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15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Segunda lei da termodinâmica


Prof. Fábio Bicalho Cano

Descrição

A construção dos principais conceitos da segunda lei da termodinâmica


e da aplicação da entropia na análise de desempenho e de viabilidade
dos ciclos termodinâmicos de interesse na engenharia.

Propósito

A condição precípua de ocorrência de um processo é a não violação da


primeira e da segunda lei da termodinâmica. Diante disso, é essencial
para um profissional de exatas obter o conhecimento de que a segunda
lei da termodinâmica estabelece limites de eficiência, em que um
processo real acompanhado de atrito, vibração, transferência de calor
indesejada, histerese, expansão não resistiva etc., não pode apresentar
um desempenho melhor que um processo reversível (teórico) em que
essas degradações da energia não ocorrem.

Preparação

Para acompanhar o estudo deste conteúdo, acesse as tabelas


Propriedades gerais e Tabelas termodinâmicas. As resoluções dos
exercícios têm como referência os dados dessas tabelas.

Objetivos

Módulo 1

Motores térmicos e refrigeradores


Relacionar os conhecimentos sobre a segunda lei da termodinâmica.

Módulo 2

Processos reversíveis e irreversíveis


Avaliar o desempenho dos ciclos de potência e dos ciclos de
refrigeração e de bomba de calor.

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Módulo 3

Variação de entropia em processos


reversíveis

Aplicar o conceito de entropia.

Módulo 4

Ciclos de máquinas de potência de


combustão interna

Reconhecer os ciclos dos motores de combustão interna.

meeting_room
Introdução
Assista ao vídeo a seguir para conhecer a segunda lei da
termodinâmica e sua importância na identificação dos processos
permitidos pela termodinâmica. Além disso, será evidenciada a
existência de um limite máximo de desempenho para os ciclos
termodinâmicos reversíveis e irreversíveis.

1 - Motores térmicos e refrigeradores


Ao final deste módulo, você será capaz de relacionar os conhecimentos sobre a segunda lei da
termodinâmica.

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Vamos começar!

video_library
Motores térmicos e refrigeradores
Neste vídeo, você conhecerá os enunciados de Clausius e de Kelvin-
Planck para a segunda lei. Também será apresentado ao ciclo de Carnot
como o ciclo reversível de referência e a sua operação inversa na
condição de ciclo de refrigeração.

Introdução à segunda lei da


termodinâmica

Motores térmicos e refrigeradores:


introdução
Para iniciar o estudo desse assunto, reflita sobre a seguinte pergunta:
por que determinados eventos acontecem e outros não? Analise os
exemplos a seguir para ajudar na construção da sua resposta.

Moléculas de um gás em um recipiente fechado.

Consedere as moléculas de um gás confinadas em uma das


partes de um recipiente fechado bipartido. Quando as partes
são conectadas, as moléculas do gás naturalmente preenchem
o vazio. Por sua vez, a concentração das moléculas em uma
região específica do recipiente não ocorre sem o consumo de
energia na forma de trabalho, caracterizando um evento não
espontâneo ou não natural.

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Solubilização de um corante.

Considere um corante que se solubiliza em um líquido.


Conforme a representação da imagem, a solubilização do
corante é um evento espontâneo ou natural, pois ocorre sem
que haja gasto de energia. Após a dispersão do corante, a sua
concentração em uma determinada região do líquido não é
espontânea.

Transferência de calor espontânea ou natural de um corpo quente para um corpo


frio.

Considere a energia na forma de calor. Ela é naturalmente


transferida do corpo quente para o corpo frio, até o equilíbrio
térmico, conforme pode ser visto nesta representação. Não é
espontâneo o evento em que dois corpos mornos em equilíbrio
térmico, um transfere naturalmente calor para o outro,
resultando em um corpo quente e outro frio.

Diante desses exemplos e de muitos outros similares, podemos intuir


que alguma característica do mundo real determina um sentido para as
transformações. Nesse contexto, as transformações observadas no
cotidiano podem ser divididas em dois grupos:

push_pin
Transformações espontâneas
Nas condições presentes, têm tendência natural à efetivação.

push_pin
Transformações não espontâneas
Nas condições presentes, não têm tendência natural à efetivação.

Nos três exemplos citados, a primeira lei da termodinâmica se aplica


igualmente para os sentidos espontâneo e não espontâneo, pois os dois
sentidos satisfazem o princípio de conservação da energia. Para
diferenciar esses caminhos, foi estabelecida a segunda lei da
termodinâmica, que define o que pode e o que não pode ser realizado
em processos e ciclos termodinâmicos. A segunda lei da
termodinâmica define, ainda, os limites máximos de eficiência para os
dispositivos e ciclos, sendo a entropia, a propriedade de estado utilizada
para verificar se a segunda lei da termodinâmica é satisfeita ou é
violada.

No desenvolvimento da segunda lei da termodinâmica, alguns termos


são empregados e, portanto, devem ser definidos:

máquina térmica: o dispositivo que opera segundo um ciclo


termodinâmico;

motor térmico: a máquina térmica cuja função é disponibilizar


trabalho;

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bomba de calor: a máquina térmica cuja função é adicionar calor
em um corpo;

refrigerador: a máquina térmica cuja função é retirar calor de um


corpo;

reservatórios ou fontes: sistemas capazes de fornecer ou receber


energia na forma de calor, que independentemente da quantidade,
mantém a sua temperatura.

Enunciados da segunda lei da


termodinâmica

Motores térmicos e refrigeradores:


enunciados
Dentre os vários enunciados para a segunda lei da termodinâmica,
destacam-se dois que são decorrentes de observações experimentais:
enunciado de Clausius e enunciado de Kelvin-Planck. Conheça-os a
seguir.

Enunciado de Clausius
É impossível construir um dispositivo que opere em um ciclo
termodinâmico cujo único efeito seja a transferência de energia, na
forma de calor, de uma fonte fria (de baixa temperatura) para uma fonte
quente (de alta temperatura).

A imagem a seguir ilustra o enunciado de Clausius, em que o


reservatório quente está na temperatura T H , o reservatório frio na
temperatura T C , o calor adicionado à fonte quente é Q H e o calor
retirado da fonte fria é Q C .

Máquina térmica (MT) que viola o enunciado de Clausius.

A partir da observação da imagem anterior, podemos fazer o seguinte


questionamento: um refrigerador executa esta operação?

A resposta é não. A operação de um refrigerador (R) segue a


representação da imagem a seguir, observe:

Operação de um refrigerador.

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Devemos observar, na imagem anterior, que a execução do ciclo de


refrigeração pelo refrigerador está condicionada ao consumo de
energia. O termo primordial no enunciado de Clausius é “único efeito”,
que implicaria na espontaneidade da transferência de energia da região
de baixa temperatura para a região de alta temperatura, sem o consumo
de trabalho, o que não é factível.

Enunciado de Kelvin-Planck
É impossível para qualquer dispositivo que opera conforme um ciclo
termodinâmico receber energia na forma de calor de um único
reservatório e disponibilizar uma quantidade líquida de trabalho na
vizinhança.

A imagem a seguir traduz a essência do enunciado de Kelvin-Planck, em


que não existe a máquina que produz trabalho líquido na vizinhança
operando com uma única fonte de calor.

Máquina térmica que viola o enunciado de Kelvin-Planck.

Da análise da imagem anterior podemos inferir, pela não existência da


máquina, que o enunciado de Kelvin-Planck exclui a possibilidade da
existência de um motor térmico que transforma todo calor recebido em
trabalho.

Assim, o motor térmico mais simples que existe segue a representação


da imagem a seguir que, para não violar o enunciado de Kelvin-Planck,
parte da quantidade de energia recebida, obrigatoriamente, deve ser
rejeitada. Veja:

Motor térmico real que opera entre dois reservatórios.

Ciclo de Carnot

O ciclo de Carnot e suas etapas


O ciclo de Carnot é o ciclo da máquina térmica reversível que opera
entre dois reservatórios térmicos de forma mais eficiente possível. O
motor de Carnot estabelece o limite máximo de eficiência para qualquer
motor térmico real, que opera entre os mesmos dois reservatórios
térmicos.

A imagem a seguir apresenta o ciclo de Carnot e suas etapas, que


podem ser representadas por processos em um conjunto cilindro-pistão,

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que possui laterais termicamente isoladas e base diatérmica submetida,
de forma alternada, a (1) uma fonte quente, (2) um suporte isolado, (3)
uma fonte fria e (4) um suporte isolado, novamente, fechando o ciclo.
Observe:

Representação do ciclo de Carnot.

Com base na representação apresentada anteriormente, podemos


observar, no diagrama p − V , que o fluido de trabalho executa
quatro processos reversíveis, veja:

Fluido de trabalho
Fluido que recebe e transfere calor enquanto realiza um ciclo.

Processo 1-2

Chamado de expansão isotérmica.

O conjunto cilindro-pistão é colocado em contato com um


reservatório a TH . O gás se expande isotermicamente
enquanto recebe uma quantidade de calor QH do reservatório
quente.

Processo 2-3

Chamado de expansão adiabática.

O conjunto cilindro-pistão é colocado sobre um suporte isolado e


o gás continua a expandir de forma adiabática.

Processo 3-4

Chamado compressão isotérmica.

O conjunto cilindro-pistão é colocado em contato com o


reservatório frio a TC . O gás é comprimido isotermicamente
até o estado 4 enquanto rejeita a quantidade de calor QC ,
para o reservatório frio.

Processo 4-1

Chamado de compressão adiabática.

O conjunto cilindro-pistão é colocado sobre um suporte isolado.


O gás continua a compressão, de forma adiabática, do estado 4
até o estado 1.

Postulados do Ciclo de Carnot

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Considerando a eficiência do ciclo de Carnot, seguem três postulados
ou proposições demonstráveis por meio de raciocínio lógico. Observe-as
a seguir:

push_pin
Postulado 1
É impossível construir uma máquina que opere entre dois reservatórios
de temperaturas definidas que seja mais eficiente que a máquina de
Carnot.

push_pin
Postulado 2
A eficiência de uma máquina de Carnot não depende da substância
utilizada no processo ou de qualquer característica de projeto da
máquina.

push_pin
Postulado 3
Todas as máquinas reversíveis, operando entre os mesmos dois
reservatórios, têm a mesma eficiência da máquina de Carnot.

Eficiência térmica do ciclo de Carnot


Para o cálculo da eficiência térmica do ciclo de Carnot, vamos
considerar que o fluido de trabalho é um gás ideal (postulado 2)
confinado em um conjunto cilindro-pistão. Vamos considerar, ainda, a
notação da imagem a seguir, que apresenta os processos do ciclo de
Carnot.

Etapas reversíveis do ciclo de Carnot no diagrama P − V .

Vejamos:

Processo 1-2 (expansão isotérmica):

dU = δq − δw

Na expansão isotérmica de gás ideal: dU = 0

Logo:

V2
V2
Q H = W 12 = ∫ pdV = mRT H ln ( )
V1
V1

Processo 2-3 (expansão adiabática): Q 23 = 0

Processo 3-4 (compressão isotérmica):

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V4
V4
Q C = W 34 = ∫ pdV = mRT C ln ( )
V3
V3

Processo 4-1 (compressão adiabática): Q 41 = 0

A eficiência térmica (η) para o ciclo de Carnot, por definição, é


calculada como:

í
 Trabalho l quido disponibilizado pelo ciclo  W líq
η = =
 Calor introduzido para realizar o ciclo  QH

Pela primeira lei da termodinâmica: Q líq = Q H − Q C = W líq

Na equação de balanço de energia, devemos considerar a quantidade de


calor rejeitada QC como um valor positivo. Então:

W líq QH − QC QC mRT C ln (V 3 /V 4 )
η = = = 1 − = 1 −
QH QH QH mRT H ln (V 2 /V 1 )

Para o processo adiabático 2 - 3, podemos escrever:

Cp
k k
P2 V2 = P 3 V 3 ,  em que k =
CV

Considerando gás ideal, essa relação em termos de T e V , passa


a ser escrita por:

mRT H mRT C
k k k−1 k−1
V2 = V3 ⇒ TH V = TC V
2 3
V2 V3

De forma semelhante, podemos escrever para o processo 4 - 1:

k−1 k−1
TC V = TH V
4 1

Das duas relações para processos adiabáticos, podemos escrever:

k−1 k−1
TH V3 V4 V3 V4 V3 V2
= ( ) = ( ) ⇒ = ⇒ =
TC V2 V1 V2 V1 V4 V1

Logo:

W total  QC T C ln (V 3 /V 4 ) TC
η = = 1 − = 1 − = 1 −
QH QH T H ln (V 2 /V 1 ) TH

Ou seja:

TC
η = 1 −
TH

Dessa forma, a eficiência térmica do motor de Carnot depende somente


das temperaturas dos reservatórios quente e frio.

Ciclo de refrigeração

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O ciclo de Carnot é um ciclo ideal, ou seja, reversível. A operação do


ciclo de Carnot no sentido horário disponibiliza trabalho na vizinhança,
conforme a representação da imagem a seguir. O trabalho líquido
(W líq ) disponibilizado pelo ciclo, no plano P − V ,é
numericamente igual à área interna ao ciclo. Observe:

Motor de Carnot - Ciclo com ordem de operação dos processos no sentido horário.

Como o ciclo de Carnot é reversível, podemos inverter o sentido de


operação dos processos, conforme a imagem a seguir:

Máquina térmica - Ciclo com ordem de operação dos processos no sentido anti-horário.

Conforme observado na imagem anterior, com a inversão da ordem das


operações, QC entra na máquina térmica, QH sai da máquina
térmica e, agora, o trabalho líquido W líq é consumido.

Com a inversão da operação do ciclo de Carnot, duas máquinas


térmicas podem ser observadas, dependendo do efeito desejado,
conforme a representação da imagem a seguir:

Refrigerador e bomba de calor.

Como pode ser visto na imagem anterior, se o objetivo da máquina


térmica é retirar calor de uma região de forma a resfriá-la ou mantê-la
em temperatura abaixo da temperatura da vizinhança, essa máquina
térmica é denominada refrigerador. Por sua vez, se o objetivo é
adicionar calor a uma região de forma a aquecê-la ou mantê-la em
temperatura acima da vizinhança, essa máquina é denominada bomba
de calor.

Um ciclo de refrigeração simples é composto por um compressor, um


condensador, um dispositivo de expansão e um evaporador. A imagem a
seguir apresenta esse ciclo:

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Ciclo de refrigeração.

Podemos observar, na imagem anterior, que, no evaporador, o fluido de


trabalho retira calor do ambiente (seta horizontal azul), em função de
sua evaporação, enquanto no condensador, em função de sua
condensação, o calor é introduzido na vizinhança (seta horizontal
vermelha).

O parâmetro de desempenho dos refrigeradores e das bombas de calor


é medido pelo COP (abreviatura em inglês: Coefficient Of Performance),
traduzido como coeficiente de desempenho ou coeficiente de eficácia.
Esses coeficientes, geralmente, são maiores que 1 e apresentam valores
máximos próximos de 10.

Sabendo que os refrigerados e as bombas de calor operam mediante


consumo de energia na forma de trabalho e que, em um ciclo, o calor
líquido introduzido é igual ao trabalho líquido disponibilizado, temos as
seguintes definições para o coeficiente de desempenho do refrigerador
COP R e para o coeficiente de desempenho da bomba de calor
COP BC :

QC QC 1
COP R = = =
W líq QH − QC Q H /Q C − 1

QH QH 1
COP BC = = =
W líq QH − QC 1 − Q C /Q H

Para os mesmos valores de QC e QH , podemos escrever a


seguinte relação:

COP BC = COP R + 1

Vamos observar, agora, a eficiência do ciclo de Carnot:

QC TC
η = 1 − = 1 −
QH TH

O cálculo dessa eficiência, permite considerar a seguinte relação


funcional:

QC TC
= ϕ( )
QH TH

Várias funções ϕ podem satisfazer essa relação funcional. Para a


escala termodinâmica de temperatura, Kelvin definiu-se a seguinte
relação funcional:

QC TC
=
QH TH

Desse modo, podemos determinar os coeficientes de desempenho para


os refrigeradores e as bombas de calor que operam de forma reversível,
como:

QC TC
COP R = =
QH − QC TH − TC

QH TH
COP BC = =
QH − QC TH − TC

Atenção!
Nas correlações termodinâmicas em que a temperatura é um parâmetro,
a temperatura deve obrigatoriamente ser inserida na escala absoluta, ou
seja, na escala Kelvin ou na escala Rankine.

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Demonstração
Problema

Observe a imagem a seguir:

Compressor de refrigerador doméstico.

Um refrigerador doméstico remove, por dia de operação, 11600kJ de


energia do espaço refrigerado, consumindo para isso 8150kJ de energia
no compressor. Determine:

a. O COP do refrigerador.

b. A potência dissipada para a vizinhança, em kW.

Solução

Com os dados do enunciado vamos considerar o esboço a seguir:

Esquema de refrigerador.

a) Pela definição de COP:

QC 11600
COP R = = = 1, 42
W 8150

b) Primeira lei da termodinâmica aplicada ao ciclo:


dU = 0 = Q − W

Então:

Q C − Q H = −W ⇒ Q H = Q C + W = 11600 + 8150 = 19750kJ

Como os dados apresentados referem-se a uma operação de 24 horas,


temos:

Energia
ê
P ot ncia =
tempo

Logo:

19750
˙
QH = = 0, 228kW
24 × 3600

note_alt_black
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Mão na massa
Questão 1

Um motor de combustão interna apresenta eficiência térmica igual


a 60% da eficiência da máquina de Carnot que opera com a fonte
quente a 800°C e a fonte fria a 30°C. A eficiência desse motor é
igual a:

A 22%

B 31%

C 43%

D 64%

E 72%

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ECalculando%2C%20temos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Ceta_%7B%5
%5Cfrac%7BT_%7BC%7D%7D%7BT_%7BH%7D%7D%3D1-
%5Cfrac%7B(30%2B273)%7D%7B(800%2B273)%7D%3D0%2C718%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Ceta

Questão 2

Assinale a opção que melhor representa o enunciado de Clausius


para a segunda lei da termodinâmica.

O calor é transferido desde que haja um gradiente


A
de temperatura.

Nenhuma máquina térmica opera sem consumir


B
energia.

Uma máquina, obrigatoriamente, deve rejeitar parte


C
do calor recebido.

O sentido da transferência de calor é contrário ao


D
gradiente de temperatura.

Nenhum processo disponibiliza na vizinhança mais


E
trabalho do que calor.

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Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20gradiente%20%C3%A9%20um%20vetor%20que%20tem%20orienta%C3%A7%C3%A3o%20do%20meno

Questão 3

(Adaptado de Universidade do Ceará/CCV-UFC, Concurso Público


para Provimento de Cargos Técnico-Administrativos em Educação,
realizado em 2013, Engenheiro/Engenharia Mecânica.) Para o ciclo
de refrigeração apresentado no diagrama pressão-entalpia
específica e com os valores de entalpia (h) para os pontos
identificados no diagrama, qual é o coeficiente de desempenho
(COP) do ciclo de refrigeração?

Diagrama pressão-entalpia e Tabela: valores de entalpia (h) para os pontos


identificados no diagrama.

A 2,0

B 3,0

C 4,0

D 5,0

E 6,0

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EPara%20o%20ciclo%20de%20refrigera%C3%A7%C3%A3o%20temos%20as%20etapas%3A%20compress%C
2)%2C%20condensa%C3%A7%C3%A3o%20(2-
3)%2C%20expans%C3%A3o%20(3-
4)%20e%20evapora%C3%A7%C3%A3o%20(4-
1).%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
paragraph'%3EPor%20defini%C3%A7%C3%A3o%20do%20refrigerado%20e%20sabendo%20que%2C%20para%20processo%
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20C%20O%20P%3D%5Cfrac%7Bq_%7BC%7D%7D%7
h_%7B4%7D%7D%7Bh_%7B2%7D-
h_%7B1%7D%7D%3D%5Cfrac%7B390-270%7D%7B430-
390%7D%3D3%2C0%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%3C%2Fp%3E%0A%0A%20%20%20%20
paragraph'%3EAssista%20ao%20v%C3%ADdeo%20Ciclo%20de%20refrigera%C3%A7%C3%A3o%20para%20entender%20m
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center'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cdiv%20cla
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12'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
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Questão 4

Um motor térmico opera de forma reversível com água de um


campo geotérmico a 130°C. Esse motor descarrega para um rio que
possui temperatura constante de 26°C. Qual é a eficiência térmica
desse motor?

A 20,5%

B 25,8%

C 29,0%

D 32,3%

E 35,0%

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EPara%20um%20motor%20t%C3%A9rmico%20revers%C3%ADvel%2C%20temos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Ceta%3D1-
%5Cfrac%7BT_%7BC%7D%7D%7BT_%7BH%7D%7D%3D1-
%5Cfrac%7B(26%2B273)%7D%7B(130%2B273)%7D%3D0%2C258%3D25%2C8%20%5C%25%0A%20%20%20%20%20%20%

Questão 5

Uma máquina de Carnot opera com a fonte fria a 25°C e a fonte


quente a 300°C. Sabendo que 12 kW são disponibilizados na
vizinhança na forma de trabalho, qual é a taxa de calor recebida da
fonte quente?

A 12 kW

B 18 kW

C 25 kW

D 30 kW

E 37 kW

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EObserve%20o%20c%C3%A1lculo%20a%20seguir%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%2
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Baligned%7
%5Cfrac%7BT_%7BC%7D%7D%7BT_%7BH%7D%7D%3D1-
%5Cfrac%7B(25%2B273)%7D%7B(300%2B273)%7D%3D0%2C480%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%

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15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Questão 6

Um refrigerador de Carnot consome 8 kW de trabalho para remover


45 kW de calor do seu interior a 274 K. Qual é a temperatura,
aproximadamente, da fonte quente?

A 83°C

B 75°C

C 63°C

D 58°C

E 50°C

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EObserve%20o%20c%C3%A1lculo%20a%20seguir%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%2
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Ba
T_%7BC%7D%7D%3D%5Cfrac%7B%5Cdot%7BQ%7D_%7BC%7D%7D%7B%5Cdot%7BW%7D%7D%3D%5Cfrac%7B45%7D%7

note_alt_black
Teoria na prática
O rendimento do motor de combustão interna de um determinado
veículo de passeio equivale a 42% do rendimento de Carnot que
opera entre 1527°C e 27°C. O veículo utiliza GNV, que libera na

combustão 46000 kJ/kg. Qual será o consumo de GNV, em m3/h,


para uma operação do motor com uma potência de 42 kW?

Mostrar solução expand_more

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

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Questão 1

Considere o ciclo de potência a seguir.

Máquina térmica.

A taxa de calor rejeitada no reservatório frio é igual a:

A 2,9 MW

B 3,0 MW

C 84 kW

D 16 kW

E 10 kW

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EDo%20balan%C3%A7o%20de%20energia%20para%20a%20opera%C3%A7%C3%A3o%20em%20regime%20p
paragraph'%3ETrabalhando%20no%20SI%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cdot%7BQ%7D_%7BC
34%3D16%20kW%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%3C%2Fp%3E%0

Questão 2

Considere o esquema de um aparelho de ar condicionado em que a


potência consumida no compressor é de 2,0 kW e a taxa de
transferência de calor para a vizinhança é 6,0 kW.

Esquema de um ar-condicionado.

Qual é o COP desse aparelho de ar condicionado?

A 2,0

B 2,5

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C 3,0

D 3,5

E 4,0

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EBalan%C3%A7o%20de%20energia%20para%20a%20opera%C3%A7%C3%A3o%20em%20regime%20perman
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Baligned%7
2%3D4%20%7BkW%7D%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%26C

2 - Processos reversíveis e irreversíveis


Ao final deste módulo, você será capz de avaliar o desempenho dos ciclos de potência e dos
ciclos de refrigeração e de bomba de calor.

Vamos começar!

video_library
Processos reversíveis e irreversíveis
Assista ao vídeo a seguir e conheça a definição de entropia e a
desigualdade de Clausius como requisito de não violação da segunda
lei.

Processos reversíveis e irreversíveis:


entropia
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Definição de entropia
A definição termodinâmica de entropia parte do princípio da
equivalência entre as fórmulas utilizadas no cálculo da eficiência do
ciclo de Carnot. Assim, temos:

W QH − QC QC TC
η = = = 1 − = 1 −
QH QH QH TH

Considerando os dois últimos termos dessa igualdade, temos:

QC TC QC TC QH QC
1 − = 1 − ⇒ = ⇒ − = 0
QH TH QH TH TH TC

Generalizando, para qualquer ciclo reversível, podemos escrever:

δq δq
∑( ) = ∮ ( ) = 0
T T
reversivel  reversivel 

Como a integral cíclica de qualquer propriedade de estado é igual a zero,


podemos inferir que (δq/T ) reversível é uma propriedade de estado.
Desse modo, define-se a entropia S como essa nova variável de
estado, de forma que:

δq
dS = ( )
T
reversivel 

Agora, façamos uma pergunta:

A entropia, como definida, só se aplica ao ciclo de Carnot?

A resposta é não e, para fundamentá-la, vamos considerar a imagem a


seguir:

Ciclo reversível arbitrário representado como um somatório de ciclos de Carnot.

Na imagem anterior, podemos traçar duas adiabáticas tão próximas e


também duas isotérmicas tão próximas como desejado, permitindo a
geração de pequenos ciclos de Carnot. Assim, um ciclo genérico pode
ser aproximado a um somatório de ciclos de Carnot. Podemos observar
que, nos ciclos de Carnot vizinhos e internos ao ciclo genérico as
variações de entropia se anulam. Isso se dá porque, se um segue o
sentido horário, o vizinho segue o sentido anti-horário, conforme os
ciclos (2) e (3) da figura. Dessa forma, a variação de entropia do ciclo
genérico fica restrita aos ciclos de Carnot que estão sobre o perímetro
do ciclo, ou seja:

δq δq
∑ ( ) = ∑ ( )
T T
Ciclo  reversivel  Perimetro  reversivel 

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Logo, podemos concluir que a definição de entropia se aplica a qualquer


ciclo, desde que este seja reversível.

Vamos a outra pergunta:

Essa definição de entropia está restrita somente a


processos cíclicos?

Novamente a resposta é não e, para justificá-la, vamos observar a


imagem a seguir:

Extensão da definição de entropia. Ciclos A-B e C-B reversíveis.

A imagem anterior apresenta dois ciclos reversíveis limitados pelos


estados de equilíbrio (1) e (2), compostos pelos processos, direto e
inverso, respectivamente, A-B e C-B. Para esses ciclos reversíveis,
podemos escrever:

2 1
δq δq
∫ ( ) + ∫ ( ) = 0
1
T 2
T
A B

2 1
δq δq
∫ ( ) + ∫ ( ) = 0
1
T 2
T
C B

Subtraindo da primeira equação a segunda, temos:

2 2
δq δq
∫ ( ) − ∫ ( ) = 0
1
T 1
T
A C

Ou seja:

2 2
δq δq
∫ ( ) = ∫ ( )
1
T 1
T
A C

Assim, dS = (δq/T ) reversível  é uma função de estado, uma vez que


seu valor não depende do caminho, sendo, portanto, essa definição de
entropia aplicável aos processos cíclico e não cíclico.

Desigualdade de Clausius

Como calcular a desigualdade de


Clausius
A observância da desigualdade de Clausius é um requisito fundamental
para a ocorrência de uma transformação. Um dos procedimentos para
obtenção da expressão da desigualdade de Clausius é estabelecer se
para ciclo termodinâmico genérico real:

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δq
∮ = 0  ou 
T

δq
∮ > 0  ou 
T

δq
∮ < 0
T

Dando início a essa análise, é possível supor a existência de um ciclo


em que o somatório das parcelas de calor que entram no sistema,
durante a realização do ciclo, é igual ao somatório das parcelas de calor
que saem do sistema. Assim, para enésimas parcelas de troca de calor,
temos:

Q1 + Q2 + Q3 + ⋯ + Qn = 0

Agora, vamos, na expressão acima, dividir as parcelas de troca de calor


pelas temperaturas nas quais as trocas foram efetivadas. Por hipótese,
vamos supor que:

Q1 Q2 Q3 Qn
+ + + ⋯ + > 0
T1 T2 T3 Tn

Como na termodinâmica empregamos a escala termodinâmica de


temperatura, os valores das temperaturas são sempre positivos. Para
satisfazer a expressão anterior, devemos fazer a seguinte associação:

add_circle
Parcelas positivas de calor
Baixo valor de temperatura.

remove_circle
Parcelas negativas de calor
Alto valor de temperatura.

Fisicamente essa associação estabelece que o calor entra no sistema


(parcela positiva), a baixa temperatura e, sai do sistema, a alta
temperatura. Essa situação não acompanha a espontaneidade do
processo. Dessa forma, a hipótese formulada é falsa, o que implica
estabelecer, de forma genérica, que um processo real irá ocorrer
quando:

δq
∮ < 0
T

Para os processos reversíveis, já sabemos que a integral cíclica


apresentada acima é zero. Logo, a desigualdade de Clausius será escrita
como:

δq
∮ ≤ 0
T

Irreversibilidades

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Irreversibilidades e seus efeitos


Para a engenharia, a aplicação mais importante da segunda lei da
termodinâmica recai sobre a possibilidade de determinar o melhor
desempenho teórico de um processo. Assim, quanto maior for a
diferença entre os desempenhos teórico (processo reversível) e o real
(processo irreversível), maior é a possibilidade de implementação de
melhorias ao processo.

Existem dois enquadramentos na avaliação da reversibilidade e,


consequentemente, da irreversibilidade (pois os processos não
reversíveis são automaticamente irreversíveis). Observe:

Processo cíclico expand_more

O processo é reversível quando, após a realização do ciclo, tanto


o sistema quanto a vizinhança retornam ao estado inicial.

Processo não cíclico expand_more

O processo é reversível quando ocorre com variações


infinitesimais sem se afastar da situação de equilíbrio.

Devemos observar que o enunciado de Clausius para a segunda lei da


termodinâmica define que a transferência espontânea de calor, de um
corpo quente para um corpo frio, é um processo irreversível, ou seja, não
pode ser revertido sem alterações nas condições do sistema ou da
vizinhança. Desse modo, os eventos espontâneos são irreversíveis.

Todos os processos reais são irreversíveis, pois são acompanhados por


pelo menos um dos seguintes efeitos:

atrito nos rolamentos e nos escoamentos de fluidos;

ruídos;

vibrações;

expansão não resistiva, de uma região de alta pressão para uma


região de baixa pressão;

transferência de calor em função de gradientes finitos de


temperatura;

reações químicas espontâneas;

dissipação elétrica em função da passagem de corrente elétrica


em uma resistência;

histerese;

deformação inelástica.

As irreversibilidades podem ser classificadas como:

push_pin
Irreversibilidades internas

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Ocorrem dentro do sistema.

push_pin
Irreversibilidades externas
Ocorrem na vizinhança.

Logo, um processo internamente reversível é aquele em que não


existem irreversibilidades no sistema.

Em termos práticos, as irreversibilidades são aceitáveis em algum grau,


pois suas reduções, que levam a um melhor desempenho, ficam
limitadas às análises de custo e benefício.

A importância dos processos reversíveis na engenharia


se dá pelo fato de que, para dispositivos que
disponibilizam trabalho na vizinhança, como motores
de combustão interna, ciclos de potência e turbinas, o
máximo de trabalho disponibilizado é calculado e, em
dispositivos que consomem trabalho, como bombas e
compressores, o mínimo de trabalho consumido é
calculado.

Com o objetivo de comparar uma máquina real com uma máquina ideal,
devemos considerar que, nas máquinas reversíveis, os valores máximos
para a eficiência dos ciclos de potência e para os coeficientes de
desempenho dos refrigeradores e das bombas de calor são
determinados. Dessa forma, qualquer desempenho de uma máquina
real, que dissipa energia, deve obrigatoriamente ser inferior ao calculado
em processo reversível. Assim, temos:

TC
η Motor,real  ≤ 1 −
TH

TC
COP R, real  ≤
TH − TC

TH
COP BC, real  ≤
TH − TC

Demonstração
Problema

Um projeto geotérmico tem por objetivo extrair água a 100°C de uma


fonte geotérmica para alimentar um motor térmico. A temperatura
ambiente é de 27°C. Os dados operacionais do projeto são: vazão
mássica de água 170kg/min e potência produzida de 45hp. Considere a
capacidade calorífica específica da água constante e igual a 4,184
kJ/kg.K e 1 hp = 745,7 W.

Com base nas informações apresentadas, faça uma análise da


viabilidade desse projeto.

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Solução

Considerando a taxa máxima de calor fornecida pela fonte geotérmica,


no SI:

170
Q̇ H ,máx = ṁc p (T f onte  − T ambiente  ) = × 4, 184 × (100 − 27) = 865, 4kW
60

Do enunciado:

P ot = 45hp = 45 × 745, 7 = 33556, 5W = 33, 6kW

Cálculo da eficiência:

Ẇ 33, 6
η projeto  = = = 0, 0388 = 3, 9%
865, 4
Q̇ H

(27 + 273)
η Carnot  = 1 − = 0, 19, 6 = 19, 6%
(100 + 273)

Como:

η projeto  < η Carnot  ⇒  Projeto f act vel  í

Podemos observar ainda que esse projeto está sujeito à implementação


de melhorias, pois:

η projeto  ≪ η Carnot 

note_alt_black
Mão na massa
Questão 1

O projeto de um refrigerador tem por base os seguintes dados:


COP = 2, 2, T C = 273K e TH = 328K . Com base nessas
informações, esse projeto

A é inviável.

B é reversível.

C é factível.

D é internamente reversível.

E viola a segunda lei da termodinâmica.

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ETemos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 24/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Ba
T_%7BC%7D%7D%3D%5Cfrac%7B273%7D%7B328-
273%7D%3D4%2C96%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20

Questão 2

Um aparelho de ar condicionado transfere uma potência de 2,5 kW


de calor para a vizinhança a 40°C para manter um ambiente a 22°C,
operando continuamente em regime permanente. O coeficiente de
desempenho desse aparelho é 33% do COP máximo possível para
esse ciclo. Qual é a potência requerida por esse aparelho de ar
condicionado?

A 2,5 kW

B 1,8 kW

C 1,1 kW

D 0,52 kW

E 0,39 kW

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EAssista%20ao%20v%C3%ADdeo%20COP%20de%20refrigerador%20para%20entender%20a%20resolu%C3%
-%20Recurso%20Video%20Player%20-%20start%20--
%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cdiv%20class%3D%22container%20px-
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items-center%20justify-content-
center'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cdiv%20class%3D'c
12'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cyduqs
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-%20Recurso%20Video%20Player%20-%20end%20--
%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20

Questão 3

(Adaptado de Ex 33 – Universidade do Ceará/CCV-UFC, Concurso


Público para Provimento de Cargos Técnico-Administrativos em
Educação, 2013, Engenheiro/Engenharia Mecânica.) Qual é a menor
temperatura de evaporação teórica para o ciclo de refrigeração que
apresenta COP = 4 e que rejeita calor para o ambiente a
37°C?

A –10°C

B –15°C

C –25°C

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 25/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
0°C

E 5°C

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ETemos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Ba
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T_%7BC%7D%7D%20%5CRightarrow%201240-
4%20T_%7BC%7D%3DT_%7BC%7D%20%5CRightarrow%20T_%7BC%7D%3D%5Cfrac%7B1240%7D%7B5%7D%3D248%20K
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Questão 4

Uma bomba de calor, que opera de forma reversível, fornece 2000


kJ de calor para uma casa com o objetivo de mantê-la na
temperatura constante de 30°C. Se a temperatura do exterior,
também constante, é de –10°C, qual é o trabalho mínimo
consumido pela bomba de calor?

Fonte de calor.

A 264 kJ

B 273 kJ

C 316 kJ

D 385 kJ

E 410 kJ

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ECalculando%2C%20temos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Ba
T_%7BC%7D%7D%3D%5Cfrac%7B30%2B273%7D%7B(30%2B273)-
(-10%2B273)%7D%3D7%2C575%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%

Questão 5

Um inventor propõe um projeto de um refrigerador que apresenta


coeficiente de desempenho de 3,9 na retirada de calor de um
ambiente a 273 K para a vizinhança a 323 K. Esse projeto é:

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15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

A impossível.

B muito provavelmente possível.

C possível, mas improvável.

D possível, mas carente de implementações.

E internamente reversível.

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EObserve%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Ba
T_%7BC%7D%7D%3D%5Cfrac%7B273%7D%7B323-
273%7D%3D2%2C73%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20

Questão 6

Uma bomba de calor deve fornecer 500 W para manter a água de


uma piscina a 32°C quando a temperatura do ambiente externo é de
10°C. Qual é a potência mínima consumida pela bomba de calor?

A 12 W

B 20 W

C 25 W

D 30 W

E 36 W

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ECalculando%2C%20temos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Ba
T_%7BC%7D%7D%3D%5Cfrac%7B(32%2B273)%7D%7B(32%2B273)-
(10%2B273)%7D%3D13%2C86%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2

note_alt_black
Teoria na prática
Uma máquina térmica recebe 60% do seu calor de uma fonte a 1000
K e o restante de uma fonte quente a 500 K, enquanto rejeita calor

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 27/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
para uma fonte fria a 300 K. Qual é a eficiência térmica máxima
possível para essa máquina?

Mostrar solução expand_more

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Um inventor alega ter desenvolvido uma máquina térmica que


recebe 700 kJ de calor de uma fonte quente a 500 K e produz 293
kJ de trabalho líquido enquanto rejeita o calor para o reservatório
frio a 290 K. Essa máquina é

A impossível.

B muito provavelmente possível.

C possível, mas improvável.

D possível, mas carente de implementações.

E irreversível.

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EObserve%20o%20c%C3%A1lculo%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Ceta%3D%5Cfrac%7B
%5Cfrac%7BT_%7BC%7D%7D%7BT_%7BH%7D%7D%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
paragraph'%3EC%C3%A1lculo%20da%20efici%C3%AAncia%20com%20dados%20de%20processo%3A%3C%2Fp%3E%0A%
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Ceta_%7B%5Ctext%2
paragraph'%3EC%C3%A1lculo%20da%20efici%C3%AAncia%20m%C3%A1xima%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Ceta_%7B%5Ctext%2
%5Cfrac%7BT_%7BC%7D%7D%7BT_%7BH%7D%7D%3D1-
%5Cfrac%7B290%7D%7B500%7D%3D0%2C420%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
paragraph'%3EComo%20%5C(%5Ceta_%7B%5Ctext%20%7Bpr%C3%A1tico%20%7D%7D%20%5Ccong%20%5Ceta_%7B%5C

Questão 2

Em um conjunto cilindro-pistão sem atrito, 1,5 kg de água passa de


líquido saturado para vapor saturado a 225 kPa e 124°C, em

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15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
processo reversível. A variação de entalpia nessa mudança de fase
é de 2191 kJ/kg. Qual é a variação de entropia da água?

A 5,7 kJ/K

B 8,3 kJ/K

C 9,4 kJ/K

D 21 kJ/K

E 29 kJ/K

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ENo%20processo%2C%20a%20press%C3%A3o%20constante%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%2
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20q%3Dm%20%5CDelta%20h%3D1
paragraph'%3EDa%20defini%C3%A7%C3%A3o%20de%20entropia%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5CDelta%20S%3D%5Cfrac%7B

3 - Variação de entropia em processos reversíveis


Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar o conceito de entropia.

Vamos começar!

video_library
Variação de entropia em processos
reversíveis
Assista ao vídeo a seguir para conhecer a equação fundamental da
termodinâmica e o balanço de entropia para um sistema fechado e para
um volume de controle, evidenciando a presença do termo de geração
de entropia em função das irreversibilidades.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 29/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Relações da entropia
Da mesma forma que a energia, a entropia é um conceito abstrato, mas
de efeitos observáveis. Em função de sua importância na análise
termodinâmica, a definição de entropia, em muitos casos, é considerada
como uma expressão da segunda lei da termodinâmica.

A desigualdade de Clausius, que emprega a entropia como variável de


identificação das transformações espontâneas, pode assumir outra
formulação. A análise da imagem a seguir fundamenta essa nova
formulação.

Ciclo A-B reversível e ciclo C-B irreversível. Processos A e B reversíveis e processo C irreversível.

Aplicando a desigualdade de Clausius aos ciclos da imagem anterior,


temos:

2 1
δq δq
∫ ( ) + ∫ ( ) ≤ 0
1
T 2
T
A ou C B

A segunda integral na expressão acima representa o processo B


reversível e pode ser escrita como (S 1 − S 2 ) .

Então:

2
δq
S2 − S1 ≥ ∫ ( )
1
T
A ou C

Assim, para o processo A reversível:

2
δq
S 2 − S 1 = ΔS = ∫ ( )
T
1 í
revers vel 

Para o processo C irreversível:

2
δq
S 2 − S 1 = ΔS > ∫ ( )
1
T
real

Para um sistema isolado:

ΔS ≥ 0

Logo, a segunda lei da termodinâmica estabelece que a entropia de um


sistema isolado permanece constante em um processo reversível e
aumenta em um processo irreversível ou real. Portanto, todo processo

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15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
real espontâneo é acompanhado de aumento de entropia, e esse
processo satisfaz a expressão:

ΔS sistema  + ΔS vizinhança  > 0

Devemos observar ainda que, em um diagrama T − S , a área abaixo


da curva em um processo reversível ou internamente reversível é
numericamente igual ao calor trocado no processo. A imagem a seguir
ilustra essa observação.

Equivalência numérica entre a quantidade de calor transferida em um processo internamente


reversível e a área abaixo da curva no plano T − S .

Equação fundamental da
termodinâmica
A equação fundamental da termodinâmica é a equação que expressa,
simultaneamente, o primeiro e o segundo princípios da termodinâmica.

Para um sistema fechado submetido somente ao trabalho


termoelástico, temos:

Primeira lei da termodinâmica


dU = δq − pdV

Segunda lei da termodinâmica


δq reversivel 
dS =
T

Como a variação da energia interna é uma função de estado, se


seguirmos por um processo real ou por um processo reversível, sua
variação será a mesma. Logo, substituindo δq = TdS (segunda lei da
termodinâmica) na primeira lei, temos a equação fundamental da
termodinâmica escrita com base na energia interna:

dU = T dS − pdV

Podemos escrever a equação fundamental da termodinâmica com base


na entalpia. Assim, por definição:

H = U + pV

Diferenciando a entalpia H :

dH = dU + pdV + V dp

Substituindo dU :

dH = T dS − pdV + pdV + V dp

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15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Portanto, a equação fundamental da termodinâmica, com base na


entalpia, é escrita como:

dH = T dS + V dp

Variação de entropia em um gás ideal


Da equação fundamental da termodinâmica escrita com base na
energia interna, podemos escrever:

du p
ds = + dv
T T

Para um gás ideal, du = c V dT . Logo:

c V dT p
ds = + dv
T T

Integrando do estado 1 até o estado 2 e sabendo que: pv = R̄T ,

temos:

T2 v2
c V dT R̄dv
Δs = s 2 − s 1 = ∫ + ∫
T1
T v1
v

Para uma capacidade calorífica específica constante no intervalo de


temperatura ou para um valor médio de capacidade calorífica:

T2 v2
s 2 − s 1 = c V ln ( ) + R̄ ln ( )
T1 v1

Para a equação fundamental da termodinâmica escrita com base na


entalpia:

dh v
ds = − dp
T T

Para um gás ideal, dh = C p dT . Portanto:

c p dT v
ds = − dp
T T

Integrando do estado 1 até o estado 2 e sabendo que: pv = R̄T ,

temos:

T2 p2 ¯
c p dT Rdp
Δs = s 2 − s 1 = ∫ − ∫
T1
T p1
p

Para uma capacidade calorífica específica constante no intervalo de


temperatura ou para um valor médio de capacidade calorífica:

T2 p2
s 2 − s 1 = c p ln ( ) − R̄ ln ( )
T1 p1

Atenção!
As capacidades caloríficas específicas a volume constante e a pressão
constante podem variar com a temperatura. A Tabela A.6, página 562,
Apêndice A do arquivo Tabelas termodinâmicas apresenta as funções
de cp com T para várias substâncias que apresentam

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 32/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
comportamento de gás ideal. Para o cálculo da variação de entropia,
devemos inserir a função de c p (T ) na expressão do Δs e resolver a
integral. Assim temos:

T2 p2
c p (T )dT R̄dp
Δs = s 2 − s 1 = ∫ − ∫
T1
T p1
p

Variação de entropia em sólidos e


líquidos
Os sólidos e os líquidos de modo geral são considerados
incompressíveis, ou seja, quando submetidos a pressão, a variação de
volume é desprezível. Logo, podemos escrever:

dh = du + d(pv) = du + pdv + vdp ≅ du + vdp

Sabemos ainda que os volumes específicos das fases sólida e líquida


são muito pequenos e, na maioria dos casos, vdp é uma parcela
desprezível nos cálculos. Assim:

dh = du = cdT

Em que c é a capacidade calorífica específica a pressão constante (mais


fácil de ser quantificada) ou a volume constante, uma vez que seus
valores são muito próximos nos líquidos e nos sólidos. A Tabela A.3 e a
Tabela A.4, página 560, Apêndice A do arquivo Tabelas termodinâmicas

apresenta os valores de cp para vários sólidos e líquidos a 25oC.

Dessa forma, para o cálculo da variação de entropia, temos para os


sólidos e líquidos:

du p du dh
ds = + dv ≅ ≅
T T T T

Ou seja:

T2
cdT T2
s2 − s1 = ∫ = c ln ( )
T1
T T1

Verifique as observações a seguir:

Observação 1 expand_more

Para uma fonte ou reservatório, que apresenta, por definição,


temperatura constante, a variação de entropia será quantificada
por:

δq 1 q
Δs = ∫ = ∫ δq =
T T T

Observação 2 expand_more

Para a região de líquido-vapor saturada, a entropia (s) é


calculada com base no título (x) seguindo a mesma regra de
cálculo do volume específico (v) :

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15/03/2023, 06:28

⎜⎟


v = (1 − x)v liq + xv vap

s = (1 − x)s liq + xs vap

Variação de entropia

Variação de entropia para sistema de


massa e volume de controle

como:
 Varia

dt
 entropia 

 no sistema 

 no intervalo 

 de tempo 

 considerado 

= ∑

i

=

S2 − S1 = ∫

Ti

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html#
dt

+

= ∑


1
Segunda lei da termodinâmica

Para o balanço de entropia em um sistema de massa de controle


(sistema fechado), podemos escrever:

ção de  ⎞  Quantidade l quida 

entradas 
 de entropia 

Ti
T
)

 transf erida atrav s 

 da f ronteira no 

 no intervalo de 

 tempo considerado 

+ σ̇
liq

Nessa equação, devemos observar que a variação de entropia do


sistema está associada a um termo de transferência de entropia

A entropia, assim como a energia, é uma grandeza que pode ser


transferida em função do fluxo de matéria. Desse modo, para um
volume de controle (VC) que, por definição, é atravessado por um
í

Na contextualização da matemática, esse balanço passa a ser escrito

2
δq
+ σ

vinculado à transferência de energia na forma de calor e que apresenta


a mesma convenção de sinais do calor.

Assim, quando o calor entra, a entropia é transferida para dentro do


é

sistema e, quando o calor sai, a entropia é transferida para a vizinhança.


Se não houver troca de calor, não existe transferência de entropia.

O outro termo é um termo de geração de entropia, vinculado às


irreversibilidades internas presentes no sistema. Para um processo
reversível, o termo de geração de entropia é igual a zero e, para os
processos irreversíveis, esse termo é sempre positivo.

Devemos observar, ainda, que a variação de entropia do sistema,


S2 − S1 , pode ser negativa, nula ou positiva.

Para o balanço da taxa de entropia em um sistema fechado, temos:

dS Q̇ i

escoamento de matéria, o balanço da taxa de entropia é escrito como:

dS V C
˙
Qi

ṁ e s e − ∑ ṁ s s s + σ̇ V C

í
sa das 
+


 quantidade de 

 entropia gerada 

 no interior 

 do sistema 

 no intervalo de 

 tempo considerado 

34/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Para a situação de regime permanente, a equação do balanço da taxa de


entropia é:

˙
Qi
0 = ∑ + ∑ ṁ e s e − ∑ ṁ s s s + σ̇ V C
Ti
i entradas  í
sa das 

Eficiência isentrópica

Eficiência isentrópica de turbinas,


compressores e bombas
Os processos isentrópicos, ou seja, de entropia constante, são úteis na
determinação de propriedades de estados termodinâmicos associados
a processos representados nos diagramas temperatura-entropia
(T − s) ou entalpia-entropia (h − s) .

As eficiências isentrópicas de turbinas, compressores e bombas são


definidas seguir.

Eficiência de turbina isentrópica com


operação em regime permanente
A eficiência isentrópica de uma turbina é definida pela razão entre o
trabalho real disponibilizado na vizinhança e o trabalho que seria
disponibilizado se a operação fosse isentrópica. Assim, temos:

 Trabalho real 
η turbina  =
 Trabalho isentr pico  ó

Agora, observe a imagem a seguir:

Diagrama entalpia-entropia dos processos real (linha pontilhada) e isentrópico (linha contínua) em
uma turbina adiabática.

Para uma turbina adiabática em que as variações de energias cinética e


potencial são desprezíveis, considerando ainda, a notação da imagem
anterior com entrada 1 e saída 2a para um processo real, acompanhado
de aumento de entropia, ou saída 2s para um processo isentrópico, a
eficiência passa a ser escrita como:

wa h 1 − h 2a
η turbina = =
ws h 1 − h 2s

Em termos práticos, a eficiência isentrópica de grandes turbinas é


superior a 90% enquanto, para pequenas turbinas, essa eficiência pode
ser inferior a 70%.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 35/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Eficiência isentrópica de compressores e


bombas que operam em regime permanente
A eficiência isentrópica de um compressor é definida pela razão entre o
trabalho isentrópico de elevação de pressão e o trabalho real necessário
à compressão. Dessa forma, temos:

 Trabalho de compress o isentr pico  ã ó


η compressor  =
 Trabalho de compress o real  ã

Agora, observe a imagem a seguir:

Diagrama entalpia-entropia dos processos real (linha pontilhada) e isentrópico (linha contínua) em
uma turbina adiabática.

Para um compressor adiabático em que as variações de energias


cinética e potencial são desprezíveis, considerando ainda, a notação da
imagem anterior com entrada 1 e saída 2a para um processo real,
acompanhado de aumento de entropia, ou saída 2s para um processo
isentrópico, a eficiência passa a ser escrita como:

ws h 2s − h 1
η compressor  = =
wa h 2a − h 1

Em termos práticos, a eficiência isentrópica dos compressores


apresenta valores entre 80% e 90%.

Ainda analisando a imagem Diagrama entalpia-entropia para processos


real (linha pontilhada) e isentrópico (linha contínua) em um compressor
ou bomba adiabáticos, por similaridade, a eficiência isentrópica de uma
bomba será definida por:

Diagrama entalpia-entropia para processos real (linha


pontilhada) e isentrópico (linha contínua) em um
compressor ou bomba adiabáticos

 Trabalho de compress o isentr pico  ã ó ws v 1 (P 2 − P 1 )


η bomba  = = =
 Trabalho de compress o real  ã wa h 2a − h 1

Demonstração
Problema

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 36/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
Uma máquina de Carnot opera com vapor de água conforme o ciclo a
seguir.

Ciclo de Carnot.

Observando a imagem anterior, responda:

a. Qual é a eficiência térmica dessa máquina?

b. Se o trabalho líquido produzido é de 400 kJ/kg, qual é o título do


estado 1?

Solução

a)

TC (25 + 273)
η Carnot  = 1 − = 1 − = 0, 522
TH (350 + 273)

b)

w w 400
η = ⇒ qH = = = 766kJ /kg
qH η 0, 522

Para o processo 1-2:

qH 766
Δs 12 = s 2 − s 1 = = = 1, 2295kJ /kg ⋅ K
TH (350 + 273)

Segundo a Tabela B.1.1 (continuação) - Água saturada (página 577) do


arquivo Tabelas termodinâmicas:


T = 350 C : s liq = 3, 7776kJ /kg ⋅ K e s s vap = 5, 2111kJ /kg ⋅ K

Da análise gráfica:

s 1 = s vap − Δs 12 = 5, 2111 − 1, 2295 = 3, 9816kJ /kg ⋅ K

Cálculo do título no estado 1:

s 1 − s liq 3, 9816 − 3, 7776


x = = = 0, 142 = 14, 2%
s vap − s liq 5, 2111 − 3, 7776

note_alt_black
Mão na massa
Questão 1

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 37/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
Com respeito ao processo reversível representado no diagrama
Temperatura-Entropia, assinale a alternativa correta.

Ciclo termodinâmico.

O processo 1–2 representa uma expansão


A
adiabática.

B O processo 2–3 é adiabático.

No processo 3–4, o sistema recebe calor a pressão


C
constante.

No processo 4–1, a variação de entropia no sistema


D
é maior que zero.

E Para a operação no sentido 1–2–3–4–1, QL > QH.

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EPara%20o%20processo%20revers%C3%ADvel%2C%20se%20o%20processo%20%C3%A9%20isentr%C3%B3
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Questão 2

No conjunto cilindro-pistão apresentado, o ar encontra-se


inicialmente em equilíbrio a 150 kPa e 327°C. O conjunto é resfriado
até que a temperatura do ar alcance 30°C. Se a vizinhança se
encontra a 21°C, qual é a geração de entropia para esse processo?

Pistão.

A 2,0 kJ/kg K

B 1,5 kJ/kg K

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 38/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

C 0,81 kJ/kg K

D 0,55 kJ/kg K

E 0,33 kJ/kg K

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EAssista%20ao%20v%C3%ADdeo%20C%C3%A1lculo%20da%20gera%C3%A7%C3%A3o%20de%20entropia%2
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Questão 3

(Adaptado de Ex 40 - Fundação CESGRANRIO – Petrobras, Processo


seletivo público, 2014, Engenheiro(a) de Processamento Júnior.)
Considere o diagrama T − S de um ciclo de refrigeração com
válvula de expansão. Nesse processo, a taxa de refrigeração é de
2400 kW.

As entalpias dos pontos b, c e d são 3500 kJ/kg, 5000 kJ/kg e 500


kJ/kg, respectivamente. Com base nas informações apresentadas,
qual é a vazão mássica mínima do fluido refrigerante, em kg/s,
necessária ao processo?

A 0,30

B 0,53

C 0,80

D 1,25

E 1,67

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20ciclo%20de%20refrigera%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20composto%20pelas%20etapas%20de%20

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 39/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
c)%2C%20condensa%C3%A7%C3%A3o%20(c-
d)%2C%20expans%C3%A3o%20(d-
a)%20e%20evapora%C3%A7%C3%A3o%20(a-
b).%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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h_%7Bd%7D%3D5000-
500%3D4500%20kJ%20%2F%20kg%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
paragraph'%3EDo%20balan%C3%A7o%20de%20energia%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
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1500%3D3000%20kJ%20%2F%20kg%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%

Questão 4

(Adaptado de Ex 33 - Fundação CESGRANRIO – Petrobras, Processo


seletivo público, 2011, cargo de Engenheiro(a) de Processamento
Júnior.) As propriedades termodinâmicas como energia interna,
entalpia e entropia podem ser calculadas a partir de propriedades
diretamente mensuráveis como temperatura, pressão e volume
específico. Para a equação fundamental da termodinâmica, escrita
com base na entalpia, h = h(s, p) , podemos escrever:

∂h
A ( ) = T
∂s
p

∂h
B ( ) = T
∂p
s

∂h
C ( ) = v
∂s
T

∂h
D ( ) = p
∂s
p

∂h
E ( ) = p
∂p
s

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Baligned%7

Questão 5

(Adaptado de Ex 24 - Fundação CESGRANRIO – Petrobras, Processo


seletivo público, 2012, Engenheiro(a) de Processamento Júnior.)
Considere o diagrama temperatura-entropia de um processo cíclico
reversível.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 40/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Qual é a eficiência térmica desse ciclo?

A 25%

B 30%

C 40%

D 75%

E 95%

Parabéns! A alternativa D está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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1)%7D%3D0%2C75%3D75%20%5C%25%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2

Questão 6

Vapor de água entra na turbina a 5000 kPa e 450°C e sai como


vapor saturado a 50 kPa. O diagrama T − s do processo é
representado a seguir.

Esquema de turbina a vapor.

Qual é a eficiência isentrópica dessa turbina?

A 60%

B 66%

C 71%

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 41/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
D 80%

E 90%

Parabéns! A alternativa C está correta.


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note_alt_black
Teoria na prática
A cada segundo, 3,5 kg de vapor de água superaquecido fluem
através da turbina da figura abaixo. Assumindo um processo
isentrópico, qual é a potência máxima que a turbina pode
disponibilizar?

Esquema de turbina a vapor.

Mostrar solução expand_more

Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Assinale a relação correta de entropia para um processo.

Para o ar atmosférico como gás ideal a pressão


A
constante: ds = c p dT

B Para o etanol líquido puro: ds = c p dT

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 42/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

C Para uma fonte térmica: Δs = q/T

Para a água no estado vapor como gás ideal a


D
volume constante: ds = c p ln (T 2 /T 1 )

Para um reservatório térmico a volume constante:


E
Δs = c V ln (T 2 /T 1 )

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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paragraph%20c-
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%5Cfrac%7Bv%7D%7BT%7D%20d%20p%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5

Questão 2

Assinale a asserção correta com respeito à segunda lei da


termodinâmica.

A eficiência isentrópica de um dispositivo, pode ser


A
positiva, negativa ou zero.

Em um sistema isolado a entropia diminui ou


B
permanece constante em um processo.

Transfere-se entropia para o sistema quando este


C
perde calor.

Retira-se entropia do sistema quando este recebe


D
calor.

Em uma região de equilíbrio líquido-vapor a entropia


E
é quantificada com base no título.

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 43/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

4 - Ciclos de máquinas de potência de combustão interna


Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os ciclos dos motores de combustão
interna.

Vamos começar!

video_library
Ciclos de máquinas de potência de
combustão interna
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os tempos motor que
caracterizam os processos dos motores de ciclo Otto e ciclo Diesel.

Ciclo de máquinas de potência de


combustão interna

Terminologias
Apesar de sua simplicidade, o motor alternativo, caracterizado pelo
movimento vai e vem do pistão no interior de um cilindro, pode ser
empregado na modelagem de motores de combustão interna, assim
denominados, pois a reação de queima do combustível (gasolina, etanol,
GNV, óleo diesel e biodiesel) ocorre no interior do motor. A imagem a
seguir apresenta um esboço de um motor alternativo com suas
terminologias, observe:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 44/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Esquema de um motor alternativo de combustão interna e nomenclaturas.

Com base na imagem apresentada anteriormente, observamos no motor


alternativo que o pistão alterna entre duas posições fixas, observe:

Ponto morto superior (PMS)


Posição do pistão em que se forma o menor volume livre no cilindro.

Ponto morto inferior (PMI)


Posição do pistão de maior volume livre no cilindro.

A distância entre o PMS e o PMI é a maior distância percorrida pelo


pistão, chamada de curso. O ar ou a mistura ar-combustível é sugado
para dentro do cilindro através da válvula de admissão e, os gases de
combustão são expelidos do cilindro através da abertura da válvula de
descarga ou de exaustão.

A imagem a seguir apresenta o conceito de volume morto, que é o


volume mínimo formado no cilindro quando o pistão está no PMS e do
volume gerado pelo movimento do pistão à medida que ele se
movimenta entre o PMS e o PMI, chamado de volume deslocado. A
razão entre o volume livre máximo e o volume mínimo (volume morto)
no cilindro é denominada de razão de compressão (r) ou taxa de
compressão do motor.

V máximo  VP M I
r = =
V minimo  VP M S

Representação em motor alternativo do (a) Volume deslocado e (b) Volume morto.

A cilindrada - volume de deslocamento do motor ou ainda volume


varrido do motor - é definida como o volume total varrido pelos pistões
em todos os cilindros do motor durante um movimento unitário. A

cilindrada tem como unidades cm3, L ou in3.

Durante o funcionamento de um motor, o fluido de trabalho é submetido


a uma série de processos químicos e físicos que se repetem
periodicamente no interior dos cilindros, mediante o movimento
sincronizado rotativo do eixo de comando de válvulas e do eixo de
manivelas ou virabrequim conforme observado na imagem a seguir:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 45/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Movimento sincronizados do eixo de comando de válvulas e do eixo de manivelas (virabrequim).

O chamado ciclo do motor normalmente é composto por quatro ciclos


ou quatro tempos, conforme observado na imagem a seguir, que está
sincronizada com a imagem anterior.

Os quatro tempos motor: admissão, compressão, explosão e descarga.

Outro termo muito empregado para descrever o desempenho dos


motores é a pressão média efetiva (PME), que segue a representação
da imagem a seguir. A pressão média efetiva é a pressão teórica que,
caso fosse desenvolvida no pistão durante o processo de expansão,
disponibilizaria na vizinhança o mesmo trabalho líquido do ciclo do
motor.

í
 Trabalho l quido para um ciclo  W líq 
 PME  = =
 Deslocamento volum trico  é V máx  − V mín 

Pressão Média Efetiva (PME).

Desse modo, em dois motores com cilindros de mesmo volume, aquele


que tiver a maior PME disponibilizará uma maior quantidade de trabalho
e, se os motores apresentarem a mesma velocidade angular, aquele que
tiver a maior PME apresentará a maior potência.

Análise do ar padrão

Ciclo do ar padrão
O ciclo padrão a ar é um ciclo termodinâmico ideal que se aproxima do
motor real de combustão interna, tanto para o de ignição por centelha
(ciclo Otto) quanto para o de ignição por compressão (ciclo Diesel). A
imagem a seguir ilustra a proximidade entre um ciclo Otto real (curva
pontilhada) e um ciclo Otto ideal (curva contínua). Comportamento
similar também é observado para o ciclo Diesel.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 46/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Representação do ciclo Otto real e do ciclo Otto ideal no diagrama P − V .

A análise termodinâmica do ciclo de quatro torna-se mais simples se as


hipóteses do ar padrão forem consideradas. Essas hipóteses são:

Hipótese 1

O fluido de trabalho é o ar, o qual circula continuamente em


circuito fechado, com comportando de gás ideal.

Hipótese 2

Todos os processos que formam o ciclo são internamente


reversíveis.

Hipótese 3

O processo de combustão é substituído por um fornecimento de


calor de uma fonte externa.

Hipótese 4

O processo de exaustão é substituído por um processo de


rejeição de calor, que promove o retorno do fluido de trabalho ao
estado inicial.

Outra hipótese muito utilizada é a de que o ar tem capacidade calorífica


constante determinada à temperatura de

25 C : c p = 1, 004 kJ/kg ⋅ K e cV = 0, 717 kJ/kg ⋅ K.

Quando essa hipótese é incluída nas hipóteses do ar padrão, temos as


hipóteses do ar padrão a frio.

Ciclo Otto

Ciclo Otto: a ignição por centelha


O ciclo Otto real para um motor de quatro tempos é apresentado na
imagem a seguir.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 47/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
Ciclo Otto real e os tempos motor de compressão, explosão, descarga e admissão.

Nesse ciclo, a mistura ar-combustível entra no cilindro com a descida do


pistão. Em seguida, a mistura ar-combustível é comprimida do PMI até o
PMS, com a subida do pistão, em processo adiabático.

No PMS, uma centelha da vela promove a combustão instantânea da


mistura ar-combustível, elevando bruscamente a pressão e a
temperatura. Pela ação dos gases de combustão a alta pressão, o
pistão desce em um processo de expansão adiabático, disponibilizando
potência.

Com a abertura da válvula de descarga no PMI, a pressão e a


temperatura caem bruscamente em um processo isocórico e, com o
movimento de subida do pistão, os gases de combustão são expelidos
do cilindro.

Na imagem a seguir, temos a representação de um ciclo Otto ideal, em


que o ar como gás ideal executa todas as etapas do ciclo. As etapas de
admissão e de descarga, no diagrama P − V , são suprimidas,
todos os processos são considerados internamente reversíveis, o calor
oriundo da reação de combustão é substituído por uma entrada de calor,
a volume constante, no PMS, e o calor rejeitado na abertura da válvula
de descarga é substituído por uma rejeição de calor a volume constante
no PMI.

Ciclo Otto ideal e os quatro processos reversíveis: compressão isentrópica, recebimento de calor a
volume constante, expansão isentrópica e rejeição de calor a volume constante.

Para os cálculos da eficiência térmica do ciclo Otto, vamos considerar


os processos do ciclo ideal representado nos diagramas da imagem a
seguir:

Ciclo Otto ideal no diagrama P − V .

Ciclo Otto ideal no diagrama T − s .

Para o ciclo Otto ideal, a primeira lei da termodinâmica permite escrever:

Δu = 0 = (q entra  − q sai  ) − (W expansão  − w compressão  )

Gás ideal em um processo a volume constante:

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 48/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

q entra  = Δu = c V (T 3 − T 2 )

q sai  = Δu = c V (T 1 − T 4 )

A eficiência térmica do ciclo Otto teórico é definida por:

í
 Trabalho l quido disponibilizado  q entra − q sai  q sai 
η t,otto = = = 1 −
q entra  q entra  q entra 

Assim:

q sai  c V (T 4 − T 1 ) T4 − T1 T 1 (T 4 /T 1 − 1)
η t,otto = 1 − = 1 − = 1 − = 1 −
q entra  c V (T 3 − T 2 ) T3 − T2 T 2 (T 3 /T 2 − 1)

Sabemos que os processos 1-2 e 3-4 são isentrópicos e,


consequentemente, adiabáticos, V 2 = V 3 , V 4 = V 1 , k = c p /c V eo
ar tem comportamento de gás ideal:

k k−1
PV =  constante  ⇒ T V =  constante 

k−1 k−1
T1 V2 V3 T4 T4 T3
= ( ) = ( ) = ⇒ =
T2 V1 V4 T3 T1 T2

Portanto:

T 1 (T 4 /T 1 − 1) T1
η t,otto = 1 − = 1 −
T 2 (T 3 /T 2 − 1) T2

Considerando a razão ou a taxa de compressão:

k−1
T1 V2 1 1 1
η t, otto  = 1 − = 1 − ( ) = 1 − = 1 − = 1 −
k−1 k−1 k−1
T2 V1 (V 1 /V 2 ) (V máx /V min ) r

Dessa forma, a eficiência térmica do ciclo Otto ideal é função da razão


de compressão (r) e da razão entre as capacidades caloríficas (k) do
fluido de trabalho. Considerando as hipóteses do ar padrão frio, a
eficiência do ciclo Otto ideal é função somente da razão de compressão,
uma vez que, k = c p /c V = 1, 004/0, 717 = 1, 4, conforme pode
ser observado na imagem a seguir.

Eficiência térmica do ciclo Otto ideal, com k = 1, 4 , com assinalamento da faixa típica de
razão de compressão para motores a gasolina.

Em termos práticos, as eficiências térmicas dos motores reais de


ignição por centelha variam, atualmente, entre 25% e 30%.

Ciclo Diesel

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15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Ciclo Diesel: a ignição por


compressão
O ciclo Diesel é o ciclo do motor de combustão interna por compressão.
Para um motor de quatro tempos, podemos observar os tempos motor
na imagem a seguir.

Tempos motor do ciclo Diesel de quatro tempos: admissão, compressão, explosão e descarga.

Para entender melhor cada etapa do ciclo Diesel, observe:

O ar é admitido no cilindro com a Esse ar é comprimido do PMI até


descida do pistão. o PMS, com a subida do pistão,
em processo adiabático.

Um ciclo Diesel ideal é apresentado na imagem a seguir:

Representação do ciclo Diesel ideal nos diagramas P − V e T − s .

As etapas de admissão e de descarga são suprimidas, todos os


processos são considerados internamente reversíveis, o calor gerado na
reação de combustão é substituído por um fornecimento de calor a
pressão constante e o calor rejeitado, com a abertura da válvula de
descarga, é substituído por uma rejeição de calor a volume constante no
PMI.

Para o cálculo da eficiência térmica do ciclo Diesel ideal, adotando as


notações da imagem a seguir:

Eficiência térmica do ciclo Diesel ideal em função da razão de compressão e da razão corte, para
k = c p / cV = 1, 4 .

Assim, podemos escrever:

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q entra  = h 3 − h 2 = c p (T 3 − T 2 )

q sai  = u 4 − u 1 = c V (T 4 − T 1 )

Nas hipóteses do ar padrão frio:

w líq  q sai  (T 4 − T 1 ) T 1 (T 4 /T 1 − 1)
η t, Diesel  = = 1 − = 1 − = 1 −
q entra  q entra  c P /c V (T 3 − T 2 ) kT 2 (T 3 /T 2 − 1)

A razão de corte (r C ) é definida como a razão entre o volume do


cilindro ao término da combustão e o volume do cilindro no início da
combustão. Assim, com base na notação da imagem Representação do
ciclo Diesel ideal nos diagramas P - V e T - s:

Representação do ciclo Diesel ideal nos diagramas


P − V e T − s

V3
rC =
V2

Pela lei de Charles e Gay-Lussac entre os estados 2 e 3:

V2 V3 V3 T3
= ⇒ rC = =
T2 T3 V2 T2

Para os processos adiabáticos 1-2 e 3-4, os estados inicial e final podem


ser correlacionados por meio do processo politrópico com índice
politrópico k = c p /c V . Então:

k−1 k−1 k−1 k−1


T1 V2 T4 V3 T4 T 3 (V 3 /V 4 ) T3 V3 V1
= ( ) e = ( ) ∴ = = ( ∗ )
k−1
T2 V1 T3 V4 T1 T 2 (V 2 /V 1 ) T2 V4 V2

Como: V 1 = V4 e rC = T 3 /T 2 , temos:

k−1
T4 T3 V3
k−1 k
= ( ) = rC ∗ r = rC
C
T1 T2 V2

Desse modo, a eficiência térmica do ciclo Diesel ideal será escrita como:

k
1 r − 1
C
η t, Diesel  = 1 − [ ]
k−1
r k (r C − 1)

A imagem Eficiência térmica do ciclo Diesel ideal em função da razão


de compressão e da razão corte, para k = c p / cV = 1, 4

assinala a faixa usual de compressão para o ciclo Diesel. Nessa


imagem, para o caso limite em que a razão corte rC = 1 , os perfis
de eficiência dos ciclos Otto e Diesel são iguais, pois as curvas desses
ciclos no plano P − V são coincidentes.

Os motores de ciclo Diesel operam com razões de compressão mais


altas que os motores de ciclo Otto, sendo, dessa forma, mais eficientes.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 51/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica
De modo geral, as eficiências térmicas dos motores de ciclo diesel
variam entre 35% e 40%.

Eficiência térmica do ciclo Diesel ideal em função da razão


de compressão e da razão corte, para
k = c p / cV = 1, 4

Demonstração
Problema

Considere os diagramas P − v dos ciclos dos motores de


combustão interna representados pelas imagens a seguir:

Ciclo termodinâmico de motores a combustão interna.

Solução

Veja que o processo 4-1 é caracterizado pela rejeição de calor a volume


constante, sendo:

I - ciclo Otto

II - ciclo Diesel
a = PMS
b = PMI

note_alt_black
Mão na massa
Questão 1

Considere o ciclo Otto representado no diagrama P − V .

Processos adiabáticos.

Assinale a alternativa correta para o ciclo Otto.

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A V1 corresponde ao volume do cilindro do PMS.

B O processo B–C é adiabático.

C No processo C–D ocorre o recebimento de calor.

Na etapa D–A o calor é rejeitado em processo


D
isobárico.

No processo A–B a mistura ar-combustível é


E
comprimida sem trocar calor.

Parabéns! A alternativa E está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EInterpreta%C3%A7%C3%A3o%20do%20ciclo%20Otto%3A%20%5C(V_%7B1%7D%3DP%20M%20I%2C%20V_
B%20de%20compress%C3%A3o%20adiab%C3%A1tica%2C%20B-
C%20fornecimento%20de%20calor%20em%20processo%20isoc%C3%B3rico%2C%20C-
D%20expans%C3%A3o%20adiab%C3%A1tica%20e%20D-
A%20rejei%C3%A7%C3%A3o%20de%20calor%20em%20processo%20isoc%C3%B3rico.%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20

Questão 2

Considere os diagramas P − V e T − s do ciclo Diesel


padrão a ar frio. Assinale a alternativa correta.

Ciclo termodinâmico Diesel.

A Os processos 1–2 e 3–4 são isentrópicos.

B O processo 2–3 é isocórico.

C O processo 4–1 é isobárico.

O calor é fornecido ao sistema nos processos 2–3 e


D
3–4.

No diagrama P − v , a letra “b” representa o


E
PMS.

Parabéns! A alternativa A está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EInterpreta%C3%A7%C3%A3o%20direta%20dos%20diagramas%20%24%24P%20-
%20v%24%24%20e%20%24%24T%20-
%20s%24%24.%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20

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Questão 3

(Adaptado de Ex 25 – Universidade do Ceará/CCV-UFC, Concurso


Público para Provimento de Cargos Técnico-Administrativos em
Educação, 2015, Engenheiro/Engenharia Mecânica.) Um motor de
combustão interna opera conforme o ciclo de potência da imagem
a seguir:

Deseja-se disponibilizar 360 MJ de trabalho queimando um

combustível de massa específica 789 kg/m3 e de poder calorífico


30 MJ/kg. Qual será o volume consumido desse combustível?

A 5L

B 13 L

C 22 L

D 31 L

E 45 L

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EDevemos%20observar%20que%20o%20ciclo%20representado%20%C3%A9%20um%20ciclo%20Otto.%3C%2
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table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Ceta_%7B%5Ctext%20%7Botto%20%7
1-%5Cfrac%7BT_%7B1%7D%7D%7BT_%7B2%7D%7D%3D1-
%5Cfrac%7B(27%2B273)%7D%7B(700%2B273)%7D%3D0%2C692%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
paragraph'%3ESabemos%20que%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Baligned%7D%0A%20%20%
paragraph'%3ELogo%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20m%3D%5Cfrac%7BW%7D%7B%5Ceta_%7
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Questão 4

No início da compressão de um motor a diesel o ar encontra-se a


293 K e 95 kPa. A pressão máxima do ciclo é de 6000 kPa, e a
temperatura máxima de 2400 K. A taxa de compressão e a
eficiência térmica desse motor são iguais, respectivamente, a:

A 15,0 e 30%

B 16,2 e 35%

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 54/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

C 17,3 e 42%

D 18,5 e 52%

E 19,3 e 62%

Parabéns! A alternativa B está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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Questão 5

O ciclo ideal a ar padrão frio da figura abaixo opera com uma taxa
de compressão de 7 e condições de entrada de 20°C e 100 kPa. A
temperatura alta é de 1400°C. Qual é a eficiência térmica desse
ciclo?

Ciclo de um motor de combustão interna.

A 37%

B 42%

C 54%

D 65%

E 71%

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ETemos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03527/index.html# 55/60
15/03/2023, 06:28 Segunda lei da termodinâmica

Questão 6

Um motor a gasolina tem uma razão de compressão de 9:1. Antes


da compressão, a mistura ar-gasolina encontra-se a 290 K e 90 kPa.
A temperatura máxima do ciclo é de 1800 K. Para a hipótese do ar
padrão frio, qual é o trabalho líquido fornecido por esse motor?

A 317 kJ/kg

B 462 kJ/kg

C 520 KJ/kg

D 594 kJ/kg

E 613 kJ/kg

Parabéns! A alternativa B está correta.


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paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20w_%7B%5Ctext%20%7Bliq%20%7D%7D%
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747%2C4)%3D462%20kJ%20%2F%20kg%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%3C%2Fp%

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Teoria na prática
Um motor a gasolina tem uma razão de compressão de 8:1. No início
da compressão, a temperatura é de 290 K e a pressão 95 kPa. O
processo de combustão do ciclo pode ser considerado como uma
adição de calor de 1800 kJ/kg de ar.

Sabendo que o motor está funcionando a 2100 rpm e que a


cilindrada total é de 2,0 litros, determine:

a) O trabalho líquido do ciclo.

b) A potência.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

(Adaptado de Ex 37 – Fundação Universidade Estadual do


Ceará/CEV, Concurso Público 2019, Área -Engenharia Mecânica.)
Considere os diagramas P − v e T − s do ciclo a ar padrão
Diesel.

Assinale a alternativa que apresenta a equação que permite


calcular corretamente a eficiência térmica do ciclo Diesel ideal.

A 1 − (u 4 − u 1 )/ (h 3 − h 2 )

B (u 4 − u 1 )/ (h 3 − h 2 )

C 1 − (u 1 − u 4 )/ (h 3 − h 2 )

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D (u 1 − u 4 )/ (h 2 − h 3 )

E 1 − (h 1 − h 4 )/ (u 3 − u 2 )

Parabéns! A alternativa A está correta.


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paragraph'%3EPara%20o%20ciclo%20Diesel%20ideal%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
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3%22%3EO%20calor%20%C3%A9%20fornecido%20a%20press%C3%A3o%20constante%2C%20portanto%2C%20%3Cspan
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h_%7B2%7D%3Dc_%7Bp%7D%5Cleft(T_%7B3%7D-
T_%7B2%7D%5Cright)%5C)%3C%2Fspan%3E%20%3C%2Fli%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
3%22%3EO%20calor%20%C3%A9%20rejeitado%20a%20volume%20constante%2C%20portanto%2C%20%3Cspan%20class
table%22%3E%5C(q_%7Bc%7D%3D%5CDelta%20u%3Du_%7B4%7D-
u_%7B1%7D%3Dc_%7Bv%7D%5Cleft(T_%7B4%7D-
T_%7B1%7D%5Cright)%5C)%3C%2Fspan%3E%3C%2Fli%3E%0A%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
paragraph'%3EPara%20o%20c%C3%A1lculo%20da%20efici%C3%AAncia%20t%C3%A9rmica%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20
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table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Ceta_%7Bt%2C%20%
q_%7BC%7D%7D%7Bq_%7BH%7D%7D%3D1-
%5Cfrac%7Bq_%7BC%7D%7D%7Bq_%7BH%7D%7D%3D1-
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u_%7B1%7D%5Cright)%7D%7B%5Cleft(h_%7B3%7D-
h_%7B2%7D%5Cright)%7D%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%3C%2

Questão 2

Qual é a eficiência térmica do ciclo do motor de combustão interna


abaixo, na hipótese de ar padrão frio?

Ciclo termodinâmico.

A 1 − T 1 /T 3

B (T 3 − T 2 )/ (T 4 − T 1 )

C 1 − (T 4 − T 1 )/ (T 3 − T 2 )

D (T 3 − T 2 )/ (T 4 − T 1 ) − 1

E 1 − (T 3 − T 4 )/ (T 2 − T 1 )

Parabéns! A alternativa C está correta.


%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph%20c-
table'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Ceta_%7Bt%2C%20o%
%5Cfrac%7Bq_%7BC%7D%7D%7Bq_%7BH%7D%7D%3D1-
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T_%7B1%7D%5Cright)%7D%7Bc_%7BV%7D%5Cleft(T_%7B3%7D-
T_%7B2%7D%5Cright)%7D%3D1-%5Cfrac%7B%5Cleft(T_%7B4%7D-
T_%7B1%7D%5Cright)%7D%7B%5Cleft(T_%7B3%7D-
T_%7B2%7D%5Cright)%7D%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%3C%2

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Considerações finais
Foram trabalhados os conceitos que envolvem a segunda lei da
termodinâmica e a identificação daquilo que pode ser realizado nos
processos e ciclos termodinâmicos e em que haja limite máximo de
desempenho.

O ciclo de Carnot foi apresentado como modelo de referência de um


ciclo reversível, que apresenta a máxima eficiência para a operação
entre duas fontes. Verificamos, nos balanços, que a entropia não se
conserva e, sim, é gerada em função das irreversibilidades.

Aprendemos, ainda, como modelar os motores de combustão interna


utilizando a análise do ar padrão em que o fluido de trabalho é o ar na
situação de gás ideal.

Parabéns, o seu cabedal de informações termodinâmicas está cada vez


mais sólido!

headset
Podcast
Ouça o podcast, para conhecer ainda melhor a terceira lei da
termodinâmica e sua importância para a termodinâmica.

Referências
ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico-Química. Tradução da 8ª edição; Edilson
Clemente da Silva et al. Rio de Janeiro: LTC, 2008, v. 1. cap 3.

BALL, D. W. Físico-Química. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,


2005, v. 1. cap 3.

BRAGA, W. F. Fenômenos de transporte para Engenharia. Rio de Janeiro:


LTC, 2006. cap 3.

BORGNAKKE, C.; SONNTAG, R. E. Fundamentos da Termodinâmica.


Tradução da 7ª edição americana - série Van Wylen; revisão técnica
Macello Nitz. São Paulo: Edgard Blucher, 2009. Cap. 7- 12.

CASTELLAN, G. Fundamentos de Físico-Química. Tradução da 1ª


edição; Cristina Maria Pereira dos Santos e Roberto de Barros Faria. Rio
de Janeiro: LTC, 1986. cap 8, 9.

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CENGEL, Y. A.; BOLES, M. A. Thermodynamics: an engineering approach.

5th edition. New York: McGraw-Hill, 2006. Cap. 6 - 9 e 11.

COELHO, J. C. M. Energia e Fluidos: Termodinâmica. São Paulo: Blucher,


2016, v. 1. cap. 5-7, 9, 12 e 13.

KROOS, K. A.; POTTER, M. C. Termodinâmica para Engenheiros.


Tradução da 1ª edição norte americana; revisão técnica Fernando
Guimarães Aguiar. São Paulo: Cengage Learning, 2015. cap 5, 6, 9, 10.

LEVENSPIEL, O. Termodinâmica amistosa para engenheiros. São Paulo:


Edgard Blucher, 2002. cap 15-18.

MORAN, M. J.; SHAPIRO, H. N.; BOETTNER, D. D.; BAILEY, M. B.

Fundamentals of Engineering Thermodynamics. 7th edition. New Jersey:


John Wiley & Sons, 2011. cap. 5, 6, 9, 10.

POTTER, M. C.; SCOTT, E. P. Ciências Térmicas: termodinâmica,


mecânica dos fluidos e transmissão de calor. Tradução Alexandre
Araújo et al; revisão técnica Sérgio Nascimento Bordalo. São Paulo:
Thomson Learning, 2007. cap 5-7.

Explore +
Para aprofundar conhecimento nos assuntos tratados:

Pesquise no Google acadêmico o artigo Carnot e a Segunda Lei da


Termodinâmica, que apresenta dados históricos sobre as primeiras
máquinas térmicas e os avanços da Termodinâmica.

PASSOS, Júlio César. Carnot e a Segunda Lei da


Termodinâmica. ABENGE: Revista de Ensino de
Engenharia, v. 22, n. 1, p. 25-31, 2003.

Pesquise sobre ciclo Rankine, que é o ciclo de potência a vapor em:

BORGNAKKE, C., SONNTAG, R. E. Fundamentos da


Termodinâmica. Tradução da 7ª edição americana - série
Van Wylen; revisão técnica Macello Nitz. São Paulo: Edgard
Blucher, 2009. Cap 11, p. 318 a 332.

Pesquise sobre ciclo Brayton, que é o ciclo de potência a gás em:

BORGNAKKE, C., SONNTAG, R. E. Fundamentos da


Termodinâmica. Tradução da 7ª edição americana - série
Van Wylen; revisão técnica Macello Nitz. São Paulo: Edgard
Blucher, 2009. Cap 12, p. 356 a 365.

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