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SUMÁRIO

Introdução.................................................................................................................................................3

Termoquímica...........................................................................................................................................4

1. Conceito de Energia, Temperatura, Calor e Entalpia........................................................................4

1.1. Energia interna (U).........................................................................................................................4

Lei da Conservação de Energia.................................................................................................................5

1.2. Temperatura...................................................................................................................................6

1.3. Calor...............................................................................................................................................6

Medida do calor da reação........................................................................................................................6

1.4. Entalpia..........................................................................................................................................7

2. Tipos de reação quanto ao efeito energético (endotérmica e exotérmica) Equação termoquímica...8

2.1. Reações Endotérmica e Reações Exotérmica................................................................................8

Reação endotérmica................................................................................................................................10

Reações exotérmicas...............................................................................................................................11

2.2. Relação entre ∆H e calor de reação..............................................................................................12

2.3. Equação termoquímica equação termoquímica...........................................................................12

3. Diagrama de entalpia, lei de hess....................................................................................................13

3.1. A variação de entalpia–padrão ou entalpia–padrão.....................................................................13

Entalpia–padrão de neutralização...........................................................................................................13

Entalpia-padrão de combustão ∆CH⁰.....................................................................................................13

3.3. Lei de Hess...................................................................................................................................13

4. Factores que influenciam o valor da entalpia..................................................................................16

4.1. Estado físico ou estado de agregação...........................................................................................16

4.2. Estado alotropia............................................................................................................................16

4.3. Quantidade de substância.............................................................................................................16

4.4. Temperatura.................................................................................................................................17

4.5. pressão..........................................................................................................................................17

1
4.6. A presença de um solvente...........................................................................................................17

5. Valor energético dos alimentos.......................................................................................................17

5.1. valor energético dos alimentos.........................................................................................................18

a) A alimentação e a nutrição..............................................................................................................18

Classificação dos nutrientes em relação a quantidade ingerida..............................................................18

 Macronutrientes...............................................................................................................................18

 Micronutrientes (micro =pequeno)..................................................................................................18

Classificação dos nutrientes quanto a função que realizam no metabolismo.........................................18

5.2. Necessidades energéticas consoante as actividades realizadas.......................................................20

Necessidade calórica se há actividade física adicional...........................................................................20

Conclusão................................................................................................................................................21

Referência bibliográfica..........................................................................................................................22

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Introdução
No presente trabalho iremos falar sobre a termoquímica, conceitos de energia (trabalho e entalpia) as
leis de conservação de energia a temperatura a pressão e por aí em diante.

Termoquímica é o ramo da química que se ocupa dos balanços energético nas reações.

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Termoquímica
É o ramo da química que se ocupa dos balanços energéticos nas reações químicas.[1]

Termoquímica é o ramo da química que se debruça no estudo da energia envolvida em qualquer


reação química.[2]

1. Conceito de Energia, Temperatura, Calor e Entalpia


1.1. Energia interna (U)

É a capacidade de um corpo realizar trabalhos.[2]

Qualquer sistema, num dado estado possui uma quantidade de energia que é a soma da (S) energias

 Dos átomos (electronica e nuclear);


 Das moléculas (electronica, nuclear, translacional, vibracional e rotacional);
 Das ligações químicas;
 Das inteirações moleculares;
 Cinética correspondente ao movimento das partículas;
 Potencial gravítica.

A essa energia total de um sistema chama- se energia interna e representa se por U. [3]

As reações químicas são acompanhadas de uma alteração de energia interna dos sistemas reagentes.

 Se a energia interna do sistema diminui (∆U<0), a reação ë acompanhada de uma liberação de


energia (reação exotérmica).
 Caso a energia interna do sistema aumente (∆U>0), o processo é acompanhado de uma
absorção de energia do exterior (reação endotérmica).[1]

A expressão ∆U = Q + W é conhecida como primeira lei da termodinâmica, que é a forma algébrica


da lei da conservação da energia. Diz o seguinte: “se a energia de um sistema aumentar num certo
valor, então uma quantidade equivalente de calor (Q) ou trabalho (W) [W = P ∆V] está a ser fornecida
ao sistema, ou se a energia de um sistema diminuir num certo valor, então uma quantidade
correspondente está a ser gasta sob uma forma de calor ou trabalho. [1]

Se a reação decorrer com um volume constante ∆V = 0, o W é igual a zero e a ∆V = Q.

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Lei da Conservação de Energia
A pilha ou bateria transforma a energia química em energia electrica. Logo, dizemos que toda a
energia quando é transformada de uma forma em forma de energia, ou seja, não é possível produzir
energia do nada.

Num sistema isolado, a soma de todas as energias é sempre constante. [2]

Considera se que um sistema se encontra num estado inicial U 1 e que vai passar a um estado final U 2, o
que pode conduzir a um aumento ou a uma diminuição de energia interna do sistema; então, vai existir
uma variação da energia interna.

∆U = U2 - U1

Assim, vai haver uma troca de energia com o exterior:

 uma transferência de energia do exterior para o sistema, ∆U > 0;


 ou uma transferência de energia do sistema para o exterior, ∆U < 0.

Essa transferência pode dar-se:

Sob a forma de calor, Q ou trabalho, W => ∆U = Q + W

Por conversão

 Quando Q > 0, foi transferido calor para o sistema;


 Quando Q < 0, o sistema cedeu calor ao exterior;
 Se W > 0, foi realizado trabalho sente o sistema;
 Se W < 0, o sistema realizou trabalho sobre o exterior.

A expressão ∆U = Q + W é a expressão matemática do 1º princípio da termodinâmica: a energia não


pode ser criada nem destruída ou de outro modo, a energia do universo é constante.

Então a variação da energia interna do sistema só depende do estado inicial e final, sendo independente
só processo segundo o qual se deu essa transformação ou do caminho seguido entre os dois estados.

Diz-se, então, que a energia interna, tal como outras propriedades, é uma função de estado e é definida
pelo estado do sistema. [3]

1.2. Temperatura

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Esta revela-nos o estado de aquecimento de um corpo ou de uma reação química. [1]

A temperatura é uma propriedade dos corpos associados a energia cinética media das moléculas. A
temperatura dos corpos mede -se com termómetro e serve de indicador do sentido das transferências de
energia com o calor.

A energia flui dos corpos que se encontram a temperaturas mais elevadas para os que se encontram a
temperaturas mais baixas. Se dois corpos estão à mesma temperatura não há trocas de energias com o
calor. [1]

1.3. Calor

É a energia transferida entre dois corpos que estão a temperaturas diferentes.

Medida do calor da reação


O calor libertado ou absorvido por um sistema que sofre uma reação química é determinado em
aparelho chamados calorimetria. Um calorímetro constituído por um recipiente com paredes
adiabáticas, contendo uma massa conhecida de água, onde se introduz um sistema em reação. O
recipiente é provido de um agitador e um termómetro que mede a varia da temperatura ocorrida
durante a reação.

A determinação do calor liberado ou absorvido numa reação química é efetuada através da expressão.

Q = m . c . ∆t

Onde: Q- quantidade de calor liberado ou absorvido pela reação;

m- Massa em gramas, de água presente no colorímetro;

C- Calor específico do líquido presente no colorímetro.

Para a água, o seu valor é de 1 col/g⁰c.

∆t- variação de temperatura sofrida pela massa de água devido a ocorrência da reação.

O calor pode ser expresso em calorias (cal) ou em joules (J). O sistema internacional de unidades (SI)
recomenda a utilização J, no entanto, a caloria ainda é muito utilizada. Uma caloria (1cal) é a
quantidade do calor necessária para fazer com que 1,0g de água tenha a sua temperatura aumentada de
1,0⁰C. Cada caloria corresponde a 4,18 J.

∆t é a medida em graus celsius.

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A rigor deve considerar-se a capacidade térmica do calorímetro que inclui, além da capacidade térmica
da água, as capacidades térmicas dos materiais presentes no colorímetro (agitador, câmara de reação,
fios, termômetro).

O calor de reação pode ser medido a volume constante, num colorímetro hermeticamente fechado, ou
a expressão constante num colorímetro aberto.

Experimentalmente verifica-se que existe uma pequena diferença entre esses dois tipos de medidas
calorimétricas. Essa diferença ocorre porque, quando uma reação ocorre a pressão constante, pode
haver variação do volume e, portanto, envolvimento de energia na expansão ou com contracção do
sistema.[2]

1.4. Entalpia

A maioria das transformações físicas e químicas realiza se a pressão constante da nossa atmosfera.

"Nestas condições, um sistema absorve ou liberta calor."

Numa transformação a pressão constante, a variação de energia interna coincide com a variação de
entalpia do sistema, ∆H que quantifica o fluxo de calor para dentro ou fora do sistema.

Assim, a variação da entalpia numa reação química é denominada calor de reação e numericamente
igual a energia libertada ou absorvida, com o calor de uma reação. Pode ser medida em joules ou
calorias sendo 1 caloria = 4,184 Joules (J).[1]

A entalpia representa o conteúdo global existente num sistema e representa-se por H. [2]

Variação de entalpia (∆H)

A variação de energia determinada a volume constante é chamada variação de energia interna,


representada por ∆E, e a variação de energia determinada a pressão constante é chamada de variação
de entalpia representada por ∆H.

Como a maioria das reações químicas são realizadas em recipientes abertos, a pressão atmosférica
local, estudaremos, mas detalhadamente a variação de entalpias a pressão constante, ∆H.

Está pode ser conhecida a partir da diferença entre 2 estados: final (referente aos produtos) e inicial
(referente aos reagentes).

Sua fórmula é:

∆H = H final - H inicial

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H final = entalpia no estado final

H inicial = entalpia no estado inicial.[2]

2. Tipos de reação quanto ao efeito energético (endotérmica e exotérmica) Equação


termoquímica
2.1. Reações Endotérmica e Reações Exotérmica

É importante definir alguns termos que serram usados com frequência:

 Sistema – é uma parte do universo físico cujo as propriedades estão sob investigação.
 Fronteira – são os limites (reais ou virtuais) que diferem o espaço do sistema, separando o
resto do universo.
 Vizinhança ou microambiente – é a Porcão do universo próximo as fronteiras do sistema e
que pode, na maioria dos casos, interagir com o sistema.

Quando se medem as variações de energia uma reação química:

 O sistema é a mistura reacional o ser estudada;


 A vizinhança pode ser o recipiente, a sala ou universo.

A variação de energia, ∆E, é a diferença entre a energia do estado final e do estado inicial:

∆E = E final – E inicia

Os sistemas podem ser


ãã

Energia
matéria
Isolados
Aberto Energia
Fechados Não há troca de material em
Energia energia
matéria Exemplos: Energia Exemplos: Exemplos:
 Motor deum  Baterias  Não há verdadeiros
automóvel electricas sistemas isolados, um
 Corpo humano  Frasco bem dos que se aproxima é
 churrasco tapado uma garrafa termo
 Compressas hermeticamente tapada
tratar confusões
A maioria das reações químicas ocorre em sistema aberto, quer dizer pressão constante (já que a
pressão atmosférica não variará significativamente durante o tempo de reação).

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Isto significa que qualquer variação de volume corresponde a trabalho realizado a pressão constante o
trabalho realizado será dado por:

W = - P ∆V

Onde: W – Trabalho

-P – pressão constante

∆V– variação de volume.

Então, a variação da energia interna de um sistema a sofrer uma reação química a pressão constante, só
com variação de volume e dado por;

∆U = QP – P ∆V

Em que QP é o calor adicionado ao sistema de calor de pressão constante. Assim:

QP = ∆U + P ∆V  QP = V1 + P (V1 – V2)  QP = (U2 = PV2) – (U1 + PV1)

Uma vez que P, V e U são funções do estado, defini - se assim uma nova função do estado aqui se
chama entalpia, H

H =U +PV

Como não é possível medir os valores de entalpia dos reagentes ou dos produtos da reação (como
acontece com a energia interna), o que efetivamente se mede é a variação de entalpia, ∆H, de uma
reação química como:

QP = (V2 + PV2) – (V1 + PV1)  ∆H =H2 – H1

H2 H1

O valor de ∆H não depende do caminho seguido entre o estado inicial e o estado final do sistema como
a figura ilustra.

∆H = H produto – H reagentes

Não de pende do caminho seguido.

No caso de uma associa-se:

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 uma reação exotérmica é aquela em que a entalpia dos reagentes é superior á entalpia dos
produtos (∆H < 0);
 Uma endotérmica é aquela que na entalpia dos reagentes é inferior a entalpia dos produtos
(∆H > 0).[3]

Reação endotérmica
As transformações podem ser, como já vimos, processos químicos e processos físicos.[1]

Uma reação endotérmica ocorre com absorção de calor, permitindo, assim prever o que irá ocorrer um
aumento esquematicamente:

Reagentes (H inicial e < H final) + calor absorvido —› produtos (H final e > H inicial) assim; termos: H final – H
inicial

Logo: ∆H > 0 [2]

Exemplo

Quando uma mol de água líquida é transformada numa mol de vapor de água , a absorção de 40,7kj de
energia, o que se traduz pela seguinte equação:

H2O(l) => H2O(g)

∆H = 40,7KJ(100 OC. 1atm)

O diagrama de transformação endotérmica apresentado a direita demonstra que:

 existiu ganho de calor dado e que houve um aumento de entalpia;

O processo apresenta ∆H positiva;

O calor absorvido (calor de reação) é fornecido pela variação de entalpia ∆H


H inicial + Calor absorvido => H final H2O(g)
H1

∆H > 0
H2O(l)
H1

Sentido
Para que da transformação
corram as transformações físicas apresentadas no exemplo, é necessário fornecer calor a
partir do meio exterior assim, um exemplo de processo endotérmico. [1]

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Reações exotérmicas
Reações exotérmicas são reação que se realizam com a liberação de energia para as vizinhas.

Reagentes → produtos + energia liberada.

Entalpia dos produtos < entalpia dos reagentes.

Reagentes → produtos ∆H < 0. [1]

Uma reação exotérmica ocorre com a liberação de calor, isto é, o conteúdo final de calor será menor
que o conteúdo inicial.

Esquematicamente

Reagentes (H inicial é >H final) → produtos (H final é <H inicial) + calor assim, termos: ∆H =H final– H inicial

Logo: ∆H <0.[2]

Exemplo

Na combustão do metano há liberação de 889,5 de energia a equação que traduz a reação escreve-se:

CH4(g) + 2O(2) => CO2 + H2O(l)

∆H = 889,5KJ/mol

Diagrama da reação exotérmica apresentado a direita demonstra que:

 existiu perda de calor, dado, dado que houve uma diminuição de entalpia;
 O processo apresenta ∆H negativa;
 O calor pedido pelo valor de ∆H.
H inicial => H final + Calor absorvido
H1

∆H < 0

H1

Sentido da reação

Qualquer processo, físico ou químico, que decorre com liberação de calor é um processo exotérmico.[1]

2.2. Relação entre ∆H e calor de reação

Considerando novamente a expressão de definição de entalpia

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H=U+PV

Uma variação da entalpia ∆H define-se como:

∆H =∆U P∆V (P e constate) [1]

A 1⁰ Lei da Termodinâmica como já se referiu, afirma que:

∆U = Q + W

Por outro lado, o trabalho W aqui realizado, trabalho de expansão como cilindro do motor de um carro,
tem um valor negativo, representado por: W = P∆V substituindo na equação (1), vem:

∆H =QP – P ∆V + P ∆V  ∆H =QP

Por este facto, encontra- se frequentemente em bibliografia o termo calor da reação como sinônimo de
variação de entalpia de reação [3]

2.3. Equação termoquímica equação termoquímica

É a equação química acompanhada do valor da ∆H quando nela tomam parte quantidades de reagentes
e produtos iguais aos respectivos coeficientes de equação, nas condições indicadas na mesma. [3]

Uma equação termoquímica é a forma mais complexa de representar numa reação química.

Uma equação termoquímica indica:

 Os reagentes e os produtos da reação;


 O estado físico dos reagentes e produtos;
 O valor de variação de entalpia ∆H ainda chamada por vezes, calor da reação;
 A temperatura e pressão a que se realiza o processo. [1]

Uma equação termoquímica é a forma mais completa de se especificar o calor de reação de uma reação
química. Além de indicar os reagentes e os produtos, a equação termoquímica também informa:

 O estado físico do reagentes e produtos;


 A quantidade de calor de reação (∆H);
 A temperatura e a pressão do processo.[2]

Exemplo:

A equação termoquímica que corresponde a síntese da água escreve-se da seguinte forma;

H2(g) + 1/2 O2 => H2O(l); ∆H = -241,2 kj/mol de água a (25 o C, atm)

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A leitura da equação é a seguinte:

Para formar uma mol de água a partir dos seguintes elementos no estado gasoso, libertam-se 241,2kj
de energia para exterior, ocorrendo a reação a 25⁰c e a Pressão de atm.[1]

3. Diagrama de entalpia, lei de hess


3.1. A variação de entalpia–padrão ou entalpia–padrão

Entalpia–padrão de neutralização

Uma reação de neutralização é representada pela equação:

OH-(aq) + H+(aq) => H2O(l)

O valor de entalpia-padrão de neutralização é:

∆nH⁰(298k) = -57,3kj mol –¹

Entalpia-padrão de combustão ∆CH⁰


É a variação de entalpia que ocorre quando 1 mol de combustível é queimado em ambiente rico em
oxigénio, nas condições padrão [1]

3.2. Diagrama de entalpia

HR Reagentes Produtos
HP

∆H > 0
∆H < 0
Reagentes
Produtos HR
HP Reação endotérmica
Reação exotérmica

3.3. Lei de Hess

Esta lei é particularmente útil na determinação de calores de reação de difícil medida experimental em
1840 um físico chamado GERMAIN HENRI HESS, com base nos seus estados, sobre calores de
reação descobriu que de modo geral, quando uma reação se de em etapas, a soma dos calores de reação
correspondentes aos diversos estados é igual ao calor de reação obtido quando a reação é realizada
numa só etapa. Assim, as variações de entalpia são aditivas. Então Germain Henri Hess enunciou a sua
lei, que diz: «Quando uma reação química apresenta etapas intermédias a variação de entalpia da

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reação geral equivale a soma das variações de entalpia de cada uma das etapas intermédias, ou seja, a
variação de entalpia numa reação química depende apenas da entalpia dos reagentes e dos produtos da
reação final». [1]

Uma função de estado só depende dos estados inicial e final, sendo independente do processo segundo
o qual se deu a transformação. Como ∆H é uma função de estado:

A transformação do resgate A no produto B pode ocorrer por dois caminhos diferentes:

 Direto, com a variação de entalpia ∆H1;


 Em etapas, do reagente A para o intermediário C, com variação de entalpia ∆H 2, e dai para o
produto B, com calor de reação ∆H3.

Como a energia não pode ser criado nem destruída então:

∆H1 = ∆H2 + ∆H3

Caso esta igualdade não se verificasse, teríamos perdido ou ganho energia, contrariando o princípio da
conservação.

Em decorrência do princípio da conservação da energia, Lei de Hess diz que:


variação de entalpia de uma reação Se uma transformação química
química depende apenas do estado ocorre em várias etapas, o ∆H da
inicial e final do sistema, não reação será igual a soma das variações
importando as etapas pelas quais a de entalpia das diversas entalpias.
transformação química passou.

A Lei de Hess constitui uma "ferramenta" poderosa para o cálculo da variação de entalpia de reação
em que ∆H não pode ser determinado experimentalmente.

O processo para a resolução consiste em trabalhar convenientemente com as equações fornecidas, de


modo que dá sua. Soma algébrica resulte a equação principal, possibilitando o cálculo de ∆H.

É importante lembrar que:

 invertendo uma equação, o sinal de ∆H e simétrico do dado;


 Multiplicando os coeficientes de uma equação por número, o valor de ∆H também fica
multiplicado esse número.

Exercícios

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1. O calor de formação do metano, CH4, não pode ser determinado por medidas calorimétricas, pós a
reação é lenta apresenta reação secundária.

Mas, a partir de outras reações , em que seja conhecido ∆H⁰ como:

A. C (grafite) + O2(g) => CO2(g) ∆H⁰ = 393,5 KJ/mol


B. H2(g) + ½ O2(g) => H2O(l) ∆H⁰ = 285,7 KJ/mol
C. CH4(g) + 2O (2) => CO2 + H2O(l) ∆H = 890,7KJ/mol

Pode determinar-se a variação de entalpia da reação de formação do metano ∆f H⁰ (CH4)

Resolução

C(grafite)+2H2(g)→CH4(g) ∆f(CH4) =?

Devem ser feitas as seguintes opções:

 Manter a equação A, porque se pretende C (grafite);


 Multiplicar a equação (B) por 2, porque na equação B só está 1H 2 e pretende - se na equação
final 2H2;
 Inverter a equação C, porque se pretende o CH4 como produto e não como reagente.

Assim:

A. C (grafite) + O2(g) => CO2(g) ∆H⁰ = -393,5 KJ/mol x 1


B. H2(g) + ½ O2(g) => H2O(l) ∆H⁰ = -285,7 KJ/mol x 2

CH4(g) + 2O (2) => CO2 + H2O(l) ∆H = 890,7 KJ/mol x (-1)

C (grafite) + O2(g) + 2H2(g) O2(g) + CO2(g) + 2H2O => CO2(g) + 2H2O(l)

C (grafite) + 2H2(g) => CH4(g)

∆fHo (CH4) = 1 X (-393,5) + 2 X (-285,7) + (890,7)  ∆fHo (CH4) = -393,5 - 571,4 + 890,7  ∆fHo
(CH4) = - 74,2 KJ/mol

4. Factores que influenciam o valor da entalpia

A entalpia de uma reação depende dos seguintes factores

4.1. Estado físico ou estado de agregação

A energia das substâncias aumenta progressivamente a medida que elas passam da fase sólida a líquida
e a gasosa.

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Seja, por exemplo, uma reação química exotérmica:

 Quando menos energética for a fase de agregação dos produtos formados, maior será a energia
liberada na reação.
 Quando mais energética for a base de agregação dos produtos formados, menor será a energia
liberada na reação, pois a energia ficará contida no produto.

Exemplo

2H2(g) ) + O2(g) => 2H2O(l) ∆fHo (H) = -285,8 kj/mol

4.2. Estado alotropia

Quando compramos formas alotrópicas diferentes de um mesmo elemento químico, apresentará menor
entalpia aquela que se apresenta em maior quantidade na natureza ou que possuir menor índice na sua
forma molecular. Por outras palavras, o alótropo mais estável apresenta menor entalpia.

∆fHo HC [diamante] > ∆fHC [grafite]

∆fHo HP [branco] > ∆fHP [vermelho]

∆fHo HS [monoídrico] > ∆fHS [rambico]

Exemplo:

C (grafite) + O2(g) => CO2(g) ∆H⁰ = -393,5 KJ/mol

4.3. Quantidade de substância

A energia envolvida numa reação química é proporcional a quantidade de reagentes e produtos que
participam na reação. Se pôr exemplo, a quantidade de reagentes e produtos for duplicada, o valor de
∆H irá duplicar igualmente.

Exemplo:

H2(g) + Cl2(g) => 2HCl(g) ∆fH = -184,9 KJ/mol

4.4. Temperatura

O valor de ∆H varia sensivelmente com a temperatura em que se deu a reação.

Se uma reação ocorre a uma temperatura X, obtém-se ∆Hx.

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Se essa mesma reação ocorre por exemplo a uma temperatura y>X, obtém-se um ∆Hy diferente de
∆Hx.

Isto ocorre porque a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura dos reagentes de X até y
é diferente da quantidade de calor necessária para elevar a temperatura dos produtos de X até y.

4.5. pressão
 Reação envolvendo substâncias solicitadas e líquidas - O valor de ∆H não vária praticamente
com a mudança de pressão;
 Reação envolvendo substâncias gasosas.

O valor de ∆H começa a variar de modo significativo para pressão da ordem de 1000 atm .

Como as reações são, normalmente, realizados a pressão atmosférica normal (1atm), não é necessário
levar em conta a variação no valor de ∆H com a pressão.

4.6. A presença de um solvente

Quando se dissolve uma determinada substância num solvente qualquer, ocorre liberação ou absorção
de energia na de energia na forma de calor.

Assim, ao realizar uma reação na ausência de um solvente, o valor de ∆H será diferente daquele que é
obtido quando se realiza a mesma reação na presença de um solvente.

Exemplo

H2(g) + Cl2(g) => 2HCl(g) ∆fH = -184,9 KJ/mol

H2(g) + Cl2(g) => 2HCl(g) ∆fH = -335,6 KJ/mol

Sendo que a diferença 335,9—184,9=150,7kj/mol é igual a energia liberada na dissolução de 2


moléculas de HCl em água cada mol de HCl dissolvido em água liberta 75,35Kj.[3]

5. Valor energético dos alimentos

Necessidades energéticas consoante as actividades realizadas

5.1. valor energético dos alimentos


a) A alimentação e a nutrição

Alimentação consiste em ingerir alimentos, de forma consciente e voluntária, sendo um processo


voluntário a forma, a frequência, a preferência a qualidade e a quantidade com que tal acto é realizado,

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no entanto, todas as pessoas sabem que a quantidade da alimentação depende dos factores económicos
e culturais

Nutrição por outro lado consiste no conjunto se processos fisiológicos pelos quais o organismo
recebe, transforma e utiliza as substâncias contidas nos alimentos.

Para levar a cabo todos os processos que nos permitem estar vivos, o organismo humano necessita de
um fornecimento contínuo dos materiais que devemos ingerir os nutrientes.

O número de nutrientes que o ser humano pode utilizar é limitada: existem muito poucas substâncias,
em comparação com o grau de qualidade de compostos, que nos servem como combustível ou para
incorporar nas nossas próprias estruturas. Estes nutrientes não se ingerem directamente, mas através
dos alimentos.

Classificação dos nutrientes em relação a quantidade ingerida


 Macronutrientes

(Macro=grande) — são os que ocupam maior proporção dos alimentos e onde se podem encontrar às
proteínas os glícidos (ou hidratos de carbono) e os lipídios (ou gorduras). Também se podem incluir a
feira e a água que estão presentes em quantidade consideráveis na na maioria dos alimentos, mas,
como não fornecem calorias, não é habitual serem considerados nutrientes.

 Micronutrientes (micro =pequeno)

são os que estão presentes em pequeníssimas proporções e onde se podem encontrar às vitaminas e os
minerais. São imprescindíveis para a manutenção da vida, apesar de as quantidades de que
necessitamos se milionésimos de grama (elementos vestigiais ou oligoelementos).

Classificação dos nutrientes quanto a função que realizam no metabolismo


 Nutrientes energéticos – são os que correspondem a um primeiro grupo, formado pelos
compostos, que se usam normalmente como combustível celular. Coincidem praticamente com
os grupos dos macronutrientes deles se obtém a energia, quando se oxidam (“queimam”) no
Interior das células, com o oxigénio que o sangue transporta.
 Nutrientes plásticos – São as que correspondem a um grupo formado pelos nutrientes que
utilizamos para construir regenerar o nosso próprio corpo.
 Vitaminas e minerais – São os que correspondem a realidade um grupo composto pelos
nutrientes cujo acção consiste em facilitar e controlar as funções bioquímicas que tem lugar no
interior dos seres vivos. Têm funções de regulação.

18
 Água corresponde a um outro grupo que actua como solvente de outras substâncias participa
nas reações químicas mais vitais e é o meio de eliminação dos produtos desaproveitados do
organismo.

Fig : valor energético de alguns alimentos

A dieta dos adultos contém entre 1000 e 5000 k cal /dia.

Cada grupo de nutrientes energético - glícidos, lipídios e proteínas tem um valor calórico diferente e
mais ou menos uniforme em cada grupo. De forma a facilitar os cálculos do valor energético dos
alimentos, tornam-se uns valores standard para cada grupo:

 1g de glícidos ou de proteínas; 1g de gordura produz 9kcal;


 1g de hidratos de carbono produz 4 kcal;

Para isso, pode concluir–se que o alimento rico em gordura tem um teor energético muito superior ao
dos glícidos ou das proteínas.

5.2. Necessidades energéticas consoante as actividades realizadas


Existem muitas de tabelas e valores para as necessidades energéticas. Uma delas, por exemplo refere
que a necessidade de energia num adulto é determinada por:

Peso ideal (Pl) em kg x 21

Exemplo

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Se considerar que o peso ideal é 60kg então multiplica-se esse peso por 21 (60x21=1260), o que dá
1260 kcal / dia.

Necessidade calórica se há actividade física adicional.


Também existem vários artigos que referem valores diferentes para as diferentes actividades
adicionais. A que foi selecionado tenta ser uma média dos diversos valores encontrados.

Depois de calcular a necessidade energética diária através de (1) procede-se da seguinte forma:

 Exercício sedentário: +360kcal/dia ←→1260 + 360=1620Kcal/dia


 Exercício moderado: + 600 kcal / dia ←→1260+600=1860kcal/dia.
 Exercício externo: + 1200kcal/dia ←→1260+1200=2460kcal/dia
 para ganhar peso: adicionar 500kcal/dia
 gravidez: adicionar 500kcal/dia
 perder peso: substituir 500kcal/dia
 crianças e fase da puberdade (crianças em geral): a fórmula para calcular as necessidades
calóricas é 1000 kcal+100kcal por Ana de idade /dia.
 durante a puberdade

Sexo feminino: 2400 a 2800 kcal / dia

Sexo masculino :2600 a 3400 kcal / dia.

Conclusão
A Termoquímica é usada no nosso dia-a-dia. Durante as reações químicas verificam - se variações de
energia que são frequentemente estas variações manifestam se sob forma de energia calorífica, que é
utilizada para tornar os nossos alimentos pode ser conseguida com o calor libertado na combustão do
gás da cozinha (butano) num fogão apropriado; a combustão nos automóveis

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Referência bibliográfica
Livro [1]

Texto editores 11ªclasse

Autores: Maneca Matusse & Margarida Veiga

Livro [2]

Pearson

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Autores: Armindo Manhã & Ricardo Américo cuco, Páginas: 142,143,144,145,151.

Livro [3]

Plural editores

Autores: Teresa Sabrinho Simões & Maria Alexandra Queirós & Maria Otilde Simões

Colaboração: José Antônio p. De Barros

Páginas: 196,197,198, 200,201,202,203,204,205,207,208,211,212 e 213.

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