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Federal Rural do SemiÁrido – UFERSA
Estrutura Eletrônica dos Átomos
1. Estrutura geral dos átomos
Após vários anos de intensos estudos, acredita‐se que um átomo consiste
basicamente de um pequeno núcleo muito denso, rodeado por elétrons, que estão
em constante movimento em torno do núcleo.
Figura 1: Ilustra a distância entre o núcleo do átomo a seu elétrons mais próximo.
Figura 2: Ilustra duas regiões no espaço. A região “A” é a região de maior
probabilidade de se encontrar o elétron em relação à outras regiões, como por
exemplo a região “B”. Sendo assim, a região “A” é o orbital.
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Figura 3: Ilustra o núcleo do átomo contendo prótons e neutros e os elétrons na
eletrosfera.
O que realmente define um átomo não é seu número de elétrons nem
número de nêutrons e muito menos sua massa atômica (como se achava
antigamente), mas sim o número de prótons. Assim, átomos diferentes apresentam
números de prótons diferentes e, inclusive, a tabela a própria periódica atualmente
é organizada de acordo com o número de prótons de cada elemento, pois
observou‐se que organizando os elementos desta maneira eles apresentavam
propriedade que se repetiam dentro de uma mesma família ou período
(propriedades periódicas)
Tabela 1: Constituintes do átomo.
2. Estrutura Eletrônica dos Átomos
2.1 Números Quânticos
São números que descrevem o elétron. Estes levam em consideração, dentre
outras propriedades, sua energia, sua localização e sua rotação.
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2.1.1 Primeiro Número Quântico ou Número Quântico Principal (n):
O número quântico principal nos dá a informação do nível de energia que o
elétron apresenta. À medida que n aumenta, o orbital torna‐se maior, e o elétron
passa mais tempo mais distante do núcleo. Um aumento de n significa também que
o elétron tem energia mais alta e, por isso está menos fortemente preso ao núcleo.
Todos os orbitais com mesmo valor de n estão na mesma camada, ou seja,
apresentam o mesmo nível de energia;
O número quântico principal pode assumir qualquer valor inteiro positivo (n =
1, 2, 3 ... ∞). Cada número representa um determinado nível de energia (também
chamado de camada).
As camadas podem ser identificadas por letras latinas maiúsculas, começando
por K, para a primeira camada (n = 1). Daí em diante as letras seguem a ordem
alfabética.
2.1.2 Segundo Número Quântico, Número Quântico Secundário ou
Número Quântico Azimutal (ℓ)
Para um dado valor de n, ℓ pode variar de 0 a n – 1. Ou seja o número máximo
de ℓ permitido é:
ℓ = n – 1 (Eq. 1)
Os subníveis associados com os valores de ℓ = 0, 1, 2 e 3 são designados pelas
letras: s, p, d e f, respectivamente;
Tabela 2: Designação dos orbitais.
Valor de n 1 2 3 4
Valor de ℓ 0 1 2 3
Designação dos orbitais s P d f
Ordem de energia
s < p < d < f
Energia crescente
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Figura 4: Diagrama aproximado dos níveis de energia.
2.1.3 Terceiro Número Quântico, Número Quântico Terciário ou
Número Quântico Magnético (mℓ)
Orbitais de um mesmo subnível (ℓ = 2, por exemplo) apresentam a mesma
energia e, por isso, são chamados de orbitais degenerados.
Exemplos de orbitais:
• Para ℓ = 0: corresponde ao orbital s, onde existe somente uma orientação
permitida (mℓ = 0).
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Figura 5: Ilustra o formato do orbital s
• Para ℓ = 1: corresponde ao orbital p, onde existem três orientações
permitidas (mℓ = ‐1, 0, 1) que coincidem com os três eixos cartesianos;
Figura 6: Ilustra o formato do orbital p.
Figura 7: Ilustra o formato do orbital d.
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• Para ℓ = 3: correspondem aos orbitais f, onde existem sete orientações
permitidas (mℓ = ‐3, ‐2, ‐1, 0, 1, 2, 3);
Figura 8: Ilustra o formato do orbital f.
Tabela 3: Capacidades dos quatro primeiros níveis.
Elétrons máximos Elétrons máximos
N ℓ mℓ Subnível
no subnível no nível
1 0 0 1s 2 2
0 0 2s 2
2 8
1 ‐1, 0, 1 2p 6
0 0 3s 2
1 ‐1, 0, 1 3p 6
3 18
2 ‐2, ‐1, 0, 1, 2 3d 10
0 0 4s 2
1 ‐1, 0, 1 4p 6
4 2 ‐2, ‐1, 0, 1, 2 4d 10 32
3 ‐3, ‐2, ‐1, 0, 1, 2, 3 4f 14
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2.1.4 Quarto Número Quântico, Número Quântico Quaternário ou
Número Quântico Magnético de Spin do Elétron (ms)
O número quântico magnético de spin não está relacionado com o orbital,
mas sim com o elétron. O ms está associado com a rotação do elétron em torno de
seu próprio eixo.
Os elétrons giram em rotação igual, porém em sentidos contrários. Para
representá‐los convencionou‐se atribuir os valores +1/2 a um sentido de rotação
e ‐1/2 ao outro sentido de rotação. Outra forma de representar os elétrons em
orbitais seria como setas. Onde uma seta voltada para cima seria um sentido de
rotação e uma seta voltada para baixo seria o outro sentido de rotação.
Figura 9: Ilustra o modo de usar as setas para indicar a rotação do elétron.
• Quando dois elétrons estão ocupando o mesmo orbital de um mesmo
subnível diz‐se que seus elétrons estão emparelhados. Com spins opostos.
Figura 10: Ilustra o emparelhamento de dois elétrons.
2.2 Principio da Exclusão de Pauli
O princípio da exclusão de Pauli estipula que:
a) Não mais que dois elétrons podem ocupar cada orbital;
b) Em um átomo não pode existir dois elétrons com os quatro números
quânticos iguais.
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Assim, para não ferir este princípio, se quisermos colocar mais de um
elétron dentro de um mesmo orbital a única opção é assinalar diferentes valores
de ms para os elétrons. Como só existem dois valores de ms, concluímos que um
orbital pode comportar no máximo dois elétrons, e eles devem apresentar spins
opostos (+1/2 e ‐1/2).
2.3 Configuração Eletrônica
A maneira na qual os elétrons estão distribuídos entre os vários orbitais de
um átomo é chamada de configuração eletrônica. A mais estável configuração
eletrônica de um átomo é aquela na qual os elétrons estão nos estados mais baixos
de energias possíveis.
Como o princípio da exclusão diz que pode haver no máximo dois elétrons
no mesmo orbital, devemos preencher os orbitais em ordem crescente de energia.
O preenchimento dos diagramas de orbitais de cada subnível segue os
Princípio da Construção e a Regra de Rund.
1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s < 4f < 5d <
6p < 7s < 5f
Regra de Rund: quando orbitais de mesma energia (degenerados)
estão sendo preenchidos, o estado de menor energia é aquele que
tiver o maior número possível de elétrons com mesmo spin (ms).
Dizse que os elétrons dessa forma têm spins paralelos ou, ainda,
emparelhados.
Notações:
Onde: X simboliza o elemento químico;
A A é o número de massa (no prótons + no nêutrons);
Z X Z é o número atômico (no prótons)
Z é numericamente igual ao no elétrons)
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onde: C é o símbolo que representa o átomo de carbono
12 é número de massa (no prótons + no nêutrons)
12
6 C 6 é o número atômico, ou seja é o n prótons, que é
numericamente igual ao n
o
o
elétrons.
2.4 Diagrama de Energia de Pauling
Figura 11: Ilustra como ocorre a distribuição eletrônica.
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Na Figura 11, as setas indicam a ordem crescente dos níveis de energia,
concordando com o diagrama de energia na Figura 4, veja:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10 …
Note. No diagrama de energia (Figura 4) que o 4s2 apresenta menor energia
do que o 3d10, por isso que no diagrama de Pauling (Figura 11) o 4s2 vem antes do
que 3d10. Assim, seguindo o diagrama de Pauling, podemos montar a distribuição
eletrônica para a maioria dos elementos químicos.
Exemplos:
• Para 9F, temos: 1s2, 2s2, 2p5
• Para 20Ca, temos: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2
• Para 40Zr, temos: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d2
Com o diagrama de Pauling pode‐se fazer a distribuição eletrônica de vários
compostos. Uma observação cuidadosa nos mostra que há umas poucas exceções
para estas regras. Duas exceções dignas de nota são o cromo e o cobre. Seguindo as
regras que estudamos esperaríamos que suas configurações fossem:
24Cr: 1s
2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4
29Cu: 1s
2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d9
No entanto, as distribuições eletrônicas determinadas experimentalmente são:
24Cr: 1s
2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d5
29Cu: 1s
2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d10
Os diagramas de orbitais correspondentes são:
24Cr
4s
3d
29Cu
4s
3d
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Note que, no caso do cromo, um elétron foi “emprestado” pelo subnível 4s para um
subnível 3d que ficou exatamente com metade de sua “população” de elétrons
máxima. Já no caso do cobre, este mesmo elétron 4s é utilizado para preencher
completamente uma subcamada 3d.
3. Ligações Químicas
As ligações químicas que ocorrem naturalmente a fim de se formar
compostos mais estáveis, ou seja, de menor energia.
3.1 Estruturas de Lewis
As ligações ocorrem usando os elétrons presentes na última camada, ou
seja, na camada de valência. Elétrons presentes na camada de valência são
chamados elétrons de valência. Para representar um átomo usando uma
estrutura de Lewis deve‐se representar o átomo por seu símbolo químico, os
elétrons de valência por pontos e as ligações por traços. Veja os exemplos abaixo:
Tabela 4: Estruturas de Lewis
3.2 A Regra do Octeto
Por muito se estudou os gases nobres devido poderem ser encontrados na
natureza na sua forma atômica, ou seja, não necessitam de fazer ligações para se
estabilizarem. Quando estudaram suas estruturas observaram que, com exceção do
Hélio, todos os gases nobres apresentam oito elétrons em sua última camada.
Assim, concluíram que qualquer os átomos tendem a se ligar ganhando, perdendo
ou compartilhando elétrons para alcançar a configuração de um gás nobre, ou seja,
oito elétrons em sua camada de valência. Fazendo isso os átomos alcançariam sua
estabilidade. Deste modo, surgiu a Regra do Octeto que dá base para que se possa
montar uma infinidade de estrutura de moléculas.
H + O + H H O H ou H O H
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H
H
H C H H C H
H
H
-
Li + F Li + F
Cl
Cl
P Cl
Cl
Cl
Deste modo, a camada de valência do fósforo possui 10 elétrons. Neste caso,
dizemos que a camada de valência se expandiu.
Algumas vezes a camada de valência de um átomo numa molécula contém
menos elétrons do que o octeto. Este é o caso do trifluoreto de boro, BF3,:
F
B F
F
Neste composto a camada de valência do boro é ocupada por apenas três
pares de elétrons, pois o número total de elétrons de valência é insuficiente para
atingir o octeto. Novamente a regra do octeto é desrespeitada.
3.3 Ligações Iônicas
Na ligação iônica ocorre a formação de íons devido a transferência de
elétrons, que residem na camada mais externa (camada de valência), de um átomo
para o outro. Normalmente, nesta ligação, existe um elemento que tende a ceder
elétrons (metal ‐ cátion), e outro que tende a receber elétrons (não metal ‐ ânion).
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al do SemiÁ
Árido – UFE
ERSA
Exemploss
Para 11Na, temos:
N
1s2, 2s2, 2
2p6, 3s1
Para 17Cl, temos
C
1s2, 2s2, 2p
, 6, 3s2, 3
3p5
Temos: 100Na+: 1s2, 2s2, 2p6, 3s0
Temos: 188Cl‐ : 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6
-
Na + Cl Na Cl+
Fig
gura 12: Ilustra o retíículo cristaalino do clo
oreto de sód
dio.
3.4 Ligações Cova
alentes
Uma dass teorias ussadas para o estudo ddas ligaçõess covalentees é a Teoria de
ação de Va
Liga alência (TLV). Segun
ndo esta teeoria, uma ligação co
ovalente occorre
quan
ndo dois átomos se ap proximam ttão perto uum do outro o que o orb bital ocupad
do de
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a
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um átomo (orbital atômico) se sobrepõe ao orbital ocupado do outro átomo. Os
elétrons estão agora emparelhados nos orbitais que se sobrepuseram e são
atraídos por ambos os núcleos, unindo os átomos. Em outras palavras, na ligação
covalente os átomos possuem a tendência de compartilhar os elétrons de sua
camada de valência. Neste tipo de ligação não há a formação de íons, pois as
estruturas formadas são eletronicamente neutras.
Figura 13: Ilustra como se dá a atração entre dois átomos numa ligação covalente.
As ligações covalentes são mais fracas que as ligações iônicas. Estas ligações
são orientadas, ou seja, cada ligação envolve apenas dois átomos.
Exemplos:
Figura 14: Ilustra exemplos de compostos com ligações covalentes.
3.4.1 Tipos de Ligações Covalentes
3.4.2 Ligação Normal ou Ligação Sigma (σ)
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Figura 15: Ilustra a sobreposição frontal para formação de ligação σ.
Entre dois átomos ligados por ligação covalente só pode existir uma ligação
sigma;
Cada átomo que participa da ligação colabora com um elétron para a
formação da ligação. Os orbitais possuem uma simetria cilíndrica ao longo do eixo
de ligação;
Exemplos de compostos com ligação σ:
3.4.3 Ligações Pi (π) – Ligações Múltiplas (Duplas ou Triplas)
Os eixos dos orbitais da ligação π ficam orientados perpendicularmente aos
da ligação σ (acima e abaixo do eixo imaginário). Só pode formar uma ligação π
(ligação dupla) onde já existir uma ligação σ. Se entre dois átomos existirem duas
ligações π (ligação tripla), então elas serão perpendiculares entre si.
Figura 16: Ilustra a sobreposição lateral para formação de ligação π.
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Exemplos de compostos com ligação π:
3.4.4 Ligação Covalente Coordenada ou Dativa
Na ligação covalente coordenada o par de elétrons da ligação é proveniente
de um único átomo.
H Cl
H N B Cl O S O
H Cl
3.4.5 Ligação Covalente Polar
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μ=e x d
Momento dipolo = carga (em Coulomb) x distância (em metro)
A unidade dos momentos dipolos normalmente são dadas em debey (D):
1 D = 3,33 x 10‐30 C x m
Figura 17: Ilustra a tabela periódica com valores de eletronegatividade de
todos os elementos.
3.4.6 Ligação covalente Apolar
Quando dois ou mais átomos da mesma ou de eletronegatividades similares
reagem, não ocorre uma transferência completa de elétrons. Nesses casos, os
átomos alcançaram configurações de gás nobre compartilhando elétrons.
Ligações covalentes se formam entre os átomos, e seus produtos são chamados de
moléculas.
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H
H C H
N N
H
Exemplo de compostos polares e apolares
Figura 18: Ilustra compostos com ligações polares e apolares.
4. Hibridização e Geometria dos Compostos do Carbono
A distribuição eletrônica para o átomo de carbono no estado fundamental é:
6C
1s2 2s2 2px 2py 2pz
Sendo assim só seria possível do carbono formar duas ligações σ, haja vista
que o carbono apresenta somente dois elétrons desemparelhados para formarem
ligações. No entanto, foi comprovado que o carbono forma diversos compostos
com quatro ligações sigma ou com duas ligações σ e uma ligação π ou, ainda uma
ligação σ e duas ligações π. Como isso pode ocorrer? A explicação para tal
fenômeno vem da teoria de hibridização. A hibridização é a mistura de orbitais.
Com esta mistura os o átomo de carbono pode assumir três estados de
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hibridização (sp3, sp2 e sp) e cada estado de hibridização tem suas características
intrínsecas.
O fenômeno da hibridização só pode ocorrer se os orbitais envolvidos
tiverem energias próximas, possibilitando a migração de um elétron de um orbital
de menos energético para um mais energético.
4.1 Hibridização sp3 (ligações σ)
Quando o carbono está hibridizado em sp3 ocorre a mistura do orbital 2s
com os três orbitais 2p. Assim, um dos elétrons do orbital 2s migra para o orbital
2p, que está vazio.
6C
1s 2
sp 3
Podemos entender esta hibridização usando um diagrama de energias dos
elétrons no estado fundamental e no estado excitado.
Figura 19: Diagrama de energia para a hibridização sp3.
Neste processo, ocorre a formação de quatro orbitais híbridos sp3 com um
elétron desemparelhado em cada. Estes orbitais híbridos ficam orientados a
ângulos de 109,5o em relação uns aos outros. Estes ângulos formam uma estrutura
tetraédrica. A sobreposição dos quatro orbitais híbridos sp3 é frontal por isso o
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carbono se torna capaz de formar compostos com quatro ligações σ, assumindo
estruturas tetraédricas, como exemplifica a Figura.
Figura 20: Exemplo de estrutura tetraédrica.
Abaixo veja como se dá a formação do etano pela sobreposição dos orbitais
híbridos sp3 para a formação de quatro ligações σ C−C e C−H.
Figura 21: Ilustra a formação de ligações σ pela sobreposição frontal dos orbitais
que participam das ligações. Todas as ligações que se formam, tanto C‐C como C‐H
são ligações σ.
4.2 Hibridização sp2 (ligações σ e ligações π)
Quando o carbono está hibridizado em sp2 ocorre a mistura do orbital 2s
com dois orbitais 2p. Assim, um dos elétrons do orbital 2s migra para o orbital 2p,
que está vazio, restando um orbital p puro que não participou da sobreposição.
6 C
1s 2 p
sp2
Podemos entender esta hibridização usando um diagrama de energias dos elétrons
no estado fundamental e no estado excitado.
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Figura 22: Diagrama de energia para a hibridização sp2.
Neste processo, ocorre a formação de três orbitais híbridos sp2 com um
elétron desemparelhado em cada. Os três orbitais híbridos são orientados para os
cantos de um triângulo regular, com ângulos de 120o entre si, gerando estrutura
trigonal planar, como exemplifica a Figura. O orbital p puro (que não sofreu
hibridização) fica orientado perpendicularmente ao plano do triângulo formado
pelos orbitais híbridos sp2.
Figura 23: Exemplo de estrutura trigonal planar.
Os três orbitais híbridos sp2 podem sofrer sobreposição frontal. Deste
modo, o carbono se torna capaz de formar compostos com três ligações σ. Abaixo
veja como se dá a formação do eteno pela sobreposição dos orbitais sp2 para
formação de ligações σ C−C e C−H.
Figura 24: Ilustra a sobreposição dos orbitais sp2 para a formação de ligações σ.
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Já o orbital p pode sofrer sobreposição perpendicular ao eixo de ligação
frontal, gerando assim, uma ligação π. Este tipo de hibridização possibilita o
carbono gerar estruturas trigonal planar com uma ligação π, como, por exemplo o
eteno, assim como exemplifica a Figura.
Figura 25: Ilustra a sobreposição de orbitais p para a formação de ligações π.
4.3 Hibridização sp (ligações σ e ligações π)
Quando o carbono está hibridizado em sp ocorre a sobreposição do orbital
2s com um orbitais 2p. Assim, um dos elétrons do orbital 2s migra para o orbital
2p, que está vazio.
6 C
1s 2 p p
sp
Podemos entender esta hibridização usando um diagrama de energias dos
elétrons no estado fundamental e no estado excitado.
Figura 26: Diagrama de energia para a hibridização sp.
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Neste processo, ocorre a formação de dois orbitais híbridos sp, com um
elétron desemparelhado em cada. Os dois orbitais híbridos são orientados a um
ângulo de 180o em relação um com o outro. Cada um dos dois orbitais p puros (que
não sofreu hibridização) ficam orientados perpendicularmente ao eixo frontal de
ligação dos dois orbitais híbridos sp. Os dois orbitais híbridos sp podem sofrer
sobreposição frontal, gerando a formação de ligações σ, como mostra a Figura.
Figura 27: Ilustra a sobreposição dos orbitais sp para a formação de ligações σ.
Já os orbitais p não‐hibridizados podem sofrer sobreposição perpendicular
entre si ao eixo de ligação frontal. Este tipo de hibridização possibilita o carbono
gerar estruturas lineares com duas ligações σ e duas ligações π.
5. Comprimento de ligações
O comprimento de ligação segue a seguinte seqüência:
O princípio geral diz que: quanto maior for o caráter s dos orbitais que
participam da ligação menor será o comprimento da ligação. Assim, quando o
carbono está hibridizado em sp ele apresenta 50% de caráter s, por isso apresenta
menor comprimento de ligação do que os compostos nos quais as átomos de
carbono apresentam ligações duplas e este, por sua vez, apresenta menor
comprimento do que os compostos que ligações simples.
Tabela 5: Mostra as características que os átomos sofrem ao se hibridizarem.
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6. Referências
BROWN, LEMAY e BURSTEN. Química: Ciência Central. 9. ed. São Paulo:
Pearson, 2007.
SOLOMONS, T. W.; GRAHAM; CRAIG FRYHLE. Química Orgânica. 8. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2005. 1 e 2 v.
BRUICE, P. Y. Química Orgânica. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2006.
MCMURRAY, J. Química Orgânica, 6. ed. São Paulo: Thomson, 2005. 1 e 2 v.
ALLINGER, N. L. Química Orgânica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978.
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