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Capítulo 2 -

Estrutura Atômica
2. TÓPICOS
2-1 INTRODUÇÃO
2-2 CONCEITOS ELEMENTARES
2-3 A ESTRUTURA DOS ÁTOMOS
2-4 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
2-5 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
2-6 COMPRIMENTO E ENERGIA DE LIGAÇÃO
2-7 FORÇAS E DISTÂNCIAS INTERATÔMICAS
2-1 INTRODUÇÃO
No final do século 19, percebeu-se que qualquer problema
envolvendo elétrons nos sólidos não podia ser resolvido com
base na mecânica clássica. Começou a se estabelecido os
princípios e leis que governam o sistema atômico e
subatômico conhecidos como mecânica quântica.
Para entender fenômenos que determinam
propriedades nos materiais

deve-se primeiramente

entender as estruturas atômicas e cristalinas dos


materiais
Ordem de grandeza da estrutura atômica ⇒ 10-15 a 10-10 m

A estrutura
eletrônica dos
átomos
determina a
natureza das
ligações
atômicas e
define
algumas
propriedades
dos materiais

Propriedades:
físicas,
ópticas,
elétricas e
térmicas
Representação das estruturas do quartzo alfa e
do quartzo beta.
2-2 CONCEITOS ELEMENTARES
•  Desde a Grécia os estudiosos formulam teorias para explicar o
comportamento dos materiais.
•  Sucessivamente os modelos são criados procurando-se
parâmetros para melhor explicar os fenômenos, sejam químicos,
elétricos ou magnéticos.
•  Por que o número de elementos é pequeno comparado ao
número de substâncias?
•  Surgimento de Teorias: Dalton (esferas rígidas)
Thompson (1856: elétron)
Rutherford (modelo planetário)
Bohr
Princípio da incerteza de
Heisenberg
•  MODELO RUTHERFORD-BOHR(1911):

NOVIDADE DA TEORIA:
quantização da energia dos elétrons
- os elétrons circundam orbitalmente.
- cada nível tem um valor determinado
de energia.
- excitação do elétron: passa de um
nível para o outro.
- salto emite um quantum
de energia (fóton)
•  Princípio da Incerteza de Heisenberg 1927:

- medir a temperatura de uma piscina, de um copo de água,


de uma gotícula de água;
- a luz interage com o elétron, logo não é possível ter certeza
de sua posição;
- contrapôs as órbitas circulares de Bohr; em vez de posições
existe a probabilidade. Wave-mechanical model.
- o elétron é melhor caracterizado pela sua energia do que
por sua posição, velocidade ou trajetória.

Fenômenos químicos: eletrosfera - núcleo inalterado


Fenômenos nuclear ou radioativo: núcleo
Conceitos úteis
⇒ Unidade de massa atômica (u.m.a.): definida como 12
avos da massa do carbono 12.
C = 12 u.m.a. = 1 mol = 6,02 x 1023 átomos = 12 g
⇒ Número atômico (Z): no de prótons (associados com o no e).
⇒ Massa atômica (A): soma das massas dos prótons e
neutrons do núcleo de um átomo.
⇒ Número de Avogadro (NA): no de átomos ou moléculas ou
íons de um mol, corresponde a 6,02 x 1023 át., moléc. ou íons
⇒ Isótopos: mesmo nos de prótons e diferentes nêutrons,
portanto, deferente massa.
⇒ Isóbaros: mesmo nos de massa e diferentes nos atômicos.
⇒ Isótonos: mesmo nos de nêutrons.
carga massa
e- -1,60 x 10-19C 9,11 x 10-28g
próton +1,60 x 10-19C 1,67 x 10-24g
neutron - 1,67 x 10-24g
2-3 A ESTRUTURA ATÔMICA
Exemplo da distribuição eletrônica do átomo de sódio, de número atômico 11,
observa-se os elétrons nas camadas quânticas K, L e M.

1s2; 2s2; 2p6;3s1

A energia dos elétrons é


quantizada
⇒ Elétrons (e-): - componente do átomo com carga negativa
de 1,6 x 10-19C;
- apresentam-se em órbitas;
- podem ser e- de valência, se na última
camada;

Os e- mais afastados do núcleo determinam:


- LIGAÇÕES químicas;
- natureza das ligações interatômicas;
- Determinam condutividade elétrica; óticas
mecânicas.

ONDE AS PROPRIEDADES COMEÇAM A SER DEFINIDAS


2.3.1 Números quânticos

Usando a teoria onda-mecânica o elétron é caracterizado


pelos 4 números quânticos.

NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL (n): representa os níveis ou


camadas.
NÚMERO QUÂNTICO SECUNDÁRIO (l): determina os subníveis de
energia e a forma do orbital.
NÚMERO QUÂNTICO MAGNÉTICO (ml): especifica a orientação
espacial de um orbital atômico e o número de orbitais de
cada subnível.
NÚMERO QUÂNTICO SPIN (ms): determina o giro do elétron em
torno de seu próprio eixo.
Obs: a energia liberada pelo salto do elétron emite energia em
freqüência, dando uma cor.
2.3.2 Desvios da estrutura eletrônica
esperada

Devido a superposição de energia, nos elementos de transição, ocorre o


preenchimento de alguns níveis quânticos sem que os precedentes
tenham sido completados.

Ex. Sc: 1s2; 2s2; 2p6;3s2; 3p6;4s2;3d1


2.3.3 Tabela Periódica
Tabela periodica dinamica
http://www.ptable.com/?lang=pt
2.3.4 Propriedades aperiódicas e periódicos

Aperiódicas: massa atômica


Periódicas: raio atômico
potência de ionização
eletroafinidade
densidade
Pf e PE

Relação do PF e PE com o
número atômico
2-4 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS
FORTES ENTRE ÁTOMOS
2.4.1 Introdução
Para um elemento adquirir a configuração estável de 8e- na última
camada ele pode:

(1) receber e- extras


formando íons + ou -
(2) ceder e-
(3) compartilhar e- associação entre átomos

Iônicas
Ligações Primárias Covalentes
Metálicas
2.4.2 Ligações iônicas

• Atração mútua de cargas + e -


• Envolve o tamanho de íons
• Elementos eletropositivos
cedem e- cátions
• Elementos mais eletronegativos
recebem e- ânions
2.4.3 Ligações covalentes

• Usufruto de um par de elétrons comum


• Pode ser coordenada (ou dativa) e covalente
• Covalência entre não metais (Ex. F2, O2, Cl2) baixo PF
• Covalência entre mesmos átomos (Ex. Diamante) alto PF

Ligação
Covalente
2.4.4 Ligações metálicas

• Mar de elétrons, ou nuvem de elétrons


• Elétrons livres dão ao metal características de condutividade
térmica, elétrica, ductilidade e absorvem energia luminosa.
2.4.5 Fração Covalente

• Muitos cerâmicos e semicondutores são formados por metais e não-


metais, e são na verdade uma mistura de ligações iônicas e covalente.

• Quanto maior a diferença de eletronegatividade entre os átomos


aumenta o caráter iônico.

FC = exp (- 0,25 ΔE2)


2-5 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
(van der Walls e pontes de H)
2.5.1 Introdução

• São ligações físicas e são fracas (10 kJ/mol; aproximadamente 1/10


das ligações primárias.
• Virtualmente existem em todos átomos e moléculas, mas são
minorizadas na presença de outras forças.

• Podem ser:
- Dipolos Induzidos
- Moléculas Polares
- Pontes de Hidrogênio
Esquema ilustrativo da
ligação de van der
Waals entre dois
dipolos.
• PF e PE estão relacionados com a quantidade de energia
envolvida
• crescente com a massa molecular
2.5.2 Ligação Apolar por Dipolos Flutuantes
Induzidos

• Moléculas apolares; diferença de


eletronegatividade muito pequena
• Ligação mais fraca de todas
• Mais Baixa T ebulição e fusão

Ocorre em moléculas com distribuição


de cargas elétricas simétricas (H2, N2,
O2,...), onde os e- e suas vibrações
podem distorcer esta simetria,
ocorrendo um dipolo elétrico.

Esquema representativo (a) átomo


eletricamente simétrico (b) um
dipolo atômico induzido
2.5.3 Ligação Polar Dipolo induzido
Aumento
Elevada diferença de
de
eletronegatividade
polaridade

Moléculas assimétricas (NH3,


CH3Cl) jamais tem
coincidente os centros de
suas cargas positivas e
negativas, podendo interagir
eletrostaticamente com as
adjacentes.

• Há um momento permanente do


dipolo
• Energia maior que dipolos flutuantes
2.5.4 Ligação por Dipolos permanentes:
Pontes de Hidrogênio

• É u m a d a s m a i s f o r t e s • Nome deriva da ligação,


ligações secundárias, e um pois o H funciona como o
caso especial de moléculas centro de cargas positivas,
polares. atraindo o centro das
cargas negativas das
moléculas adjacentes.

•  H ligado a F, OeN

• Pontes de hidrogênio
na molécula da água
• Explica por que a água
possui maior PE que
compostos similares de
maior massa.
Qual a importância das ligações
secundárias?

•  Nos polímeros entre as macromoléculas: propriedades


elásticas
• No grafite: lubrificante
• No talco: planos de clivagem
• Na argila: comportamento plástico
2-6 FORÇAS E DISTÂNCIAS
INTERATÔMICAS
2.6.1 Espaçamento ou distância interatômica
• É a distância de equilíbrio entre
átomos e é definida pelo balanço
entre as forças repulsivas e atrativas.

Distância interatômica de equilíbrio


• O mínimo de energia coincide com o
ponto de equilíbrio entre as forças
repulsivas e atrativas.

E: módulo de elasticidade;
menor ângulo significa material
mais elástico.
Ponto de equilíbrio
2.6.2 Energia de ligação

• É a mínima energia necessária para formar ou romper


uma ligação. Ou seja, separar o par iônico a uma distância
infinito
• Estão relacionados com a energia de ligação propriedades
como:
- módulo de elasticidade;
- coeficiente de expansão térmica;
- ponto de fusão;
- calor latente
- resistência mecânica
Relação T fusão e coeficiente expansão térmica
Relação T de fusão e Módulo de elasticidade
Relação calor latente de fusão e T de fusão
2.6.3 Curva do Potencial x propriedades
1- E0, energia de ligação, determina a
temperatura de fusão
2- Distância de equilíbrio
3- Densidade teórica, determinada pelo
espaço de equilíbrio e o tipo de rede.
* por sua vez o espaço de equilíbrio
coincide com o mínimo de energia
4- módulo de elasticidade e de
compressibilidade
5 - α, a expansão térmica é uma
consequência da assimetria da curva do
potencial (que é uma consequência da
diferença das curvas de E rep e E
atração).
6- Υ, energia de superfície que é
proporcional ao E0.

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