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Grazielle Tigre
Rondon do Pará
2023 1
• A estrutura de um material pode ser dividida em
quatro níveis:
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(a) modelo planetário: núcleo no centro (b) detalhes do átomo
com elétrons “orbitando “ ao seu redor
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• Níveis energéticos ou camadas eletrônicas:
– Os elétrons que circundam o núcleo de um átomo
não o fazem dentro de um mesmo nível energético;
– Tem-se, portanto os níveis ou grupos quânticos,
assim como, dentro desses níveis, estão sujeitos a
subníveis ou subgrupos específicos.
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• Números quânticos:
– O nível energético ocupado por cada elétron obedece,
inicialmente, a uma estrutura de níveis ou camadas quânticas
principais, designada por números quânticos principais (n),
cujos valores são: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
– Esta sequência diz respeito ao sentido crescente dos níveis
quânticos – também representada pelas letras K (n = 1), L (n =
2), M (n = 3), N (n = 4), O (n = 5), P (n = 6) e Q (n = 7) –, o que
significa também níveis crescentes de energia;
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• Números quânticos:
– Assim, elétrons que pertençam ao nível quântico K pertencem
ao primeiro nível quântico (n = 1), de menor energia em
relação aos demais níveis.
– Números máximos de elétrons em um dado nível quântico:
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• Subníveis de energia:
Nos átomos dos elementos conhecidos, podem
ocorrer 4 subníveis possíveis (para cada nível
quântico), designados sucessivamente pelas letras:
– s (“sharp”);
– p (“principal”);
– d (“diffuse”);
– f (“fundamental”).
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• Subníveis de energia:
– “s”: é o subnível de menor energia e o número máximo
de elétrons desse subnível é igual a 2;
– “p”: tem maior nível energético que “s” e pode ter no
máximo 6 elétrons;
– “d” : tem maior nível energético que “p” e “s” e pode ter
um máximo de 10 elétrons;
– “f” : subnível de maior energia em um dado nível,
podendo ter, no máximo, 14 elétrons.
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• Notação da configuração eletrônica :
Escreve-se o número quântico principal antes da letra indicativa
do subnível, a qual possui “expoente” que indica o número de
elétrons contidos nesse subnível.
Exemplo: 3𝑝5
Significado:
Na camada M (número quântico principal = 3), existe o subnível
p contendo 5 elétrons. 10
• Configuração eletrônica de um átomo:
– Para se dar a configuração eletrônica de um átomo, tem-se os
elétrons, primeiramente, nos subníveis de menor energia.
• Exemplo : Sódio (Na) - elemento de n° atômico 11
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• Valência do átomo:
A valência de um átomo está relacionada com a habilidade do
átomo para entrar em combinação química com outros
elementos, sendo frequentemente determinada pelo número de
elétrons na camada mais externa, em especial nos subníveis “s p”.
(ASKELAND, 1994)
Valência baixa (em geral < 3) : átomos perdem elétrons da
Camada mais externa = camada
camada de valência;
de valência
Valência alta (de 5 a 7) : átomos recebem elétrons na
(importante no tipo de ligação
camada de valência;
química que átomo desenvolverá)
Valência 4: em geral há compartilhamento de elétrons. 12
• Ligações primárias (fortes):
– Ligação iônica;
– Ligação covalente;
– Ligação metálica
• Ligações secundárias – forças de Van der Waals:
– Moléculas polares;
– Dipolos induzidos;
– Pontes de hidrogênio. 13
• Ligações primárias (fortes)
Ligação iônica: a ligação iônica dá-se
pela atração entre íons de carga
elétrica contrária (íons positivos-
cátions e íons negativos-ânions),
motivada por forças coulombianas.
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• Ligações secundárias – forças de Van der Waals:
Moléculas polares: são moléculas que apresentam um desbalanceamento
elétrico, ou seja, o centro de carga positiva não é coincidente com o centro de
carga negativa. Tem-se, portanto, uma assimetria na molécula no tocante à
configuração das cargas elétricas, o chamado dipolo elétrico.
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• Estrutura molecular
– Materiais típicos com estrutura molecular:
Gases: O2, N2, CO2;
Água: H2O;
Ácido nítrico: (HNO3);
Polímeros (em geral);
Materiais betuminosos;
Enorme gama de outros gases e líquidos.
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• Estrutura molecular
Característica principal dos materiais de estrutura molecular:
Apresentam forças de atração intramoleculares muito fortes, ao
passo que as ligações intermoleculares são do tipo forças de van
der Waals.
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Célula unitária: é uma subdivisão do reticulado cristalino, na qual
são mantidas as características gerais de todo o reticulado. Em
outras palavras, trata-se de um pequeno volume (a unidade
básica) que contém todas as características encontradas no
cristal como um todo.
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Sistemas cristalinos:
Arranjo atômico ordenado e regular permitindo
que configurações atômicas gerem reticulados cuja
unidade básica forme uma figura geométrica.
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Tal nível de organização permitiu uma
classificação da estrutura cristalina em
sete sistemas cristalinos principais,
conforme a geometria do cristal.
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Sistemas e reticulados cristalinos:
• Os 7 diferentes sistemas cristalinos possuem variações
de sua configuração básica, de modo que mais 7
possibilidades de configuração atômica se somam às 7
opções básicas (vistas anteriormente), gerando então
14 tipos possíveis de reticulados cristalinos, aos quais
se dá o nome de reticulados de Bravais.
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Reticulados cristalinos de
Bravais – 7 sistemas
cristalinos e 14 reticulados
característicos dos
materiais cristalinos.
Obs: Os pontos em vermelho representam os
átomos
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• Alotropia e Polimorfismo
Polimorfismo: fenômeno no qual um sólido (metálico ou não metálico)
pode apresentar mais de uma estrutura cristalina, dependendo da
temperatura e da pressão.
Exemplo: a sílica (SiO2) como quartzo, cristobalita e tridimita.
Alotropia: polimorfismo em elementos puros. Exemplos: o diamante e o
grafite são constituídos por átomos de carbono arranjados em diferentes
estruturas cristalinas; O ferro com as variações de sua estrutura entre o
sistema cúbico de corpo centrado (ccc) e cúbico de faces centradas (cfc).
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• Formas alotrópicas do ferro:
Exemplos de ordenamento atômico para a estrutura do B2O3. (a) caso do vidro, que é um
sólido não cristalino, com ordenamento apenas em pequenas distâncias; (b) caso do
cristal, que é um sólido cristalino, com ordem em grandes distâncias, além de pequenas
distâncias (VAN VLACK, 1970). 42
• Diferentes arranjos atômicos de materiais:
Diferentes arranjos atômicos de materiais.
a) gás inerte, sem nenhum ordenamento
regular de átomos (estrutura amorfa); b) e
c) vapor de água e estrutura do vidro, com
ordem em pequenas distâncias (estruturas
amorfas); e d) metal, com um ordenamento
regular de átomos que se estende por todo
o material (estrutura cristalina) (ASKELAND,
1998).
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• Fase: trata-se de uma ou mais partes do material que resguarda
homogeneidade do ponto de vista estrutural, ou seja, que mantém
um arranjo atômico próprio;
• Material unifásico e homogêneo: material que possui como um todo
um mesmo arranjo atômico;
• Material polifásico: caso coexistam em um mesmo material partes
com identidades estruturais próprias, o material será bifásico,
trifásico ou, de modo genérico, polifásico (ou multifásico), em função
do número de partes estruturalmente homogêneas (fases) existentes
nesse material. 44
Fases impuras
– Soluções sólidas ou estruturas de cristais mistos:
• Fases impuras pressupõem a formação de soluções sólidas
(ou estruturas de cristais mistos), na qual átomos de um
soluto (em menor quantidade) conseguem se “dissolver”
em uma estrutura principal, com átomos de solvente.
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Fases impuras – soluções sólidas ou estruturas de cristais mistos
• Soluções sólidas em metais:
– O aço: é um exemplo de material que desenvolve uma solução sólida (em
uma de suas formas alotrópicas), na qual átomos de carbono se dissolvem
na estrutura do ferro. O aço tem maiores resistência, limite de
escoamento e dureza que o ferro puro.
– O latão: é outro exemplo de material “impuro”, em que o zinco é
acrescentado à estrutura do cobre. O latão é mais duro, mais resistente e
mais dúctil do que o cobre.
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O que é um defeito?
Uma imperfeição ou um “ erro” no arranjo periódico regular dos
átomos de um cristal.
Os defeitos podem significar irregularidades:
• na posição dos átomos;
• quanto ao tipo de átomo.
O tipo e o número de defeitos dependem do material, do meio
ambiente, e das circunstâncias sob as quais o cristal foi
processado. 47
Tipos de imperfeições em sólidos cristalinos:
• Defeitos pontuais →associados com 1 ou várias posições atômicas;
– Tipos: vazio, átomo intersticial, átomo substitucional, defeito de Frenkel defeito de Schottky;
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• Defeitos de superfície ou planares:
Superfície do material: a parte externa superficial representa uma região
do material onde o reticulado cristalino termina abruptamente. Assim, os
átomos da camada superficial não têm coordenação atômica adequada,
assim como a ligação atômica é interrompida, podendo, inclusive, ser
incompleta. Isto porque os átomos de superfície têm seus vizinhos
apenas de um lado e, por isso, possuem maior energia e estão menos
firmemente ligados do que os átomos internos. Por conta desses fatores,
a superfície exterior dos materiais é normalmente mais reativa do que a
parte interna. 56
• Defeitos de superfície ou planares:
Contorno de grão: tênue região de fronteira que representa a
transição entre os grãos. Os grãos são partes da superfície do
material em que existe homogeneidade quanto à orientação dos
cristais, ou seja, dentro de um grão o arranjo atômico é sempre o
mesmo, com as células unitárias sob uma única orientação.
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• Defeitos de superfície ou planares – contorno
de grão
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• Callister Jr., W. D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma
Introdução. LTC, cap 1, 5ed., 2002.
• Shackelford, J.F. Ciência dos Materiais. Pearson Practice Hall, cap
1, 6ed, 2008.
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