Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Divisão de Engenharia
Engenharia Eléctrica
Termodinâmica Aplicada
Máquinas Térmicas
Discentes:
Divisão de Engenharia
Engenharia Eléctrica
Termodinâmica Aplicada
Máquinas Térmicas
Discentes:
I
Agradecimento
Em primeiro lugar, agradecer a Deus pela vida que nos concedeu desde o nascimento e
nos deu a oportunidade de realizar nosso sonho do curso de Engenharia Eléctrica.
Um agradecimento especial ao Eng.º Narcisio Nota (Nosso Docente), pela paciência,
orientação no ensino dessa disciplina.
Os nossos agradecimentos são extensivos aos Docentes do curso de licenciatura em
Engenharia Eléctrica do I.S.P.S, pela contribuição e disponibilidade que demostraram
para o sucesso do nosso trabalho.
Agradecer ainda aos familiares, amigos e colegas que estão a par da nossa formação
dando o seu inquestionável apoio moral e material.
II
Resumo
III
citar como exemplo os veículos automotores, a máquina a vapor e a turbina a vapor, as
locomotivas, etc.
Mas além das vantagens elas também trouxeram aspectos negativos, esse sentido, a
revolução industrial ouve oportunismo de avanço tecnológico e industrial, caracterizado
pela substituição da manufactura pela maquinofactura, e pela criação e passagem do
capitalismo industrial para o capitalismo financeiro, além de um aumento exponencial
nas emissões de gases poluentes que contribuem para o efeito estufa, sendo este
prejudicial a atmosfera.
IV
Abstract
The present work is a research on thermal machines, their characteristics and some
historical contexts, it aims to obtain basic notions about these machines and relate the
highlighted topic with the economic, scientific, technological and environmental
scenarios.
Heat engines differ considerably from each other, but they all have the following
characteristics: They receive heat from a high-temperature source (solar energy,
combustion of a gas, nuclear reactor, etc.); They convert some of this heat into work
(usually in the form of a rotating shaft); Reject the rest of the heat to a low temperature
sink (atmosphere, rivers, etc.); They operate in cycles.
Typically heat engines and other cyclic devices utilize a fluid from and to which it is
transferred while performing a cycle. This fluid is called the working fluid.
The term heat engine is often used in a broader sense, including devices that produce
work and do not operate in a thermodynamic cycle. This category includes machines
that evolve internal combustion, such as gas turbines and automobile engines. These
devices operate in a mechanical cycle, but not in a thermodynamic cycle, since the
working fluid (combustion gases) does not go through a complete cycle. Instead of
being cooled to initial temperature, the exhaust gases are discharged and replaced by the
air and fuel mixture at the end of the cycle.
The device or facility that best fits the definition of a heat engine is the steam power
plant, which is an external combustion engine. That is, combustion takes place outside
the engine and the thermal energy released during this process is transferred to the
steam in the form of heat.
It is currently impossible to imagine our lives without these devices, which are being
improved every day, thus contributing to our quality of life. They are mainly used as
means of transport and in industries. Examples include motor vehicles, steam engines
and steam turbines, locomotives, etc.
V
But in addition to the advantages, they also brought negative aspects, in this sense, the
industrial revolution hears opportunism of technological and industrial advancement,
characterized by the replacement of manufacturing by machine-making, and by the
creation and transition from industrial capitalism to financial capitalism, in addition to
an exponential increase in the emissions of polluting gases that contribute to the
greenhouse effect, which is harmful to the atmosphere.
VI
Lista de Figuras
Figura 1: Trabalho pode ser sempre convertido em calor de forma directa e completa,
mas o inverso não é verdadeiro. .............................................................................. 13
Figura 2: Parte do calor recebido por uma máquina térmica é convertida em trabalho,
enquanto o restante é rejeitado para um sumidouro. ............................................... 14
Figura 3: Representação esquemática de uma usina de potência a vapor. .................... 15
Figura 4: Uma parte do trabalho produzido por uma máquina térmica é consumida
internamente para manter uma operação contínua. ................................................. 16
Figura 5: Uma máquina térmica que viola o enunciado de Kelvin-Planck da segunda lei
da termodinâmica. ................................................................................................... 19
Figura 6: Esquema de funcionamento de um refrigerador. ........................................... 20
Figura 7: O objectivo de uma bomba de calor é fornecer calor QH a espaços aquecidos.
................................................................................................................................. 21
Figura 8: Um refrigerador que viola o enunciado de Clausius da segunda lei da
termodinâmica. ........................................................................................................ 22
Figura 9: Esquemas (P &V), (T &S) e processos do Ciclo de Carnot. ......................... 23
Figura 10: Esquema dos requisitos de um motor para produção de trabalho ................ 24
Figura 12: Motor real de ignição por centelha de quatro tempos .................................. 25
Fonte: Termodinâmica - Seminário 1,UNIFESPP,Laura Rodriguez, Carlos Souto ...... 27
Figura 13: Processos do Ciclo Diesel ............................................................................ 27
Figura 14: Esquema de motor a combustão externa. .................................................... 29
Figura 15: Motor Stirling Philips. ................................................................................. 30
Figura 16: Desenho motor Stirling cilindros em V tipo alfa. ........................................ 30
Figura 17: Motor de combustão externa, maquina a vapor. .......................................... 31
Figura 18: Um motor a turbina a gás de ciclo aberto. ................................................... 32
Figura 19: Um motor de turbina a gás de ciclo fechado. .............................................. 33
Figura 22: O ciclo de Rankine Simples ideal. ............................................................... 35
VII
Lista de símbolos
VIII
Máquinas Térmicas
Índice
Dedicatória......................................................................................................................... I
Agradecimento.................................................................................................................. II
Abstract .............................................................................................................................V
1. Introdução................................................................................................................ 11
9
Máquinas Térmicas
6. Turbinas................................................................................................................... 31
6.2. Ciclo de Rankine: O ciclo ideal para os Ciclos de potência a vapor ............... 35
9. Conclusão ................................................................................................................ 40
10
Máquinas Térmicas
1. Introdução
1.1.Objectivos
11
Máquinas Térmicas
1.2. Metodologia
Para elaboração do presente trabalho baseou-se em conteúdos que foram obtidas por
meio de pesquisa e consulta para a elaboração do mesmo como consta na referência
bibliográfica.
Foram usadas como ferramentas principais de pesquisa a internet, e os manuais
relacionados à termodinâmica e mais aprofundados as máquinas térmicas.
12
Máquinas Térmicas
2. Máquinas Térmicas
Figura 1: Trabalho pode ser sempre convertido em calor de forma directa e completa,
mas o inverso não é verdadeiro.
Fonte: “Termodinâmica - Yunus Cengel”
13
Máquinas Térmicas
Figura 2: Parte do calor recebido por uma máquina térmica é convertida em trabalho,
enquanto o restante é rejeitado para um sumidouro.
Fonte: “Termodinâmica - Yunus Cengel”
14
Máquinas Térmicas
2.1.Visão Geral
15
Máquinas Térmicas
O trabalho líquido dessa usina de potência é simplesmente a diferença entre a saída total
de trabalho e a entrada total de trabalho:
Figura 4: Uma parte do trabalho produzido por uma máquina térmica é consumida
internamente para manter uma operação contínua.
Fonte: “Termodinâmica - Yunus Cengel”
[ ]
O trabalho líquido pode ser também determinado apenas pelos dados de transferência de
calor. Os quatro componentes da usina a vapor possuem entrada e saída de massa e,
portanto, devem ser tratados como sistemas abertos. Esses componentes, juntamente
com os tubos de conexão, sempre contêm o mesmo fluido (sem contar o vapor que pode
eventualmente vazar, é claro). Nenhuma massa entra ou sai desse sistema, o qual é
indicado pela área sombreada da Fig. 3;assim, ele pode ser analisado como um sistema
fechado. Portanto o trabalho líquido do sistema é igual à transferência líquida de calor
para o sistema:
[ ]
16
Máquinas Térmicas
2.2.Potência e Eficiência
2.2.1. Potência
Máquinas térmicas podem ser caracterizadas pela sua potência específica, que é
normalmente dada em quilowatts (kW) ou em cavalo-vapor (cv). Essa característica
oferece uma aproximação da saída de pico de potência de um motor. Isto não deve ser
confundido com a eficiência de combustível, uma vez que a eficiência é elevada, muitas
vezes requer uma relação de ar-combustível pobre, e, portanto, menor quantidade de
potência.
2.2.2. Eficiência
Como:
Eficiência térmica é uma medida da eficiência da conversão do calor recebido por uma
máquina térmica em trabalho. Máquinas térmicas são projectadas para converter calor
em trabalho, e os engenheiros estão constantemente tentando melhorar a eficiência
desses dispositivos, pois mais eficiência significa menos consumo de combustível e,
consequentemente, menos despesas com combustível e menos poluição.
As eficiências térmicas dos dispositivos produtores de trabalho são relativamente
baixas. Motores de automóveis (ignição por centelha) comuns têm uma eficiência
térmica de cerca de 25%. Ou seja, um motor de automóvel converte aproximadamente
25% da energia química da gasolina em trabalho mecânico.
17
Máquinas Térmicas
Esse número chega a 40% para os motores a diesel e grandes turbinas a gás e a
60% para grandes usinas de potência que combinam gás e vapor. Por isso, mesmo com
as máquinas térmicas mais eficientes disponíveis actualmente, quase metade da energia
fornecida termina em rios, lagos ou na atmosfera como energia não aproveitável.
Dispositivos cíclicos de interesse prático, como máquinas térmicas, refrigeradores e
bombas de calor refrigeradores e bombas de calor, operam entre um meio a alta
temperatura (ou reservatório), na temperatura TH, e um meio a baixa temperatura (ou
reservatório), na temperatura TL. Para uniformizar o tratamento de máquinas térmicas,
refrigeradores e bombas de calor, definimos duas grandezas:
QH - magnitude do calor transferido entre o dispositivo cíclico e o meio a alta
temperatura, na temperatura TH
QL - magnitude do calor transferido entre o dispositivo cíclico e o meio a baixa
temperatura, na temperatura TL
Contudo, QH e QL são definidos como magnitudes e, portanto, são quantidades
positivas. As direcções de QH e QL são facilmente determinadas. Assim, as expressões
para o trabalho líquido e para a eficiência térmica de qualquer máquina desse tipo
podem também ser escritas nas formas:
3.1.Enunciado de Kelvin-Planck
Como demonstrado anteriormente, que para completar um ciclo, mesmo sob condições
ideais, uma máquina térmica deve rejeitar uma certa quantidade de calor para um
reservatório a baixa temperatura. Isto é, nenhuma máquina térmica pode converter em
trabalho útil todo o calor que recebe. Essa limitação com relação à eficiência térmica de
máquinas térmicas forma a base do enunciado de Kelvin-Planck da segunda lei da
termodinâmica, que é expresso da seguinte maneira:
É impossível para qualquer dispositivo que opera em um ciclo receber calor de um
único reservatório e produzir uma quantidade líquida de trabalho.
18
Máquinas Térmicas
Figura 5: Uma máquina térmica que viola o enunciado de Kelvin-Planck da segunda lei
da termodinâmica.
Fonte: “Termodinâmica - Yunus Cengel”
Todos sabemos por experiência própria que a transferência de calor ocorre no sentido
em que a temperatura é decrescente, ou seja, dos meios a alta temperatura para aqueles a
baixa temperatura. Esse processo de transferência de calor ocorre na natureza sem a
ajuda de qualquer dispositivo. Entretanto, o processo inverso não pode ocorrer
espontaneamente.
3.2.1. Refrigeradores
19
Máquinas Térmicas
Outro dispositivo que transfere calor de um meio com temperatura baixa para outro com
temperatura alta é a bomba de calor. Refrigeradores e bombas de calor funcionam com
um mesmo ciclo, porém, têm objectivos diferentes. O objectivo de um refrigerador é
manter o espaço refrigerado a uma temperatura baixa, removendo o calor desse espaço.
Descarregar calor em um meio à temperatura mais alta é simplesmente uma parte
necessária da operação, e não uma finalidade. O objectivo de uma bomba de calor,
entretanto, é manter o espaço aquecido a uma temperatura alta. Para isso, a bomba de
calor remove calor de uma fonte a baixa temperatura – como, por exemplo, águas
subterrâneas ou o ar frio durante o inverno – e fornece calor a um meio a alta
temperatura – como, por exemplo, uma casa.
20
Máquinas Térmicas
3.3.Enunciado de Clausius
21
Máquinas Térmicas
4. Máquina de Carnot
Um processo reversível é definido como um processo que pode ser revertido sem
deixar qualquer vestígio no ambiente, ou seja, o sistema e o ambiente retornam a seus
estados iniciais no final do processo inverso. Isso somente será possível se a troca
líquida de calor e a realização de trabalho entre o sistema e o ambiente for zero para o
processo combinado (original e inverso). Os processos que não são reversíveis são
denominados processos irreversíveis.
O ciclo reversível mais conhecido é o ciclo de Carnot, proposto em 1824 pelo
engenheiro francês Sadi Carnot. A máquina térmica teórica que opera segundo o ciclo
de Carnot é chamada de máquina térmica de Carnot. O ciclo de Carnot é composto
por quatro processos reversíveis – dois isotérmicos e dois adiabáticos – e pode ser
executado por um sistema fechado ou por um sistema com escoamento em regime
permanente.
22
Máquinas Térmicas
5. Motores de combustão
Um motor é um dispositivo que gera energia mecânica a partir de uma outra forma de
energia. Um motor térmico é um motor que converte energia química de um
combustível para energia mecânica.
Motores de combustão interna são máquinas nas quais energia química é convertida em
energia térmica por meio da combustão de uma mistura de ar e combustível e parte
desta energia é transformada em energia mecânica.
23
Máquinas Térmicas
24
Máquinas Térmicas
fases do ciclo Otto, composto por dois processos isovolumétricos e dois processos
isentrópicos.
Fonte:http://redenacionaldecombustao.org/escoladecombustao/combustao/comb_capitu
lo_5.pdf, 28 de Novembro de 2021
25
Máquinas Térmicas
pistão para baixo, o que, por sua vez, força o eixo de manivelas a girar, produzindo
trabalho útil durante o tempo (ou curso) de expansão ou motor. Ao final desse tempo, o
pistão está na posição mais baixa (a conclusão do primeiro ciclo mecânico) e o cilindro
está cheio de produtos de combustão. O pistão move-se para cima mais uma vez,
expulsando os gases de exaustão pela válvula de descarga (o tempo ou curso de
exaustão), e uma segunda vez para baixo, sugando a mistura de ar fresco e combustível
pela válvula de admissão (o tempo ou curso de admissão).
O ciclo Otto é executado em um sistema fechado, e desprezando as variações das
energias cinéticas e potencial, o balanço de energia dos processos é expresso, por
unidade de massa, como
Os dois processos de transferência de calor não envolvem trabalho, uma vez que ambos
ocorrem a volume constante. Assim, a transferência de calor de e para o fluido de
trabalho pode ser expressa como
Assim, a eficiência térmica do ciclo Otto ideal sob as hipóteses do padrão a ar frio
torna-se
O ciclo Diesel, desenvolvido por Rudolph Diesel nos anos de 1890, e muito semelhante
ao Ciclo Otto de quatro tempos, com duas diferenças:
O combustível e injectado no PMS, após o estagio de compressão, onde
acontece a explosão da mistura de forma espontânea, pois neste ponto o ar
encontra-se a altas temperaturas;
O processo de Combustão ocorre a pressão constante ao invés de sofrer a
combustão a volume constante como no ciclo Otto.
Logo, os motores a Diesel são motores de ignição por compressão no qual não existe
vela de ignição para inflamar a mistura “ar e combustível”.
26
Máquinas Térmicas
27
Máquinas Térmicas
Arranque rápido;
Trabalho em rotações relativamente baixas;
Pequeno tamanho;
Fácil manutenção;
Limitação de potência;
Não utilização de combustíveis sólidos;
Peso elevado para potência;
Elevado número de pecas;
Baixa eficiência.
Motores de Combustão Externa são aqueles nos quais o fluido de trabalho está
completamente separado da mistura ar e combustível, sendo o calor dos produtos da
combustão transferido através das paredes de um reservatório ou caldeira.
Consiste em um pistão que se move dentro de uma câmara conforme o vapor entra e se
expande e, por pressão do gás, o pistão é movimentado. O vapor é proveniente do
aquecimento da água, na região da caldeira, onde há lenha (ou carvão) que fornece o
calor necessário para a formação do vapor. A presença da fonte fria, desenvolvida por
28
Máquinas Térmicas
5.2.1.1.Motor Stirling
O motor Stirling é simples, baseia-se em duas câmaras com temperaturas diferentes com
intuito de aquecer e arrefecem um gás alternadamente, promovendo expansões e
contracções cíclicas, movimentando dois êmbolos ligados por meio de um eixo comum.
Com o objectivo de diminuir as perdas térmicas, deve ser instalado associado a um
"regenerador" entre as câmaras de temperaturas opostas quente e fria, de modo que haja
rejeição do calor na câmara fria, e o calor ser armazenado para posterior fase de
aquecimento de forma eficiente. Como a fonte de calor/combustão trabalha fora da
câmara (ou cilindro), tal motor é definido como motor de combustão externa.
Teoricamente, o motor Stirling seria a máquina térmica mais eficiente na conversão de
energia térmica em trabalho.
29
Máquinas Térmicas
30
Máquinas Térmicas
A locomotiva a vapor ficou conhecida como Maria Fumaça devido a coluna de vapor e
fuligem que marcava o caminho do primeiro vagão. Geralmente, o material que fornece
energia térmica (carvão, lenha) era levado nesses primeiros vagões. Além desse
combustível, a máquina precisa de água, que vai absorver essa energia e liberá-la
realizando trabalho para dar movimento ao transporte. A eficiência do motor a vapor é
inferior a 10%. A animação abaixo ilustra as articulações ligadas ao pistão e nos ajuda a
compreender como o movimento de vai-e-vem pode girar uma roda. Entretanto, a
classificação de máquina térmica para este sistema está relacionada com o vapor que
empurra o pistão. É principalmente na caldeira da locomotiva, onde o combustível é
queimado, o lugar em que os conceitos da termodinâmica podem ser melhor
observados.
6. Turbinas
O termo turbinas é utilizado aqui para caracterizar qualquer sistema que utilize os
princípios da termodinâmica para converter algum tipo de energia em energia eléctrica.
A explicação resume bem essa sessão de máquinas térmicas, pois em geral o mecanismo
31
Máquinas Térmicas
de transformação é o mesmo: uma hélice (ou pá) que gira uma turbina, podendo esta ser
um motor ou um corpo com propriedades magnéticas.
A turbina a gás é uma máquina térmica na qual se aproveita directamente a energia
liberada na combustão, armazenada nos gases produzidos que se expandem, de forma
parecida que o vapor nas turbinas a vapor, sobre as palhetas móveis de um rotor.
O ciclo Brayton foi proposto por George Brayton para ser utilizado no motor alternativo
desenvolvido por ele em 1870. Hoje, é apenas usado em turbinas a gás, nas quais os
processos de compressão e expansão ocorrem em um maquinário rotativo. Em geral, as
turbinas a gás operam em um ciclo aberto, como mostra a abaixo.
32
Máquinas Térmicas
33
Máquinas Térmicas
34
Máquinas Térmicas
35
Máquinas Térmicas
O ciclo resultante é o ciclo de Rankine, que é o ciclo ideal das usinas de potência a
vapor.
O ciclo de Rankine ideal não envolve nenhuma irreversibilidade interna e consiste nos
quatro processos seguintes:
1-2 Compressão isentrópica em uma bomba;
2-3 Fornecimento de calor a pressão constante em uma caldeira;
3-4 Expansão isentrópica em uma turbina;
4-1 Rejeição de calor a pressão constante em um condensador.
A água entra na bomba no estado 1 como líquido saturado e é comprimida de maneira
isentrópica até a pressão de operação da caldeira. A temperatura da água aumenta um
pouco durante esse processo de compressão isentrópica, devido a uma ligeira
diminuição do volume específico da água.
A água entra na caldeira como um líquido comprimido no estado 2 e sai como vapor
superaquecido no estado 3. A caldeira é basicamente um grande trocador de calor no
qual o calor originário de gases de combustão, reactores nucleares ou outras fontes é
transferido para a água essencialmente a uma pressão constante.
A caldeira, incluindo a região onde o vapor é superaquecido (o superaquecedor),
também é chamada de gerador de vapor.
O vapor de água superaquecido no estado 3 entra na turbina, na qual ele se expande de
forma isentrópica e produz trabalho, girando o eixo conectado a um gerador eléctrico. A
pressão e a temperatura do vapor caem durante esse processo até os valores do estado 4,
no qual o vapor entra no condensador. Nesse estado, o vapor em geral é uma mistura de
líquido e vapor saturados com título elevado. O vapor é condensado a pressão constante
no condensador, que é basicamente um grande trocador de calor, rejeitando calor para
um meio de resfriamento como um lago, um rio ou a atmosfera. A água deixa o
condensador como líquido saturado e entra na bomba completando o ciclo.
Análise de energia do ciclo de Rankine ideal
Todos os quatro componentes envolvidos no ciclo de Rankine (a bomba, a caldeira,
a turbina e o condensador) são dispositivos com escoamento em regime permanente, e
por isso todos os quatro processos que formam o ciclo de Rankine podem ser analisados
como processos com escoamento em regime permanente.
36
Máquinas Térmicas
Ou,
Caldeira (w = 0)
Turbina (q = 0)
Condensador (w = 0)
Onde
37
Máquinas Térmicas
Propulsão Marítima;
Propulsão Aeronáutica Turborreactores;
Caminhões.
7. Aspectos ambientais
Com o desenvolvimento das máquinas térmicas, o carvão retirado das minas era o
combustível. O avanço científico-tecnológico permitiu que as máquinas fossem
adaptadas para usar outros tipos de combustíveis como a gasolina, o óleo diesel e o gás
natural – combustíveis fósseis. Actualmente, há também o amplo uso de combustíveis
derivados de vegetais como etanol e o biodiesel. Foram desenvolvidos motores capazes
de aproveitá-los de forma eficiente.
A queima de combustíveis fósseis nos motores das máquinas (nas indústrias, nos
veículos automotores) libera gases poluentes na atmosfera. Isto acarreta em poluição
atmosférica que prejudica a saúde do ambiente e das pessoas, provocando, por exemplo,
doenças respiratórias.
38
Máquinas Térmicas
39
Máquinas Térmicas
9. Conclusão
Com este trabalho concluímos, ou melhor, deu-nos a entender o que são máquinas
térmicas. Tal estudo é de grande importância para a engenharia eléctrica, pois a maior
parte da energia eléctrica gerada no mundo é proveniente de centrais termoeléctricas.
Foi possível também analisar as características de cada tipo de máquina aqui estuda e
suas aplicações. Foi visto que as máquinas que tem o funcionamento baseado nos ciclos
de Otto e a Diesel são utilizadas para geração de baixas potências, indo deste a
alimentação de automóveis até o atendimento de pequenas localidades com baixa
demanda.
O ciclo Rankine, por sua vez, explica o funcionamento de plantas de geração à vapor e o
ciclo Brayton é utilizado para estudar o funcionamento de turbinas estacionárias,
utilizadas na Co-geração de energia eléctrica, e também as turbinas utilizadas na
propulsão de aeronaves.
Muitos estudos sobre o aperfeiçoamento destas máquinas, no que diz respeito ao
aumento de seus rendimentos, ainda precisam ser desenvolvidos, estes estudos visam a
diminuição de custos e principalmente uma redução na utilização de combustíveis e
consequentemente menor emissão de gases poluentes na atmosfera, o que vem sendo
uma das grandes problemáticas na geração de energia, isto é, a procura de meios de
geração que sejam menos prejudicial a atmosfera.
10. Recomendação
40
Máquinas Térmicas
41