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Estrutura Atômica 3

Química Básica
Profa. Sibele Pergher
As propriedades ondulatórias do
elétron
• Einsten usou o efeito fotoelétrico para
demonstrar que a luz, a que se atribui
comumente propriedades ondulatórias, também
pode ser imaginada em termos de partículas, ou
fótons sem massa.
• L. V. De Broglie: Se a luz pode ser considerada
como tendo propriedades de onda e de partícula,
por que a matéria não se comporta da mesma
maneira?
• Em 1925 De Broglie propôs que um elétron livre,
de massa m, movendo-se a uma velocidade v,
fosse associado a um comprimento de onda dada
pela equação:

• Essa idéia era revolucionária, pois ligava


propriedades corpusculares do elétron (m, v) a
possíveis propriedades ondulatórias (λ).
• A equação de Broglie sugere que a qualquer
partícula em movimento está associada um
comprimento de onda.
• Como h = 6,626 x 10-34J.s, só se é possível
observar as propriedades ondulatórias de
partículas de massa extremadamente pequena,
como elétrons, prótons ou neutrons.
• Exemplo: Bola de m = 114 g e v = 176 km/h
Qual o valor de λ? (J = kg m2/s2)
λ = 1,2 x 10-34 m
O princípio da Incerteza
• Broglie = o elétron pode ser descrito mediante
uma onda
• Thomson = para medir a razão entre a carga e a
massa do elétron, mostra que o elétron exibia
propriedades de uma partícula
• Como era possível que o elétron fosse descrito
como uma partícula e também como uma onda?
• O que tem a ver com os elétrons nos orbitais essa
dualidade onda-partícula?
• Werner Heisenberg e Max Born propiciaram a
resposta. Para explicar o comportamento dos
elétrons nos átomos, parece mais razoável
admitir que os elétrons tem propriedades
ondulatórias.
• Heisenberg concluiu que era impossível fixar ao
mesmo tempo, com exatidão, a posição de um
elétron num átomo e também sua energia.
Principio da Incerteza de Heisenberg

• É impossível conhecer ao mesmo tempo o


momento (massa x tempo x velocidade) e a
posição de uma partícula pequena com qualquer
grau de certeza.
• Podemos calcular a probabilidade de se
encontrar um elétron com certa energia num
dado volume de espaço.
• Devemos rejeitar o modelo do átomo de Bohr
Modelo de Schrödinger para o átomo
de H e as funções de onda

• O modelo de Schrödinger para o átomo de H


baseia-se na hipótese do elétron ser descrito
como uma onda de matéria, e não como uma
pequenina partícula orbitando no núcleo.
• A abordagem de Schrödinger leva a seguinte
equação:
• As funções de onda (ψ) caracterizam o elétron como
uma onda de matéria. Os seguintes pontos são
relevantes:
• O comportamento do elétron num átomo descreve-
se apropriadamente por uma onda estacionária.
(embora o movimento do elétron não seja tão
simples como o de uma corda vibrante, somente
são permitidas certas funções de onda).
• Cada função de onda ψ corresponde a uma energia
permitida para o elétron. (Para cada n há um
estado atômico caracterizado por uma função de
onda e uma energia En)
• Os pontos anteriores correspondem a dizer que a
energia do elétron é quantizada.
• Cada função de onda ψ pode ser interpretada em
termos de probabilidade. O ψ2 dá a
probabilidade de se encontrar um elétron numa
certa região do espaço (densidade de elétrons).
• As ondas de matéria dos estados de energia
permitidos são os orbitais.
• Para resolver a eq. Schrödinger de um elétron no
espaço tridimensional, é necessário introduzir 3
números inteiros – os numeros quânticos n, l e
ml. Estes números só podem assumir certos
valores. Usaremos estas combinações para
definir os estados de energia e os orbitais
disponíveis para os elétrons.
Números Quânticos
• Num espaço tridimensional são necessários 3
números para descrever a localização de um corpo
no espaço.
• Para a descrição do elétron num átomo, esta
exigência leva aos três números quânticos n, l e ml.
▫ Os números quânticos n, l, e ml são todos inteiros, mas
seus valores não podem ser escolhidos aleatoriamente.
▫ Os 3 números quânticos não são parâmetros criados
“voluntariamente”, eles aparecem como conseqüência
natural da teoria.
O número quântico Principal, n
• Fornece uma indicação aproximada da energia
de um elétron e da sua distância do núcleo
• Revela a camada (para descrever as energias
eletrônicas num átomo é conveniente organiza-
las em conjuntos chamados de camadas. Uma
camada é, portanto, uma coleção de 1 ou mais
níveis de energéticos quantizados).
• As camadas são designadas de duas maneiras:
n = 1, 2, 3, 4, 5, 6, ....
K, L, M, N, O, P, ....
• Os elétrons da camada n=1 possuem a menor
energia permitida.
• População máxima da camada: 2n2

▫ K n=1 2.12 = 2
▫ L n=2 2.22 = 8
▫ M n=3 2.32 = 18
▫ N n=4 2.42 = 32
▫ O n=5 2.52 = 50
O número quântico do momento
angular l (azimutal)
• l = 0, 1, 2, 3, .... (n-1)
• Especifica a subcamada e assim a forma do
orbital
• Subcamada - Nem todos os elétrons de uma
camada possuem a mesma energia. Cada
camada consiste em uma ou mais subcamadas.
O numero de subcamadas é igual a n.
• Dentro de um dado nível, as subcamadas são
denominadas em ordem crescente de energia s,
p, d , f
O número quântico magnético, ml
• Fornece a informação sobre a orientação de um
orbital no espaço
• Orbitais – num átomo isolado todos os elétrons
numa dada subcamada tem a mesma energia.
Sob influências perturbadoras, as energias
podem ser desdobradas ainda mais, em
subníveis chamados orbitais. Este
desdobramento se dá, por exemplo, na presença
de um campo magnético.
• Cada orbital possui uma população máxima de 2
elétrons.
• O valor de l limita os valores de ml: o ml pode ir
de –l até +l, com o 0 incluído.
• Número de orbitais = (2l +1)
l =0 ml =0 (2l +1) = 1
l=1 ml = -1; 0; +1 (2l +1) = 3
l=2 ml = -2; -1; 0; +1; +2 (2l +1)= 5
f
g
O número quântico magnético do spin
do elétron, ms
• Spin eletrônico – sugeriram que o elétron se
comporta como uma “spinning sphere”, como se
fosse um planeta girando (rotando) no seu
próprio eixo. Esta propriedade foi chamada spin.
As formas dos Orbitais Atômicos

Orbital s
• Forma de esfera
• O tamanho dos orbitais s aumenta com o
aumento de n
• Nodo esférico = superfície onde a probabilidade
de encontrar um elétron é nula
• Número de nodos esféricos é dado por (n-l-1)
Orbitais p
• Todos os orbitais p tem um plano imaginário
que passa pelo núcleo e divide a região de
densidade de elétrons pela metade.
• O plano imaginário que passa através do núcleo
é um plano nodal, superfície plana na qual é
nula a probabilidade de encontrar o elétron.
• Forma de halteres
Orbitais d
• Possui dois planos nodais – dividem em 4
regiões
Orbitais f
• 3 superfícies nodais que passam pelo núcleo e que dividem o
espaço em 8 regiões que acomodam a nuvem eletrônica
Orbitais g
Orbitais h

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