A distribuição eletrônica ou configuração eletrônica é a forma como os elementos químicos são
ordenados considerando o número de elétrons que eles possuem e a sua proximidade do núcleo atômico. Para isso são necessários alguns conhecimentos, como quantos camadas eletrônicas o átomo do elemento químico possui e quantos elétrons estão em cada camada eletrônica. Assim, após terem surgido vários modelos atômicos, o modelo de Bohr sugeriu a organização da eletrosfera em órbitas. Os elétrons se organizam e distribuem-se pelas camadas eletrônicas ou níveis ou níveis e energia, estando uns mais próximos do núcleo e outros mais distantes. Então, surge a possibilidade de até 7 camadas eletrônicas denominadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q, em que a camada K representa a primeira camada, a segunda camada a segunda, a camada M a terceira e assim sucessivamente. Essas camadas eletrônicas ou níveis são subdivididas em regiões denominadas de subníveis ou subcamadas de energia, representados pelas letras s,p,d,f, em ordem crescente de energia. O número máximo de elétrons que cabe em cada subcamada, ou subnivel de energia, também foi determinado experimentalmente e temos o seguinte. O subnível denominado s comporta no máximo 2 elétrons, o subnível denominado p cabem no máximo 6 elétrons, o subnível denominado d comporta no máximo 10 elétrons e o subnível denominado f comporta no máximo 14 elétrons. Desse forma, o número de elétrons em cada camada vai depender dos subníveis que compõem essa camada e de quantos elétrons existem nesses. Exemplo, como no 2º nível ou camada cabem no máximo 8 elétrons, o 2º nível é constituído de um subnível s, no qual cabem no máximo 2 elétrons, e um subnível p, no qual cabem no máximo 6 elétrons. Desse modo, o 2º nível é formado de dois subníveis, representados por 2s e 2p, e assim por diante. Linus Carl Pauling (1901-1994), químico americano, elaborou um dispositivo prático que permite colocar todos os subníveis de energia conhecidos em ordem crescente de energia. É o processo das diagonais, denominado diagrama de Pauling, representado a seguir. A ordem crescente de energia dos subníveis é a ordem na sequência das diagonais e é representada por 1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d, 7p. Na distribuição eletrônica, observou-se que a camada de valência é a última camada eletrônica, ou seja, a camada mais externa do átomo e segundo a Regra do Octeto, os átomos possuem a tendência de se estabilizarem e ficarem neutros. Lembrando que a Regra do Octeto ou Teoria do Octeto estabelece que os átomos devem possui oito elétrons em sua camada de valência ou 2 elétrons se tiver apenas a camada K de modo a adquirir estabilidade química. Para que os átomos apresentem a camada de valência completa é preciso realizar ligações químicas com objetivo de doar, receber ou compartilhar elétrons. Os átomos tendem a compartilhar elétrons até adquirir uma configuração estável, ou seja, a camada de valência completa. Desse modo, um átomo apresenta a distribuição eletrônica igual a de um gás nobre mais próximo ao seu número atômico. Na maioria das vezes, quando o átomo possui oito elétrons na camada de valência, ele alcança a sua estabilidade. Isso quer dizer que não se ligará a outros átomos, pois não apresenta tendência a ganhar ou perder elétrons. É por isso que não encontramos compostos formados por gases nobres. Exemplo 1: o átomo de sódio possui número atômico igual a 11, isso quer dizer que ele tem 11 prótons e se considerar ele neutro também ele terá 11 elétrons. Como a distribuição eletrônica é referente aos elétrons em cada subnível e nas camadas eletrônicas segue-se o Diagrama de Linus Pauling. Obtendo, a resposta, 1s2, 2s2, 2p6, 3s1. Como a última camada tem 1 elétron, esse átomo não está estável segundo a regra do Octeto. Então é feita a seguinte pergunta, o que é mais fácil para o átomo fazer para ficar estável? Ganhar 7 elétrons porque sete novos elétrons com 1 que ele já tinha dá um total de 8 ou perder o único elétron da até então terceira e última camada, sendo que com essa perda o elétron e essa camada “somem” e quem agora fica como a última camada é a segunda camada que já tem 8 elétrons. Em resumo, ganhar sete elétrons ou perder 1? Daí é mais fácil perder 1 elétron e sua distribuição fica 1s2, 2s2, 2p6. Exemplo 2: o átomo de magnésio possui número atômico igual a 12, isso quer dizer que ele tem 12 prótons e se considerar ele neutro também ele terá 12 elétrons. Como a distribuição eletrônica é referente aos elétrons em cada subnível e nas camadas eletrônicas segue-se o Diagrama de Linus Pauling. Obtendo, a resposta, 1s2, 2s2, 2p6, 3s2. Como a última camada tem 2 elétrons, esse átomo não está estável segundo a regra do Octeto. Então é feita a seguinte pergunta, o que é mais fácil para o átomo fazer para ficar estável? Ganhar 6 elétrons porque seis novos elétrons com 2 que ele já tinha dá um total de 8 ou perder os dois elétrons da até então terceira e última camada, sendo que com essa perda os elétrons e essa camada “somem” e quem agora fica como a última camada é a segunda camada que já tem 8 elétrons. Em resumo, ganhar seis elétrons ou perder 2? Daí é mais fácil perder 2 elétrons e sua distribuição fica 1s2, 2s2, 2p6. Exemplo 3: o átomo de cloro possui número atômico igual a 17, isso quer dizer que ele tem 17 prótons e se considerar ele neutro também ele terá 17 elétrons. Como a distribuição eletrônica é referente aos elétrons em cada subnível e nas camadas eletrônicas segue-se o Diagrama de Linus Pauling. Obtendo, a resposta, 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p5. Como a última camada tem 7 elétrons, esse átomo não está estável segundo a regra do Octeto. Então é feita a seguinte pergunta, o que é mais fácil para o átomo de cloro fazer para ficar estável? Ganhar 1 elétron porque um novo elétron com 7 que ele já tinha dá um total de 8 ou perder sete elétrons da última camada, sendo que com essa perda dos sete elétrons, essa camada “some” e quem agora fica como a última camada é a segunda camada que já tem 8 elétrons. Em resumo, ganhar um elétron ou perder sete? Daí é mais fácil ganhar 1 elétron e sua distribuição fica 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6. Exemplo 4: o átomo de neônio possui número atômico igual a 10, isso quer dizer que ele tem 10 prótons e se considerar ele neutro também ele terá 10 elétrons. Como a distribuição eletrônica é referente aos elétrons em cada subnível e nas camadas eletrônicas segue-se o Diagrama de Linus Pauling. Obtendo, a resposta, 1s2, 2s2, 2p6. Portanto, na última camada ele tem 8 elétrons e portanto ele é estável e não precisa fazer nada. Exemplo 5: o átomo de hidrogênio possui número atômico igual a 1, isso quer dizer que ele tem 1 próton e se considerar ele neutro também ele terá 1 elétron. Como a distribuição eletrônica é referente aos elétrons em cada subnível e nas camadas eletrônicas segue-se o Diagrama de Linus Pauling. Obtendo, a resposta, 1s1. Se ele tem somente 1 elétron na camada K ele necessitará ganhar mais um elétrons para ficar com 2 e ter a sua distribuição 1 s2. Exemplo 6: o átomo de flúor possui número atômico igual a 9, isso quer dizer que ele tem 9 prótons e se considerar ele neutro também ele terá 9 elétrons. Como a distribuição eletrônica é referente aos elétrons em cada subnível e nas camadas eletrônicas segue-se o Diagrama de Linus Pauling. Obtendo, a resposta, 1s2, 2s2, 2p5. Como a última camada tem 7 elétrons, esse átomo não está estável segundo a regra do Octeto. Então é feita a seguinte pergunta, o que é mais fácil para o átomo de flúor fazer para ficar estável? Ganhar 1 elétron porque um novo elétron com 7 que ele já tinha dá um total de 8 ou perder sete elétrons da última camada, sendo que com essa perda dos sete elétrons, essa camada “some” e quem agora fica como a última camada é a primeira camada ou camada K que já tem os 2 elétrons. Em resumo, ganhar um elétron ou perder sete? Daí é mais fácil ganhar 1 elétron e sua distribuição fica 1s2, 2s2, 2p6. Exemplo 7: o átomo de enxofre possui número atômico igual a 16, isso quer dizer que ele tem 16 prótons e se considerar ele neutro também ele terá 16 elétrons. Como a distribuição eletrônica é referente aos elétrons em cada subnível e nas camadas eletrônicas segue-se o Diagrama de Linus Pauling. Obtendo, a resposta, 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p4. Como a última camada tem 6 elétrons, esse átomo não está estável segundo a regra do Octeto. Então é feita a seguinte pergunta, o que é mais fácil para o átomo de cloro fazer para ficar estável? Ganhar 2 elétrons porque dois novos elétrons com 6 que ele já tinha dá um total de 8 ou perder seis elétrons da última camada, sendo que com essa perda dos seis elétrons, essa camada “some” e quem agora fica como a última camada é a segunda camada que já tem 8 elétrons. Em resumo, ganhar dois elétrons ou perder seis? Daí é mais fácil ganhar 2 elétrons e sua distribuição fica 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6.