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QUÍMICA

Estuda a matéria, suas propriedades


e transformações

Aplicações

Cobre Água
Cu(s) H2O(l)

Enxofre
S(s)
Mercúrio
Hg(l)

Sulfato de cobre Nitrato de níquel


Cloreto de sódio
CuSO4(s) Ni(NO3)2(s)
NaCl(s)
Teoria Atômica da matéria

Demócrito (460-370 a.c) Matéria constituída por partículas


e outros filósofos gregos indivisíveis muito pequenas (átomos)

(1803-1807)

David P. White
Experimento de Rutherford

Modelo de Rutherford
O átomo deve ser constituído de uma carga positiva densa (alta massa e volume pequeno),
o qual foi chamado de núcleo. O volume restante seria constituído por elétrons (negativos),
que se encontrariam ao redor do núcleo e apresentariam pouca massa.
De que forma os elétrons
estariam dispostos em um
átomo?
Natureza ondulatória da Luz
• Todas as ondas têm um comprimento de onda característico, λ, e
uma amplitude, A.
• A frequência, ν, de uma onda é o número de ciclos que passam por
um ponto em um segundo.
• A velocidade de uma onda, v, é dada por sua frequência
multiplicada pelo seu comprimento de onda.
• Para a luz, velocidade = c.
• A teoria atômica moderna surgiu a partir de estudos sobre a
interação da radiação com a matéria.
• A radiação eletromagnética se movimenta através do vácuo com
uma velocidade de 3,00 × 108 m/s.
• As ondas eletromagnéticas têm características ondulatórias
semelhantes às ondas que se movem na água.
• Por exemplo: a radiação visível tem comprimentos de onda entre
400 nm (violeta) e 750 nm (vermelho).
• Planck: a energia só pode ser liberada (ou absorvida) por átomos
em certos pedaços de tamanhos mínimos, chamados quantum.
• A relação entre a energia e a frequência é
onde h é a constante de Planck (6,626 × 10-34 J s).
• Para entender a quantização, considere a subida em uma rampa
versus a subida em uma escada:
• Para a rampa, há uma alteração constante na altura, enquanto na
escada há uma alteração gradual e quantizada na altura.
Efeito fotoelétrico e fótons
Habilidade da luz em deslocar elétrons de uma superfície metálica
Observou-se que:

- Para cada metal, há uma incidência


mínima de luz abaixo da qual nenhum
elétron é emitido.
Ex: Luz com frequência igual a 4,60 x 1014 s-1
faz com que Cs metálico emita elétrons,
enquanto que luz com frequências mais baixas
não têm efeito.

- Luz de baixa frequência (baixa energia),


mesmo com alta intensidade, não é capaz de
emitir elétrons.

- Luz de alta frequência (alta energia) causa


Qual a natureza física da luz? ejeção de elétrons.
Partícula ou onda?
- Aumentando a intensidade dessa radiação,
maior é o número de elétrons ejetados, porém
com a mesma velocidade anterior (energia)
Ambos
O efeito fotoelétrico e os fótons
• Einstein supôs que a luz trafega em pacotes de energia
denominados fótons.
• A energia de um fóton:

E = hν
Energia cinética dos elétrons ejetados

Preveja se elétrons serão ejetados nas seguintes situações

Elétrons serão Elétrons não serão Elétrons não serão


ejetados! ejetados! ejetados!
Espectro de linhas e o modelo de Bohr

Espectros de linhas
• A radiação composta por um único comprimento de onda é
chamada de monocromática.
• A radiação que se varre uma matriz completa de diferentes
comprimentos de onda é chamada de contínua.
• A luz branca pode ser separada em um espectro contínuo de cores.
Espectro de linhas para o H e o modelo de Bohr
Espectros de linhas
• Balmer: descobriu que as linhas no espectro de linhas visíveis do
hidrogênio se encaixam em uma simples equação.
• Mais tarde, Rydberg generalizou a equação de Balmer
para:
1  RRH
= H  1 − 1 
 2
λ  h  n1 n22 

onde RH é a constante de Rydberg (1,096776 × 107 m-1), n1 e n2 são


números inteiros (n2 > n1).
Energia quantizada do elétron e
o modelo de Bohr

• Rutherford supôs que os elétrons orbitavam o núcleo da mesma


forma que os planetas orbitam em torno do sol, entretanto, uma
partícula carregada movendo em uma trajetória circular deve
perder energia.

• Isso significa que o átomo deve ser instável de acordo com a teoria
de Rutherford.

• Bohr observou o espectro de linhas de determinados elementos e


admitiu que os elétrons estavam confinados em estados específicos
de energia. Esses foram denominados órbitas.
O modelo de Bohr
• Já que os estados de energia são quantizados, a luz emitida por
átomos excitados deve ser quantizada e aparecer como espectro de
linhas.
• Após muita matemática, Bohr mostrou que
 1 
(
E = − 2.18 × 10 −18
)
J 
 n2 
onde n é o número quântico principal (por exemplo, n = 1, 2, 3,
…).
O modelo de Bohr

• A primeira órbita no modelo de Bohr tem n = 1, é a mais próxima


do núcleo e convencionou-se que ela tem energia negativa.

• A órbita mais distante no modelo de Bohr tem n próximo ao


infinito e corresponde à energia zero.

• Os elétrons no modelo de Bohr podem se mover apenas entre


órbitas através da absorção e da emissão de energia em quantum
(hν).
Níveis de E para o átomo de hidrogênio

RH = 2,18 x 10-18 J

EI = ?
O modelo de Bohr
• Podemos mostrar que
 1 
∆E = h ν =
hc
λ
( )
n n
1
= − 2.18 × 10−18 J  2 − 2 

 f i 
• Quando ni > nf, a energia é emitida.
• Quando nf > ni, a energia é absorvida.
6 5 4 3
nf = 3
nf = 1 nf = 2 região do IV próximo
região do ultravioleta região do visível

nf = 4
região do IV
Série de Brackett
Limitações do modelo de Bohr
• Pode explicar adequadamente apenas o espectro de linhas do átomo
de hidrogênio.
• Os elétrons não são completamente descritos como partículas
pequenas.
Se a luz se comporta como onda e partícula, a matéria
não poderia se comportar como onda?

Louis de Broglie em sua tese de doutorado,


sugeriu que a dualidade onda-partícula não era
uma peculiaridade da luz, mas sim de toda a
matéria Louis de Broglie
(1892-1987)

• Utilizando as equações de Einstein e de Planck, De Broglie


mostrou:
h
λ=
mv
• O momento, mv, é uma propriedade de partícula, enquanto λ é uma
propriedade ondulatória.
• de Broglie resumiu os conceitos de ondas e partículas, com efeitos
notáveis se os objetos são pequenos.
• 1925: Davisson e Germer difrataram elétrons a partir de um cristal de
Ni e observaram padrões de inteferência, portanto verificando a
natureza ondulatória dos elétrons.

• G. P. Thomson mostrou que elétrons passando através de uma fina


lâmina de Au apresentavam padrão de difração.

Conclusão
Elétrons apresentam comportamento tanto de PARTÍCULA quando de ONDA
Princípio da incerteza de Heisenberg

•O princípio da incerteza de Heisenberg: na escala de massa de partículas atômicas, não


podemos determinar exatamente a posição, a direção do movimento e a velocidade
simultaneamente.
•Para os elétrons: não podemos determinar seu momento e sua posição simultaneamente.

• Se o elétron possui comportamento ondulatório, qual seria sua


equação de movimento?

EQUAÇÃO DE SCHRODINGER

• Em 1927, Erwin Schrodinger escreveu uma equação de movimento para


as partículas (como os elétrons) que levam em conta suas propriedades
ondulatórias.

• As equações clássicas de movimento (física clássica) não são aplicadas


às partículas microscópicas.
= função de onda (descreve a partícula)

= energia de ligação do elétron ao núcleo

= operador hamiltoniano (opera a função de onda e a transforma em termos de E)

m = massa do e-
e = carga do e-
εo = constante de permissividade no vácuo
h = constante de Planck RH = 2,18 x 10-18 J
Energia do elétron ao núcleo para o átomo de H
Ao invés de descrever órbitas precisas para os elétrons, podemos somente
descrever orbitais, que significam regiões de provável localização dos elétrons
A probabilidade de se encontrar um elétron em uma determinada região do
espaço é também chamada de densidade eletrônica. Esta medida por ser
calculada através da Equação de Schroringer.

Função de onda

ψ2 = probabilidade de encontrar o elétron


em determinada região do espaço

Densidade de probabilidade para o orbital s


Equação de Schrodinger e números quânticos

O elétron no átomo de H pode ser descrito por um conjunto de três


números quânticos: n, l e ml. Estes números são necessários para
resolver a equação de Schrodinger.

1- Número quântico principal (n): responsável por determinar a energia


geral de um orbital atômico e dá a ideia da “distância” do elétron ao núcleo,
já que quanto maior o n, maior é a energia do elétron.

n = 1, 2, 3, 4, ... , ∞

2- Número quântico momento angular (l): Define o “formato” do orbital


(função de onda).

l = 0, 1, 2, 3, 4, ... , que correspondem às letras s, p, d, f, g, ...


OBS: l depende de n. Quando n = 1, apenas 1 valor de l é permitido. Ex: n = 1,
l = 0. Quando n = 2, temos dois orbitais: l = 0 e l = 1
Orbitais atômicos
Orbitais d
Orbitais f
3- Número quântico magnético (ml): Determina a orientação do momento
angular

no de ml = 2l+1
ml depende de l e varia e –l a +l

Ex: Quando l = 0 (orbital s), há apenas o valor 0 para ml (2l+1 = 0).


Quando l = 1 (orbital p), há 3 valores para ml (2l+1 = 3)
ml = -1, 0, 1.
+ 1/2

Spin eletrônico
- 1/2
Distribuição Eletrônica Os elétrons são distribuídos de acordo com a ordem
de energia dos orbitais
Diagrama de Energias dos orbitais
Aufbau

Ordem crescente de energia dos orbitais:


1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s 4f 5d 6p 7s 5f 6d ...

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