Você está na página 1de 131

ESCOLA DE SARGENTOS DE

ESCOLA DE COMUNICAÇÕES
LOGÍSTICA

SEÇÃO DE MANUTENÇÃO
DISCIPLINA:
Eletroeletrônica

UNIDADE DIDÁTICA:
II – Eletricidade Básica

ASSUNTO:
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE

2º Sgt G. Guimarães
OBJETIVOS:
 Citar os tipos de Geradores elétricos.
 Definir íons ( positivos/negativos),
condutor, isolante, carga, força e campo
elétrico.
 Definir Tensão e Corrente Elétrica.
 Definir resistência elétrica.
 Definir força, energia, potência e unidades
de potencial elétrico.
 Definir ddp, força eletromotriz e
resistência interna de um gerador.
 Definir nó, braço ou ramo, malha nos
circuitos elétricos.
 Definir ímã permanente e suas
propriedades.
 Explicar a constituição, o funcionamento,
as características e as aplicações dos
resistores.
 Aplicar a lei dos nós e das malhas no
cálculo de tensão e corrente nos circuitos
elétricos.
 Aplicar as leis do magnetismo na solução
de problemas.
 Calcular resistor equivalente, tensão,
corrente, potência nas associações série,
paralela e mista.
 Calcular potência.
TEORIA ELETRÔNICA

Todos os efeitos da eletricidade são


consequências da existência de uma
partícula minúscula chamada elétron.
Como ninguém pode ver um elétron, e sim
apenas os feitos que ele produz,
denominamos de teoria eletrônica as leis
que governam o seu comportamento. Esta
teoria afirma que todos os efeitos elétricos
e eletrônicos são devidos ao movimento
de elétrons de um lugar para outro ou
resultantes do excesso ou da falta de
elétrons em um determinado lugar.

DIVISÃO DA MATÉRIA

Dividindo por exemplo uma gota de


água, sucessivamente, obteremos:
Molécula – menor parte em que uma
substância pode ser dividida, conservando
suas características ( H20 ).
Átomo – menor partícula em que um
elemento, neste caso O ou H, pode ser
dividido, conservando suas propriedades
originais.

Estrutura do átomo

Núcleo – nêutrons e prótons (+)


Eletrosfera – elétrons (-)
CORRENTE ELÉTRICA E CARGA
ELÉTRICA

A estrutura do átomo é mantida por


poderosas forças de atração entre o
núcleo e seus elétrons. Os elétrons das
órbitas mais externas do átomo, contudo,
são atraídos com menos força pelo núcleo
do que os elétrons das órbitas mais
próximas do núcleo. Em certos materiais
(condutores), os elétrons das órbitas mais
externas estão tão pouco presos aos
correspondentes núcleos que, facilmente,
podem ser forçados a deixar os átomos,
adquirindo um movimento entre eles.
Esses elétrons são chamados elétrons
livres. É o movimento orientado destes
elétrons que constitui uma corrente
elétrica.
CONDUTORES/ ISOLANTES/
SEMICONDUTORES

Condutores – são materiais que permitem


o movimento de elétrons livres,
deslocando-se em seu interior, de átomo
para átomo. Quanto maior o número de
elétrons deslocados, para uma dada força
aplicada, melhor é o condutor.
Ex: prata, cobre, alumínio, zinco, latão,
ferro, água salgada, etc.
Isolantes – são materiais que necessitam
de uma grande quantidade de energia
para permitirem o movimento de um
número muito pequeno de elétrons das
órbitas de seus átomos ( maus condutores
ou dielétrico).
Ex: vidro, mica, borracha, plástico,
cerâmica, ardósia, ar seco, etc.
Isolante X condutor
Semicondutores – são materiais
preparados, através da adição de
impurezas, cuidadosamente controladas,
de forma a proporcionar condução elétrica
em um sentido melhor do que no sentido
oposto.
Ex: germânio, silício, selênio, óxido de
cobre, etc.
CARGAS ELÉTRICAS

Os elétrons que, sob uma ação qualquer,


forem retirados de sua órbitas causarão
falta de elétrons no lugar de onde saírem
e um excesso de elétrons no ponto que
atingirem. O excesso de elétrons é
chamado de carga negativa, enquanto
que a falta é conhecida como carga
positiva. Quando estas cargas existirem, e
não estiverem em movimento, teremos a
eletricidade estática.
CARGAS ESTÁTICAS PRODUZIDAS POR
FRICÇÃO

Quando esfregamos dois corpos


diferentes, podemos retirar alguns
elétrons das órbitas dos átomos de um
dos corpos, enquanto o outro trata de
aprisionar estes elétrons. O material que
recebe elétrons adquire carga negativa, e
o que perde fica com carga positiva.
Se os materiais forem condutores, os
elétrons mover-se-ão livremente e as
cargas serão neutralizadas rapidamente.
Entretanto, se os materiais forem
isolantes, as cargas permanecerão
isoladas nos dois materiais.
Exemplos de substâncias que produzem
facilmente eletricidade estática: vidro,
âmbar, ebonite, flanela, seda, nylon, etc.
ATRAÇÃO E REPULSÃO

Quando os corpos estão carregados


com eletricidade estática, eles se
comportam da seguinte forma:

 Cargas de sinais opostos se atraem.

 Cargas de mesmo sinal se repelem.


LEI DE COULOMB

A atração ou repulsão das cargas


elétricas, quando os corpos encontram-se
separados, só ocorre devido a um campo
de força existente entre eles (campo
eletrostático).
A lei de Coulomb, prevê que, a força de
atração ou repulsão entre dois corpos
carregados é diretamente proporcional ao
produto das cargas presentes nos dois
corpos e inversamente proporcional ao
quadrado da distância entre eles.

LINHAS DE FORÇA ELETROSTÁTICA

São linhas imaginárias usadas para


mostrar o sentido e a intensidade de um
campo.
TRANSFERÊNCIA DE CARGAS
ELÉTRICAS

Por contato - é a transferência de carga


de um material para outro por contato
direto.

Por indução - é a distribuição da carga em


um material, provocada pela presença de
outro material, sem que haja contato
direto.
DESCARGA DAS CARGAS ELÉTRICAS

Sempre que dois corpos carregados com


cargas opostas são aproximados, os
elétrons em excesso no corpo carregado
negativamente serão atraídos na direção
do corpo carregado positivamente. Se de
alguma forma forem unidos, ou
dependendo da carga, forem
aproximados, os elétrons do corpo de
carga negativa se deslocarão em direção
ao de carga positiva.

Através de um fio: unindo dois corpos por


um fio.

Por contato: encostando dois corpos.

Por arco: aproximando dois corpos com


cargas elevadas, ocorrerá uma descarga
sob a forma de uma centelha.
Exemplos de descarga da eletricidade
estática: caminhões de combustíveis,
aviões, nuvens, etc.

MAGNETISMO

Imãs naturais - são aqueles que possuem


em sua constituição, um tipo de minério
de ferro chamado magnetita.
Imãs artificiais - são aqueles obtidos
através de processos de imantação.
Permanentes: são os que conservam o seu
magnetismo por muito tempo.

Temporários: são os que perdem o seu


magnetismo facilmente.

POLOS MAGNÉTICOS

Partes do ímã em que há forte


concentração do campo magnético.
Quando o ímã pode mover-se livremente,
o pólo Norte aponta para o norte geográfico
e o pólo Sul para o sul geográfico.
CAMPO MAGNÉTICO

São linhas de força invisíveis que deixam


o imã no pólo Norte e entram no pólo Sul.
Estas linhas costumam ser chamadas de
linhas de fluxo.
FORÇAS DE ATRAÇÃO/REPULSÃO

A atração e repulsão entre os pólos


magnéticos é devido ao campo magnético
que envolve o ímã. Sob este aspecto, os
pólos comportam-se como cargas
estáticas.
- Pólos opostos se atraem.
- Pólos iguais se repelem.
RELUTÂNCIA
Não existem isolantes para as linhas de
força magnéticas, porém, estas linhas se
estabelecem mais facilmente em
determinadas substâncias do que em
outras.
Relutância é a medida da dificuldade
com que um material concentra linhas de
força ou de fluxo. Substâncias que não se
deixam atravessar facilmente pelas linhas
de força possuem relutância alta,
enquanto que as que permitem, possuem
relutância baixa.
As linhas de força magnéticas escolhem
sempre o caminho de menor relutância.

CORRENTE ELÉTRICA

É o movimento de elétrons livres no


mesmo sentido, através de um meio
condutor.
SENTIDO DA CORRENTE
Tem-se dois sentidos, o eletrônico ou real
e o convencional.
Sentido eletrônico – refere-se ao sentido
do movimento dos elétrons, que é do
potencial negativo para o potencial
positivo.
Sentido convencional – refere-se ao
sentido do movimento das cargas
positivas, que é do potencial positivo para
o potencial negativo. Este sentido foi
convencionado, supondo que as cargas
positivas se movimentavam no circuito,
mas na realidade são os elétrons que se
movimentam no circuito elétrico.
UNIDADE DE INTENSIDADE DA
CORRENTE ELÉTRICA

Define-se como a rapidez com que se


processa o fluxo de elétrons. É dada em
ampère (A), que é definido como 1
coulomb passando em 1 segundo, em um
determinado ponto. O símbolo “I (i)”, é
utilizado para designar a intensidade da
corrente em esquemas e fórmulas.
DIFERENÇA DE POTENCIAL (ddp)

Entre dois corpos, com situações


elétricas diferentes há uma diferença de
potencial (ddp) ou tensão elétrica. Esta
tensão elétrica é medida em volts (V).
Existe ddp ou tensão elétrica entre dois
corpos, nas seguintes situações:
 Se um dos corpos for positivo e o outro
negativo.

 Se os dois corpos forem positivos, sendo


um deles mais positivo do que o outro.

 Se os dois corpos forem negativos, sendo


um deles mais negativo do que o outro.
TRABALHO

Define-se como o gasto de energia para


se obter ou manter uma diferença de
carga entre dois pontos. Quando um
condutor é ligado entre esses dois pontos,
estabelece-se uma corrente. O trabalho é
medido em (J).
Ex: Quando um corpo é elevado, gasta-se
energia e, portanto, realiza-se trabalho.
FORÇA ELETROMOTRIZ (F.e.m.)

Cargas elétricas separadas, ou diferença


de potencial, representam o potencial
(capacidade) de realizar trabalho. É a
diferença de potencial que faz os elétrons
se moverem, produzindo trabalho ou
sendo utilizados para gerar outras formas
de energia. Assim, temos que a F.e.m. é a
força que move os elétrons ou ddp de um
volt, quando isso acontece.
A unidade de ddp ou F.e.m é o volt. O
volt é definido como a ddp necessária
para produzir 1 joule de trabalho, quando
flui uma carga de 1 coulomb. À diferença
medida, dá-se o nome de tensão ou
voltagem e usa-se o símbolo “E” ou “V”
em esquemas e fórmulas.
POTÊNCIA ELÉTRICA

Sempre que uma tensão faz com que


elétrons se movam, realiza-se um
trabalho. A razão com que se faz esse
trabalho, ao deslocar elétrons de um
ponto para outro, é chamada de potência
elétrica e é representada pelo símbolo “P”.
Sua unidade básica é o Watt, que é
definido como a rapidez com que se faz
trabalho em um circuito em que flui uma
corrente de 1 ampère, quando a f.e.m.
aplicada é de 1 volt.

Ex: Para se realizar um mesmo trabalho,


por exemplo, suspender um determinado
peso, uma empilhadeira de baixa
potência, levará um tempo maior que uma
empilhadeira de alta potência.
COMO SE MANTER A F.e.m.

Um fato importante para que não haja


interrupção da corrente é a manutenção
das cargas elétricas. A diferença de
potencial entre os terminais deve
permanecer constante, caso contrário as
cargas destes terminais se igualariam, a
tensão cairia a zero e a corrente não mais
seria mantida.
Para se manter a f.e.m., podemos citar
dois exemplos:
Nos terminais de uma pilha produzem-
se cargas opostas devido a ação química
que tem lugar no seu interior e, à medida
que há corrente no terminal (-) para o
terminal (+) da pilha, a ação química
mantém estas cargas no seu valor
original.
Um gerador, mantém uma carga
constante nos seus terminais devido a
ação do condutor que se move no campo
magnético. A energia para mover o
condutor através do campo magnético do
gerador é proporcionada por um motor. A
tensão entre os terminais do gerador
permanece constante, e as cargas destes
terminais nunca se igualam, enquanto
persiste o movimento do condutor através
do campo magnético do gerador.
RELAÇÃO TENSÃO/CORRENTE

Sempre que dois pontos de potenciais


diferentes são ligados, há corrente.
Quanto maior a f.e.m. ou tensão, maior a
intensidade de corrente, e quando esse
valor é ultrapassado, o equipamento em
uso pode ser danificado.
Ex: A tensão indicada em uma lâmpada.
PRODUÇÃO E USO DA ELETRICIDADE

Para que possam ser mantidos excessos


e/ou deficiências de elétrons, durante a
produção de corrente, é necessário uma
fonte de energia externa. Existem diversos
efeitos para a produção de eletricidade:

Por fricção – a eletricidade (estática) é


produzida pelo atrito de dois materiais.
Por pressão – a eletricidade é produzida
pressionando-se cristais de certas
substâncias (piezoeletricidade). EX:
cápsulas de microfones de cristal
Por calor – a eletricidade é produzida pelo
aquecimento da junção de um termocuplo.
Ex: junção de um fio de cobre e um fio de
ferro.
Pela luz – a eletricidade é produzida pela
incidência de luz em certas substâncias
fotossensíveis. Ex: fotocélulas, pilhas
solares, etc.
Por ação química – a eletricidade é
produzida pela reação química. Ex: pilhas
Por magnetismo – a eletricidade é
produzida pelo movimento relativo entre
um ímã e um condutor, resultando no
“ corte” das linhas de força pelo condutor.
A quantidade de eletricidade produzida
dependerá (a) do número de espiras da
bobina, (b) da velocidade do movimento
do condutor dentro campo e (c) da
intensidade do campo magnético.
ELETROMAGNETISMO

Campo Eletromagnético – a corrente


através de um condutor gera um campo
magnético cujo sentido é determinado
pelo sentido da corrente. O sentido do
campo magnético é achado pelo uso da
regra da mão esquerda para um condutor
percorrido por uma corrente (sentido
eletrônico).
Campo magnético de uma bobina – uma
espira produz um campo magnético igual
ao de um imã em barra. Se juntarmos em
série várias espiras para formar uma
bobina, um campo magnético muito mais
intenso será produzido. A regra da mão
esquerda para uma bobina é usada na
determinação da polaridade magnética da
bobina.
Intensidade do Campo – aumentando-se o
número de espiras da bobina, ou a
corrente que circula na mesma, aumenta-
se a intensidade do campo. Um núcleo de
ferro pode ser inserido para concentrar o
campo nas extremidades da bobina, tendo
em vista possuir menor relutância que o
ar.
Eletroímãs – são ímãs obtidos através das
propriedades da corrente elétrica quando
percorre um condutor.

Campos de ímãs permanentes e de


eletroímãs – os campos dos eletroímãs
são muito mais intensos que os campos
dos ímãs permanentes e são os mais
usados nas máquinas elétricas práticas.
Quando se utilizam eletroímãs, a
intensidade do campo pode ser variada,
pela variação da corrente que circula nas
bobinas de campo.
GALVANÔMETRO

Instrumento básico indicador da


existência de uma corrente elétrica.
CUIDADOS NA LEITURA DE UM
MEDIDOR

Na maioria dos medidores, as leituras


mais precisas são aquelas feitas no centro
da escala, assim, a escala deve ser
escolhida de tal maneira que forneça uma
leitura o mais próximo possível do centro
do mostrador.
Não se deve usar um medidor,
indiferentemente, na posição horizontal e
vertical. Devido a detalhes mecânicos de
construção dos medidores, a posição
varia consideravelmente com a posição do
aparelho.Normalmente , os medidores de
painel são calibrados e ajustados para
serem utilizados na posição vertical.
A ajustagem do zero do medidor, quando
não houver corrente é uma preocupação
importante.
Para um leitura perfeita, deve-se alinhar
o ponteiro com a sua imagem no espelho
do painel, evitando o erro de leitura devido
ao ângulo de visada (paralaxe).
Quando o ponteiro do medidor se
localiza entre duas divisões da escala,
toma-se normalmente a divisão mais
próxima como leitura. Entretanto, quando
se deseja um resultado mais aproximado,
estima-se a posição do ponteiro entre as
duas divisões e soma-se a deflexão
adicional á leitura inferior (interpolação).
MEDIDORES

Na utilização de um medidor, a
graduação máxima de escala deverá ser
sempre maior que o valor máximo da
unidade que se deseja medir.
Amperímetro – dispositivo usado para
medir a razão com que a corrente flui
através de um condutor. Deve ser ligado
em série com os componentes do circuito,
obedecendo a polaridade (+) e (-).
Unidades de medida de corrente:
ampère
miliampère
microampère

Voltímetro – dispositivo usado pra se


medir a tensão (ddp) entre dois pontos
quaisquer de um circuito. Deve ser ligado
em paralelo com os componentes do
circuito, obedecendo a polaridade (+) e (-).
Unidades de medida de tensão:
quilovolt
volt
milivolt
microvolt
RESISTÊNCIA

É a oposição oferecida por um material à


passagem de corrente elétrica. Todo
material, por melhor condutor que seja,
oferece alguma resistência. Sua unidade
básica é o ohm (Ω).

Resistor – é um componente que oferece


resistência e é usado para controlar a
corrente.
FATORES QUE DETERMINAM A
RESISTÊNCIA DE UM CORPO

 O material – diferentes materiais


apresentam diferentes resistências.
Ex: prata e cobre ( baixa resistência)
ferro e nicrome (resistência mais
elevada)
O comprimento – a resistência é
diretamente proporcional ao comprimento.
 A área da seção transversal – a
resistência é inversamente proporcional à
seção transversal do condutor.
 A temperatura – Em alguns materiais, por
exemplo os metais, a resistência aumenta
com o aumento da temperatura. Isto
ocorre devido a desordem causada nos
elétrons livres, que apresentam maior
dificuldade para fluir entre os átomos.
Ohmímetro – dispositivo usado para se
medir resistência. Deve ser ligado em
paralelo com os componentes e nunca
com o circuito energizado.
Unidades de medida de resistência:
megohm
quilohm
ohm
miliohm
microhm
LEI DE OHM

Num dado circuito, a intensidade da


corrente elétrica varia diretamente com a
tensão e inversamente com a resistência.

V = R.I
CIRCUITO ELÉTRICO

É a combinação de uma fonte de


eletricidade com um condutor
possibilitando o fluxo contínuo de elétrons.
Para se estabelecer e manter a corrente
elétrica em um circuito devem existir:
 Uma fonte de tensão (ddp) para
proporcionar a energia que provoca o
deslocamento dos elétrons.
 Um caminho externo (condutor e carga)
para que os elétrons fluam do terminal (-)
para o (+) da fonte.
Os circuitos podem ser:
Abertos – Interrompido,onde não circula
corrente.
Fechados – não interrompido, onde circula
corrente.
Carga – dispositivo que transforma a
energia elétrica em outras formas úteis.
Ex: lâmpada, motor, telefone, televisor,
etc.
OBS: a carga pode ser entendida como a
energia necessária fornecida pela fonte.
Chaves – dispositivo utilizado para abrir e
fechar um circuito ou parte dele.
RESISTORES

Como vimos anteriormente, os


resistores são dispositivos com
resistência, usados para controlar a
corrente. Podem possuir valores fixos ou
variáveis, sendo feitos de fio ( grandes
correntes) ou de carvão ( pequenas
correntes).
Símbolo Resistor fixo Símbolo

Resistores de filme metálico de diversas


potências
RESISTORES DE CARVÃO (GRAFITE)
RESISTOR DE FIO
RESISTORES DE FIO
RESISTOR VARIÁVEL

Muitas vezes precisamos que o valor da


resistência varie,(por exemplo quando
você está aumentando o volume do seu
rádio, variando a luminosidade da
lâmpada no painel do carro) neste caso
deveremos usar um resistor variável.
Existem diversos tipos de resistores
variáveis.
Simbologia

Potenciômetro
( resistor variável ) de carvão
TOLERÂNCIA
Por ser muito difícil fazer um resistor
com valor exato, admite-se construí-lo
com valores de tolerância. As mais
comuns são as de 5%,10% e 20%.

CÓDIGO DE CORES
Quando os valores de resistência,
tolerância e características de temperatura
não estão impressas diretamente nos
corpos dos resistores, eles podem se
identificados por meio de um código de
cores. Ex: resistores de carvão.
Usam-se três cores para indicar o valor
da resistência e uma quarta cor pode ser
usada também para indicar a tolerância.
1ª faixa – algarismo significativo
2ª faixa – algarismo significativo
3ª faixa – valor multiplicador
4ª faixa – tolerância
A ausência da quarta faixa indica uma
tolerância de 20%.
Seja um resistor que tem a primeira
faixa verde, a segunda vermelha, a
terceira preta e a quarta ouro. Qual o seu
valor nominal?
SOLUÇÃO:

De acordo com o código de cores– verde


= 5, vermelho = 2, preto = X 1 e ouro
quando é a quarta faixa ( tolerância é 5%
), logo:

R = 52 X 1 ± 5% = 52Ω ± 2,6. O valor


nominal é 52Ω e com essa tolerância é
possível encontrar resistores com valor
efetivo de 50Ω a 54Ω.
CIRCUITO EM SÉRIE DE C.C.

São circuitos que oferecem apenas um


caminho a passagem da corrente.
Características:
Resistência – a resistência total é igual a
soma dos valores da resistências
existentes.

Rt = R1 + R2 + R3 +...
Corrente – é sempre a mesma em todos
os pontos do circuito.

It = I1 = I2 = I3 = ...

Tensão – a tensão aplicada é sempre


igual à soma das quedas de tensão nas
resistências individuais.

Et = E1+ E2 + E3 + ...
OBS: Um circuito em série pode ser
transformado em um circuito equivalente,
bastando encontrar a resultante das
resistências.
Circuito aberto – ocorre a interrupção do
circuito, a resistência é tida como infinita e
não há circulação de corrente.
Circuito em curto – a resistência tende a
zero e a corrente circulante é máxima.
Qual a indicação dos instrumentos no
circuito a seguir ?
Resposta:
Primeiro devemos calculara a resistência
equivalente RE = R1+R2+R3+R4 = 200 +
500 + 1000 + 1300 = 3000Ω = 3ΚΩ.
Em seguida devemos calcular a
corrente no resistor equivalente, a qual
será igual à corrente no circuito original: I
= 12V/3K Ω = 4mA.
Como a corrente no equivalente é igual
à corrente nos resistores da associação,
então podemos calcular a tensão em cada
um :
Resposta:

 U 1 = 200Ω x 4mA = 0,2KΩ x 4mA = 0,8V = 800mV


 U 2 = 500Ω x 4mA = 0,5KΩ x 4mA = 2V
 U 3 = 1KΩ x 4mA = 4V
 U 4 = 1,3KΩ x 4mA = 5,2V
 Observe que : U 1 + U 2 + U 3 + U 4 = 12V
CIRCUITOS EM PARALELO DE C.C.

São circuitos que oferecem mais de um


caminho a passagem da corrente.
Características:

Resistência – a resistência total é menor


do que a resistência individual do circuito.
1 = 1 + 1 + 1 + ...
Rt R1 R2 R3
Corrente – A corrente se divide pelos
ramos, igualmente, se todos os resistores
tiverem o mesmo valor; desigualmente, no
caso contrário.
It = I1 + I2 + I3 + ...

Tensão – é a mesma em todas as


resistências e é igual à tensão da fonte.
Et = E1 = E2 = E3 = ...
Calcule a resistência total do circuito e a
corrente total do circuito:
Comecemos pelos resistores em
paralelo. A resistência total de dois
resistores iguais em paralelo vale metade
da de um deles. Como cada um tem
resistência de 1kΩ , a associação terá
resistência de 500Ω .
Esses 500Ω estarão em série com os
1000Ω da resistência R1 logo, a resistência
total será 1000Ω + 500Ω = 1500Ω .
Cálculo da corrente total:
Itotal = Vcomum / Rtotal = 6V /
1500Ω = 0,004A = 4mA
CIRCUITOS MISTOS DE C.C.

São circuitos que apresentam elementos


associados em série e paralelo.
Características:
Decompondo-se o circuito, as
características são as mesmas dos
circuitos série e paralelo.
POTÊNCIA ELÉTRICA

Sempre que uma força produz


movimento, há trabalho. A ddp de um
circuito qualquer, desloca elétrons de um
ponto para outro, portanto produz
trabalho.
A potência é a rapidez com que é feito o
trabalho de mover elétrons de um ponto
para outro, convertendo a energia elétrica
em outras formas de energia. Sua unidade
é o Watt.
P=VxI
Variação da fórmula pela Lei de Ohm:
P=VxI P=VxI
P = (R x I) x I P=Vx(V)
R
Unidades de medida de potência:
megawatt
quilowatt
watt
miliwatt
microwatt
POTÊNCIA NOMINAL

Os equipamentos elétricos são


especificados de acordo com a razão com
que gastam energia elétrica. Esta energia
é convertida em outra forma de energia,
como o calor ou a luz, por exemplo.
Ex: Quanto mais rápido uma lâmpada
transformar energia elétrica em luz, maior
será o seu brilho; assim, uma lâmpada de
100 watts fornecerá mais luz que uma de
60 watts.
POTÊNCIAS NOMINAIS DE RESISTORES

Os resistores são especificados tanto em


ohms de resistência como de acordo com
a potência máxima que podem
apresentar, sem sofrer danos. Os
resistores de alta potência são fisicamente
maiores de que os de baixa potência, para
que tenham uma maior superfície para
dissipação de calor. São feitos também de
substâncias que podem suportar maiores
quantidades de calor.
FUSÍVEIS

São resistores metálicos projetados para


abrir um circuito elétrico, sempre que as
correntes através deles excedem seus
valores nominais. A energia consumida
pelo fusível eleva excessivamente a
temperatura do metal, fundindo-o e
queimando o fusível.
Tipos:
convencionais – são os que se queimam
imediatamente quando o circuito for
sobrecarregado.
de ação retardada – são os que suportam
sobrecargas momentâneas sem se
queimarem, mas, quando as sobrecargas
persistem, eles abrem o circuito.
POTÊNCIA NOS CIRCUITOS SÉRIE,
PARALELO E MISTO

A potência total nos circuitos série,


paralelo e misto, é obtida através da soma
das potências em todos os resistores do
circuito.
ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS EM
CIRCUITOS C.C.

Os problemas mais comuns (defeitos)em


circuitos são as aberturas e os curtos. Um
curto total ou parcial, determina excesso
de corrente, que pode queimar fusíveis ou
componentes, resultando em circuito
aberto.
Exame do circuito:
Observar ligações frouxas, fios
estragados,
evidência de superaquecimento, fusíveis
queimados, chaves abertas ou plugues
não instalados.
OBS: Lembre-se, um fusível queimado
significa que houve corrente em excesso,
e que isto é indicação de curto-circuito
parcial ou total. Se substituir o fusível e
ele queimar novamente, deverá procurar
um curto. Se substituir o fusível queimado
e nada acontecer, é provável que o curto
tenha queimado um componente do
circuito.
CORRENTE CONTÍNUA

A corrente tem sempre o mesmo sentido


(constante).
CORRENTE ALTERNADA

O sentido da corrente se inverte


periodicamente.

Vantagem do uso de C.A

Transmissão mais fácil e econômica,


podendo ser aumentada e reduzida com
uso de transformadores.
GERADOR ELEMENTAR
CICLO – Conjunto completo de valores
positivos e negativos de uma onda.

FREQUÊNCIA – Número de ciclos por


segundo (Hz).

FASE – Diferença de tempo relativa entre


os mesmos pontos de duas formas de
onda.

OBS : Valor de pico, pico-a-pico e rms


TENSÃO E CORRENTE EM CIRCUITOS
RESISTIVOS

A tensão e a corrente estão em fase,


tendo a mesma frequência e atingindo o
valor zero simultaneamente com o mesmo
sentido.

POTÊNCIA EM CIRCUITOS RESISTIVOS


P = E x I (Watts)
FATOR DE POTÊNCIA

É a relação entre a potência real ( I² x R


ou E²/R e o número de volts-ampères
(potência aparente = E X I) de um circuito.
Em um circuito resistivo o FP é igual a 1
ou 100%, pois E e I estão em fase.
INDUTÂNCIA (L)

É a capacidade de gerar uma f.e.m. de


auto-inducão que se oponha às variações
da corrente. Sua unidade é o henry (H).

Unidades de medida de indutância:


henry
milihenry
microhenry
OBS : A corrente está atrasada 90º em
relação à tensão.

Indutor – Bobina usada para prover


indutância a um circuito.

REATÂNCIA INDUTIVA

É a ação da indutância ao se opor à


C.A., causando atraso da corrente em
relação a tensão. É medida em ohms (XL).
POTÊNCIA EM CIRCUITOS INDUTIVOS

Um circuito puramente indutivo não


consome energia, pois a energia elétrica
solicitada, cria um campo magnético e
este a devolve ao circuito. Como não há
consumo, a potência é tida como
aparente.

POTÊNCIA REATIVA
É a diferença entre a potência aparente
e a real.
FATOR DE POTÊNCIA

P (Aparente – VA) = I x E

P (Real – Watts) = I² x R ou E ²
R

F.P = Pr = 0
Pa
CAPACITÂNCIA

É a propriedade de um circuito de se
opor às variações na tensão. Sua unidade
é o farad (F).
Unidades de medida de capacitância:
farad
microfarad
picofarad
OBS : A corrente está adiantada 90º em
relação à tensão.
Capacitor – Dispositivo elétrico usado
para proporcionar capacitância a um
circuito.

REATÂNCIA CAPACITIVA

É a ação da capacitância na corrente ,


fazendo com que esta se adiante 90º em
relação à tensão. É medida em ohms (XC).
POTÊNCIA EM CIRCUITOS CAPACITIVOS

Num circuito puramente capacitivo a


potência real é zero. O ângulo de
defasagem entre a corrente e a tensão é
de 90º.
FATOR DE POTÊNCIA

P (Aparente – VA) = I x E

P (Real – Watts) = I² x R ou E²/ R


F.P = Pr = 0
Pa
ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS EM
INDUTORES
 Enrolamento aberto – queima por corrente
excessiva, fio partido, solda fria.
Detecção do defeito – inspeção visual ou
teste de continuidade.
 Enrolamento em curto – espiras entram
em curto.
Detecção do defeito – teste de
continuidade.
 Curto com o núcleo – isolamento entre o
enrolamento e o núcleo defeituoso.
Detecção do defeito – teste de
continuidade ou provador de isolamento (
tensão elevada).

ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS EM
CAPACITORES
 Placas em curto – ruptura do dielétrico.
Detecção do defeito – teste de
continuidade.
 Circuito aberto – interrupção do circuito.
Detecção do defeito – teste de
continuidade (capacitâncias maiores) ou
teste com ponte de capacitâncias.
 Curto com o invólucro – curto entre uma
das placas e o invólucro.
Detecção do defeito – teste de
continuidade.
IMPEDÂNCIA

É a oposição total à corrente em um


circuito de C.A., é representada por (Z) e
dada em ohms. É a soma vetorial das
resistências com a reatância do circuito (
indutiva e/ou capacitiva).

Você também pode gostar