ELET032 – Materiais Elétricos e Magnéticos

5º período

AULA 03 – Níveis de energia atômica e molecular

Prof. Raphael Batista

(raphael.louro@ifmg.edu.br)

Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Avançado Itabirito

Engenharia Elétrica
 AULA 03 – Estrutura atômica

1. IMPORTÂNCIA DA ESTRUTURA ATÔMICA E SUAS LIGAÇÕES

• O tipo de ligação interatômica nos permite explicar as propriedades
de um material;
Exemplo: Carbono → grafita X diamante (alotropia: formas e
propriedades físicas diferentes dos elementos químicos).

Grafita Diamante

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1. IMPORTÂNCIA DA ESTRUTURA ATÔMICA E SUAS LIGAÇÕES

• Grafita: material relativamente macio, sensação de “graxa” ao toque,
razoavelmente bom condutor elétrico;
• Diamante: material mais duro que se conhece, alto valor agregado,
transparente à translúcido (cristal).
Diamante
Grafita

Propriedades dos materiais dependem dos arranjos

geométricos dos átomos e das interações que existem
entre átomos e moléculas

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2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
• Cada átomo consiste em um núcleo composto por prótons e nêutrons,
envolto por elétrons em movimento.

• Elétrons e prótons possuem cargas elétricas: 1,602.10-19 C de

magnitude. Elétrons possuem carga com sinal negativo, prótons têm
carga com sinal positivo e nêutrons são eletricamente neutros.

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2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
• Prótons e nêutrons apresentam massa similar, da ordem de 10-24 g,
muito maior que a do elétron, da ordem de 10-28 g;
• Um elemento químico será caracterizado pelo número de prótons em
seu núcleo: número atômico (Z);
• Se um átomo for completo ou eletricamente neutro, o número atômico
será igual ao número de elétrons;
• Elementos que ocorrem naturalmente na natureza apresentam Z de 1
(hidrogênio) a 92 (urânio). Z é um número inteiro!
• A massa atômica (A) de um átomo é a soma das massas dos prótons
e nêutrons no interior do núcleo. Um átomo de um elemento sempre
tem o mesmo número de prótons, mas o de nêutrons (N) pode variar.

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2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
• Átomos de alguns elementos podem ter duas ou mais massas
atômicas diferentes (isótopos = mesmo nº de prótons, mas A
diferente);
• O peso atômico de um elemento corresponde à média ponderada das
massas atômicas dos isótopos do átomo que ocorrem naturalmente;
• A unidade de massa atômica (u.m.a. ou uma) pode ser usada para
calcular o peso atômico → escala baseada em 1/12 da massa do
isótopo mais comum do carbono, o carbono 12 (12C, A = 12).
A=Z+N
• O peso atômico pode ser especificado em termos de massa por mol
de material;

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2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
• Um mol de uma substância apresenta 6,023.1023 átomos ou
moléculas, sendo o número de Avogrado;
• Molécula é um conjunto de dois ou mais átomos, ligados entre si por
ligações covalente (nada de ligação metálica ou iônica);
1 u.m.a./átomo (ou molécula) = 1 g/mol
Exemplo: O peso atômico do ferro é de 55,85 uma/átomo ou 55,85
g/mol.

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3.1 MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD (1911)

• Modelo atômico proposto por Ernest Rutherford, baseado na
experiência de Rutherford;
• Modelo de Thomson (1897): “pudim de passas”.
Átomo como esfera maciça de carga positiva
incrustada com elétrons (carga negativa)
distribuídos uniformemente.
Obs: Thomson descobriu
o elétron.

Modelo de Thomson

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3.1 MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD (1911)

• Partículas alfa: átomos de hélio (decaimento radioativo);
Exemplo:
ou
O experimento:
Fonte radioativa, lâmina de ouro →
medição das partículas alfa que
atravessavam a folha de ouro.
Resultado inusitado: poucas partículas
alfa foram refletidas ou desviaram do percurso.

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3.1 MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD (1911)

• Novo modelo: Átomo teria um núcleo de carga positiva, de tamanho

ínfimo em relação ao seu tamanho total, com elétrons orbitando à sua
volta (analogia ao sistema solar).

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3.1 MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD (1911)

• Falha no modelo de Rutherford: Apesar de “comprovado” por
experimento, a teoria clássica eletromagnética previa que toda carga
oscilando à uma frequência f emitiria energia na mesma frequência
(Max Planck, E = hf). Logo, os elétrons na eletrosfera emitiriam
energia até cair no núcleo.
• Niels Bohr, após sua tese, foi trabalhar com
Rutherford em Manchester, Inglaterra → pesquisa
para solucionar os problemas teóricos do modelo
de Rutherford.

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3.2 MODELO ATÔMICO DE BOHR (1920)

• Rutherford: teorizou o deslocamento dos elétrons por órbitas
circulares → contrariava a física clássica, pois os elétrons perderiam
energia e acabariam despencando no núcleo (a estrutura do átomo
era estável);
• Bohr: aperfeiçoou o modelo de Rutherford, utilizou o conceito de
quantização energética de Max Planck (1900).
Três postulados:
a) O elétron no átomo ocupa estados discretos de energia e não emite
energia nesses estados;
b) O elétron pode absorver/emitir energia quando salta de um estado
discreto para outro, com energia proporcional à frequência;

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3.2 MODELO ATÔMICO DE BOHR (1920)

c) As órbitas circulares possíveis são discretas e descritas pelo
momento angular L dos elétrons, L = (nh)/(2π), n = nível quântico.
Linhas espectrais:
n = 1 → estado fundamental;
1 < n < nmax → estado de excitação;
n > nmax → estado de ionização (átomo vira íon).
• Obs: ao receber energia, o elétron pode saltar para outra órbita, mais
energética. Ao voltar à sua órbita original, emite energia na forma de
fótons (pacotes de energia eletromagnética que compõem a luz).
Nota: o nêutron foi descoberto em 1932, por James Chadwich, motivo
de não aparecer nos modelos apresentados até aqui.

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3.2 MODELO ATÔMICO DE BOHR (1920)

Resumo:
1) Os elétrons que circundam o núcleo
atômico existem em órbitas que têm
níveis de energia quantizados.
2) A energia total do elétron (cinética e
potencial) não pode apresentar um valor
qualquer e sim, valores múltiplos de um
quantum (valores discretos, quantizados).

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3.2 MODELO ATÔMICO DE BOHR (1920)

Resumo:
3) Quando ocorre o salto de um elétron
entre órbitas, a diferença de energia é
emitida (ou suprida) por um simples
quantum de luz (também chamado de
fóton), que tem energia exatamente igual
à diferença de energia entre as órbitas
em questão.
4) As órbitas permitidas dependem de
valores quantizados (bem definidos) de
momento angular orbital, L.

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3.3 RESUMO DOS MODELOS E O ATUAL QUÂNTICO

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