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2.

ENERGIA DOS ELETRÕES NOS ÁTOMOS


2.3 Energia de remoção eletrónica
2. ENERGIA DOS ELETRÕES NOS ÁTOMOS

2.3 Energia de remoção eletrónica

Energia de remoção eletrónica.


SUMÁRIO:
Resolução de exercícios e problemas para
consolidação dos conteúdos lecionados.
2.3 Energia de remoção eletrónica

Num átomo polieletrónico, a energia dos eletrões:

- depende do efeito das atrações entre os


eletrões e o núcleo, que diminui a sua energia;

- depende do efeito das repulsões entre


eletrões, que aumenta a sua energia.

O balanço entre as atrações e as repulsões confere ao átomo


de um elemento uma estrutura eletrónica única – os eletrões
distribuem-se por níveis de energia, eventualmente
desdobrados em subníveis, de diferentes valores de energia
para átomos de diferentes elementos.
Vídeo Escola Virtual:
Energia dos eletrões
2.3 Energia de remoção eletrónica
Para se conhecer a energia de cada eletrão num átomo polieletrónico,
no seu estado fundamental, recorre-se à técnica de espetroscopia
fotoeletrónica – permite obter os valores das energias de remoção
eletrónica dos diferentes eletrões.

Eremoção eletrónica   Eeletrão no átomo


2.3 Energia de remoção eletrónica

ENERGIA DE REMOÇÃO
Energia mínima que um qualquer eletrão deve absorver para
ser ejetado a partir do átomo, em condições que não são
necessariamente o meio gasoso a baixa pressão.
Os eletrões mais afastados do núcleo,
com uma interação ao núcleo mais fraca
e com maior valor de energia no átomo,
apresentam menores valores de energia
de remoção.

Os eletrões mais internos, com uma


interação ao núcleo mais forte e com
menor valor de energia no átomo,
apresentam maiores valores de energia
de remoção.
2.3 Energia de remoção eletrónica

A partir de um espetro fotoeletrónico, é possível determinar:


• através da posição dos picos fotoeletrónicos, as energias dos estados
eletrónicos ocupados;
• através da altura dos picos fotoeletrónicos, o número de eletrões em
cada estado eletrónico.

O espetro fotoeletrónico evidencia dois picos (dois


valores diferentes de energia de remoção), logo os
eletrões do lítio, no estado fundamental distribuem-se
por dois níveis de energia.
2.3 Energia de remoção eletrónica

A partir de um espetro fotoeletrónico, é possível determinar:


• através da posição dos picos fotoeletrónicos, as energias dos estados
eletrónicos ocupados;
• através da altura dos picos fotoeletrónicos, o número de eletrões em
cada estado eletrónico.

Como a altura do pico corresponde ao número relativo de


eletrões em cada nível de energia, é possível concluir que o
primeiro nível, com o dobro da altura do outro, comporta 2
eletrões e o outro nível apenas 1 eletrão.
2.3 Energia de remoção eletrónica

Espetro fotoeletrónico do boro (Z = 5)

O espetro fotoeletrónico evidencia três picos – três


subníveis de energia e 2 níveis de energia (com o 2.º nível
desdobrado em 2 subníveis de energia mais próximos).
2.3 Energia de remoção eletrónica

Espetro fotoeletrónico do boro (Z = 5)

Os dois primeiros picos têm igual altura e o


terceiro tem cerca de metade dos anteriores.
2.3 Energia de remoção eletrónica

Espetro fotoeletrónico e diagrama de níveis de energia do boro (Z = 5):

No 2.º nível 2 eletrões


ocupam o subnível de
menor energia e 1 eletrão
ocupa o subnível de maior
energia (mais externo e com
menor valor de energia de
remoção).
2 eletrões devem ocupar o 1.º nível de energia
(mais interno e com maior valor de energia de
remoção).
2.3 Energia de remoção eletrónica

Espetro fotoeletrónico do sódio (Z = 11)

O espetro fotoeletrónico evidencia quatro picos – quatro


subníveis de energia, em que as diferenças de energia
pressupõem a existência de 3 níveis de energia, com o
2.º nível desdobrado em 2 subníveis.
2.3 Energia de remoção eletrónica

Espetro fotoeletrónico do sódio (Z = 11)

As alturas dos picos correspondentes aos subníveis do


segundo nível de energia são diferentes. O segundo
subnível de energia comporta três vezes mais eletrões
que o subnível de energia anterior, ou seja, seis eletrões.
2.3 Energia de remoção eletrónica

Espetro fotoeletrónico e diagrama de níveis de energia do sódio (Z = 11):

O 3.º nível comporta apenas 1 eletrão.


No 2.º nível, o 1.º subnível comporta 2 eletrões
e o 2.º subnível, cuja altura do pico é três vezes
superior à do 1.º subnível, comporta 6 eletrões.
O 1.º nível de energia (mais interno e com maior valor
de energia de remoção) comporta 2 eletrões.
2.3 Energia de remoção eletrónica
TABELA II – DADOS DE ESPETROSCOPIA FOTOELETRÓNICA PARA OS ELEMENTOS
–1
QUÍMICOS DE NÚMERO ATÓMICO 1 ATÉ 12, EM MJ mol .

- O primeiro nível de energia, à exceção do hidrogénio, que tem um único eletrão, é


sempre ocupado com 2 eletrões;

- No segundo nível de energia podem existir no máximo 8 eletrões, distribuídos por


dois subníveis. O primeiro subnível, com maior energia de remoção, pode
comportar 2 eletrões, enquanto no segundo subnível, com menor energia de
remoção, podem existir até 6 eletrões;

- Átomos de elementos químicos diferentes apresentam valores diferentes para a


energia dos eletrões no mesmo subnível de energia.

Link:
Photoelectron Spectra (H5CT)
2.3 Energia de remoção eletrónica

Átomos de carbono, com seis eletrões, foram bombardeados com


radiações de energia igual a J, em ensaios de espetroscopia
fotoeletrónica. A figura mostra o espetro fotoeletrónico obtido para o
átomo de carbono.

1. Por quantos níveis e subníveis se encontram distribuídos os eletrões do


átomo de carbono?
O átomo de carbono apresenta três valores de energias de remoção eletrónica (três
picos), com dois valores mais próximos, o que significa que os eletrões do átomo de
carbono estão distribuídos por dois níveis de energia e, estando o segundo nível de
energia desdobrado em dois subníveis, três subníveis.
2.3 Energia de remoção eletrónica

Átomos de carbono, com seis eletrões, foram bombardeados com


radiações de energia igual a J, em ensaios de espetroscopia
fotoeletrónica. A figura mostra o espetro fotoeletrónico obtido para o
átomo de carbono.

2. Que pico, A, B ou C, do espetro fotoeletrónico é representativo da energia


de remoção do eletrão mais interno?
A, pois quanto maior é a energia de remoção, menor é a energia do eletrão no átomo,
o que indica que ele pertence a um nível de energia inferior, isto é, mais próximo do
núcleo.
2.3 Energia de remoção eletrónica

Átomos de carbono, com seis eletrões, foram bombardeados com


radiações de energia igual a J, em ensaios de espetroscopia
fotoeletrónica. A figura mostra o espetro fotoeletrónico obtido para o
átomo de carbono.

3. O que se pode concluir da análise da altura dos picos no espetro


fotoeletrónico do carbono?
As alturas dos picos no espetro fotoeletrónico do carbono são iguais, o que indica que
o primeiro nível e os dois subníveis do segundo nível de energia são preenchidos por
igual número de eletrões.
Assim, o primeiro nível de energia é ocupado com 2 eletrões e o segundo nível com 4
eletrões, igualmente distribuídos pelos 2 subníveis.
2. ENERGIA DOS ELETRÕES NOS ÁTOMOS
2.3 Energia de remoção eletrónica

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