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A teoria do calórico
Até meados do século XIX acreditava-se na teoria do "calórico", que dizia
que o calórico é uma substância flúida, que não se cria ou se destrói e que
escoa dos corpos mais quentes para os mais frios.
O experimento de Joule
𝑛𝑅𝑇 𝑉 𝑛𝑅𝑇 𝑉 𝑑𝑉 𝑉𝑓
P= ; assim W = ∫𝑉 𝑓 𝑑𝑉 = nRT ∫𝑉 𝑓 = nRT ln
𝑉 𝑖 𝑉 𝑖 𝑉 𝑉𝑖
1
P𝑉̅ = RT + (bRT – a)( ̅)
𝑉
Na Termodinâmica, o universo se divide em duas partes, o sistema e s uas
vizinhanças. O sistema é a parte do mundo de interesse. Pode ser um reator,
um motor, uma célula eletroquímica, uma célula biológica e assim por
diante. A vizinhança compreende a região externa ao sistema e é onde são
realizadas as medições. O tipo de sistema depende das características da
fronteira que o separa do entorno como mostra a Figura abaixo. Quando
ocorre transferência de matéria através da fronteira entre o sistema e s ua
vizinhança, o sistema é classificado como aberto. Se a matéria não pode
passar pela fronteira, o sistema é classificado como fechado. Ambos os
sistemas abertos e fechados podem trocar energia com a vizinhança. No
caso de um sistema isolado, não ocorre troca de energia e nem de matéria
com o exterior. Exemplos:
vizinhanças do sistema.
O primeiro princípio da termodinâmica
-W = ∆U = U2 – U1 (2)
Q = ∆U + W (3)
Transformações a Volume Constante
𝜕𝑈 𝜕𝑈
dU = ( ) dT + ( ) dV
𝜕𝑇 𝑣 𝜕𝑉 𝑇
dQ = dU + PdV,
𝜕𝑈 𝑑𝑄 𝜕𝑈
dQ = ( ) dT ⇒ ( ) ≡ 𝐶𝑣 = ( )
𝜕𝑇 𝑣 𝑑𝑇 𝑣 𝜕𝑇 𝑣
𝑇
∆U = ∫𝑇 𝑓 𝐶𝑣 𝑑𝑇
𝑖
A expansão livre de um gás ideal em um sistema adiabático
𝜕𝑈 𝜕𝑈
dU = ( ) dT + ( ) dV
𝜕𝑇 𝑣 𝜕𝑉 𝑇
𝜕𝑈
0 = ( ) dV
𝜕𝑉 𝑇
Como dV ≠ 0, pois Vf > Vi, a equação acima mostra que para um gás ideal
𝜕𝑈
( ) = 0, ou seja U = U(T)
𝜕𝑉 𝑇
A partir desse experimento também foi definido o coeficiente de Joule 𝜂,
como:
𝜕𝑇
𝜂=( )
𝜕𝑉 𝑈
𝜕𝑇
𝜂=( ) <0
𝜕𝑉 𝑈
𝜕𝐻 𝜕𝐻
dQp = ( ) dT + ( ) dP
𝜕𝑇 𝑃 𝜕𝑃 𝑇
𝑑𝑄𝑝 𝜕𝐻
≡ Cp = ( )
𝑑𝑇 𝜕𝑇 𝑃
𝑑𝑄𝑝
Por definição, é a capacidade calorífica do sistema a pressão constante,
𝑑𝑇
𝑇
∆𝐻 = ∫𝑇 𝑓 𝐶𝑝 dT
𝑖
𝑉 𝑉 𝑛𝑅𝑇 𝑉𝑓
W = ∫𝑉 𝑓 𝑃 𝑑𝑉 = ∫𝑉 𝑓 𝑑𝑉 = nRT ln = 3.8,314. 300,15.ln 3 = 8224,6
𝑖 𝑖 𝑉 𝑉𝑖
Joules.
- Para o gás ideal ∆U = Cv ∆T =0, assim como ∆H = Cp ∆T = 0
- A partir da 1ª Lei sabemos que Q = ∆U + W, no caso do processo
isotérmico então:
Q=W=8224,6 Joules
A relação entre Cp e Cv
𝜕𝑈 𝜕𝑈
dQp = dU + PdV = ( ) dT + ( ) dV + PdV
𝜕𝑇 𝑣 𝜕𝑉 𝑇
𝜕𝑈 𝜕𝑈
dQp = Cv dT + ( ) dV + PdV = Cv dT + [ P + ( ) ] dV
𝜕𝑉 𝑇 𝜕𝑉 𝑇
ou seja:
𝜕𝑈
dQp = Cv dT + [ P + ( ) ] dV
𝜕𝑉 𝑇
Se ambos os lados forem divididos por dT temo:
𝑑𝑄𝑝 𝜕𝑈 𝜕𝑉
= Cv + [ P + ( ) ] ( )
𝑑𝑇 𝜕𝑉 𝑇 𝜕𝑇 𝑝
Assim:
𝜕𝑈 𝜕𝑉
Cp – Cv = [ P + ( ) ] ( )
𝜕𝑉 𝑇 𝜕𝑇 𝑝
𝜕𝑈 𝜕𝑉 𝑛𝑅
Para o gás ideal, sabemos que ( ) = 0, e ( ) = , e então:
𝜕𝑉 𝑇 𝜕𝑇 𝑝 𝑃
𝑛𝑅
Cp – Cv = P , ⇒ Cp – Cv = nR para o gás ideal
𝑃
Transformações adiabáticas
𝜕𝑈
e no caso do gás ideal onde ( ) = 0, temos:
𝜕𝑉 𝑇
𝑛𝑅𝑇
CV dT = - P dV = - dV
𝑉
Ou
𝑑𝑇 𝑛𝑅 𝑑𝑉 𝑅 𝑑𝑉 𝐶𝑣
=- =- (4) onde 𝐶𝑣̅ =
𝑇 𝐶𝑣 𝑉 𝐶𝑣̅ 𝑉 𝑛
̅
𝐶𝑝
Se definirmos γ = , então sabendo-se que para o gás ideal 𝐶𝑃̅ - 𝐶𝑣̅ = R,
𝐶𝑣̅
𝑅
= γ – 1 (5)
𝐶𝑣̅
𝑑𝑇 𝑑𝑉
= (1- γ) (6)
𝑇 𝑉
Integrando (6) entre os estados iniciais (Vi, Ti) até (Vf, Tf), teremos:
𝑇𝑓 𝑑𝑇 𝑉 𝑑𝑉
∫𝑇 = (1-γ) ∫𝑉 𝑓
𝑖 𝑇 𝑖 𝑉
Assim:
(γ−1)
𝑇𝑓 𝑉𝑓 𝑇𝑓 𝑉𝑓 (1−γ) 𝑇𝑓 𝑉𝑖
ln = (1-γ) ln → =( ) → =( )
𝑇𝑖 𝑉𝑖 𝑇𝑖 𝑉𝑖 𝑇𝑖 𝑉𝑓
Tf 𝑉𝑓 γ−1= Ti 𝑉𝑖 γ−1
Dessa forma, para um processo adiabático, temos:
𝑃𝑉 𝑐𝑡𝑒
T= → PV𝑉 (γ−1) = cte → P𝑉 𝛾 = cte (6) ou P =
𝑛𝑅 𝑉𝛾
𝑇 201,93
∆H = ∫𝑇 𝑓 𝐶𝑝 𝑑𝑇 = ∫298,15 2,5. 8,314 𝑑𝑇 = - 1999,93 J.
𝑖
𝑃1 𝑉1 − 𝑃2 𝑉2
W=
𝛾 −1
É importante observar que num processo adiabático quase-estático a
relação da pressão com o volume é semelhante ao processo isotérmico,
para um gás ideal. Na Figura 2 abaixo é mostrado o comportamento da
variação da Pressão com o Volume para os dois processos para o gás ideal.
-Processo adiabático: