.
Solução do Exercício 2
Cálculo do Peso:
Exercícios Propostos
1) Uma caixa d'água de área de base 1,2m X 0.5 m e altura de 1 m pesa 1000N que pressão ela exerce
sobre o solo?
a) Quando estiver vazia
b) Quando estiver cheia com água
2) Uma placa circular com diâmetro igual a 1m possui um peso de 500N, determine em Pa a
pressão exercida por essa placa quando a mesma estiver apoiada sobre o solo.
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Escoamento Laminar
Ocorre quando as partículas de um fluido movem-se ao longo de trajetórias bem definidas,
apresentando lâminas ou camadas (daí o nome laminar) cada uma delas preservando sua característica
no meio. No escoamento laminar a viscosidade age no fluido no sentido de amortecer a tendência de
surgimento da turbulência. Este escoamento ocorre geralmente a baixas velocidades e em fluídos que
apresentem grande viscosidade.
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Escoamento Turbulento
Ocorre quando as partículas de um fluido não movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, ou seja
as partículas descrevem trajetórias irregulares, com movimento aleatório, produzindo uma transferência
de quantidade de movimento entre regiões de massa líquida. Este escoamento é comum na água, cuja
a viscosidade e relativamente baixa.
Número de Reynolds
O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos
fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma
superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu
nome vem de Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado físico é um
quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade.
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= massa específica do fluido
V = velocidade do escoamento
D = diâmetro da tubulação
Tabelas de Viscosidade Dinâmica
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onde: v representa a velocidade do escoamento, é a densidade do ar, a viscosidade dinâmica do
Exercícios Resolvidos
1) Calcular o número de Reynolds e identificar se o escoamento é laminar ou turbulento sabendo-se
que em uma tubulação com diâmetro de 4cm escoa água com uma velocidade de 0,05m/s.
Solução do Exercício:
Viscosidade Dinâmica da água:
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→ Escoamento Laminar
2) Determine o número de Reynolds para uma aeronave em escala reduzida sabendo-se que a
velocidade de deslocamento é v = 16 m/s para um vôo realizado em condições de atmosfera padrão ao
Solução do exercício
Exercícios Propostos
1) Calcular o número de Reynolds e identificar se o escoamento é laminar ou turbulento sabendo-se
que em uma tubulação com diâmetro de 4cm escoa água com uma velocidade de 0,2m/s.
2) Um determinado líquido, com kg/m³, escoa por uma tubulação de diâmetro 3cm com uma velocidade
de 0,1m/s, sabendo-se que o número de Reynolds é 9544,35. Determine qual a viscosidade dinâmica
do líquido.
3) Acetona escoa por uma tubulação em regime laminar com um número de Reynolds de 1800.
Determine a máxima velocidade do escoamento permissível em um tubo com 2cm de diâmetro de
forma que esse número de Reynolds não seja ultrapassado.
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4) Benzeno escoa por uma tubulação em regime turbulento com um número de Reynolds de 5000.
Determine o diâmetro do tubo em mm sabendo-se que a velocidade do escoamento é de 0,2m/s.
Regime Permanente
Para que um escoamento seja permanente, é necessário que não ocorra nenhuma variação de
propriedade, em nenhum ponto do fluido com o tempo.
Equação da Continuidade
A equação da continuidade relaciona a vazão em massa na entrada e na saída de um sistema.
Para o caso de fluido incompressível, a massa específica é a mesma tanto na entrada quanto na saída,
portanto:
A equação apresentada mostra que as velocidades são inversamente proporcionais as áreas, ou seja,
uma redução de área corresponde a um aumento de velocidade e vice-versa.
Exercícios Resolvidos
1) Para a tubulação mostrada na figura, calcule a vazão em massa, em peso e em volume e determine
a velocidade na seção (2) sabendo-se que A1 = 10cm² e A2 = 5cm².
Dados: = 1000kg/m³ e v1 = 1m/s.
Solução do Exercício
Aplicação da Equação da Continuidade entre os pontos (1) e (2).
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2) Um tubo despeja água em um reservatório com uma vazão de 20l/s e um outro tubo despeja um
líquido de massa específica igual a 800kg/m³ com uma vazão de 10 l/s. A mistura formada é
descarregada por um tubo da área igual a 30cm². Determinar a massa específica da mistura no tubo de
descarga e calcule também qual é a velocidade de saída.
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Exercícios Propostos
1) Água é descarregada de um tanque cúbico com 3m de aresta por um tubo de 3cm de diâmetro. A
vazão no tubo é de 7 l/s. Determine a velocidade de descida da superfície livre da água do tanque e
calcule quanto tempo o nível da água levará para descer 15cm. Calcule também a velocidade de
descida da água na tubulação.
2) Um determinado líquido escoa por uma tubulação com uma vazão de 5 l/s. Calcule a vazão em
massa e em peso sabendo-se que = 1350kg/m³ e g = 10m/s².
3) Água escoa na tubulação mostrada com velocidade de 2m/s na seção (1). Sabendo-se que a área da
seção (2) é o dobro da área da seção (1), determine a velocidade do escoamento na seção (2).
4) Calcule o diâmetro de uma tubulação sabendo-se que pela mesma escoa água com uma velocidade
de 0,8m/s com uma vazão de 3 l/s.
5) Sabe-se que para se encher o tanque de 20m³ mostrado são necessários 1h e 10min, considerando
que o diâmetro do tubo é igual a 10cm, calcule a velocidade de saída do escoamento pelo tubo.
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6) Determine a velocidade do fluido nas seções (2) e (3) da tubulação mostrada na figura.
Dados: v 1 = 3m/s, d1 = 0,5m, d2 = 0,3m e d3 = 0,2m.
Equação de Bernoulli
Hipóteses de Simplificação:
Regime permanente.
Sem a presença de máquina (bomba/turbina).
Sem perdas por atrito.
Fluido incompressível.
Sem trocas de calor.
Propriedades uniformes nas seções.
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Exercícios Resolvidos
1) Determine a velocidade do jato de líquido na saída do reservatório de grandes dimensões mostrado
na figura.
Dados: h20 = 1000kg/m³ e g = 10m/s².
Solução do Exercício
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Exercícios Propostos
1) Determine a altura da coluna da água no reservatório de grandes dimensões mostrado na figura.
Dados: h20 = 1000kg/m³ e g = 10m/s².
2) Água escoa em regime permanente através do tubo de Venturi mostrado. Considere no trecho
mostrado que as perdas são desprezíveis. Sabendo-se que A1 = 2,5A2 e que d1 = 10cm. Determine
a vazão de água que escoa pelo tubo.
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B é o rendimento da bomba.
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Bombas Hidráulicas
Definição
São Máquinas Hidráulicas Operatrizes, isto é, máquinas que recebem energia potencial (força
motriz de um motor ou turbina), e transformam parte desta potência em energia cinética (movimento) e
energia de pressão (força), cedendo estas duas energias ao fluído bombeado, de forma a recirculá-lo ou
transportá-lo de um ponto a outro.
Portanto, o uso de bombas hidráulicas ocorre sempre que há a necessidade de aumentar-se a
pressão de trabalho de uma substância líquida contida em um sistema, a velocidade de escoamento, ou
ambas.
Bombas Centrífugas
Nas Bombas Centrífugas, ou Turbo-Bombas, a movimentação do fluído ocorre pela ação de
forças que se desenvolvem na massa do mesmo, em conseqüência da rotação de um eixo no qual é
acoplado um disco (rotor, impulsor) dotado de pás (palhetas, hélice), o qual recebe o fluído pelo seu
centro e o expulsa pela periferia, pela ação da força centrífuga, daí o seu nome mais usual.
Em função da direção do movimento do fluído dentro do rotor, estas bombas dividem-se em:
A.1.Centrífugas Radiais (puras): A movimentação do fluído dá-se do centro para a periferia do
rotor, no sentido perpendicular ao eixo de rotação;
OBS.: Este tipo de bomba hidráulica é o mais usado no mundo, principalmente para o transporte de
água, e é o único tipo de bomba fabricada pela SCHNEIDER, cujos diferentes modelos e aplicações
estão apresentados neste catálogo.
A.2.Centrífugas de Fluxo Misto (hélico-centrífugas): O movimento do fluído ocorre na direção
inclinada (diagonal) ao eixo de rotação;
A.3.Centrífugas de Fluxo Axial (helicoidais): O movimento do fluído ocorre paralelo ao eixo de
rotação.
Bombas Volumétricas
Nas Bombas Volumétricas, ou de Deslocamento Positivo, a movimentação do fluído é
causada diretamente pela ação do órgão de impulsão da bomba que obriga o fluído a executar o
mesmo movimento a que está sujeito este impulsor (êmbolo, engrenagens, lóbulos, palhetas).
Dá-se o nome de volumétrica porque o fluído, de forma sucessiva, ocupa e desocupa espaços
no interior da bomba, com volumes conhecidos, sendo que o movimento geral deste fluído dá-se na
mesma direção das forças a ele transmitidas, por isso são chamadas de deslocamento positivo. As
Bombas Volumétricas dividem-se em:
B.1.Êmbolo ou Alternativas (pistão, diafragma, membrana);
B.2.Rotativas (engrenagens, lóbulos, palhetas, helicoidais, fusos, parafusos, peristálticas).
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Funcionamento da Bomba
Bombas Centrífugas
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Cavitação em Bombas
Como qualquer outro líquido, a água também tem a propriedade de vaporizar-se em
determinadas condições de temperatura e pressão. E assim sendo temos, por exemplo, entra em
ebulição sob a pressão atmosférica local a uma determinada temperatura, por exemplo, a nível do mar
(pressão atmosférica normal) a ebulição acontece a 100°C. A medida que a pressão diminui a
temperatura de ebulição também se reduz. Por exemplo, quanto maior a altitude do local menor será a
temperatura de ebulição. Em consequência desta propriedade pode ocorrer o fenômeno da cavitação
nos escoamentos hidráulicos.
Fenômeno da Cavitação
Chama-se de cavitação o fenômeno que decorre, nos casos em estudo, da ebulição da água no
interior dos condutos, quando as condições de pressão caem a valores inferiores a pressão de
vaporização. No interior das bombas, no deslocamento das pás, ocorrem inevitavelmente rarefações no
líquido, isto é, pressões reduzidas devidas à própria natureza do escoamento ou ao movimento de
impulsão recebido pelo líquido, tornando possível a ocorrência do fenômeno e, isto acontecendo,
formar-se-ão bolhas de vapor prejudiciais ao seu funcionamento, caso a pressão do líquido na linha de
sucção caia abaixo da pressão de vapor (ou tensão de vapor) originando bolsas de ar que são
arrastadas pelo fluxo. Estas bolhas de ar desaparecem bruscamente condensando-se, quando
alcançam zonas de altas pressões em seu caminho através da bomba. Como esta passagem gasoso-
líquido é brusca, o líquido alcança a superfície do rotor em alta velocidade, produzindo ondas de alta
pressão em áreas reduzidas. Estas pressões podem ultrapassar a resistência à tração do metal e
arrancar progressivamente partículas superficiais do rotor, inutilizando-o com o tempo.
Características da Cavitação
Quando ocorre a cavitação são ouvidos ruídos e vibrações característicos e quanto maior for a bomba,
maiores serão estes efeitos. Além de provocar o desgaste progressivo até a deformação irreversível dos
rotores e das paredes internas da bomba, simultaneamente esta apresentará uma progressiva queda de
rendimento, caso o problema não seja corrigido. Nas bombas a cavitação geralmente ocorre por altura
inadequada da sucção (problema geométrico), por velocidades de escoamento excessivas (problema
hidráulico) ou por escorvamento incorreto (problema operacional).
Efeitos da Cavitação
Exercícios Propostos
1) A massa específica de uma determinada substância é igual a 900kg/m³, determine o
volume ocupado por uma massa de 700kg dessa substância.
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2) Sabe-se que 600kg de um líquido ocupa um reservatório com volume de 2500 litros,
determine sua massa específica, seu peso específico e o peso específico relativo.
Dados:
H2O = 10000N/m³, g = 10m/s², 1000 litros = 1m³.
4) Uma caixa d'água de área de base 1,4m X 0.6 m e altura de 0,8 m pesa 1500N que pressão ela
exerce sobre o solo?
a) Quando estiver vazia
b) Quando estiver cheia com água
Dados:
H2O = 10000N/m³, g = 10m/s².
6) O nível de água contida em uma caixa d’água aberta à atmosfera se encontra 22m acima do nível de
uma torneira, determine a pressão de saída da água na torneira.
Dados:
H2O = 10000N/m³, g = 10m/s².
Golpe de aríete
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O golpe de aríete (também conhecido na literatura em inglês e na internet pelo nome de "water
hammer" i.e. "martelo de água") é um distúrbio que consiste em fortes oscilações de pressão,
normalmente disparadas por mudanças bruscas na velocidade de escoamento de um líquido dentro de
um encanamento.
As mudanças de velocidade capazes de gerar um golpe de aríete podem ser provocadas, por exemplo,
pelo fechamento muito rápido de uma válvula, pela partida ou parada súbita de uma bomba etc.
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E na catástrofe da usina nuclear de Chernobil, o golpe de aríete, apesar de não ter sido apontado como
a causa primária do acidente, contribuiu, na sequência de eventos, para uma maior destruição do
reator.
Sem dúvida, o campo onde o golpe de aríete é mais temido é nas usinas nucleares.
A profusão de encanamentos e bombas nestas usinas e a sua "tolerância zero" a vazamentos
radioativos, faz com que o golpe de aríete seja motivo de preocupação constante e mereça atenção
muito especial dos projetistas.
MEDIÇÃO DE ESCOAMENTO
INTRODUÇÃO
Na maioria das operações realizadas nos processos industriais é muito importante efetuar a medição e
o controle da quantidade de fluxo de líquidos, gases e até sólidos granulados, não só para fins
contábeis, como também para a verificação do rendimento do processo.
Assim, estão disponíveis no mercado diversas tecnologias de medição de vazão cada uma tendo sua
aplicação mais adequada conforme as condições impostas pelo processo.
Neste capítulo abordaremos algumas destas tecnologias, suas aplicações, e os princípios físicos
envolvidos, bem como os testes, calibração e suas interligações elétricas em forma de malhas de
medição, registro, indicação e controle.
DEFINIÇÃO
Vazão pode ser definida como sendo a quantidade volumétrica, mássica ou gravitacional de um fluido
que passa através de uma seção de uma tubulação ou canal por unidade de tempo.
Observação:
A vazão também pode ser obtida pelo resultado da multiplicação da área seccional pela média da
velocidade do fluido.
Vazão Volumétrica
É definida como sendo a quantidade em volume que escoa através de uma certa seção em um intervalo
de tempo considerado. É representado pela letra Q e expressa pela seguinte equação:
Onde:
V = volume
t = tempo
Vazão Mássica
É definida como sendo a quantidade em massa de um fluido que atravessa a seção de uma tubulação
por unidade de tempo. É representada pela letra Qm e expressa pela seguinte equação:
Onde:
m = massa
t = tempo
As unidades de vazão mássica mais utilizadas são: kg/s, kg/h, T/h e Lb/h.
Vazão Gravitacional
É a quantidade em peso que passa por uma certa seção por unidade de tempo. É representada pela
letra Q e expressa pela seguinte equação:
Onde:
W = peso
Unidade Gravitacional
As unidades de vazão gravitacional mais utilizadas são: kgf/h e lbf/h.
Equação ( 1 )
Onde:
k = relação dos calores específicos
CP = calor específico à pressão constante J/Kg x K
CV = calor específico a volume constante J/kg x K
K → Temperatura em Kelvin
Viscosidade
É definida como sendo a resistência ao escoamento de um fluido em um duto qualquer.
Esta resistência provocará uma perda de carga adicional que deverá ser considerada na medição de
vazão.
Viscosidade absoluta ou dinâmica
Define-se como sendo o atrito interno num fluido, que se opõe ao movimento relativo de suas moléculas
e ao movimento de corpos sólidos que nele estejam. É representada pela letra grega (mi).
Unidade absoluta ou dinâmica
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Viscosidade cinemática
É a relação entre a viscosidade absoluta e a massa específica de um fluido, tomados à
Tipos de Escoamento
Regime Laminar
Se caracteriza por um escoamento em camadas planas ou concêntricas, dependendo da forma do duto,
sem passagens das partículas do fluido de uma camada para outra e sem variação de velocidade, para
determinada vazão.
Regime Turbulento
Se caracteriza por uma mistura intensa do líquido e oscilações de velocidade e pressão. O movimento
das partículas é desordenado e sem trajetória definida.
Número de Reynolds
Número adimensional utilizado para determinar se o escoamento se processa em regime laminar ou
turbulento. Sua determinação é importante como parâmetro modificador dos coeficiente de descarga.
Onde:
V - velocidade (m/s)
D - diâmetro do duto (m)
Observação:
Na prática, se Re 2.320, o fluxo é turbulento, caso contrário é sempre laminar.
Nas medições de vazão na indústria, o regime de escoamento é na maioria dos casos turbulento com
Re 5.000.
Regime Laminar
É caracterizado por um perfil de velocidade mais acentuado, onde as diferenças de velocidades são
maiores.
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Regime Turbulento
É caracterizado por um perfil de velocidade mais uniforme que o perfil laminar. Suas diferenças de
velocidade são menores.
Observação:
Por estas duas fórmulas percebe-se que a velocidade de um fluido na superfície da seção de um duto é
zero (0). Podemos entender o porque da velocidade nas paredes da tubulações considerando também
o atrito existente entre o fluido e a superfície das tubulações.
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Onde:
Q = vazão do fluido do local do estreitamento
K = constante
P1 = Pressão Medida
Pp = Pressão de Projeto
T1= Temperatura medida
Tp = Temperatura de projeto
P = perda de carga entre o fluxo, a montante e jusante do estreitamento.
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Utilizando o tubo pitot, determina-se um diferencial de pressão, que corresponde a pressão dinâmica e
com o valor dessa pressão através da fórmula abaixo, obtemos a velocidade de um ponto de medição.
Onde:
PD = pressão dinâmica em kgf/cm 2
= peso específico do fluido em kgf/m3
V = velocidade do fluido em m/s
g = aceleração da gravidade m/s2
O tubo de Pitot mede apenas a velocidade do ponto de impacto e não a velocidade média do fluxo.
Assim sendo, a indicação da vazão não será correta se o tubo de impacto não for colocado no ponto
onde se encontra a velocidade média do fluxo.
Pesquisadores, concluíram que o valor da velocidade média seria 0,8 da velocidade máxima do duto.
Através deste dado podemos concluir que para determinarmos a vazão em uma tubulação a partir da
velocidade máxima da mesma bastaria multiplicarmos este valor (v máx) pelo fator 0,8 e em seguida
multiplicarmos pela seção do tubo. Para a determinação da velocidade média em uma tubulação
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recomenda-se medir pelo menos em dois pontos perpendiculares conforme figura 06, fazendo a média
destas velocidades teremos a velocidade média da tubulação.
Em termos práticos, para se determinar a velocidade média do fluido no interior de um duto, utiliza-se a
tomada de impacto do tubo de pitot entre 0,25 x D e 0,29D em relação a parede do tudo, pois nesta
posição a velocidade do fluido se iguala à velocidade média do fluido.
Observação:
1. O eixo axial do tubo de pitot deve ser paralelo ao eixo axial da tubulação e livre de vibrações.
2. O fluido deverá estar presente em uma única fase (líquido, gás ou vapor) e ter velocidade entre 3 m/s
a 30 m/s para gás e entre 0,1 m/s e 2,4 m/s para líquidos.
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Quanto maior for a vazão da bomba e a altura de sucção negativa, maior será a possibilidade da bomba
cavitar em função do NPSH.
Em termos técnicos, o NPSH define-se como a altura total de sucção referida a pressão atmosférica
local existente no centro da conexão de sucção, menos a pressão de vapor do líquido.
NPSH = (Ho - h - hs - R) - Hv
Onde:
1. Para que o NPSH proporcione uma sucção satisfatória à bomba, é necessário que a pressão em
qualquer ponto da linha nunca venha reduzir-se à pressão de vapor do fluído bombeado. Isto é evitado
tomando-se providências na instalação de sucção para que a pressão realmente útil para a
movimentação do fluído, seja sempre maior que a soma das perdas de carga na tubulação com a
altura de sucção, mais as perdas internas na bomba, portanto:
Ho - Hv > hs + h + R
Assim, para uma boa performance da bomba, deve-se sempre garantir a seguinte situação:
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1.
2. EXEMPLO: Suponhamos que uma bomba de modelo hipotético Ex.1 seja colocada para operar
com 35 mca de AMT, vazão de 32,5 m3 /h, altura de sucção de 2,5 metros e perda por atrito na
sucção de 1,6 mca. A altura em relação ao nível do mar onde a mesma será instalada é de
aproximadamente 600 metros, e a temperatura da água é de 30ºC, verificaremos:
o VERIFICAÇÃO DO NPSHr:
Conforme curva característica do exemplo citado, para os dados de altura (mca) e vazão
(m³/h) indicados, o NPSHr da bomba é 4,75 mca, confira a seguir.
o CÁLCULO DO NPSHd:
Sabendo-se que:
NPSHd = Ho - Hv - h - hs
Onde:
Ho = 9,58 (tabela 1)
Hv = 0,433 (tabela 2)
h = 2,5 metros (altura sucção)
hs = 1,60 metros (perda calculada para o atrito na sucção)
Temos que:
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Aumento da vazão;
Aumento do nível dinâmico da captação;
Aumento da temperatura da água.
Havendo alteração destas variáveis, o NPSHd poderá igualar-se ou adquirir valores inferiores
ao NPSHr , ocorrendo assim a cavitação.
• Propriedades físicas que distinguem analiticamente os fluidos e são mais empregadas no estudo
do escoamento de fluidos.
– Massa específica () - Peso específico ()
– Densidade (d) - Volume específico (s)
– Viscosidade ( ou ) - Pressão de vapor (Pvap)
Para entender o comportamento dos fluidos, estuda-se as variações sofridas pelas propriedades acima
em função de variáveis de processo (T e p).
Variáveis de processo
• Temperatura (Noção Intuitiva)
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Grandeza física que indica o estado (grau de agitação) das partículas de um corpo, caracterizando o
seu estado térmico.
Temperatura:
Capacidade Térmica – C
Q
C
dT
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Variáveis de processo
• Pressão: Define-se pressão como a razão entre a componente normal de uma força e a área em
que ela atua.
F
p
A
Unidades de pressão:
- Pa (N m-2), kPa (103 Pa), kgf cm-2, lbf in2 (psi), m H2O, mm Hg (Torr), atm, bar.
Variáveis de processo
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• Unidades de medida:
– kg m-3, kg L-1, ton m-3, g cm-3, lbm ft-3.
• Densidade (d)
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É a razão entre a massa específica de uma substância e a massa específica de uma substância de
referência em condições-padrão.
Corresponde ao número de vezes que um material é “mais pesado” que outro.
ρ
d
ρ padrão
• Densidade (d)
Substância de referência e condições-padrão.
Líquidos e sólidos: geralmente água
Condições diversas são aplicadas:
4ºC – T em que a água possui maior ;
20ºC – T recomendada pela ISO;
15ºC – T empregada pelo API.
Gases e vapores: ar (diversas condições-padrão)
Densidade do petróleo:
141,5
º API 131,5
d 60/60
V 1
s
m
Unidades de medida:
– m3 kg-1, L kg-1, m3 ton-1, cm3 g-1.
mg
ρg
V
• Unidades de medida:
– N m-3, lbf ft-3.
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(a)
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Entre 0 e 4°C, a água quando aquecida diminui seu volume. Em 4°C a água assume seu menor volume
específico e, portanto, sua maior massa específica.
m
pV nRT RT
Mm
m p Mm
V RT
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Pode ser encarada como a resistência do fluido ao escoamento, ou seja, é a resistência que todo fluido
oferece ao movimento relativo de suas partes.
Por exemplo, o mel apresenta uma resistência maior à deformação (ao escoamento) que a água,
dizemos , então, que ele é mais viscoso que água.
Entendendo a viscosidade
Forças tangenciais (forças de cisalhamento) arrastam o fluido no sentido do movimento.
No fluido, a lâmina de líquido vizinha à placa adere a esta e acompanha a mesma em seu movimento. A
lâmina seguinte desliza sobre a primeira, apresentando velocidade menor que a da placa. Quanto mais
distante da placa estiver a lâmina líquida, menor é sua velocidade.
As forças de resistência viscosa agentes nas faces de uma lâmina têm intensidade proporcional à área
das faces, e ao gradiente de velocidade entre elas:
F v
A x
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v
x
- é a tensão cisalhante;
- é a viscosidade absoluta;
v
Fluidos Newtonianos:
x
Fluidos não-Newtonianos:
u 1
v v v v
u
k k
x x x x
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Alguns exemplos:
- Plástico ideal: suspensões de argila, pasta dental;
- Dilatantes (u > 1): suspensões de amido e areia;
- Pseudoplásticos (u < 1): soluções poliméricas, polpa de papel em água;
- Tixotrópicos: muitas tintas, colas, sabões;
- Reopéticos: suspensões de betonita e argila, sóis.
• Para gases:
– Aumento na temperatura, aumenta a viscosidade;
– A pressão somente influencia a partir de 1000 kPa, onde aumentos na pressão causam
aumentos na viscosidade.
Exemplo: a viscosidade do N2 a 25ºC dobra seu valor quando a pressão varia de 100 kPa para 50000
kPa.
• Para líquidos:
• Aumento na temperatura, diminui a viscosidade;
• A pressão geralmente não exerce efeito, porém grandes aumentos já foram
comprovados a pressões muito altas. H2O (10000 atm) = 2 H2O (1 atm).
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μ (cP)
(cSt )
d
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Compressão isotérmica
- ab: compressão do vapor; - bc: mudança de fase (P = Pvap);
- cd: compressão do líquido.
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m V
n
Mm Mm
Lei Pascal
Blaise Pascal (1623-1662) foi um físico, filósofo e matemático francês de curta existência, que como
filósofo e místico teve uma das afirmações mais pronunciadas pela humanidade nos séculos
posteriores: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”. Como físico, em um de seus
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Uma aplicação simples deste princípio é a prensa hidráulica. A prensa é um dispositivo com dois vasos
comunicantes, que possui dois êmbolos de diferentes áreas sobre a superfície do líquido.
Fundamentos do Fluidostática
A estática dos fluidos trata de fluidos em repouso, ou ainda de fluidos em rotação de corpo rígido.
Nestas situações não há tensões de cisalhamento agindo, há apenas tensões normais (pressão). A
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pressão média é calculada dividindo-se a força normal que age numa superfície plana, pela área da
mesma.
Manometria
Umas das técnicas utilizadas na medição da pressão envolve o uso de colunas de líquido verticais ou
inclinadas. Os dispositivos para a medida da pressão baseados nesta técnica são denominados
manômetros. O barômetro de mercúrio é um exemplo deste tipo de manômetro, mas existem muitas
outras configurações que foram desenvolvidas para resolver problemas específicos. Os três tipos usuais
de manômetros são o tubo piezométrico, o manômetro em U e o com tubo inclinado.
Tubo Piezometrico
O tipo mais simples de manômetro consiste num tubo vertical aberto no topo e conectado ao recipiente
no qual desejamos conhecer a pressão.
Princípios de Arquimedes
Nós sempre identificamos uma força, exercida pelos fluidos, sobre os corpos que estão completamente
submersos ou flutuando. A força resultante gerada pelo fluido e que atua nos corpos é denominada de
empuxo. Esta força líquida vertical, com sentido para cima, é o resultado do gradiente de pressão (a
pressão aumenta com a profundidade).
Equilíbrio Relativo
O equilíbrio relativo acontece quando um fluido está em repouso em relação a um sistema de
referência fixo ao recipiente em que o fluido se encontra. Como as partículas do fluido não terão
movimento em relação ao recipiente, também não haverá tensão de cisalhamento.
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O fluido, quando em relação ao sistema O’XYZ, está em movimento. Mas em relação ao sistema fixo no
recipiente, que é o Oxyz, o fluido permanece em equilíbrio estável (desde que a aceleração seja
constante). Assim, como esse fluido estará em repouso em relação a somente um desses dois
referenciais adotados, ele estará em EQUILÍBRIO RELATIVO.
É muito fácil observar escoamentos fascinantes como aquele associado com a fumaça descarregada
por uma chaminé ou o escoamento da atmosfera indicado pelo movimento das nuvens. O movimento
das ondas num lago ou a mistura de tintas num balde também são exemplos de visualização de
escoamentos. Muitas informações úteis destes escoamentos podem ser obtidas a partir de sua análise
cinemática e sem considerar as forças que os provocam.
Campo de Velocidade
Os fluidos apresentam movimentos moleculares, ou seja, as moléculas do fluido sempre estão se
movimentando de um ponto para outro ponto. Uma porção típica de fluido contém tantas moléculas que
ficaria totalmente inviável descrever o movimento de todas as moléculas individualmente. Em vez disto,
nós formulamos a hipótese de meio contínuo e consideramos o fluido como composto por partículas
fluidas que interagem entre si e com o meio. Cada partícula contém muitas moléculas. Assim, nós
podemos descrever o escoamento de fluido em função do movimento das partículas fluidas (velocidade
e aceleração) em vez do movimento das moléculas.
Campo de Aceleração
A aceleração de uma partícula é a taxa de variação de sua velocidade. Para escoamento em regime
transitório, a velocidade numa dada posição (ocupada por diferentes partículas) pode variar com o
tempo e, deste modo, proporcionar uma aceleração. Mas uma partícula fluida também pode ser
acelerada enquanto escoa de um ponto para o outro devido a variação de sua velocidade. Por exemplo,
a água está escoando, em regime permanente, numa mangueira de jardim apresentará uma aceleração
quando escoar da mangueira, onde a velocidade é relativamente baixa, para a seção de descarga do
bocal da mangueira (onde a velocidade é relativamente alta)
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Vazão Volumétrica
Em hidráulica ou em mecânica dos fluidos, define-se vazão como a relação entre o volume e o tempo.
A vazão pode ser determinada a partir do escoamento de um fluido através de determinada seção
transversal de um conduto livre (canal, rio ou tubulação aberta) ou de um conduto forçado (tubulação
com pressão positiva ou negativa). Isto significa que a vazão representa a rapidez com a qual um
volume escoa. As unidades de medida adotadas são geralmente o m³/s, m³/h, l/h ou o l/s.
A forma mais simples para se calcular a vazão volumétrica é apresentada a seguir na equação
mostrada. Q v representa a vazão volumétrica, V é o volume e t o intervalo de tempo para se encher o
reservatório.
Qv= V/t
Método Experimental
Outra forma matemática de se determinar a vazão volumétrica é através do produto entre a área da
seção transversal do conduto e a velocidade do escoamento neste conduto. É possível observar que o
volume do cilindro é dado por:
V= d . A
Qv= d . A/t
A partir dos conceitos básicos de cinemática aplicados em Física, sabe-se que a relação d/t é a
velocidade do escoamento, portanto, pode-se escrever a vazão volumétrica da seguinte forma:
Qv= v .A
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BIBLIOGRAFIA
BRUNETTI, Franco. Mecânica dos fluidos. São Paulo: Pearson, 2005. 410 p.
WHITE, Frank M. Mecânica dos fluidos. 4. ed. Rio de janeiro: McGraw-Hill, c1999. 570 p.
POTTER, Merle C.; WIGGERT, D. C.; HONDZO, Midhat. Mecânica dos fluidos. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2004. 688 p.
FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T. Introdução à mecânica dos fluidos. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC –
Livros Técnicos e Científicos, c1998. 662 p.
https://www.agro.ufg.br/up/68/o/1.1.2__Propriedades_dos_fluidos.pdf
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo;
Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues.
Fundamentos da Mecânica Dos Fluidos Bruce R. Munson; Donald F. Young e Theodore H. Okiishi.
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