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F3 | Luz e Fontes de Luz

3.2. Emissão de Radiação


3.2. Emissão de Radiação
Modelo atómico para o hidrogénio
Baseado na teoria de que a energia é absorvida e emitida em quantum de energia, Bohr
descreveu os processos de absorção e emissão de energia em termos de estrutura atómica,
propondo o modelo atómico para o hidrogénio:

 os eletrões giram em torno do núcleo em órbitas circulares - estados estacionários;


 o estado estacionário de menor energia (n = 1) é denominado estado fundamental e os restantes estados
superiores (n > 1) são chamados de estados excitados;
 a energia do átomo é menor quando os eletrões ocupam órbitas mais próximas do núcleo;
 as órbitas vão sendo cada vez mais próximas;
 enquanto um eletrão percorre determinada órbita, não absorve nem emite energia;
 os eletrões podem passar de uma órbita para outra através da absorção ou emissão de radiação.
3.2. Emissão de Radiação
Absorção de radiação
Um eletrão pode absorver energia de um fotão para ser excitado até um nível mais
elevado de energia (estado excitado).

A absorção de radiação acontece desde


que a energia do fotão seja igual à
diferença de energia entre os níveis
energéticos inicial e final ().
3.2. Emissão de Radiação
Emissão de radiação
O eletrão pode emitir energia sob a forma de radiação de um fotão para retornar até um
nível de energia mais baixo e mais estável, sofrendo desexcitação.

Depois de saltar para o nível de energia


mais alto, o eletrão excitado está numa
posição menos estável e tem tendência a
retornar até um nível mais baixo.
3.2. Emissão de Radiação
Transições eletrónicas
Pode calcular-se a variação de energia entre dois estados estacionários envolvidos numa
transição eletrónica através da expressão:

A variação de energia produzida num átomo é igual à energia emitida ou recebida sob a forma
de fotões.
Emissão de radiação: o eletrão sofre desexcitação, transitando para um nível de energia inferior.
Einicial > Efinal ΔE < 0
Absorção de radiação: o eletrão sofre excitação, transitando para um nível de energia superior.
Efinal > Einicial ΔE > 0
3.2. Emissão de Radiação
Transições eletrónicas
Bohr determinou a expressão que permite calcular para o átomo de hidrogénio, que tem
apenas um eletrão, a energia dos diferentes estados estacionários:

Os valores da energia nos diferentes estados estacionários


correspondem a valores negativos.

A energia de um fotão, seja emitida ou absorvida, é sempre positiva:


E = |ΔE|
fotão
Diagrama de energias do eletrão no átomo de
hidrogénio nos diferentes estados estacionários
3.2. Emissão de Radiação
Espetros de emissão
Uma das evidências de que só existem certos níveis de energia bem definidos (quantização da
energia) para os eletrões no átomo de hidrogénio é a existência de um espetro de emissão de
riscas.

Espetros de emissão de riscas do átomo de hidrogénio.

Só́ aparecem determinadas riscas no espetro porque só são emitidas pelo átomo algumas
radiações de determinada energia - o eletrão só pode ter certas energias - apenas alguns
estados de energia são permitidos para o eletrão no átomo – estados estacionários de
energia.
3.2. Emissão de Radiação
Espetros de emissão
Para obter espetros atómicos de emissão é necessário provocar a excitação dos átomos no
estado gasoso, que pode fazer-se por meio de:
 uma descarga elétrica através de um gás rarefeito (a
baixa pressão) encerrado numa ampola (A);

 por aquecimento de um sal numa chama (B).


O gás di-hidrogénio, encerrado numa ampola a baixa
pressão, após sofrer uma descarga elétrica, emite radiação,
que passa numa fenda e atravessa, posteriormente, um
prisma que provoca a sua dispersão, e, consequente,
visualização das riscas espetrais visíveis projetadas num
fundo negro.
3.2. Emissão de Radiação
Séries espetrais
Para além das riscas espetrais visíveis, há também um conjunto de riscas na zona do
ultravioleta e outros conjuntos na zona do infravermelho agrupando-se em séries espetrais.

Órbitas dos eletrões no átomo de


hidrogénio e transições responsáveis por
algumas das linhas das séries do seu
espetro de emissão.

Diagrama de níveis de energia do átomo


de hidrogénio e algumas das séries do seu
espetro de emissão.

Espetro de riscas do átomo de hidrogénio.


3.2. Emissão de Radiação
Séries espetrais
As series espetrais do átomo de hidrogénio encontram-se resumidas na tabela seguinte:
3.2. Emissão de Radiação
Espetros de emissão – “impressão digital” dos elementos químico
Cada elemento químico tem uma estrutura atómica diferente, tendo, por isso, valores próprios
de energia em cada nível. Assim, cada risca corresponde a uma transição eletrónica com um
valor próprio de energia, tornando cada espetro único.

Espetros de emissão de riscas do sódio (A) e do oxigénio (B).

Não existem dois elementos químicos com o mesmo espetro de riscas,


funcionando como a sua “impressão digital”.
3.2. Emissão de Radiação
Espetros de emissão contínuos
Para além dos espetros de emissão de riscas, existem, também, espetros de emissão contínuos.
Qualquer corpo incandescente (a elevada temperatura) origina
um espetro de emissão contínuo com a emissão de um conjunto
ininterrupto de radiações monocromáticas.

A observação dos espetros é


possível recorrendo a um
espetroscópio. Este dispositivo
ótico permite produzir e observar
um espetro de luz de qualquer fonte.
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3.2. Emissão de Radiação

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