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Materiais e suas

Propriedades

Aula 01 – Estrutura Atômica e Ligação Química

◼ 1
Objetivos da Aula
• Como ocorre uma ligação?

• Quais os tipos de ligações químicas?

• Quais propriedades surgem a partir destas ligações?

◼ 2
Conceitos Fundamentais
• As principais propriedades dos materiais dependem do seu
arranjo geométrico atômico e também das interações
existentes entre os constituintes atômicos e moléculas.
• O átomo é a estrutura básica para os estudos dos materiais
• Cada átomo consiste de um pequeníssimo núcleo composto
de prótons e nêutrons, rodeado por elétrons móveis.
• Conceitos importantes:
– Número Atômico (Z) = número de prótons, sendo que para
um átomo eletricamente neutro, ou completo, é igual ao
número de elétrons

– Massa Atômica (A) = soma das massas dos prótons e


nêutrons dentro do núcleo de um elemento.

◼ 3
Conceitos Fundamentais
• Nem sempre o número de nêutrons (N) é igual ao de prótons (Z),
gerando elementos com diferentes massas atômicas chamados
isótopos.
– Unidade de massa atômica (u.m.a.)= 1/12 do carbono 12 12C
(massa atômica A=12)
• Dessa forma a massa atômica fica:

• Número de Avogrado: em 1 mol de substância existem


6.023 x 1023 átomos ou moléculas

• 1 u.m.a./átomo (ou molécula) = 1 g/mol


• C 12.011
• H 1.008
• etc.

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Estrutura Atômica
• átomo – elétrons – 9.11 x 10-31 kg
prótons
nêutrons }
1.67 x 10 -27 kg

• Número atômico Z = no de prótons no núcleo do átomo


= no de elétrons de um átomo neutro

• A [=] unidade de massa atômica = uma = 1/12 massa do 12C


peso atômico p.a.* = p.a. de 6.023 x 1023 moléculas ou átomos
1 uma/átomo = 1g/mol
C 12.011
H 1.008 -> (na realidade entre 1.007 a 1008)*

*massa atômica relativa (Ar) olhar referÊncia:


http://qnint.sbq.org.br/qni/visualizarConceito.php?idConceito=62
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Breve Histórico “Atômico”

• Demócrito – 460 AC:


– Conceito do átomo como partícula indivisível

• John Dalton – 1808: 1a teoria científica do


átomo:
– Cada elemento químico é composto por um único tipo
de átomo
– Podem se combinar para formar outros compostos
químicos mais complexos

◼ 6
Breve Histórico

◼ 7
Modelo Atômico
• Modelo atômico de Rutherford:
◼ Nesse modelo o elétron está uma órbita estacionária
◼ Tem uma falha básica: Leis do eletromagnetismo (Equações de
Maxwell) podem ser usadas para mostrar que o elétron sofrendo uma
mudança na sua velocidade (acelerando ou desacelerando) deveria
radiar energia na forma de ondas eletromagnéticas.

◼ Modelo atômico planetário de Rutherford: um elétron movendo-se em uma


velocidade v em uma órbita circular r em torno de um núcleo pesado com uma carga
positiva +e sofre uma aceleração para o centro de v2/r, suportada pela força de
atração F do núcleo. ◼8
Breve Histórico

Quantum de energia

◼ extraído do Callister 7th edition


◼ 9
Modelo Atômico

• Modelo atômico simplificado de Bohr:


◼ Uma conseqüência inicial da Mecânica Quântica foi o modelo
atômico de Bohr, em que se propôs que os e- (elétrons) giram em
torno do núcleo atômico em órbitas discretas e a posição de
qualquer elétron em particular é mais ou menos bem definida em
termos desse orbital.
Mas esse modelo tem limitações, pois
não explica vários fenômenos físicos
envolvendo os elétrons.

◼ Fig. 1: Representação esquemática do


átomo de Bohr

◼ extraído do Callister 7th edition


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Modelo Atômico

• Solução: modelo de onda mecânica /


mecânica quântica
• Os elétrons exibem comportamentos tipo onda e tipo
partícula (dualidade onda-partícula).
• O elétron não é mais considerado somente uma partícula
movimentando em órbitas discretas e sim temos o conceito
de probabilidade de encontrar o elétron em uma
determinada posição em torno do núcleo.
• A sua posição é descrita por uma distribuição de
probabilidades ou nuvem eletrônica.

◼ 11
Breve Histórico
• O átomo quântico

◼ extraído do Callister 7th edition


◼ 12
Modelo Atômico

• Comparativo entre o
modelo de Bohr (a) e o
quântico (b)

◼ extraído do Callister 7th edition


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Estrutura Eletrônica
• Elétrons tem comportamento tipo onda - partícula.
– Isto implica que os elétrons estão em orbitais definidos por
uma probabilidade.
– Cada orbital está em um nível discreto de energia
determinado pelos números quânticos.

No. Quântico Representação


n = principal (energia das camadas K, L, M, N, O (1, 2, 3, etc.)
eletrônicas)
l = momento ou azimutal (orbitais) s, p, d, f (0, 1, 2, 3,…, n -1)
ou secundário
ml = magnético 1, 3, 5, 7 (-l to +l)
ms = spin ½, -½

◼ 14
Modelo Atômico
• Números Quânticos
– Quatro parâmetros são utilizados para caracterizar um
elétron em um átomo
– O tamanho, formato e orientação espacial da densidade de
probabilidade de um elétron são descritos por 3 desses
números quânticos.
– Os níveis de energia de Bohr separam-se em subcamadas
eletrônicas e esses números quânticos ditam os estados
dentro de cada subcamada.
– O número quântico principal n, que pode ter valores inteiros
começando com 1, especifica as camadas eletrônicas e
algumas vezes são designados pelas letras K, L, M, N, O,
correspondendo respectivamente a n=1, 2, 3, 4, 5..... Esse
número está relacionado com a distância do elétron ao
núcleo.
◼ 15
Modelo Atômico
• Números Quânticos
– O segundo número quântico, l (de momento ou azimutal),
significa a subcamada, que é designada pelas letras s, p, d
ou f e está relacionado ao formato da subcamada eletrônica.
O número dessas subcamadas é restringida pela magnitude
de n.

– O número de estados de energia para cada subcamada é


determinada pelo terceiro número quântico magnético, ml.
Para uma camada s há um único estado de energia e para as
subcamadas p, d, e f temos 3, 5 e 7 estados existentes
respectivamente. Na ausência de um campo magnético
externo, os estados dentro de cada subcamada são idênticos
e do contrário, as subcamadas se dividem e cada estado
assume uma energia levemente diferente.
◼ 16
Modelo Atômico
• Números Quânticos

◼ extraído do Callister 7th edition


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Modelo Atômico
• Números Quânticos
– Associado a cada elétron, temos o momento de spin
que indica o sentido de rotação do elétron em
relação ao seu próprio eixo e que pode ser
representado para cima ou para baixo. O quarto
número quântico está relacionado a esse momento
de spin com os dois valores possíveis (+1/2 e -1/2),
um para cada orientação de spin.

◼ 18
Modelo Atômico
• Números Quânticos - resumindo

◼ 19
Modelo Atômico
• Nuvem eletrônica para o átomo de Hidrogênio, ilustrando a
distribuição da densidade de carga em estados para um dado
número quântico:

◼ 20
◼Extraído da referência [4] J.C.Anderson
Modelo Atômico
• Um diagrama completo do nível de energia para as várias
camadas e subcamadas usando o modelo quântico pode ser
visto abaixo:

◼ Representação esquemática
das energias relativas dos
elétrons para as várias camadas
e subcamadas.

◼ extraído do Callister 7th edition ◼ 21


Modelo Atômico
• Ainda da figura anterior:
• Quanto menor o número quântico principal n, menor o nível de
energia; por exemplo, a energia do estado 1s é menor do que o
estado 2s, que por ora é menor do que o 3s.

• Segundo, dentro de cada camada, o nível de energia de uma


subcamada aumenta com o valor do número quântico l. Como
exemplo, a energia do estado 3d é maior do que o 3p, que é maior do
que o 3s.

• Outra situação que ocorre é que pode haver sobreposição na energia


de um estado em uma camada com estados de uma camada
adjacente, geralmente para os estados d e f. Exemplo: a energia do
estado 3d é maior do que para o 4s.

◼ 22
Modelo Atômico
• Configuração eletrônica
• Elétron de valência

◼Representação esquemática
dos estados de energia
preenchidos e o mais baixo não
preenchido para um átomo de
sódio. ◼ extraído do Callister 7th edition ◼ 23
◼ 24
Configuração Eletrônica
ex: Fe – no atômico = 26 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d 6 4s2

4d elétrons
4p Camada N n = 4
de valência
3d
4s

◼ Energia 3p Camada M n = 3
3s

2p Camada L n = 2
2s

1s
Camada K n = 1
◼ 25
Modelo Atômico
• Configuração eletrônica estável ocorre quando os estados dentro
da camada mais externa ou de valência estejam completamente
preenchidos. Em geral, isso corresponde à ocupação dos estados s
e p da camada mais externa por um total de 8 elétrons, como
ocorrem nos gases nobres neônio, argônio e kriptônio e como
exceção temos o hélio que contém somente 2 elétrons 1s e
continua estável.

• Os átomos de elementos que têm as camadas de valência não-


preenchidas tornam-se estáveis quando ganham ou perdem
elétrons para formar íons carregados ou quando compartilham
elétrons com outro átomo. Essa é base para algumas reações
químicas e também para a ligação atômica nos sólidos.

◼ 26
Modelo Atômico
• Para determinar a maneira como esses estados são preenchidos
com elétrons, usamos o princípio de exclusão de Pauli, outro
conceito da mecânica quântica. Esse princípio estipula que cada
estado eletrônico pode suportar não mais do que 2 elétrons e que
devem possuir momento de spin opostos.

• Relembrando, as subcamadas s, p, d e f podem acomodar,


respectivamente um total de 2, 6, 10 e 14 elétrons.

• Quando todos os elétrons ocupam as mais baixas energias


possíveis em acordo com as restrições anteriores listadas, o átomo
é considerado estar em um estado padrão (ou fundamental).

◼ 27
Estrutura Atômica
• Os elétrons de valência irão determinar as
seguintes propriedades:

1) Química
2) Elétrica
3) Térmica
4) Óptica

◼ 28
Estrutura Atômica

◼ 29
Tabela Periódica
• Na Tabela Periódica todos os elementos são classificados
de acordo com a sua configuração eletrônica
• O arranjo é feito de tal forma que todos os elementos dispostos em
uma dada coluna ou grupo têm estruturas de elétrons de valência
similares, tanto como propriedades físicas e químicas.

◼ 30
Tabela Periódica

◼Por Splibubay (translation into Portuguese) - Este ficheiro foi derivado de: Periodic table large.svgby 2012rc, CC BY
3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=30294463
◼ 31
Tabela Periódica

◼ 32
Tabela Periódica
• Existem os elementos chamados eletropositivos
(cátions – mais à esquerda da tabela) que doam os seus poucos
elétrons de valências e se tornam íons positivos.
• Já os elementos situados mais à direta são eletronegativos
(ânions), ou seja, formam íons negativos aceitando elétrons. Em
algumas situações podem compartilhar os elétrons.
◼ Valores de eletronegatividade para os elementos

◼ 33
Tabela Periódica
◼• Coluna: Valência Similar

Gases Inertes
Doa 1e

Aceita 2e
Aceita 1e
Doa 2e
Doa 3e

◼ H ◼ He
Adaptado da ◼

◼ Li ◼Be ◼ O ◼F ◼Ne Fig. 2.6,


Callister 7e.
◼ Na ◼Mg ◼ S Cl ◼Ar

◼ K ◼Ca ◼Sc Se ◼Br ◼Kr


◼ Rb ◼Sr Y
◼ ◼ Te ◼ I ◼ Xe
◼ Cs ◼Ba Po ◼At ◼Rn

◼Fr ◼Ra

◼Elementos Eletropositivos: ◼Elementos Eletronegativos:


◼Doam elétrons para se tornarem íons ◼Aceitam elétrons e se tornam íons
34 ◼

Positivos. negativos
Ligação Atômica
• Forças de Ligação e Energias
• O conhecimento das forças interatômicas que mantêm os
átomos juntos permite prever várias das propriedades dos
materiais.
• Para melhor entender os princípios da ligação atômica,
vamos considerar uma interação entre dois átomos isolados
como se eles fossem levados para bem próximos um do
outro a partir de uma separação infinita.
• Temos que para grandes distâncias as interações são
desprezíveis, mas à medida que os átomos se aproximam,
passam a exercer uma força um sobre o outro.
• Essas forças são de dois tipos: atrativas e repulsivas, sendo
que a magnitude de cada uma é função da separação, ou
seja, da distância interatômica.
◼ 35
Ligação Atômica
• A origem de uma força atrativa
FA depende do tipo particular da
ligação que existe entre os dois
átomos.
• As camadas eletrônicas mais
externas dos dois átomos se
sobrepõem e uma força
repulsiva FR começa a agir.
• Logo a força resultante (FN) entre
os dois átomos fica:
• FN = FA + FR
• Quando FA e FR se equalizam, a
força resultante é zero e logo:
• FA+FR=0 -> equilíbrio
◼ extraído do Callister 7th edition ◼ 36
Ligação Atômica
• Algumas vezes é mais conveniente trabalhar
com energias potenciais do que com forças:

• e para os sistemas atômicos:

• onde EN, EA, e ER são respectivamente as


energias resultante, atrativa e repulsiva para
os dois átomos isolados e adjacentes.
◼ 37
◼ extraído do Callister 7th edition
Ligação Atômica

• A distância de equilíbrio r0 corresponde à distância de


separação no mínimo da curva de energia de potencial.

• A energia de ligação para esses dois átomos, E0, corresponde


ao ponto de mínimo de energia (mostrado na figura
anterior), que representa a energia necessária para separar
esses dois átomos para distâncias infinitas.

• A magnitude dessa energia de ligação e o formato da curva


de energia vs. separação interatômica variam de material
para material e ambos podem depender do tipo de ligação
atômica presente.

◼ 38
Ligação Atômica
• Uma série de propriedades dos materiais depende do valor
de E0, do formato da curva e do tipo de ligação.
• Por exemplo, o valor de E0 vai interferir no ponto de fusão e
no módulo de elasticidade do material.

◼ 39
Ligação Atômica
• Já a inclinação da curva de Força relaciona a rigidez do material.
• Módulo elástico E proporcional à inclinação da curva na separação
interatômica de equilíbrio r0

◼ extraído do Callister 7th edition


◼ 40
Ligação Atômica

◼ extraído do Callister 7th edition


◼ 41
Ligação Atômica
• O formato da curva de E0-versus-r0 interfere no coeficiente de
expansão térmica: uma depressão profunda e estreita, que
geralmente ocorre para materiais com altas energia de ligação,
normalmente está relacionada com baixo coeficiente de expansão
térmica e logo possui pequenas alterações dimensionais com
mudanças na temperatura.

◼ 42
Ligação Atômica
• Coeficiente de expansão térmica, a

lcomprimento, Coeficiente de expansão térmica


o L
Frio , T 1 DL DL
Lo
= a (T2 -T1)
aquecido, T 2

• a ~ simétrico em ro

Energy

Comprimento sem alongar


r
o a é maior se Eo é menor.
r
Maiores a
E
o
E Menores a
o ◼ 43
Ligação Atômica

◼ extraído do Callister 7th edition ◼ 44


Tipos de Ligação
• 3 tipos diferentes de ligações primárias ou químicas são
encontradas em sólidos: iônica, covalente e metálica.
• A ligação envolve necessariamente os elétrons de valência;
mais ainda, a natureza da ligação depende da estrutura
eletrônica dos átomos constituintes.
• Em geral, cada um desses 3 tipos de ligação surgem da
tendência dos átomos assumirem uma configuração
eletrônica estável, como aquelas dos gases inertes,
simplesmente completando a camada eletrônica mais
externa.
• Existe também as forças secundárias, que também são
encontradas em materiais sólidos e mesmo sendo
comparativamente mais fracas, influenciam as
propriedades de alguns materiais.
◼ 45
Tipos de Ligação
• Ligação Iônica: sempre encontrada em compostos que são
formados por elementos metálicos e não-metálicos, elementos
esses situados nas extremidades da tabela periódica.
• Átomos de um elemento metálico facilmente cede seus elétrons
de valência para os átomos não-metálicos. Nesse processo todos
os átomos adquirem configuração de um gás inerte e mais ainda,
uma carga elétrica, tornando-se íons.
• Como exemplo temos o clássico material iônico Cloreto de Sódio
(NaCl). Pare esse caso, um átomo de sódio pode assumir a
estrutura do neon (e uma carga positiva na rede) através da
transferência dos seu elétron 3s da valência para o átomo de
cloro. Após essa transferência, o íon de cloro adquire uma carga
de rede negativa e uma configuração eletrônica idêntica ao do
argônio.
◼ 46
Tipos de Ligação
• Ligação Iônica

◼ extraído do Callister 7th edition


◼ 47
Tipos de Ligação
• Ligação Iônica para o NaCl

◼ extraído do Callister 7th edition

• Para esse sistema, as forças atrativas são Coulombianas, isto é, os


íons positivos e negativos, devido à sua carga elétrica, se atraem.
• Atração: onde A= Repulsão:

• Onde B (ajustado empiricamente) e n (geralmente 8) são


constantes que dependem do sistema.
* ◼ 48
Tipos de Ligação
• Outra característica importante da ligação iônica é que ela é
não direcional, isto é, a magnitude da ligação é igual em
todas as direções em torno do íon. Isso ocorre porquê, para
serem estáveis, todos os íons positivos devem ter um íon
vizinho negativo em uma situação tridimensional e vice-e-
versa.

• Temos que para as cerâmicas a ligação predominante é


iônica e por terem valores de energia de ligação elevados
esses materiais possuem alta temperatura de fusão.

• Outras características são a alta dureza e fragilidade, e mais


ainda, são termicamente e eletricamente isolantes.
◼ 49
Ligação Iônica

◼ 50
Ligação Iônica

◼ extraído do Callister 7th edition ◼ 51


Ligação Iônica

◼ 52
Ligação Iônica

◼ 53
Ligação Iônica

◼ 54
Tipos de Ligação
• Ligação Covalente:
• Nesse tipo de ligação, configurações estáveis se formam através do
compartilhamento de elétrons entre átomos adjacentes. Dois átomos
que se ligam covalentemente entre si contribuem ao menos com um
elétron na ligação e os elétrons compartilhados podem ser
considerados como se pertencessem a ambos os átomos.
◼ É direcional pois só ocorre
entre átomos específicos e Elétrons
só existe na direção entre H compartilhados a partir
esses átomos que CH4 do átomo de carbono

compartilham os elétrons.
◼ Exemplos: Diamante H C H
(Tfusão= 3550o C)
Elétrons
CH4, H2O, HNO3, compartilhados a partir
polímeros....... H do átomo de hidrogênio

◼ extraído do Callister 7th edition Figura: Metano CH4 ◼ 55


Tipos de Ligação

◼ extraído do Callister 7th edition


◼ 56
Ligação Covalente

◼ 57
Ligação Covalente

◼ 58
Ligação Covalente

◼ 59
Tipos de Ligação
• Uma observação importante é que é possível ocorrer ligações que
sejam parcialmente iônica e parcialmente covalente e, de fato,
poucos elementos exibem ligações puramente covalente ou
iônica.
• Para um composto, o grau de ligação de um ou do outro elemento
constituinte depende das suas posições na tabela periódica ou a
diferença na sua eletronegatividade.
• Assim temos o conceito de porcentagem de comportamento
iônico entre elementos A e B, dado por:

onde XA e XB são as eletronegatividades para os respectivos


elementos mostrados na tabela anterior.
◼ 60
Tipos de Ligação
• Ligação Metálica
• Encontrado em metais e suas ligas.
• Nesses materiais existe um modelo em
que os elétrons da camada de valência
não estão atrelados a nenhum átomo
específico, podendo se deslocar
livremente por todo o material.
• Conceito de nuvem eletrônica ou mar de
elétrons (não-localizados).
• Formação de núcleo iônico, com os
elétrons livres blindando o núcleo da
força mútua repulsiva eletrostática,
agindo como “cola”. Ligação não
direcional
◼ extraído do Callister 7th edition
◼ 61
Tipos de Ligação
• Ligação Metálica

• Extraído de https://www.bbc.co.uk/bitesize/guides/ztgy6yc/revision/1

◼ 62
Tipos de Ligação

• Forças de Ligação Secundárias ou de Van der Walls

• Podemos ver essas forças atuando quando não há a presença das


forças primárias, muito mais fortes. Como exemplo, temos os
gases inertes que somente em baixa temperatura, onde a
agitação térmica não mais atua, condensam na forma de líquido.

◼ 63
Tipos de Ligação
• Dipolos atômicos ou molecular:
• Dipolos existem sempre que há alguma separação entre uma
parte positiva e negativa de um átomo ou molécula. A ligação
resulta da atração coulombiana entre o final positivo de um
dipolo e a região negativa de um outro adjacente, como mostrado
na figura:

◼ extraído do Callister 7th edition

• Interações de dipolos ocorrem entre dipolos induzidos, dipolos


induzidos e moléculas polares (que possuem dipolos
permanentes) e entre moléculas polares.
◼ 64
Tipos de Ligação
• Dipolos induzidos:
• Ocorrem em gases e moléculas simétricas que possuem os
centros de carga positiva e negativa coincidentes e que são
deslocados pela vibração atômica e movimento dos elétrons
mesmo que em tempos muito curtos, mas suficientes para criar o
dipolo elétrico e induzir esse efeito em outros vizinhos. Forças
atrativas tentam restabelecer o equilíbrio.

◼ extraído do Callister 7th edition


◼ 65
Tipos de Ligação
• Moléculas Polares: Por serem assimétricas,
jamais possuem os centros de carga positiva e
negativa coincidentes, criando os momentos de
dipolos permanentes.

• Ligação de Hidrogênio: considerado um dipolo


permanente, a mais forte entre as secundárias.
• Surge pois o próton exposto na extremidade de
uma ligação não está coberto por elétrons e
assim essa carga positiva pode ser atraída por
elétrons de valência de moléculas adjacentes, ◼ extraído do Callister 7th edition
como mostra para o HF ao lado. Melhor
exemplo é a água.
◼ 66
Ligações Químicas - RESUMO
◼ Cerâmicas ◼ Alta energia de Ligação
◼ (ligação iônica e covalente): ◼ alta Tm
◼ alta E
◼ pequeno a
◼ Metais ◼ Energia de Ligação variada
◼ (ligação metálica): ◼ Tm moderado
◼ E moderado
◼ a moderado

◼ Polímeros ◼ Propriedades Direcionais


◼ (Covalente e secundária): ◼ Ligações secundárias dominam
◼ pequena Tm
◼ E pequeno
◼ alto coeficiente a

◼ 67
Ligações Químicas

◼ extraído do Callister 7th edition


◼ 68
Bibliografia

• [1] W.D. Callister Jr., Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução.


Trad. Murilo Stamile Soares, 5ª Edição, LTC, Rio de Janeiro, 2002.
• [2] L.H. Van Vlack, Princípios de Ciências dos Materiais: Uma Introdução, 5ª
Edição, LTC, Rio de Janeiro, 2002.
• [3] J.F. Schackelford, Introduction to Materials Science for Engineers,
Prentice Hall, 6th Edition, 2004.
• [4] J.C.Anderson, K.D.Leaver, P.Leevers, R.D.Rawlings, Materials Science for
Engineers, 5th Edition
• [5] Notas de aula do prof. Márcio
• [6] Sítio https://www.bbc.co.uk/bitesize/guides/ztgy6yc/revision/1

◼ 69

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