Escola Municipal Nicomedes Theotonio Vieira

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Distribuição Eletrônica

De acordo com o modelo atômico de Rutherford-Bohr, os elétrons giram numa

região em torno do núcleo de um átomo, conhecida como eletrosfera.
Esses elétrons giram em diferentes órbitas e essas órbitas têm raios diferentes, isto
é, estão a distâncias diferentes do núcleo. Chamamos essas órbitas de camadas
eletrônicas ou níveis de energia.
Essas camadas eletrônicas são identificadas por um número inteiro positivo (1, 2,
3, 4, 5, 6, 7), conhecido como número quântico principal (n). Sendo também
simbolizadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q.
A camada K se refere ao primeiro nível de energia (n = 1), sendo este o menos
energético e o mais próximo ao núcleo. A camada Q se refere ao nível 7 (n = 7), estando
mais distante do núcleo e sendo o nível de maior energia.

Na natureza, sistemas em condição de menor energia apresentam maior

estabilidade. Na química, esse princípio também é válido. Baseado nisso, os elétrons
ocupam as camadas da eletrosfera em sentido crescente de energia.
Dessa forma, os níveis mais próximos ao núcleo ― que são aqueles menos
energéticos ― são preenchidos primeiramente pelos elétrons.
Uma camada eletrônica pode conter mais de um elétron, mas existe um número
máximo de elétrons que cada uma delas é capaz de suportar. Esse limite máximo pode
ser observado logo abaixo:

Camada K (n=1) L (n=2) M (n=3) N (n=4) O (n=5) P (n=6) Q (n=7)

N° máximo
2 8 18 32 32 18 8
de elétrons

Os níveis de energia do átomo são formados por subdivisões que também possuem
diferentes energias, chamadas de subníveis ou subcamadas energéticas.
Os subníveis ou subcamadas podem ser identificados por números inteiros (0, 1, 2,
3), agora nomeados como número quântico secundário e simbolizados por (l).
Para os elementos químicos até então conhecidos, foram identificados quatro
subníveis, representados pelas letras s, p, d e f, sendo o sentido crescente de energia
de s < p < d < f.
Assim como os níveis de energia, os subníveis possuem uma capacidade máxima
de acomodação de elétrons. Veja a seguir:

Subnível s (l = 0) p (l = 1) d (l = 2) f (l = 3)
 N° máximo
2 32 32 18
de elétrons

O número de elétrons suportado por cada camada é o que determina quantos

subníveis estão presentes em cada nível.
Contudo, para descobrir como os elétrons são distribuídos em cada um dos
subníveis é necessário utilizar o diagrama de Linus Pauling.
Nesse diagrama, os subníveis de cada nível estão ordenados em sentido crescente
de energia, a fim de garantir a condição de maior estabilidade da eletrosfera. A ordem
de preenchimento está indicada por setas diagonais.

Assim, o sentido de preenchimento que respeita a ordem crescente de energia dos

níveis é:

Além do preenchimento na diagonal, a última camada eletrônica preenchida, a qual

chamamos de camada de valência, deve respeitar a regra de que não pode possuir mais
de 8 elétrons e se for a camada K (n=1) não pode possuir mais do que 1 elétron. Dessa
forma podemos ver a aplicação da distribuição nos seguintes exemplos:

De acordo com a configuração eletrônica, a última camada ocupada (camada de

valência) do oxigênio é o nível 2, preenchido com seis elétrons, os elétrons de valência.
Para o cálcio, a última camada ocupada é o nível 4, preenchido com apenas dois
elétrons, os elétrons de valência.
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Exercícios - Distribuição Eletrônica

1) O átomo abaixo demonstra a distribuição eletrônica do átomo de Titânio
(Z = 22), de acordo com esse diagrama, qual é a camada de valência do átomo
de titânio?
2)

3) Qual é a distribuição eletrônica do bário na ordem crescente de energia? Qual é

a sua camada de valência? (Dica: Importante sempre lembrar que o número de
elétrons é o mesmo que número atômico.)

4) O átomo de um elemento químico tem 14 elétrons na camada eletrônica M

(n = 3). Qual o número atômico desse elemento?