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Termodinâmica

Baseado: Cap 7 e 8 do Atkins


5ª ed
Exercícios Cap 7

7 – 9 – 11 – 15 – 17 – 19 – 21 – 23 – 35 – 37 – 39 – 41
– 43 – 45 – 47 – 51 – 55 – 59 – 61 – 63 – 65 – 67 – 69
– 91 - 93.

Total de 25 exercícios
Entregar 20.

3
A ciência da TERMODINÂMICA nasceu no século
19, com a necessidade de descrever a operação das
máquinas a vapor e de avaliar o limite do seu
desempenho.

Os princípios observados válidos para as máquinas


são facilmente generalizados, e são conhecidos
como a PRIMEIRA e a SEGUNDA leis da
termodinâmica.

Estas leis levam através de deduções matemáticas


a um conjunto de equações que encontram
aplicações em todos os campos da ciência e da
engenharia 4
Conceitos básicos:
• SISTEMA: É a parte do universo que estamos observando e estudando.
Ex: Recipiente de uma reação química, uma pilha eletroquímica, uma célula
biológica, etc.
• O SISTEMA está localizado em um espaço definido por uma FRONTEIRA.
• FRONTEIRA: O que separa o SISTEMA do resto do universo
(VIZINHANÇAS)
• VIZINHANÇAS: São as partes do Universo vizinhas do
SISTEMA e de onde fazemos as observações e as medidas.

VIZINHANÇA FRONTEIRA

SISTEMA

5
Conceitos básicos:
- Um SISTEMA ABERTO pode trocar matéria e
energia com o exterior
- Um SISTEMA FECHADO pode trocar energia
com o exterior, mas não matéria
- Um SISTEMA ISOLADO não pode trocar nem
matéria nem energia com o exterior

6
Energia: Trabalho e Calor
Trabalho: qualquer quantidade que escoa através da
fronteira de um sistema durante uma mudança de estado
que pode ser convertida em movimento contra uma força
que se opõe na vizinhança.

Calor: qualquer quantidade que escoa através da


fronteira de um sistema durante uma mudança de estado,
em virtude de uma diferença de temperatura entre o
sistema e as vizinhanças Fe (s) + 2HCl (aq) → FeCl2 (aq) + H2 (g)

A Energia de um sistema é a capacidade que esse sistema


tem para realizar trabalho.

Quando um sistema exerce trabalho sobre o meio


exterior, a energia do sistema é reduzida, ficando
este com menor capacidade para produzir energia.
7
Trabalho  Calor
Duas formas de energia com características diferentes:
Energia transferida para o exterior Energia transferida para o exterior
na forma de CALOR – os átomos ou na forma de TRABALHO produzido
moléculas do exterior aumentam os pelo sistema – traduz-se num
seus movimentos aleatórios: movimento ordenado do exterior:

8
Energia Interna, U

Em termodinâmica, a energia total de um sistema é designada


por energia interna, U.
A energia interna é a energia TOTAL, CINÉTICA e
POTENCIAL, das moléculas que constituem o sistema.
Quando um sistema passa de um estado inicial i a um estado
final f, a variação de energia interna ΔU:

ΔU = Uf- Ui

Energia interna, calor e trabalho medem-se em joule (J).

1 J = 1 Pa m3 = 1 kg m2 s-2

9
1ª Lei da Termodinâmica
10 Há conservação da energia total do universo

Energia do Universo = energia do sistema + energia do meio exterior


Se o sistema estiver isolado, não recebe nem cede energia e a sua energia total – energia interna, U –
mantém-se constante.
U = constante
Sistema Isolado
ΔU = 0

Se o sistema não estiver isolado, a sua energia só varia por troca com o meio exterior. Considerando que a
troca de energia se dá por troca de calor ou por trabalho mecânico à superfície do sistema, sendo
w o trabalho exercido sobre o sistema, q a energia na forma de calor e

ΔU a variação resultante de energia interna:

Sistema Fechado ΔU = q + w
ΔU = q + w
Trabalho de expansão
Trabalho provocado pela variação do volume do sistema

Trabalho de expansão a pressão constante


Exprimindo o trabalho (w) como uma expansão
contra uma pressão constante P:
w = força x d
w = - F x z
F = Pex x A
w de expansão – Vf  Vi
w = - Pex x A x Δz
w de compressão – Vf  Vi w = - Pex x ΔV
dw = - Pex x dV
w = - Pex x ΔV
Exemplo 7.1 Algumas unidades para trabalho:
Testes 7.1 1 J = 1 Pa11 m3
Trabalho de expansão livre

Quando a expansão se dá contra uma força nula designa-se


por expansão livre.

Ocorre quando pex = 0, então, w = 0.

Por exemplo, a expansão de um sistema no vácuo ocorre


sem realização de trabalho.
12
Expressão geral para o trabalho de expansão

Para uma variação infinitesimal de estado (como por exemplo uma


variação infinitesimal de temperatura) observa-se uma variação
infinitesimal da energia interna dada por:

dU = dq + dw
dw = - pex dV

Trabalho realizado quando o sistema


expande de dV contra uma pressão pex

Trabalho total realizado quando o


volume expande de Vi para Vf 13
Expansão reversível
Em termodinâmica, uma variação reversível é aquela que pode ser invertida a partir
de uma modificação infinitesimal de uma variável.

• Para que a expansão seja reversível, então em cada estágio da expansão deve-se
atingir pex= p. Então, quando a expansão é reversível, verifica-se que:
dw = - pexdV = - pdV

• E o trabalho da expansão reversível é então:

• Esta integral pode-se resolver desde que se conheça a forma como a pressão do gás
varia com o volume.
• Para um gás perfeito, a temperatura constante: PV = nRT

Vf  Vi → w  0 – o gás faz
trabalho sobre as vizinhanças e Exemplo 7.2
por isso U diminuí (U = w + q)
14
Testes 7.2
Calor e transferência de calor

ΔU = q + w

A variação de energia interna, ΔU, do sistema pode ser devida a trabalho


de expansão, energia na forma de calor.
Se o sistema se mantiver a volume constante, não realiza trabalho de
expansão;
Se não se verificarem outras formas de variação de energia, então a
variação da energia interna fica reduzida a :

ΔU = qV
(v indica transformação a volume constante)
15
Medida do calor U = q + w
16

Se o sistema não perde energia na forma de trabalho


w = 0 U = q
Acompanhar a mudança de temperatura é um modo de medir o calor
transferido.
Assim inferir a mudança na Energia interna

Para converter a mudança da temperatura em ENERGIA temos que


conhecer a CAPACIDADE CALORÍFICA. 𝒒
𝑪=
∆𝑻
C grande → uma dada quantidade de Calor produz um pequeno aumento de T
C pequeno → uma dada quantidade de Calor produz um grande aumento de T
𝒒 = 𝑪. ∆𝑻
17 Medida do calor

Capacidade Calorífica – Propriedade Extensiva – quanto maior for


a amostra, mais calor é necessário para aumentar sua temperatura.

Capacidade Calorífica específica - Cs = C/m

Capacidade Calorífica molar - CM = C/n

𝒒 = 𝒎. 𝑪𝑺. ∆𝑻 𝒒 = 𝒏. 𝑪𝑴. ∆𝑻
Exemplo 7.3
Testes 7.3
Calorimetria
Calorimetria é o estudo das trocas de calor durante transformações
físicas e químicas. Para esse estudo utiliza-se o CALORÍMETRO,
normalmente um sistema adiabático de volume constante – o
calorímetro de bomba adiabática.

𝒒 = 𝑪𝒄𝒂𝒍 . ∆𝑻

-Dispositivo fechado
- Não há variação de volume
BOMBA CALORIMÉTRICA - É possível medir a variação da
temperatura (T)
OU CALORÍMITRO - T proporcional ao calor que a reação
libera ou absorve Exemplo 7.4
19
Testes 7.4
20
Primeira lei da Termodinâmica
U = q + w
• Essa expressão resume o fato experimental de que CALOR e TRABALHO
são duas formas de transferência de energia.
• TRABALHO – quando energia é transferida na forma de trabalho, o sistema
movimenta moléculas da vizinhança em uma direção definida
• CALOR - quando a energia é transferida na forma de calor as moléculas da
vizinhança movem-se caoticamente.

Para fixar o sentido das trocas de energia convencionou-se que:

Sinal positivo (+): calor ou trabalho recebido pelo sistema do meio exterior
Sinal negativo (-): calor ou trabalho cedido pelo sistema ao meio exterior

21
Testes 7.5
Primeira lei da Termodinâmica
• Fato Experimental – Não podemos usar um sistema para realizar trabalho, isolá-lo por algum
tempo e, ao voltar, encontrar sua energia interna no mesmo valor original e pronto para
realizar a mesma quantidade de trabalho novamente.
• Máquina de movimento perpétuo - mecanismo que produziria trabalho sem usar combustível.

A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA declara que a energia interna de um sistema isolado é constante.
Uma função de estado depende somente do estado em que se encontra o sistema. A mudança na função de
estado entre dois estados é independente do caminho entre eles.

A ENERGIA INTERNA é uma função de estado.


O TRABALHO e CALOR não são.

Testes 7.6
O volume não é mais constante
(Pressão constante)
w 0 U = q + w U  q

q = H Entalpia

H = U + pV

H = U + p V
dH = dq → a variação da entalpia é igual ao calor fornecido
ao sistema a pressão constante (desde que
o sistema só efetue o trabalho de expansão)

H = qp 23
H = qp
Importância: Reações químicas usualmente ocorrem em pressão
constante – Reatores abertos para a atmosfera.

Consequências: - Um calorímetro a VOLUME constante mede a


variação da energia interna - U.
- Um calorímetro a PRESSÃO constante me a
variação da ENTALPIA - H.

Em um calorímetro simples – Se uma reação libera 1,25 kJ de calor

H = qp = -1,25 kJ
24
Quando a energia do sistema é alterada devido a uma diferença de
temperatura entre o sistema e o exterior, diz-se que houve variação de
energia por transferência de CALOR.

Processo exotérmico: processo em que se liberta energia sob a forma de calor.

Processo endotérmico: processo no qual o sistema adquire energia do exterior sob a


forma de calor.

25
Termoquímica
A termoquímica estuda a energia transferida na forma
de calor durante as reações químicas.

Pode-se usar a calorimetria para medir q para uma reação,


ou seja, para medir
ΔU – se a reação ocorrer a volume constante
ΔH – se a reação ocorrer a pressão constante

Quando se libera energia para o meio exterior durante a


reação química, a pressão constante
ΔH < 0 (processo exotérmico)

Quando se absorve energia do meio exterior durante a


reação química, a pressão constante
ΔH > 0 (processo endotérmico) Testes 7.7
Variações de entalpia padrão

ΔH0 – variação de entalpia para um processo em que os


reagentes e produtos se encontram nos seus estados padrão

Estado padrão de uma substância: estado de uma substância


a determinada temperatura e à pressão de 1 bar.

Ex: variação de entalpia padrão de vaporização para a H2O,


ΔHovap, é a variação molar de entalpia do líquido puro a 1 bar,
quando passa a gás, a 1 bar.

H2O(l) → H2O(g) ΔH0vap (373 K) = +40,66 kJ/mol

Pode-se fornecer o valor da entalpia padrão a qualquer


temperatura. A temperatura convencional para descrever
quantidades termodinâmicas é 298,15 K.
Entalpia de transformações físicas

As mudanças de estado físico são acompanhadas por variações de


entalpia. Se estas forem descritas à pressão de 1 bar, são definidas
como transições de entalpia padrão.

Ex:
Entalpia padrão de vaporização, ΔH0vap – variação de entalpia que
acompanha a conversão de líquido para gás

Entalpia padrão de fusão ΔH0fus - variação de entalpia que acompanha


a conversão de sólido para líquido
A entalpia é uma função de estado, logo a
variação de entalpia é independente do
caminho percorrido entre o estado inicial e final

H2O(s) → H2O(l) ΔH0fus


H2O(l) → H2O(g) ΔH0vap
H2O(s) → H2O(g) ΔH0sub= ΔH0fus + ΔH0vap
ΔH0 (A→B)= - ΔH0 (B→A)

A entalpia padrão de um processo é igual e de


sinal oposto à entalpia padrão do processo
inverso.
Curva de Aquecimento
• Gráfico que mostra a variação da temperatura de uma amostra que foi aquecida em velocidade
constante, em pressão constante, e, portanto, em velocidade constante de aumento de entalpia.

Testes 7.9
Testes 7.10
Entalpia das Reações Químicas

Como é definido p valor da variação de


Entalpia de uma Reação?

➢ Por Calorimetria - Experimental

➢ Por Lei de Hess - Teórico

➢ Por calor de Formação - Teórico


Calorimetria
Calorimetria é o estudo das trocas de calor durante transformações
físicas e químicas. Para esse estudo utiliza-se o CALORÍMETRO,
normalmente um sistema adiabático de pressão constante – o
calorímetro de bomba adiabática.

𝒒 = 𝑪𝒄𝒂𝒍 . ∆𝑻 Exemplo 7.7


Testes 7.11

34
Entalpia Padrão de Reação – Lei de Hess

• Da mesma forma que as transformações físicas – Transformações químicas


(REAÇÕES) – também ocorrem com variação de energia.
• Importância – escolha de um combustível, projetos de instalações químicas, estudo
dos processos bioquímicos, etc

Combustão do metano: CH4 (g) + 2 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O (l)


Calorimetria- 1 mol de CH4 (g) produz 890 kJ de calor a 298 K e 1 bar

CH4 (g) + 2 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O (l) ΔH0R = - 890 kJ/mol
CO2 (g) + 2 H2O (l) → CH4 (g) + 2 O2 (g) ΔH0R = + 890 kJ/mol
2 CH4 (g) + 4 O2 (g) → 2 CO2 (g) + 4 H2O (l) ΔH0R = - 1780 kJ/mol
Entalpia Padrão de Reação
Depende dos estados físicos dos reagentes e produtos
Ex:
CH4 (g) + 2 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O (g) ΔH0R = - 802 kJ/mol
CH4 (g) + 2 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O (l) ΔH0R = - 890 kJ/mol

H2O(l) → H2O(g) ΔH0vap = + 44,0 kJ/mol


Combinação das Entalpias de Reação:
Lei de Hess
ENTALPIA - FUNÇÃO DE ESTADO - ΔH0R não depende do caminho
entre os estados inicial e final (reagentes e produtos).
A oxidação do carbono (grafite) a CO2
Exemplo 7.9
C (gr) + O2 (g) → CO2 (g) Testes 7.13

Duas etapas:

1 - C (gr) + ½ O2 (g) → CO (g) ΔH0R = -110,5 kJ/mol

2 - CO (g) + ½ O2 (g) → CO2 (g) ΔH0R = -283,0 kJ/mol

Somando as 2 reações:

C (gr) + ½ O2 (g) → CO (g) ΔH0R = -110,5 kJ/mol


CO (g) + ½ O2 (g) → CO2 (g) ΔH0R = -283,0 kJ/mol
C (gr) + O2 (g) → CO2 (g) ΔH0R = -393,5 kJ/mol 37
Entalpia padrão de formação, ΔH0f

A entalpia padrão de formação, ΔH0f ,


de uma substância, é a entalpia padrão
da reação de formação dessa ENTALPIA ZERO
substância a partir dos seus elementos Hº = 0
no seu estado de Referência. H2(g), N2(g), Cl2 e etc
O2(g)
O estado de referência de um
C(grafite)
elemento é o seu estado mais estável à
pressão de 1 bar e à temperatura S(rômbico)
indicada. P(vermelho)
Metais (s) – Na(s), Al(s),
As entalpias padrão de formação de Au(s), Fe(s), etc
elementos no seu estado de referência
são zero, a qualquer temperatura.
REAÇÃO DE FORMAÇÃO - é aquela em que UM MOL de um
único composto é formado a partir de substâncias simples
no estado padrão.
Exs.:
C(grafite )+ O2(g) → CO2(g)

1 mol

H2(g) + 1/2 O2(g) O


→ H 2
1 mol
(l)

Os valores de H0f são pré-estabelecidos e encontrados


em tabelas, para aqueles compostos que estejam na sua
forma mais estável a 1 bar de pressão, ou seja,
no estado padrão.
Entalpia de reação química
2 A + B → 3C + D
Entalpia padrão de reação:
ΔHR = Σ n H0f (produtos) − Σ n H0f (reagentes)

Ou seja, para a reação anterior, a entalpia padrão de reação será:


ΔHR0 = { 3  Hof (C) +  Hof (D)} - { 2  Hof (A) +  Hof (B)}

Ex: entalpia padrão de combustão do metano


CH4 (g) + 2 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O (l)

ΔHR0 = ΔHc0 = (ΔH0f (CO2)+ 2ΔH0f (H2O) - (ΔH0f (CH4) + 2ΔH0f(O2)


ΔHc0 = (-393,51+2(-285,83)) – (-74,8 + 2.0) kJ/mol
ΔHc0= - 890,37 kJ/mol
Exemplo 7.11
Testes 7.15
ENTALPIA-PADRÃO DE COMBUSTÃO

É o calor liberado na combustão total de um mol de uma


substância em que os componentes dessa reação estão no
estado-padrão.

C2H5OH(l) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(l) H=–1368 kJ/mol

COMBUSTÃO - reação de uma substância com o oxigênio (O2) em


que ocorre liberação de energia. ( REAÇÃO EXOTÉRMICA )

42
Exemplo 7.10
43
Testes 7.14
Exercícios Cap 7

7 – 9 – 11 – 15 – 17 – 19 – 21 – 23 – 35 – 37 – 39 – 41
– 43 – 45 – 47 – 51 – 55 – 59 – 61 – 63 – 65 – 67 – 69
– 91 - 93.

Total de 25 exercícios
Entregar 20.

44
Exercícios Cap 8

1 - 3 – 5 – 7 – 9 – 11 – 17 – 23 – 39 – 43 –
47 – 53 – 57 – 59 – 61 – 65 – 67 – 69 –
89 - 93.

Total de 20 exercícios
Me entregar 15.
46
Importância
Primeira Lei: nos diz que se uma reação ocorre, a energia total do universo
(sistema e sua vizinhança) permanece inalterada.
Não prevê o porque algumas reações acontecem e outras não.

Segunda Lei: Base para entendermos por que certas reações químicas tem uma
tendência natural a ocorrer e outras não.
Baseada em dois conceitos muito importantes,
a ENTROPIA e a ENERGIA LIVRE.

Terceira Lei: Vai estabelecer valores numéricos para a Entropia e Energia livre.

Juntas, a Segunda e a Terceira nos permitem prever os efeitos de


mudanças de temperatura e pressão em processos físicos e químicos

47
Mudança Espontânea
Um processo é espontâneo se ele apresenta a tendência de ocorrer
sem ser induzido por uma influência externa.

Mudanças espontâneas não são


necessariamente rápidas

Ex.
Os diamantes têm tendência natural de se transformarem em
grafita
– Reação espontânea Termodinamicamente

Na escala humana de tempo os diamantes são eternos –


Velocidade da reação é muito, muito pequena 48
Em 1860, Berthelot propôs a ideia de que um processo é

espontâneo quando libera energia (calor).

De fato, isto é verdade para muitas reações químicas,

como por exemplo a queima do carvão:

C(s) + O2 → CO2 ∆H = - 393 KJ/mol

Reação espontânea e libera calor


No entanto, a evaporação da água é um processo espontâneo

(mesmo em temperatura ambiente) embora ABSORVA calor.

H20 (l) → H20 (g) ∆H = + 10,4 Kcal/mol

Como explicar a espontaneidade desta reação?

Existe um outro fator além da liberação de energia

(ENTALPIA) que influi na espontaneidade de um processo.


Este novo fator é a tendência normal que existe

na Natureza de um sistema, caminhar

espontaneamente para uma situação de maior

“desordem”, isto é, para uma situação onde haja

uma distribuição cada vez mais uniforme de

matéria e energia no sistema inteiro.


Entropia e Desordem
O resfriamento de um bloco de metal quente ocorre
naturalmente → A Energia dos átomos que vibram se espelha
pela vizinhança.

As moléculas de um gás que se movem aleatoriamente


espalham-se por todo o recipiente → Improvável que seu
movimento aleatório leve todas as moléculas ao mesmo
tempo para um canto do recipiente.

Tendência: A matéria tende a ficar mais desorganizada.

A existência da ordem/desordem está relacionada com uma


característica fundamental da natureza que denominamos

ENTROPIA.
52
ENTROPIA
Para medir o grau de desordem de um sistema, foi definida a grandeza termodinâmica

ENTROPIA, representada pela letra S.

- Quanto maior a desordem de um sistema, maior a sua entropia

- O mínimo de entropia possível corresponde à situação em que átomos de uma


substância estariam perfeitamente ordenados em uma estrutura cristalina perfeita.
Essa situação DEVE ocorrer, teoricamente, a 0 K (zero absoluto, ou seja, -273,15 oC).

- Em outras temperaturas, a entropia de uma substância deve ser diferente de zero.


Quanto maior a temperatura de uma substância, maior o movimento das suas partículas,
mais desorganizada ela está e, portanto, maior a sua entropia. 53
ENTROPIA
A entropia (J/K ou cal/K) a 25°C para uma mesma substância, a entropia no estado
gasoso é maior que aquela no estado líquido, que, por sua vez, é maior que a do
estado sólido.
𝒒𝒓𝒆𝒗
A temperatura constante, ∆𝑺 = Exemplo 8.1
qrev – Energia transferida como calor
𝑻 Testes 8.1

A entropia é uma medida da desordem. De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, a ENTROPIA de
um sistema isolado aumenta em qualquer processo espontâneo.

Assim como a ENTALPIA, a ENTROPIA também é uma FUNÇÃO DE ESTADO. A variação da Entropia de um
sistema não depende do caminho entre o estado INICIAL e FINAL. 54
VARIAÇÕES DE ENTROPIA

A desordem de um sistema aumenta:

1. Com o aumento da temperatura


Aumento do movimento térmico das moléculas
2. quando uma determinada de quantidade de matéria se expande
(aumento de volume)
Espalhamento das moléculas aumentam a desordem
3. Mistura de 2 substâncias diferentes

55
Em relação a temperatura:

Da calorimetria temos que:

C – Capacidade Calorífica do Sistema


Volume constante – Capacidade Calorífica a Volume constante, Cv.
Pressão constante – Capacidade Calorífica a Pressão constante, Cp.

Supondo que a temperatura aumenta de T1 até T2,

Assim: 56
Exemplo 8.2
Testes 8.2
Em relação a Volume:
Expansão isotérmica (T = constante) → U = 0
Como U = q + w → q = -w

Exemplo 8.3
Assim, temos que o trabalho reversível (visto anteriormente) Testes 8.3

Exemplo 8.4
Testes 8.4

Exemplo 8.5
Testes 8.5

57
Variações de Entropia em Mudanças de Estado Físico
Algumas expressões podem ser utilizadas para calcular a variação

entropia – só são válidas para uma pressão determinada.

para 1 atm – Tf normal ou Tb normal


1. Na temperatura de transição, a temperatura da substância
permanece constante à medida que o calor é fornecido.
2. Na temperatura de transição de fase, a transferência de calor é
reversível.
3. Como a transição ocorre em pressão constante, o calor fornecido é
igual a entalpia da substância.

Exemplo 8.6
Testes 8.6 e 8.8

58
Variações de Entropia em Mudanças de Estado Físico
Em temperaturas diferentes da temperatura de transição normal

A entropia também é uma função de estado.

Cálculo em três etapas: Entropia de Vaporização da Água a 25ºC e 1 atm.

1 – Aquecemos o líquido até a temperatura de ebulição padrão – 100ºC

2 – Deixamos que se vaporize

3 – Fazemos resfriar até 25ºC novamente.

Exercício 8.43

59
Entropia Padrão de reação
Importância – Predizer a direção natural de uma reação.

A variação da entropia de uma reação → variação de ENTROPIA das vizinhanças.

Direção da reação – Afetada pela ENTROPIA do SISTEMA e da VIZINHANÇA.

VARIAÇÃO DA ENTROPIA DO UNIVERSO

Contribuição do sistema – REAÇÃO QUÍMICA

Sem a realização de cálculos;

Uma forma de prever se uma reação ocorrerá com aumento ou


diminuição de entropia é analisando o estado físico dos reagentes
e dos produtos.

Como descrito anteriormente, os gases têm mais entropia que os


líquidos e estes que os sólidos. 60
Duas regras gerais podem ajudar a prever se a entropia nas
transformações aumenta ou diminui:

- examinar os estados físicos dos produtos e dos reagentes;

- verificar, quando os estados físicos dos reagentes e produtos forem


iguais, o aumento ou a diminuição do número de moléculas após a
transformação, o que pode ser feito comparando a quantidade de matéria em
mols dos reagentes e dos produtos da reação.

61
Preveja se a variação de entropia do sistema em cada

uma das seguintes reações é positiva ou negativa.

a) NH4Cl (s) → NH3 (g) + HCl (g)

b) H2 (g) + Br2 (g) → 2 HBr (g)

c) CO (g) + ½ O2(g) → CO2(g)

d) C6H12O6 (s) + 6 O2 (g) → 6 CO2 (g) + 6 H2O (l)

e) Fe2O3(s) + 3CO(g) → 3CO2(g) + 2Fe(s)


62
Entropia Padrão de reação
Com a realização de cálculos;

O cálculo é feito a partir das ENTROPIAS MOLARES DE TODAS AS SUBSTÂNCIAS – cujos

valores são tabelados.

SR0 = nSm0 (produtos) – n Sm0 (reagentes)

Exemplo 8.9
Testes 8.13

63
A entropia é uma medida da desordem. De acordo com
a Segunda Lei da Termodinâmica, a ENTROPIA de um
sistema isolado aumenta em qualquer processo
espontâneo.

64
Sistemas que parecem desafiar a SEGUNDA LEI
➢ Água se transformando em gelo em temperaturas baixas – ESPONTÂNEA
➢ A VIDA – Cada célula do nosso de um ser vivo é extraordinariamente organizada.
Resolução do dilema - Segunda Lei – refere-se somente a sistemas
isolados
Espontaneidade de um Sistema – VARIAÇÃO TOTAL DA ENTROPIA –
Soma das variações da entropia do SISTEMA e da VIZINHANÇA.

VARIAÇOES DE ENTROPIA GLOBAIS

Stotal > 0 → PROCESSO ESPONTÂNEO

Stotal < 0 → PROCESSO NÃO ESPONTÂNEO

Mesmo o SISTEMA apresentando um S negativo o processo poderá ser espontâneo pois

também depende de como será a variação da

entropia do vizinhança.
65
Entropia da Vizinhança
Considerações:

➢ Vizinhança é tão grande que não observamos variações na temperatura e

pressão – T e p são constantes para a vizinhança.

➢ Se a variação da Entalpia do Sistema é H → para o calor transferido a

pressão constante: qviz = -H


Assim:

Exemplo 8.10
66
Testes 8.14
Sistemas que parecem desafiar a SEGUNDA LEI

➢ Água se transformando em gelo em temperaturas baixas – ESPONTÂNEA


H2O(l) → H2O(s)
- Processo espontâneo abaixo de 0ºC Exemplo 8.11
Testes 8.15
- S = - 22 J/k.mol H = - 6,01 kJ/mol
Explique por que a transformação da água líquida em sólida é espontânea nessa
temperatura abaixo de 0ºC e não espontânea acima dessa temperatura?

Testes 8.17

67
Energia Livre
➢ Um dos grandes problemas com o uso da segunda lei para verificar se uma

reação é espontânea é que temos que calcular 3 quantidades: S, Sviz e Stot

→ Gibbs colocou tudo em uma única propriedade: Energia Livre de Gibbs – G

→ Essa equação mostra como calcular a Stot olhando apenas para o sistema.

→ Gibbs definiu: G = -TStot.

Assim:

G < 0 → PROCESSO ESPONTÂNEO

G > 0 → PROCESSO NÂO ESPONTÂNEO

G = 0 → EQUILÍBRIO
68
Testes 8.18

Exemplo 8.13
Testes 8.19

69
Energia Livre de Reação

GR0 = nGm0 (produtos) – n Gm0 (reagentes)

G0formação = 0

Exemplo 8.15
70
Testes 8.22
Exercícios Cap 8

1 - 3 – 5 – 7 – 9 – 11 – 17 – 23 – 39 – 43 –
47 – 53 – 57 – 59 – 61 – 65 – 67 – 69 –
89 - 93.

Total de 20 exercícios
Entregar 15.

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