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MODELAGEM E SIMULAÇÃO DO MUNDO FÍSICO-QUÍMICO

TALK
02.12.2023
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FICHA PROFESSOR

Informações professor(a) Vanessa Mota Vieira

• Doutora em Ciência e Tecnologia das Radiações (CDTN/UFMG).

• Analista de propriedade intelectual.

• Sócia nas empresas NERD Contagem e Nerd Coworking.

• Docente na área de Propriedade Intelectual e Engenharia.


E2A DIGITAL
Modelagem e Simulação
do Mundo Físico-Químico

TA L K
02dez | sábado | 9-11h50
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Orientações sobre o momento dos encontros síncronos

Momento Pedagógico Dúvidas gerais, para além do O encontro é gravado e a gravação


Material Didático – Unidades 7 a 8 Objetivo de trabalhar o conteúdo conteúdo, devem ser tratadas nos será disponibilizada posteriormente
pedagógico da UCD canais oficiais: pelo Tutor, no Ulife
Tutor: Fórum com o tutor, disponível
na UCD, no Ulife;
CAE: (11) 3298-7730 (WhatsApp) ou
https://aluno.ead.br
7. Energia e química: discutindo a lei zero e a
primeira lei da termodinâmica

• Termodinâmica química: é o estudo de como o calor e o trabalho se relacionam, tanto em


mudanças de estado quanto em reações químicas.

• Existem vários princípios básicos da termodinâmica química a considerar: as leis da


termodinâmica, sistemas, entalpia, energia interna, entropia...
Definições – Energia e Trabalho
• Energia é a capacidade de algo gerar força em um determinado corpo, substância ou sistema.
Na física, a energia está associada à capacidade de qualquer corpo de produzir trabalho,
ação ou movimento.
Definições – Energia e Trabalho

• Trabalho é a medida da energia que é transferida para um corpo, em razão da aplicação de


uma força ao longo de um deslocamento.

• Em Física, trabalho é normalmente representado por W (que vem do inglês work) ou mais
frequentemente a letra grega tau (Τ).
Definições – Energia e Trabalho
Sistema É a parte do mundo físico objeto de um
termodinâmico cálculo termodinâmico.

Aquilo que é exterior ao sistema e com o


Vizinhança
qual o sistema pode, eventualmente, trocar
do sistema
energia e/ou matéria.

Fronteira Superfície fechada, real (uma parede,


uma membrana, etc) ou abstrata
que separa o sistema da sua vizinhança.
Exemplo: Gás contido num cilindro com uma parede móvel

Vizinhança: ar exterior
ao recipiente
Parede móvel (êmbolo)
+
Superfície lateral do
cilindro
+
Sistema: gás num Base do cilindro
recipiente de parede
móvel
Fronteira: paredes do
recipiente
Sistema Não troca energia nem matéria com a sua
isolado vizinhança.

Sistema Não troca matéria com a sua vizinhança


fechado (pode trocar energia).

Sistema
aberto Troca matéria com a sua vizinhança

Sistema Troca energia na forma de calor com a sua


diatérmico vizinhança

Sistema Não troca energia na forma de calor com a


adiabático sua vizinhança
Estado no qual o sistema não apresenta um
Equilíbrio
tendência espontânea a mudança.

Demanda uniformidade de pressão em todo o


Equilíbrio sistema e assegura que não há trabalho
mecânico líquido trocado por causa de diferenças de
pressão.

Demanda uniformidade de temperatura e


Equilíbrio assegura que não há transferência líquida de
térmico calor entre dois pontos quaisquer do sistema.

Assegura que não há transferência líquida de


Equilíbrio massa de uma fase para outra ou conversão
químico líquida de uma espécie química em outra por
reação química.
Dependem do tamanho ou da quantidade de
Propriedades matéria do sistema; mais ainda, se o sistema
extensivas é subdividido em várias partes o valor total de
uma propriedade extensiva.
Exemplo: massa, energia, volume.

São invariantes de escala, independem do


Propriedades tamanho ou da quantidade de matéria do
intensivas sistema.
Exemplo: temperatura, pressão, densidade,
composição (geralmente expressa em fração
molar)
Lei Zero da Termodinâmica

"Se dois corpos estão em


equilíbrio térmico com um
terceiro, então eles estão em
equilíbrio térmico entre si."
Lei Zero da Termodinâmica
Primeira Lei da Termodinâmica
Embora a energia possa ser mudada de uma forma para outra, a
quantidade total de energia, E, no universo é constante.
Primeira lei para sistemas fechados:
Variação de Energia transferida
energia no = da vizinhança para o
sistema sistema

∆U + ∆EK + ∆EP = Q+W


Maioria dos casos:
∆U = Q + W
Ou em termos diferenciais;

dU = dQ + dW
Primeira Lei da Termodinâmica
1
Energia cinética 𝐸𝑘 = 𝑚𝑉 2
2

Energia potencial
𝐸𝑃 = 𝑚𝑔𝑧

Energia associada ao movimento, posição e


Energia configuração de ligações químicas das moléculas
interna que formam o sistema.
Transformação

Variáveis de Variáveis de
estado estado

P1 P2
V1 V2
T1 T2
U1 U2

Estado 1 Transformação Estado 2


Processos
“Caminho” descrito pelo
sistema na transformação.
P1 P2
V1 V2
T1 T2
U1 U2

Processos Durante a transformação


Isotérmico temperatura constante
Isobárico Pressão constante
Isovolumétrico volume constante
Adiabático É nula a troca de calor com a vizinhança.
Transformações
1a Lei da Termodinâmica

Sistema Fechado
W > 0 → sistema realiza trabalho
W < 0 → sistema sofre trabalho

Q > 0 → sistema recebe calor


Q < 0 → sistema perde calor

1a Lei
ΔU = U2 – U1
Variação Energia Q = W + ΔU
Interna
Variação da Energia Interna
Q = W + ∆U
Gás

Expansão nula
W=0

ΔU=Q

ΔT = 0 → ΔU = 0 ΔU depende apenas de Como U é uma


ΔT > 0 → ΔU > 0 ΔT. variável de
estado, ΔU não
ΔT < 0 → ΔU < 0
depende do
processo.

A energia interna de um gás é função apenas


da temperatura absoluta T.
O que nos interessa sobre
energia interna?
Primeira Lei da Termodinâmica
O calor específico (c) é uma grandeza física que está
relacionada com a quantidade de calor que produz uma
variação térmica, sendo uma característica de cada material.

Mudança Dessa forma, ele determina a quantidade de calor necessária

de estado
para a variação de 1°C de 1g da substância.

físico O calor específico, c, não se refere a um objeto, mas a uma


massa unitária do material de que é feito o objeto.

Q = cm∆T
Calor de transformação

• A quantidade de energia por unidade de massa que deve ser transferida na forma
de calor para que uma amostra mude totalmente de fase é chamada de calor de
transformação (calor latente) e representada pela letra L.

• Assim, quando uma amostra de massa m sofre uma mudança de fase, a energia
total transferida é Q = Lm.
Exercício 1
Calor latente, também chamado de calor de formação, é a grandeza física relacionada à quantidade
de calor que uma unidade de massa de determinada substância deve receber ou ceder para mudar de fase,
ou seja, passar do sólido para o líquido, do líquido para o gasoso e vice-versa.

Para resolver o exercício, é necessário


compreender que a água transfere calor para
o gelo, que o absorve, derretendo
consequentemente. Desse modo, o calor
cedido pela água, que é calor sensível, é
absorvido pelo gelo em forma de calor
latente.
Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
Exercício 5
Segunda Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica

“É impossível a construção de um
dispositivo que, por si só, isto é,
sem intervenção do meio exterior,
consiga transformar integralmente
em trabalho o calor absorvido de
uma fonte a uma dada
temperatura uniforme”.(Kelvin-
Planck)

“É impossível a construção de um
dispositivo que, por si só, isto é,
sem intervenção do meio exterior,
consiga transferir calor de um
corpo para outro de temperatura
mais elevada” (Clausius)
https://www.youtube.com/watch?v=mGDJO2M7RBg
O que é a famosa entropia?
“Um fenômeno que acontece espontaneamente está associada ao fato de ocorrer uma dispersão
de energia”.

“Os processos que ocorrem num único sentido são chamados de irreversíveis. A chave para a
compreensão de por que processos unidirecionais não podem ser invertidos envolve uma grandeza
conhecida como entropia”

“Se um processo irreversível ocorre num sistema fechado, a entropia S do sistema sempre aumenta,
ela nunca diminui”

“Entropia é a medida do grau de desordem de um sistema, sendo uma medida da


indisponibilidade da energia”.
Segunda Lei da Termodinâmica
Determina um sentido de um processo.

Entropia: variável de estado relacionada a segunda lei da


termodinâmica. Avalia a desordem do sistema.
Entropia – simples
assim!!!

https://www.todamateria.com.br/entropia/
AS MÁQUINAS TÉRMICAS E A 2ª LEI DA TERMODINÂMICA

Imagem: Luis Rizo / Domínio Público.


Imagem: Nicolás Pérez / GNU Free
Documentation License.

MÁQUINAS TÉRMICAS são máquinas


capazes de realizar um trabalho através
Imagem: Panther / GNU Free

da transferência de calor entre duas


Documentation License.

fontes: uma quente e outra fria. Através


de ciclos, parte do calor retirado da fonte
quente é transformado em trabalho e
outra parte é transferido para a fonte fria.
RENDIMENTO DE UMA MÁQUINA TÉRMICA ()

O Rendimento de qualquer sistema é sempre representado pela relação entre a


quantidade útil da grandeza e a quantidade total. Assim também acontece com as
máquinas térmicas. Dessa forma, a quantidade útil se refere ao trabalho realizado e a
quantidade total refere-se à quantidade de calor retirada da fonte quente.

Qq  Q f Qf
  1
Qq Qq

Observe que a máquina ideal deveria ter rendimento de 100% (=1). Para que isso
acontecesse seria necessário que a quantidade de calor rejeitado para a fonte fria fosse
zero. Carnot mostrou que isso é impossível. Na prática, os valores do rendimento são
baixos, por exemplo, em motores a gasolina (entre 21% e 25%).
Princípio de Carnot
CICLO DE CARNOT "Nenhuma máquina térmica real,
operando entre 2 reservatórios
térmicos T1 e T2, pode ser mais
eficiente que a "máquina de Carnot"
operando entre os mesmos
reservatórios."

No ciclo de Carnot, as quantidades de calor trocadas e as temperaturas absolutas


das fontes são proporcionais, valendo a relação:

Qq Tq Tf
   1
Qf Tf Tq

Observe que para uma máquina ter o rendimento de 100%(=1) seria necessário
que a fonte fria tivesse temperatura de 0 k. Entretanto, como a 2ª Lei da
Termodinâmica garante que não existe tal rendimento, então é impossível que um
sistema físico se encontre no ZERO ABSOLUTO.
Configuração Eletrônica

UC Comportamento Químico e Mecânico dos Materiais - Prof. Dr. Cristiano Brito 43


Obrigada!

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