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ELET032 – Materiais Elétricos e Magnéticos

5º período

AULA 05 – Níveis de energia atômica e molecular

Prof. Raphael Batista


(raphael.louro@ifmg.edu.br)

Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Avançado Itabirito


Engenharia Elétrica
AULA 05 – Ligações atômicas

1. LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS


• Compreensão das propriedades físicas dos materiais é aumentada
por um conhecimento das forças interatômicas que unem átomos uns
aos outros;
• Dois átomos isolados muito distantes → interações desprezíveis por
conta da grande distância;
• Dois átomos isolados à pequenas distâncias → forças de atração (FA)
ou de repulsão (FR);
• A magnitude da força depende da distância interatômica r;
• A FA depende do tipo particular de ligação que existe entre dois
átomos, enquanto a FR surge de interações entre as nuvens
eletrônicas (carga negativa) dos dois átomos (surge em menores
distâncias com a sobreposição das nuvens).

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AULA 05 – Ligações atômicas

1. LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS


• A força total ou resultante (F) é a soma da atrativa com a repulsiva:
F = FA + FR
• A força total é nula quando FA e FR se igualam, o que resulta em um
estado de equilíbrio;
• No estado de equilíbrio, a distância entre dois átomos se mantém (r =
r0);
• Pode ser conveniente trabalhar não com a força, mas com a energia
potencial entre dois átomos (E);
• A energia E é dada por:

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AULA 05 – Ligações atômicas

1. LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS


• No caso de sistemas subatômicos:

em que EA e ER são as energias resultantes da atração e repulsão da


separação interatômica entre dois átomos;
• A energia total E0 à distância r0 é chamada de energia de ligação para
os dois átomos;
• A energia total E0 pode ser vista como aquela necessária para
separar dois átomos até uma distância infinita.

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AULA 05 – Ligações interatômicas primárias

2. LIGAÇÃO IÔNICA
• A ligação iônica é encontrada sempre nos compostos cuja
composição envolve tanto elementos metálicos quanto não-metálicos,
ou seja, aqueles localizados nas extremidades horizontais da tabela
periódica;
• Se baseia na atração eletrostática de íons com cargas opostas;
• Íons são átomos que ganharam um ou mais elétrons (íons negativos
ou ânions) ou que perderam um ou mais elétrons (íons positivos ou
cátions);
• Ideia: transferência de elétrons de um ânion (metal) para um cátodo
(não-metal), resultando em uma camada de valência completa aos
dois íons (similar ao de um gás nobre).

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2. LIGAÇÃO IÔNICA
Exemplo: Na+ +F− → NaF (fluoreto de sódio)
Na+ =1s² 2s² 2p6 3s1 (K = 2, L = 8, M = 1),
F- = 1s² 2s² 2p5 (K = 2, L = 7),
NaF → Na (K = 2, L = 8) e F (K = 2, L = 8) → similar gases nobres

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2. LIGAÇÃO IÔNICA
• Metais: colunas IA, IIA e IIIA → 1, 2 e 3 elétrons na camada de
valência;
• Não-metais: colunas VA, VIA e VIIA → 5, 6 e 7 elétrons na camada de
valência;
• Regra do octeto: os átomos tendem a ser combinar de modo a ter 2
(K) ou 8 elétrons na sua camada de valência → mesma configuração
eletrônica dos gases nobres (estabilidade eletrônica);
• Metal com hidrogênio (hidreto) ou metal com ametal;
• Eletronegatividade: tendência de um átomo de roubar elétrons;
• Predominante em cerâmicas, fortes energias de ligação (altos pontos
de fusão), duros, frágeis, isolantes elétricos e térmicos.

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2. LIGAÇÃO IÔNICA
• Metais: colunas IA, IIA e IIIA → 1, 2 e 3 elétrons na camada de
valência;
• Não-metais: colunas VA, VIA e VIIA → 5, 6 e 7 elétrons na camada de
valência;
• Regra do octeto: os átomos tendem a ser combinar de modo a ter 2
(K) ou 8 elétrons na sua camada de valência → mesma configuração
eletrônica dos gases nobres (estabilidade eletrônica);
• Metal com hidrogênio (hidreto) ou metal com ametal;
• Eletronegatividade: tendência de um átomo de roubar elétrons;
• Predominante em cerâmicas, fortes energias de ligação (altos pontos
de fusão), duros, frágeis, isolantes elétricos e térmicos.

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3. LIGAÇÃO COVALENTE
• Princípio: Compartilhamento de pares de elétrons para atingir a
estabilidade eletrônica (gases nobres);
• Um elétron de um átomo será compartilhado por outro átomo para
atingir a estabilização pela regra do octeto;
• Realizada em ametais com ametais, ametais com hidrogênio e
hidrogênio com hidrogênio;
• As ligações costumam ser representada por traços, em que cada
ponta contém um elétron compartilhado (H–H);
• Fórmula eletrônica = fórmula de Lewis;
• Exemplo: H x – x H (fórmula eletrônica), H–H (fórmula estrutural) e H2
(fórmula molecular).

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3. LIGAÇÃO COVALENTE
• Princípio: Compartilhamento de pares de elétrons para atingir a
estabilidade eletrônica (gases nobres);
• Um elétron de um átomo será compartilhado por outro átomo para
atingir a estabilização pela regra do octeto;
• Realizada em ametais com ametais, ametais com hidrogênio e
hidrogênio com hidrogênio;
• As ligações costumam ser representada por traços, em que cada
ponta contém um elétron compartilhado (H–H);
• Fórmula eletrônica = fórmula de Lewis;
• Exemplo: H x – x H (fórmula eletrônica), H–H (fórmula estrutural) e H2
(fórmula molecular).

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3. LIGAÇÃO COVALENTE
• A ligação covalente é direcional: ocorre entre átomos específicos e
pode existir apenas na direção entre um átomo e o outro que participa
do compartilhamento dos elétrons;
• Para um átomo com N’ elétrons de valência, pode haver, no máximo,
8-N’ ligações covalentes;
• As ligações covalentes podem ser muito fortes (diamante) ou fracas
(bismuto), muito frequente em polímeros (cadeias de carbono).

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4. LIGAÇÃO METÁLICA
• A ligação metálica é encontrada nos metais e suas ligas;
• Metais apresentam 1 a 3 elétrons na camada de valência → baixa
eletronegatividade (facilidade de ter elétrons livres);
• Os elétrons dos metais se movimentam de forma “livre” ao longo dos
metais (cátions ou íons positivos), formando um “mar de elétrons” ou
“nuvem de elétrons”;
• Os elétrons restantes (fora da camada de valência) formam núcleos
iônicos (cátions);
• Os elétrons livres protegem os núcleos iônicos (cátions) das forças
eletrostáticas mutuamente repulsivas entre núcleos → natureza não
direcional da ligação metálica;

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AULA 05 – Ligações interatômicas primárias

4. LIGAÇÃO METÁLICA
• Os elétrons livres ainda atuam como uma “cola”, mantendo unidos os
núcleos iônicos;
• A ligação metálica pode ser forte ou fraca;
• Metais acabam sendo bons condutores de calor e eletricidade por
conta dos elétrons livres. Já os com ligação iônica e covalente, sem
elétrons livres, costumam ser isolantes de calor e eletricidade;
• Metais tem boa ductibilidade, com fraturas de deformação
permanente.

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4. LIGAÇÃO METÁLICA
• Os elétrons livres ainda atuma como uma “cola”, mantendo unidos os
núcleos iônicos;
• A ligação metálica pode ser forte ou fraca;
• Metais acabam sendo bons condutores de calor e eletricidade por
conta dos elétrons livres. Já os com ligação iônica e covalente, sem
elétrons livres, costumam ser isolantes de calor e eletricidade;
• Metais tem boa ductibilidade, com fraturas de deformação
permanente.

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AULA 05 – Ligações interatômicas secundárias

5. FORÇAS INTERMOLECULARES
• As ligações secundárias, de van der Waals, são fracas quando
comparadas as primárias;
• Ligação primária → ligação química, ligação secundária → ligação
física;
• Ligação secundária acaba sendo obscurecida em se qualquer ligação
primária estiver presente. Acaba ficando evidente em gases nobres e
em estruturas moleculares ligadas covalentemente;
• Ligação secundárias  proveniente dos dipolos atômicos ou
moleculares, isto é, separação entre as partes positiva e negativa de
um átomo ou molécula;
• Atração de Coulomb entre a extremidade positiva de um dipolo com a
negativa de outro adjacente.

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AULA 05 – Ligações interatômicas secundárias

5.1 DIPOLO INDUZIDO (FORÇA DE DISPERSÃO/REPULSÃO DE


LONDON)
• Ocorre em moléculas apolares (distribuição eletrônica é simétrica em
relação ao núcleo, carregado positivamente) e apresentam a menor
intensidade de força intermolecular;
• Vibração dos átomos causa distorções instantâneas e de curta
duração → pequenos dipolos. Exemplo: H2, CH4.

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5.2 DIPOLO PERMANENTE


• Existem em algumas moléculas em virtude do arranjo assimétrico de
regiões carregadas positivamente e negativamente (moléculas
polares);
• As moléculas polares podem induzir dipolos em moléculas apolares
adjacentes e uma ligação se formará como resultado das forças de
atração entre as duas moléculas. Magnitude da ligação maior que a
dos dipolos induzidos. Exemplo: HCl, H3C–O–CH3 (éter).

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5.3 LIGAÇÃO DE HIDROGÊNIO


• Forças entre moléculas polares adjacentes, com energia de ligação
significativamente maiores que às dos dipolos induzidos e
permanentes;
• A ligação de hidrogênio é um caso especial das ligações de dipolo
permanente (moléculas polares), ocorrendo com ligação direta do F,
O, N com o H;
• Como o único elétron do H é compartilhado, o elemento se comporta
como um próton isolado, que é neutralizado por qualquer elétron →
grande força de atração sobre a extremidade negativa de uma
molécula adjacente. Exemplo: HF, NH3,H2O.

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