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2022/23

Síntese de conteúdos – 10º ano-parte 2

2.3. ENERGIA DE REMOÇÃO ELETRÓNICA


Num átomo polieletrónico, a energia de um eletrão é influenciada pelo efeito das atrações entre os
eletrões e o núcleo (que diminui a energia dos eletrões) e das repulsões entre os eletrões (que aumenta
a sua energia).
O balanço entre as atrações e as repulsões confere ao átomo de um elemento uma estrutura eletrónica
única, o que leva a que os eletrões se distribuam por níveis de energia distintos, eventualmente
desdobrados em subníveis, em átomos de diferentes elementos.

Para se conhecer a energia de cada eletrão num átomo recorre-se à técnica de espetroscopia
fotoeletrónica. Esta técnica permite obter, para os diferentes eletrões, os valores das respetivas
energias de remoção – valor mínimo de energia que um qualquer eletrão deve absorver para ser
ejetado a partir do átomo e que é simétrica da energia do eletrão no átomo.

𝐸remoção eletrónica = −𝐸eletrão no átomo

Que informações se podem obter a partir de espetros fotoeletrónicos?


Os espetros fotoeletrónicos obtidos por espetroscopia fotoeletrónica permitem determinar as energias
relativas dos subníveis eletrónicos ocupados, assim como os números relativos de eletrões em cada
subnível, por análise dos picos:
• a posição indica os valores da energia de remoção eletrónica;
• a altura é proporcional ao número de eletrões em cada nível ou subnível de energia.
Exemplo:_ __________________
Análise do espetro fotoeletrónico do boro:

1
• Observam-se três picos – três subníveis de energia – três valores de energia de remoção:
– A diferença de energia é muito maior do 1.º pico para o 2.º pico do que deste para o 3.º pico
– o que pressupõe a existência de 2 níveis de energia, com o 2.º nível desdobrado em 2
subníveis.
• Observa-se que dois picos têm igual altura e o terceiro tem cerca de metade dos anteriores:
– 1.º nível de energia: ocupado com 2 eletrões (maior valor de energia de remoção);
– 2.º nível de energia: 2 eletrões ocupam o subnível de menor energia e 1 eletrão ocupa o
subnível de maior energia (menor valor de energia de remoção).

A análise dos dados obtidos por espetroscopia fotoeletrónica para diferentes elementos químicos
permite concluir que:
• o primeiro nível de energia, à exceção do hidrogénio, é sempre ocupado com dois eletrões;
• no segundo nível de energia podem existir, no máximo, oito eletrões, distribuídos por dois subníveis,
em que o primeiro pode comportar dois eletrões e o segundo subnível por seis eletrões;
• átomos de elementos químicos diferentes apresentam valores diferentes para a energia dos
eletrões no mesmo subnível de energia: a energia de um subnível é tanto menor quanto maior for a
carga nuclear, pois maior é a intensidade da força atrativa exercida pelo núcleo, sendo maior o valor
da energia de remoção eletrónica dos eletrões que ocupam esse subnível;
• considerando que um nível, que não se encontre desdobrado em subníveis, contém um único subnível,
então o número de subníveis de energia total ou parcialmente preenchidos num átomo coincide com
o número de energias de remoção eletrónica para esse átomo.

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2.4. MODELO QUÂNTICO DO ÁTOMO
Orbitais e níveis de energia
Apesar de o modelo de Bohr explicar satisfatoriamente o espetro do átomo de hidrogénio, com base na
quantificação da energia eletrónica, não permitia interpretar os dados
obtidos para os outros cerca de noventa elementos químicos que surgem
na Natureza.
O modelo atualmente aceite para o átomo é o modelo quântico.
De acordo com o modelo quântico, a nuvem eletrónica representa a
distribuição da densidade dos eletrões à volta do núcleo atómico,
correspondendo as regiões mais densas a maior probabilidade de aí
encontrar eletrões. Verifica-se que há uma elevada probabilidade de o
eletrão se encontrar perto do núcleo.
A região do espaço atómico onde há maior probabilidade de encontrar um eletrão designa-se orbital.
Na tabela seguinte encontram-se as superfícies tridimensionais que representam as orbitais
atómicas para uma probabilidade de ocorrência de 90%.
Orbitais s Orbitais p Orbitais d

As orbitais p (𝑝𝑥 , 𝑝𝑦 e 𝑝𝑧 ), três por As orbitais d (𝑑𝑥𝑦 , 𝑑𝑦𝑧 , 𝑑𝑥𝑧 ,


As orbitais s, uma por
nível de energia, apresentam dois 𝑑𝑥 2 − 𝑦2 e 𝑑𝑧2 ), cinco por nível
nível de energia,
apresentam simetria lóbulos simétricos, tendo o núcleo de energia, apresentam uma
esférica. como centro. forma mais complexa.

Quanto maior for o nível de energia, maior é a distância média do eletrão ao núcleo e, portanto, maior é
a orbital, seja s, p ou d.
O spin eletrónico é uma propriedade quantizada do eletrão, além da sua massa e carga, podendo
assumir dois estados diferentes. Está relacionado com os dois movimentos de rotação eletrónicos
possíveis, um no sentido dos ponteiros do relógio e outro no sentido contrário ao dos ponteiros do
relógio.

Como estabelecer as configurações eletrónicas dos átomos?


Para se obter a configuração eletrónica do estado fundamental dos átomos deve aplicar-se:

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• O Princípio de Exclusão de Pauli, segundo o qual uma orbital pode acomodar no máximo dois
eletrões, tendo eles necessariamente spins opostos.
Os dois eletrões, com spins opostos, que ocupam uma orbital designam-se eletrões
emparelhados.
Cada eletrão que ocupe sozinho uma orbital designa-se por eletrão desemparelhado.
A orbital com dois eletrões diz-se completamente preenchida, enquanto uma orbital com um só
eletrão diz-se semipreenchida.
Em átomos polieletrónicos todas as orbitais de um mesmo subnível np, ou nd, têm exatamente a mesma
energia e são designadas orbitais degeneradas. Por exemplo, o conjunto das três orbitais p, em cada
nível de energia, que comportam no máximo seis eletrões com um único valor de energia de remoção,
têm igual energia.
• O Princípio de Construção ou de Aufbau, segundo o qual os eletrões se distribuem pelas orbitais
por ordem crescente de energia.

Para cada elemento, os eletrões são adicionados às orbitais por


ordem crescente de energia, permitindo a escrita da configuração
eletrónica. Dessa forma, a configuração eletrónica resultante
corresponde ao estado de energia mais baixa do átomo que, como
já se referiu, se designa estado fundamental. Qualquer outra
configuração possível corresponderá a um estado excitado.

Exemplo:

Ca – 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2 3𝑝6 4𝑠 2
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• A Regra de Hund – a distribuição mais favorável dos eletrões por orbitais degeneradas é aquela que
conduz à obtenção do número máximo de spins paralelos.
Exemplo:
Distribuição eletrónica mais favorável para o átomo de
carbono.
O carbono possui 4 eletrões de valência – eletrões do
último nível de energia.

A distribuição dos eletrões pelas orbitais atómicas pode ser apresentada de diversas formas:

• Usando a notação spd 𝐌𝐠 − 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2


12

• Representação abreviada ou concisa 𝐌𝐠 − [Ne]3𝑠 2


12
• Representação das orbitais como caixas e os
eletrões que as ocupam como setas orientadas
para cima ou para baixo.

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• Num diagrama de energias das orbitais

SUBDOMÍNIO 3: TABELA PERIÓDICA


3.1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA TABELA PERIÓDICA
A Tabela Periódica é um esquema de organização de informação sobre os elementos químicos e as
respetivas substâncias elementares. A sua elaboração teve o contributo de vários cientistas.

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3.2. ORGANIZAÇÃO DA TABELA PERIÓDICA
Estrutura da Tabela Periódica
Na Tabela Periódica atual, os elementos encontram-se organizados por ordem crescente de número
atómico, ao longo de 7 períodos (linhas) e 18 grupos (colunas).
Os grupos (também chamados famílias) são formados por elementos com propriedades físicas e
químicas semelhantes e alguns deles têm designações próprias.
De acordo com as suas propriedades físicas, os elementos são também divididos por uma linha
quebrada, em metais, não metais e semimetais.

Os elementos podem, ainda, ser classificados de acordo com a sua configuração eletrónica, em:
• Elementos representativos – Grupos 1, 2 e 13 a 18
• Elementos de transição – Grupos 3 a 12
• Elementos de transição interna – distribuem-se por duas séries: a série dos lantanídeos (6.º período)
e a série dos actinídeos (7.º período)
Tabela Periódica e configuração eletrónica dos elementos
A posição dos elementos na Tabela Periódica está relacionada com a sua configuração eletrónica:
• o período coincide com o número do maior nível de energia preenchido ou em preenchimento;
• o grupo, para os elementos representativos é igual ao número de eletrões de valência (exceto nos
grupos 13 a 18, em que se deve somar 10 para obter o grupo).
Exemplo:

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A Tabela Periódica pode ser dividida em quatro blocos (s, p, d e f), de acordo com o tipo de orbitais
em preenchimento.

Na Tabela Periódica, muitas vezes, na


quadrícula onde está colocado o símbolo
do elemento, são dadas indicações sobre
propriedades do elemento e propriedades
das substâncias elementares que esse
elemento pode originar.

Informações referentes ao elemento químico Informações referentes às substâncias elementares


– Símbolo – Ponto de fusão
– Número atómico – Ponto de ebulição
– Massa atómica – Densidade
– Configuração eletrónica – Estado físico
– Raio atómico
– Primeira energia de ionização

3.3. PROPRIEDADES PERIÓDICAS DOS ELEMENTOS REPRESENTATIVOS


Raio atómico e energia de ionização
Para elementos de grupos e períodos diferentes, o efeito predominante no estudo da variação das
propriedades periódicas obedece à seguinte sequência:

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Raio atómico
O raio atómico é uma das propriedades Ao longo do grupo, o raio atómico aumenta.
periódicas dos elementos químicos. Pode ser
definido como a distância média entre o centro Apesar de haver um aumento da carga nuclear,
do núcleo e os eletrões que se situam na predomina o fator do aumento do número de
camada mais afastada do próprio núcleo. níveis, pelo que os eletrões de valência se
encontram cada vez mais afastados do núcleo.
Ao longo do período, de uma maneira geral,
o raio atómico diminui. À medida que
aumenta o número atómico,
consequentemente, aumenta a carga nuclear,
pelo que aumenta a força atrativa entre o
núcleo e a nuvem eletrónica, ocorrendo a
contração desta, apesar de haver um aumento
do número de eletrões de valência, que se
repelem entre si.

Energia de ionização

A energia de ionização (Ei) é o valor da energia Ao longo do grupo, a 1.ª energia de


mínima necessária para remover um eletrão de um ionização diminui. O efeito do aumento
átomo isolado (estado gasoso e baixa pressão) no do número de níveis de energia
seu estado fundamental. preenchidos prevalece, estando os
eletrões de valência cada vez mais
Quanto maior for o valor da energia de ionização, afastados do núcleo (aumenta o raio
mais difícil é a remoção de um eletrão de um átomo. atómico), e por isso menor será a
energia necessária para remover esses
𝐗(𝐠) + 𝑬𝐢 ⟶ 𝐗 + (𝐠) + 𝐞−
eletrões.
Ao longo do período, a 1.ª energia de
ionização aumenta. O número de níveis
de energia mantém-se, e prevalece,
A qualquer átomo podem ser retirados, um a um, geralmente, o efeito do aumento da
todos os seus eletrões. As energias de ionização carga nuclear. À medida que aumenta a
devem ser cada vez maiores, uma vez que diminui o carga nuclear, aumenta a atração ao
número de eletrões, e consequentemente as forças núcleo (diminui o raio atómico) e, de
repulsivas diminuem, prevalecendo as forças atrativas uma maneira geral, aumenta a energia
exercidas pelo núcleo, que se tornam cada vez mais necessária para remover os eletrões de
significativas. valência.

Relacionando as duas propriedades, pode concluir-se que, à medida que aumenta o raio atómico diminui
a energia de ionização.

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Raio iónico
Os átomos metálicos e não metálicos tendem a transformar-se, respetivamente, em iões positivos
(catiões) ou iões negativos (aniões), de forma a adquirirem uma configuração eletrónica estável
semelhante a um gás nobre.

Para se transformar num catião, um átomo tem de


ceder eletrões de valência. Como a carga nuclear
não varia e há uma diminuição das repulsões entre Na ⟶ 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠1
11
os eletrões (porque são menos), ocorre contração
da nuvem eletrónica. Pode assim concluir-se que:
Na+ ⟶ 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6
Os catiões apresentam raios menores do que os 11
raios dos respetivos átomos.

Cℓ ⟶ 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2 3𝑝5
Para um átomo se transformar num anião tem de 17
captar eletrões de valência. Como a carga nuclear
não varia, mas há um aumento das repulsões entre Cℓ− ⟶ 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2 3𝑝6
os eletrões (porque são mais), há expansão da
17

nuvem eletrónica. Pode assim concluir-se que:


Os aniões apresentam raios maiores do que os
raios dos respetivos átomos.

Ao longo do grupo, o raio iónico aumenta, tal como o raio atómico.

Quando um elemento ganha (ou perde) eletrões e se transforma num ião negativo (ou positivo), adquire,
muitas vezes, uma configuração eletrónica semelhante a outro elemento e/ou ião e por isso são
chamadas partículas isoeletrónicas.
Quando se comparam partículas isoeletrónicas, quanto maior for a carga nuclear menor será o raio da
partícula.

Exemplo:

Partículas isoeletrónicas: Configuração eletrónica: raio iónico Cℓ− > raio iónico K+
17 19

Cℓ− e K+ 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2 3𝑝6


17 19

3.4. FORMAÇÃO DE IÕES E REATIVIDADE DE ELEMENTOS QUÍMICOS


Os átomos dos elementos químicos têm tendência a reagir quimicamente, de modo a adquirirem a maior
estabilidade possível, que corresponde à configuração eletrónica dos elementos do grupo 18 (os gases
nobres) que possuem 8 eletrões na camada de valência com exceção do hélio, que apenas apresenta
2.

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Grupo 1 – Metais alcalinos Grupo 17 – Halogénios
A reatividade dos metais alcalinos aumenta São elementos muito reativos que
à medida que se desce ao longo do grupo apresentam energias de ionização
pois, como o valor da 1.ª energia de elevadas.
ionização diminui, a remoção do eletrão de A reatividade dos halogénios diminui no
valência torna-se mais fácil. sentido da sequência flúor, cloro, bromo,
iodo, o que tem a ver com a facilidade
com que captam um eletrão. Como a
Grupo 2 – Metais alcalinoterrosos captura do eletrão é tanto mais fácil
Os metais alcalinoterrosos têm um quanto mais perto do núcleo ele se situar
comportamento químico semelhante ao (maior atração), a reatividade é maior
dos metais alcalinos, embora sejam um para os primeiros elementos do grupo.
pouco menos reativos.
A reatividade dos metais alcalinoterrosos
aumenta à medida que se desce ao longo Grupo 18 – Gases nobres
do grupo (sequência berílio, magnésio, Não têm tendência para se combinarem
cálcio) devido, também, à diminuição da com outros elementos nem para se
1.ª energia de ionização e à facilidade na combinarem entre si, pelo que as suas
remoção dos eletrões de valência. substâncias elementares são
monoatómicas.

DOMÍNIO 2: PROPRIEDADES E TRANSFORMAÇÕES DA MATÉRIA


SUBDOMÍNIO 1: LIGAÇÃO QUÍMICA

1.1. TIPOS DE LIGAÇÕES QUÍMICAS


Os átomos com configuração eletrónica distinta da dos gases nobres unem-se uns aos outros de forma
a ceder, captar ou partilhar eletrões e adquirir a configuração e a estabilidade desses gases.
A regra do octeto de Lewis refere que um átomo alcançará uma estabilidade equivalente à de um
gás nobre quando o seu último nível de energia possuir oito eletrões (ou dois, caso se trate do nível
um).

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Uma ligação química resulta da união de átomos, por interações que decorrem da cedência, captação
ou partilha de eletrões e que lhes permite adquirir maior estabilidade em consequência, muitas das
vezes, de um octeto de eletrões completo. Essa estabilidade resulta da menor energia adquirida pelo
conjunto de átomos ligados comparativamente com a energia desses átomos separados.
Ligação iónica Ligação metálica Ligação covalente
Ligação que resulta de uma rede de Ligação que decorre da
Ligação que decorre da iões metálicos positivos imersos num partilha de eletrões entre
atração eletrostática entre “mar” de eletrões de valência átomos de elementos de
catiões e aniões deslocalizados, partilhados por todos os não metais e/ou
resultantes da cedência e átomos. semimetais.
captação de eletrões entre
átomos de metais e não
metais, respetivamente.

Cloreto de sódio (NaCℓ)


Cobre (Cu) Água (H2 O)

Só os eletrões do último nível de energia é que participam nas ligações químicas dado que os
eletrões internos de um átomo são mais fortemente atraídos pelo seu núcleo atómico.

A forma conveniente e útil de representar os eletrões de valência que são utilizados na ligação é através
da Notação de Lewis, em que o símbolo do elemento é rodeado por pontos, um por cada eletrão de
valência, sendo os quatro primeiros colocados em cada um dos quatro lados do símbolo, enquanto os
restantes são também distribuídos pelos quatro lados na condição de cada um dos lados acomodar até
dois pontos.

Notação de Lewis para os elementos dos blocos s e p


até ao 4.º período da Tabela Periódica

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1.2. LIGAÇÃO COVALENTE
A ligação covalente resulta de um equilíbrio entre as interações eletrostáticas atrativas existentes entre
os núcleos e os eletrões e as interações eletrostáticas repulsivas existentes entre núcleos e entre
eletrões.

O diagrama seguinte mostra como varia a energia potencial de dois átomos de hidrogénio, em função
da distância entre eles, verificando-se que:
Na posição 1 os átomos estão muito distantes um do outro, ainda não há interação entre eles,
considerando-se que a energia total do sistema é zero.
Na posição 2 com a aproximação dos átomos, as interações tornam-se significativas, predominando
as atrações entre os eletrões e as cargas positivas de ambos os núcleos. As nuvens eletrónicas
começam a sobrepor-se levando a uma diminuição da energia da molécula.
O ponto mínimo da curva, na posição 3, é a distância internuclear para a qual a molécula é mais
estável, havendo um equilíbrio entre as interações atrativas e repulsivas. Considera-se que está
estabelecida a ligação covalente, sendo mínima a energia da molécula nesse ponto.

Para distâncias ainda menores, posição 4, os núcleos aproximam-se o suficiente para que a repulsão
entre as suas cargas positivas se torne significativa levando ao aumento da energia da molécula.
A curtas distâncias há, assim, um predomínio das interações repulsivas que leva ao afastamento dos
átomos novamente para a posição de equilíbrio.

Estruturas de Lewis
A estrutura de Lewis representa, de acordo com a IUPAC, uma estrutura molecular em que os eletrões
de valência partilhados são representados por pontos (ou um traço) colocados entre os símbolos dos
átomos ligados.

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Exemplo:
Estrutura de Lewis da molécula de diflúor:

O número de pares de eletrões partilhados entre dois átomos (número de traços entre os símbolos dos
átomos ligados) é igual à multiplicidade da ligação covalente e à ordem de ligação.

Ordem de ligação: 1 Ordem de ligação: 2 Ordem de ligação: 3

Estrutura de Lewis da molécula Estrutura de Lewis da molécula Estrutura de Lewis da molécula


Exemplo:
de di-hidrogénio de dioxigénio de dinitrogénio

N.º total de eletrões de


𝐸𝑉 = 2 𝐸𝑉 = 12 𝐸𝑉 = 10
valência na molécula:

N.º total de eletrões de


valência para que
todos os átomos na
𝐸𝐺𝑁 = 2 × 2 = 4 𝐸𝐺𝑁 = 2 × 8 = 16 𝐸𝐺𝑁 = 2 × 8 = 16
molécula adquiram a
configuração do gás
nobre seguinte:

N.º de eletrões
𝐸𝐿 = 𝐸𝐺𝑁 − 𝐸𝑉 = 4 − 2 = 2 𝐸𝐿 = 𝐸𝐺𝑁 − 𝐸𝐿 = 16 − 12 = 4 𝐸𝐿 = 𝐸𝐺𝑁 − 𝐸𝐿 = 16 − 10 = 6
ligantes:

N.º de eletrões não


𝐸𝑁𝐿 = 𝐸𝑉 − 𝐸𝐿 = 2 − 2 = 0 𝐸𝑁𝐿 = 𝐸𝑉 − 𝐸𝐿 = 12 − 4 = 8 𝐸𝑁𝐿 = 𝐸𝑉 − 𝐸𝐿 = 10 − 6 = 4
ligantes:

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Comprimento de ligação e energia de ligação
O comprimento de ligação é a distância média entre os centros atómicos envolvidos numa ligação
química, na posição de maior estabilidade.
• O comprimento de ligação entre dois átomos diminui à medida que aumenta a ordem de ligação.

• De uma maneira geral, o comprimento da ligação aumenta à medida que aumenta o raio dos átomos
envolvidos.

A energia de dissociação de ligação, ou energia de ligação, é definida como a energia necessária


para quebrar uma dada ligação numa mole de moléculas no estado gasoso.

• A energia de ligação varia inversamente com o comprimento de ligação pois, quanto mais afastados
estiverem os átomos, menor será a energia requerida para romper a ligação.

• Em moléculas diatómicas com ligações entre átomos do mesmo elemento, quanto maior a ordem de
ligação, mais forte é a ligação e, consequentemente, maior a energia de ligação e menor o
comprimento de ligação.
Ligação
Ordem Força Energia Comprimento
↑ ↑ ↑ ↓

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1.3. GEOMETRIA E POLARIDADE DAS MOLÉCULAS
Geometria molecular
As propriedades físicas e químicas de uma molécula dependem fortemente do arranjo tridimensional
dos seus átomos, ou seja, da sua geometria molecular.
Segundo o Modelo de Repulsão dos Pares Eletrónicos da Camada de Valência (VSEPR): os átomos
dispõem-se em torno do átomo central de forma a minimizar as repulsões eletrostáticas entre os pares
de eletrões ligantes e não ligantes que se encontram em redor do átomo central.
Regras para aplicar o modelo VSEPR
1.º Representar a estrutura de Lewis da molécula.
2.º Contar o número de pares eletrónicos em torno do átomo central (nesta contagem deve
atender-se ao número de ligações existentes, independentemente da sua ordem de ligação, e ao
número de pares de eletrões não ligantes).
3.º Selecionar o arranjo espacial dos pares eletrónicos que garante o máximo afastamento entre
eles.
4.º Identificar a geometria molecular considerando apenas o número de átomos unidos ao átomo
central.

O ângulo de ligação é o menor ângulo formado pelos dois segmentos de reta que passam pelo centro
do núcleo do átomo central e pelos centros dos núcleos de dois átomos a ele ligados.
Apesar de as moléculas de amoníaco, metano e água possuírem todas um arranjo tetraédrico:
• O ângulo das ligações no amoníaco (107,3º) é menor do que no metano (109,5º), porque o par de
eletrões não ligantes repele os três pares de eletrões ligantes, aproximando as ligações N−H.
• O ângulo da ligação ainda é menor na molécula de água (104,5º) porque, em vez de um, há dois pares
de eletrões não ligantes que, por efeito da sua mútua repulsão, vão exercer uma maior repulsão sobre
os pares de eletrões ligantes, aproximando ainda mais as ligações O−H.

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N.º pares eletrónicos em Arranjo espacial dos Geometria
Exemplo
torno do átomo central pares eletrónicos molecular

2 pares ligantes Na molécula de dióxido de carbono, CO2 , existem


apenas 2 átomos ligados ao átomo central, pelo
que, a geometria que minimiza as repulsões
desses pares e os mantém mais afastados é a
linear.

3 pares ligantes

Tri-hidreto de boro, BH3

4 pares ligantes Na molécula de metano, CH4 , de acordo com o


modelo VSEPR, os quatro pares de eletrões
ligantes tendem a afastar-se o máximo possível,
de forma a minimizar as repulsões, orientando-se
para os vértices de um tetraedro (pirâmide
triangular com as quatro faces todas iguais).

3 ligantes
Na molécula de amoníaco, NH3 , em torno do
4 pares átomo central existem quatro pares de eletrões
(três ligantes e um não ligante) sendo que a
1 não ligante geometria que minimiza as repulsões desses
pares é a piramidal trigonal (os átomos de
hidrogénio localizam-se nos vértices da base
triangular da pirâmide e o átomo de nitrogénio no
vértice do topo da pirâmide).

2 ligantes
4 pares Na molécula de água, H2 O, em torno do átomo
central existem quatro pares de eletrões (dois
2 não ligantes ligantes e dois não ligantes) sendo que a
geometria que minimiza as repulsões desses
pares é a angular.

Polaridade das moléculas


Os mapas de potencial eletrostático permitem visualizar a distribuição da carga elétrica em torno dos
átomos envolvidos na ligação química. As zonas vermelhas e azuis representam zonas de alta e de
baixa densidade eletrónica, respetivamente.

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Ligação covalente apolar – ligação covalente em que os eletrões ligantes são igualmente partilhados
pelos átomos unidos, a densidade eletrónica está simetricamente distribuída.
Exemplo:
A ligação covalente numa , como o H2 , formada por dois átomos do mesmo
elemento, é apolar.

Ligação covalente polar – ligação covalente em que um dos átomos atrai mais para si os eletrões
ligantes, o que conduz a uma densidade eletrónica diferente em torno dos átomos envolvidos na ligação.
Exemplo:
A ligação covalente numa molécula diatómica heteronuclear, como o HF,
formada por dois átomos de elementos diferentes, é polar.

Em moléculas diatómicas, a polaridade está dependente da polaridade da


ligação:
• Se a ligação é apolar, a molécula é apolar;
• Se a ligação é polar, a molécula é polar.

Em moléculas poliatómicas:
• com geometrias linear, triangular plana e tetraédrica, que não possuem pares de eletrões não
ligantes no átomo central, se possuírem os átomos das extremidades todos iguais são apolares
apesar de possuírem ligações polares, porque essas geometrias proporcionam uma distribuição
simétrica da carga elétrica em relação ao centro da molécula.

• com geometrias piramidal trigonal e angular, com pares de eletrões não ligantes no átomo central, são
polares porque essas geometrias conduzem a uma assimetria na distribuição da carga elétrica.

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1.4. ESTRUTURAS DE MOLÉCULAS ORGÂNICAS E BIOLÓGICAS
Hidrocarbonetos são compostos formados exclusivamente por carbono e hidrogénio.

Quando o hidrocarboneto é formado exclusivamente por ligações simples entre os carbonos designa-se
hidrocarboneto saturado. É o caso da molécula de etano. No caso de possuir uma ou mais ligações
múltiplas, como o eteno e o etino, tratar-se-á de um hidrocarboneto insaturado.
Como na molécula de etino existem três pares de eletrões ligantes entre os átomos de carbono, as
forças atrativas são mais intensas, aproximando mais os núcleos dos átomos unidos. Assim, a ligação
C ≡ C na molécula de etino tem um comprimento menor e, por conseguinte, uma energia de ligação
maior do que a ligação C = C na molécula de eteno e que a ligação C − C na molécula de etano.
Molécula Ligação 𝐂 – 𝐂 𝐂𝐨𝐦𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐥𝐢𝐠𝐚çã𝐨 / 𝐩𝐦 𝐄𝐧𝐞𝐫𝐠𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐥𝐢𝐠𝐚çã𝐨 / 𝐤𝐉 𝐦𝐨𝐥−𝟏

Etano C– C 153,5 345

Eteno C = C 132,9 612

Etino C ≡ C 120,3 809


Comprimento e energia da ligação carbono-carbono para o etano, eteno e etino.

Nomenclatura de alcanos
O nome de um alcano é constituído por um sufixo -ano, que identifica o hidrocarboneto como sendo um
alcano, e um prefixo que identifica o número de átomos de carbono da cadeia acíclica.

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Fórmula estrutural
Número de carbonos Fórmula molecular Nome
condensada

1 CH4 Metano CH4

2 C2 H6 Etano CH3 CH3

3 C3 H8 Propano CH3 CH2 CH3

4 C4 H10 Butano CH3 (CH2 )2 CH3

5 C5 H12 Pentano CH3 (CH2 )3 CH3

6 C6 H14 Hexano CH3 (CH2 )4 CH3


Nomenclatura de alcanos de cadeia linear.

Nos alcanos de cadeia ramificada, os substituintes mais simples são os grupos substituintes alquilo
– cadeias laterais derivadas dos alcanos com menos um hidrogénio no local da ligação à cadeia principal
e que substituem um átomo de hidrogénio ligado ao hidreto parental.
Os nomes dos grupos substituintes alquilo obtêm-se substituindo o sufixo -ano por -ilo, embora o -o
final seja sempre suprimido no nome de um alcano ramificado.
Os átomos de hidrogénio dos alcanos podem também ser substituídos por átomos de halogénios. Os
nomes dos halogenetos de alquilo, também designados haloalcanos, seguem as mesmas regras que
os alcanos, considerando-se o halogénio um substituinte.

Exemplo:
Nomeação de um alcano:

O nome do composto é 3-etil-2,3-dimetilpentano

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Nomeação de um haloalcano:

O nome do composto é 2-cloropropano.

Grupos característicos (funcionais)


Os hidrocarbonetos são as moléculas orgânicas mais simples, por serem formadas apenas por carbono
e hidrogénio. São também fundamentais pois são a base de um grande número de classes funcionais
de compostos orgânicos que se dividem de acordo com os grupos característicos (funcionais) que
contêm.

Um grupo característico (funcional) é um grupo de átomos ligados à estrutura parental, de forma


específica, que confere reatividade e propriedades químicas próprias à molécula orgânica.

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Classe Grupo característico
Exemplo
funcional (funcional)

grupo hidroxilo
Álcoois

grupo carbonilo (𝐂 = 𝐎): num


átomo de carbono na
extremidade da cadeia
carbonada
Aldeídos

grupo carbonilo (𝐂 = 𝐎):


ligado a dois átomos de carbono
Cetonas (no meio da cadeia carbonatada)

grupo carboxilo (-COOH):


ligado numa ou em várias
extremidades da cadeia
Ácidos
Carboxílicos

derivam do 𝐍𝐇𝟑 (amoníaco)


Aminas

1.5. LIGAÇÕES INTERMOLECULARES


As ligações intermoleculares resultam das interações eletrostáticas atrativas que existem entre as
moléculas, obrigando-as a permanecer próximas umas das outras, principalmente no estado sólido e
líquido.

21
Ligação de hidrogénio
A ligação de hidrogénio é a mais intensa das interações
intermoleculares; resulta de uma partilha pouco significativa de eletrões
de um par não ligante de um átomo (como o flúor, oxigénio ou
nitrogénio) de uma molécula com um átomo de hidrogénio, de outra
molécula, ligado covalentemente a um elemento com muita tendência
para atrair eletrões (como F, O ou N). Estabelece-se nas moléculas de
água, de amoníaco, ou de fluoreto de hidrogénio ou nos compostos
orgânicos com um grupo amino, um grupo hidroxilo ou um grupo
carboxilo.
Ligações de van der Waals
As moléculas que não reúnem condições para estabelecer ligações de hidrogénio interatuam por
ligações de van der Waals:
LIGAÇÃO DIPOLO-DIPOLO:

Estabelece-se por atração eletrostática


entre as cargas opostas dos dipolos
permanentes de duas moléculas polares
vizinhas.

LIGAÇÃO DIPOLO-DIPOLO INDUZIDO:

Estabelece-se por atração eletrostática


entre o dipolo permanente de uma
molécula polar e o dipolo induzido,
LIGAÇÕES resultante da distorção da nuvem
DE VAN eletrónica da molécula apolar vizinha.
DER
WAALS:
FORÇA DE DISPERSÃO DE LONDON:
Também designada ligação dipolo
instantâneo-dipolo induzido, explica as
interações entre moléculas apolares e
entre gases nobres.
Consiste na atração eletrostática entre
dipolos instantâneos, formados por
deformação da nuvem eletrónica, e
dipolos induzidos, resultantes da
polarização induzida em moléculas
vizinhas.

• • são tanto mais intensas quanto maior


for a nuvem eletrónica, pois mais
polarizável é a molécula;

• existem também em moléculas polares,


somando-se às atrações entre as
distribuições assimétricas de carga.

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A intensidade das forças intermoleculares aumenta da forma seguinte:

Implicações na estrutura e propriedades da matéria


Quanto mais fortes são as ligações intermoleculares, maior é o estado de coesão das moléculas e
maiores são os pontos de fusão e de ebulição das substâncias.

Exemplo:
As ligações de hidrogénio e o número de ligações que as moléculas de água podem estabelecer,
explicam o elevado ponto de ebulição da água, comparativamente com outras substâncias moleculares,
nomeada mente o H2 S.

De uma maneira geral, para que duas substâncias moleculares sejam miscíveis é necessário que
as intensidades das ligações intermoleculares na mistura sejam próximas das intensidades das
ligações intermoleculares em cada uma das substâncias isoladamente:
Exemplo:

• A água e o álcool comum (etanol) são moléculas polares que se misturam em qualquer proporção.
A explicação está no facto de as interações entre as moléculas de água e álcool serem,
predominantemente, ligações de hidrogénio e terem uma intensidade comparável às ligações de
hidrogénio em cada uma das substâncias isoladamente;

• A água (polar) e o óleo vegetal (apolar) não se misturam. Neste caso, as atrações intermoleculares
entre as moléculas de água, principalmente ligações de hidrogénio, são mais fortes que as ligações de
van der Waals que se podem estabelecer entre as moléculas de água e as moléculas que constituem
o óleo vegetal.

SUBDOMÍNIO 2: GASES E DISPERSÕES

2.1. LEI DE AVOGADRO, VOLUME MOLAR E DENSIDADE


Lei de Avogadro
Segundo a Lei de Avogadro, volumes iguais de gases diferentes, nas mesmas condições de pressão
e temperatura, contêm o mesmo número de partículas elementares.

Para as mesmas condições de pressão e temperatura, o volume (V) ocupado por uma amostra gasosa
é diretamente proporcional à quantidade de matéria (n) presente, em que k é a constante de
proporcionalidade.
𝑉
= 𝑘 ⇔ 𝑉 = 𝑘𝑛
𝑛

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Volume molar
Designa-se volume molar (𝑉m ) de uma substância, o volume
ocupado por uma mole dessa substância, em determinadas
condições de pressão e de temperatura.
O volume molar de qualquer substância no estado gasoso,
em condições PTN (𝑇 = 273,15 K e 𝑃 = 101,325 kPa), é:
𝑉m gases (PTN) = 22,4 dm3 mol−1 1

Tendo em conta a Lei de Avogadro e sabendo que o volume ocupado por uma mole de um gás é igual
ao volume molar, obtém-se:
Unidades:

𝑉 𝑽𝐦 (volume molar) – 𝐝𝐦𝟑 𝐦𝐨𝐥−𝟏 (decímetros cúbicos por mole)


𝑉m =
𝑛 𝑽 (volume) – 𝐝𝐦𝟑 (decímetro cúbico)
𝒏 (quantidade de matéria) – 𝐦𝐨𝐥 (mole)

A linha de um gráfico de V em função de n é uma reta que passa na origem, que


traduz a proporcionalidade direta entre as duas grandezas, sendo o declive igual
ao volume molar para as condições de pressão e temperatura em causa.
𝑚
Substituindo, na relação anterior, a quantidade de matéria por 𝑛 = , obtém-se
𝑀
uma nova expressão
𝑀
𝑉m = 𝑉
𝑚
que relaciona o volume molar com a massa da amostra gasosa:
• o aumento de massa é diretamente proporcional ao aumento do volume ocupado por uma substância;
• para a mesma massa de substâncias diferentes, quanto maior a massa molar da substância, menor é
o volume ocupado pela mesma.

Densidade de um gás
A densidade (𝜌), que muitas vezes já foi designada massa volúmica, define-se como o quociente entre
a massa e o volume de uma substância a uma dada pressão e temperatura.
Unidades:

𝑚 𝝆 (densidade) – 𝐠 𝐝𝐦−𝟑 (gramas por decímetro cúbico)


𝜌 =
𝑉 𝒎 (massa) – 𝐠 (grama)

𝑽 (volume) – 𝐝𝐦𝟑 (decímetro cúbico)

A uma dada pressão e temperatura, a densidade de diferentes gases é


diretamente proporcional à respetiva massa molar, sendo a constante de
proporcionalidade o inverso do volume molar:
𝑚gás 𝑛𝑀 𝑀
𝜌gás = ⇔ 𝜌gás = ⇔ 𝜌gás =
𝑉gás 𝑛𝑉m 𝑉m

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