Você está na página 1de 66

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

ESTRUTURA ATÔMICA E LIGAÇÃO


INTERATÔMICA
CAP. 02

CMA – CIÊNCIA DOS MATERIAIS


2º Semestre de 2014

Prof. Júlio César Giubilei Milan


ESTRUTURA ATÔMICA – Conceitos fundamentais

Átomos

Modelo nuclear

Neutrons
ESTRUTURA ATÔMICA – Conceitos fundamentais

Átomo – prótons (p) + neutrôns (n) + elétrons (e)

Número atômico (Z) – número de prótons do núcleo = número


de elétrons (átomo neutro)
Massa atômica (A) – soma das massas dos prótons e neutrons
do núcleo.
Isótopo – átomos do mesmo elemento que possuem massas
atômicas diferentes
ESTRUTURA ATÔMICA – Conceitos fundamentais

Matéria

Propriedades de partículas subatômicas


Partícula Símbolo Carga Massa, kg
Elétron e- -1 9,109 . 10-31
Próton p +1 1,673 . 10-27
Nêutron n 0 1,675 .10-27

*Cargas são dadas em múltiplos da carga fundamental, que no SI é 1,602x1019 C


ESTRUTURA ATÔMICA – Conceitos fundamentais

Alguns isótopos de elementos comuns

N° N° de Abundância,
Elemento Símbolo
Atômico, Z massa, A %
Hidrogênio 1H 1 1 99,985
Deutério 2H ou D 1 2 0,015
Trítio 3H ou T 1 3 -*
Carbono-12 12C 6 12 98,9
Carbono-13 13C 6 13 1,1
Oxigênio-16 16O 8 16 99,16

* Radioativo, vida curta


ESTRUTURA ATÔMICA – Conceitos fundamentais

Peso atômico – média ponderada das massas atômicas dos


isótopos do átomo que ocorrem
naturalmente.

Unidade de massa atômica – 1 u.m.a. = 1/12 da massa do


isótopo mais comum do carbono – carbono 12
(12C)
A = 12,00000
1 mol – 6,023.1023 átomos ou moléculas

1 u.m.a. = 1 g/mol
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

Modelos atômicos
Precursor da mecânica quântica – modelo atômico de Bohr
simplificado

Representação esquemática do átomo de Bohr*


Callister

Niels (Henrik David) Bohr – 1885-1962


ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

Mecânica quântica – (duas primeiras décadas do século XX) –


considerado o modelo que melhor descreve o comportamento
de partículas subatômicas
• Principal característica → quantização dos níveis de energia
que um elétron pode ter.
• Princípio de exclusão de Pauli → no máximo dois elétrons
podem ocupar o mesmo nível de energia (spins opostos).
• Princípio da Incerteza de Heisenberg → não se pode medir
com precisão ilimitada todas as quantidades que descrevem o
movimento de uma partícula
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

• Energia dos elétrons são quantizadas – níveis ou estados


energéticos

• Modelo de Bohr – limitado, não explicava fenômenos


envolvendo elétrons

• Modelo mecânico-ondulatório
Elétron (caracterizado tanto como onda como partícula)
Distribuição de probabilidade ou nuvem eletrônica
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

A teoria da Mecânica Quântica postula que o


elétron não pode ser considerado como uma
partícula que possui uma
órbita com um raio definido. Existe a
probabilidade de que o elétron seja
encontrado em algumas posições. A
localização do elétron é, então, melhor
descrita como uma distribuição de densidade
de probabilidade, que é
também chamada de nuvem eletrônica.

Fig. Comparação dos modelos de átomos de (a) Bohr e (b) mecânico


ondulatório em termos de distribuição eletrônica.
Callister
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

Elétrons
• Ocupam níveis de energia distintos dentro dos átomos
• Cada elétron possui energia específica
• Não mais que dois elétrons possuem a mesma energia
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

Para representar a localização espacial e a energia de um elétron


num átomo, são necessários 4 números quânticos.
Estados de energia → 4 parâmetros chamados NÚMEROS QUÂNTICOS
n – número quântico PRINCIPAL *
l – número quântico AZIMUTAL
ml – número quântico MAGNÉTICO
ms – número quântico de SPIN

A quantidade de níveis de energia possíveis é determinada pelos 3 primeiros


números quânticos
* Apenas este número quântico também está associado ao modelo de Bohr –
relacionado à distância de um elétron a partir do núcleo.
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

Tab. Valores permitidos para os números quânticos

Número quântico Valores permitidos


n 1, 2, 3, ...n

l 0 (s), 1 (p), 2 (d), 3 (f), ...(n-1)

ml -l,...., -1, 0, +1, ..., +l

ms -1/2 ou +1/2
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

NÚMEROS QUÂNTICOS

n – principal → nível – distância do elétron ao núcleo


n = 1,2,3,4,5,6,7
l – azimutal → descreve o nível de energia em cada camada quântica (forma da
nuvem eletrônica)
l= 0, 1, ... (n-1), mas é indicado por letras para evitar confusão
l = s, p, d, f * A nuvem eletrônica é esférica para elétrons s, mas possui geometrias
complexas para outros níveis

ml - magnético → orientação da nuvem eletrônica no espaço (número de estados


energéticos para cada subcamada)
-3, -2, -1, 0, +1, +2, +3 Animação 1.b-orbitais

Cada combinação diferente de n, l e m corresponde a um estado quântico único chamado orbital. Os


valores destes nrs quânticos especificam o tamanho, forma e orientação espacial do orbital eletrônico.

s – spin → sentido de rotação do elétron em torno de si próprio


-½,+½ usualmente utiliza-se ↑ e ↓
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

NÚMEROS QUÂNTICOS

Para catalogar os elementos é suficiente designar apenas os


valores de n e l e o número de elétrons em cada estado l.

Por exemplo:

(1s)1 → representa o hidrogênio (H),

(1s)2 → representa hélio (He),

(1s)2 (2s)2 (2p)4 → representa o oxigênio (O),

(1s)2 (2s)2 (2p)6 (3s)2 (3p)2 → representa o silício (Si).


ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

NÚMEROS QUÂNTICOS
Número máximo de elétrons
Nível Subnível
No subnível No nível
1 1s 1s2 2
2 2s 2p 2s2 2p6 8
3 3s 3p 3d 3s2 3p6 3d10 18
4 4s 4p 4d 4f 4s2 4p6 4d10 4f14 32
5 5s 5p 5d 5f 5s2 5p6 5d10 5f14 32
6 6s 6p 6d 6s2 6p6 6d10 18
7 7s 7p 7s2 7p6 8
= níveis
Principal (n)
1, 2, 3, ....n
= subníveis
Azimutal (l)
0, 1, ....(n-1)
= orbitais
Magnético (m)
0,  1,  2, ...
Spin (s) = rotação
2 por orbital ½
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

NÍVEIS ENERGÉTICOS

Fig. Representação esquemática das energias relativas dos elétrons para as várias camadas
e subcamadas
Callister
ESTRUTURA ATÔMICA – átomos

ELÉTRONS DE VALÊNCIA –
SÃO AQUELES QUE OCUPAM A CAMADA PREENCHIDA MAIS
EXTERNA

CORRESPONDE AO NÚMERO DE ELÉTRONS DE UM ÁTOMO QUE


PARTICIPAM DE LIGAÇÕES OU REAÇÕES QUÍMICAS

MUITAS DAS PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DOS SÓLIDOS SÃO


BASEADAS NESTES ELÉTRONS DE VALÊNCIA

SUGESTÃO DE LITERATURA
www.cienciadosmateriais.org
C01 – elétrons e ligações
ELEMENTOS

ELEMENTOS

• Elementos também são materiais


• Todos os materiais que utilizamos são feitos de
elementos
Ouro e prata – jóias
Alumínio – latas de cerveja e refrigerante
Carbono – diamante e lápis
Mercúrio – termômetros
Tungstênio – filamento de lâmpadas
ELEMENTOS

Tab. Abundância relativa dos Tab. Abundância relativa de elementos


elementos no universo (Mitchel, selecionados na crosta terrestre (Mitchel,
2004) 2004)
Elemento Abundância Elem. Abundância Elem. Abundância
relativa (Si=1) relativa (ppm) relativa (ppm)
Hidrogênio 12000 O 466000 F 300
Hélio 2800 Si 277200 Sr 300
Oxigênio 16 Al 81300 Ba 250
Nitrogênio 8 Fe 50000 Zr 220
Carbono 3 Ca 36000 Cr 200
Ferro 2.6 Na 28300 V 150
Silício 1 K 25900 Zn 132
Magnésio 0,89 Mg 20900 Ni 80
Enxofre 0,33 Ti 4400 Mo 15
Níquel 0,21 H 1400 U 4
Alumínio 0,09 P 1180 Hg 0,5
Cálcio 0,07 Mn 1000 Ag 0,1
Sódio 0,045 S 520 Pt 0,005
Cloro 0,025 C 320 Au 0,005
Cl 314 He 0,003
ELEMENTOS

ELEMENTOS

• Podem ser sistematicamente arranjados em uma tabela


periódica, de acordo com sua estrutura eletrônica.

ELEMENTOS NA TABELA PERIÓDICA


• Classificados de acordo com sua configuração eletrônica
• Ordem crescente de número atômico
Fileiras horizontais → período
Coluna ou grupo → estrutura semelhante de elétrons de valência,
propriedades físicas e químicas semelhantes.
TABELA PERIÓDICA

TABELA PERIÓDICA
TABELA PERIÓDICA

Grupo 0 – gases inertes – camadas preenchidas, configuração


eletrônica estável.
Grupo VIIA – deficiência de um elétron
Grupo VIA – deficiência de dois elétrons

Grupo IA – excesso de um elétron


Grupo IIA – excesso de dois elétrons

IIIB e IIB - metais de transição


IIIA, IVA e VA - características intermediárias entre metais e não
metais
Maioria dos elementos - METAIS
TABELA PERIÓDICA

Os elementos são classificados como metais,


não-metais e metalóides.
• Um metal conduz eletricidade, tem brilho,
é maleável e dúctil.
• Um não-metal não conduz eletricidade e
não é maleável nem dúctil.
• Um metalóide tem a aparência e algumas
propriedades de um metal, mas comporta-
se quimicamente como um não metal.
TABELA PERIÓDICA

Potencial de ionização – é a energia requerida para remover o


elétron mais fracamente ligado (geralmente o mais
externo) de um átomo gasoso isolado.
átomo (g) + PI → ion positivo (g) + e-

Afinidade eletrônica – é o processo inverso do potencial de


ionização. É a mudança de energia associada com
um átomo gasoso isolado aceitando um elétron.
átomo (g) + e- → ion negativo (g)

Raio atômico e iônico – em geral íons positivos são menores que


átomos neutros e íons negativos são ainda maiores.
Eletronegatividade – medida independente da atração que um
átomo tem por elétrons em uma ligação formada
com outro átomo.
TABELA PERIÓDICA

ELETRONEGATIVIDADE - eV

Elemento eletropositivo – capaz de ceder seus poucos elétrons de valência e


se tornar carregado positivamente
Elemento eletronegativo – capazes de receber elétrons e se tornar carregado
negativamente, ou compartilha elétrons
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS ÁTOMOS

LIGAÇÃO ATÔMICA NOS ÁTOMOS


Forças e energia de ligação
Propriedades físicas → forças interatômicas que unem os
átomos, prendendo-os.
Ex.:
2 átomos isolados
• Grandes distâncias – interações desprezíveis
• Aproximação – forças mútuas
Depende do tipo de ligação
• Atrativas (FA)
Dependem da distância  f(d)
• Repulsivas (FR)
Interações entre nuvens
eletrônicas
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS ÁTOMOS

Forças e energia de ligação

FL = FA + FR

ro – distância de equilíbrio
Para muitos átomos ro = 0,3 nm

Dependência das forças atrativas, repulsivas e líquida sobre a separação


interatômica para dois átomos isolados.
Callister.
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS ÁTOMOS

Forças e energia de ligação – energia potencial (mesma análise)

Eo – energia de
E = EA + ER
ligação
Energia necessária
para separar os dois
átomos
Dependência das energias atrativas, repulsivas e potencial líquida sobre a
separação interatômica para dois átomos isolados.
Callister.
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS ÁTOMOS

Forças e energia de ligação – materiais sólidos


Eo – associado a cada átomo
Dependem do material e tipo de ligação
• Magnitude da energia de ligação
• Forma da curva de energia em função da
separação interatômica
Propriedades dependem de Eo e da forma da curva
• Alta Eo - material sólido
• Baixo Eo - material gasoso
• Eo intermediários - líquidos
• Rigidez mecânica (módulo de elasticidade) depende da
forma da curva
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS ÁTOMOS

Forças e energia de ligação – materiais sólidos


• Rigidez mecânica (módulo de elasticidade) depende da
forma da curva
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS ÁTOMOS

Tipos e características das ligações

Ligações primárias – ligações fortes, são criadas


quando há interação direta entre dois ou mais
átomos. Quanto maior o número de elétrons por
átomos que participam do processo, mais forte a
conexão entre os átomos.
Ligações secundárias – ligações fracas, ocorrem devido
a interação indireta de elétrons em átomos
adjacentes ou moléculas.
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS ÁTOMOS

Tipos de ligações primárias – materiais sólidos


• Iônica
• Covalente
• Metálica
Envolvem os elétrons de valência
Dependem da estrutura eletrônica dos átomos
constituintes
Tendência dos átomos atingirem estruturas eletrônicas
estáveis, como dos gases inertes
Forças secundárias → mais fracas
LIGAÇÃO ATÔMICA NOS ÁTOMOS

Tab. Exemplos de substâncias com diferentes tipos de ligações interatômicas


LIGAÇÃO ATÔMICA NOS ÁTOMOS

Forças e ligações secundárias


• mais fracas
• Também influenciam propriedades físicas
LIGAÇÃO IÔNICA

LIGAÇÃO IÔNICA

Ocorre em elementos metálicos e não metálicos


Elementos situados nas extremidades horizontais da
tab.
Elem. Metálico doa elétrons p não metálico

NaCl
LIGAÇÃO IÔNICA

NaCl
Na Ne
2 8 1 2 8

→ cede um elétron → estrutura do Ne


carga positiva
Cl Ar
2 8 7 2 8 8

Cl → recebe um elétron → estrutura do Ar


LIGAÇÃO IÔNICA

Forças de ligação atrativa → Coulomb


LIGAÇÃO IÔNICA

Forças de ligação atrativa → Coulomb

Representação esquemática de uma ligação iônica no cloreto de sódio (NaCl).


Callister.
LIGAÇÃO IÔNICA

• Denominada NÃO DIRECIONAL  a magnitude da


ligação é igual em todas as direções ao redor do íon.
• Para que seja estável  todo íon positivo deve
possuir como vizinhos mais próximos íons
carregados negativamente e vice versa.
• Energia de ligação varia entre 600 e 1500 KJ/mol.
• Materias iônicos:
• Duros e frágeis e também isolantes elétricos e
térmicos  consequência direta das configurações
eletrônicas e/ou natureza da ligação iônica
LIGAÇÃO IÔNICA

Materiais cerâmicos → ligação predominante


Tab. - Energia de ligação e ponto de fusão para várias substâncias

Callister
LIGAÇÃO COVALENTE

LIGAÇÃO COVALENTE
Compartilhamento de elétrons por átomos adjacentes
Cada átomo compartilha 1 ou mais elétrons
LIGAÇÃO COVALENTE

Metano – CH4

Representação esquemática de uma ligação covalente numa molécula de


metâno (CH4).
Callister.
LIGAÇÃO COVALENTE

CH4
C Ne
2 4 2 8

C → compartilha quatro elétrons → estrutura do Ne

H He
1 2

H → compartilha um elétron → estrutura do He


LIGAÇÃO COVALENTE

Exemplos:
H2, Cl2, F2
CH4, H2O, HNO3, HF
Diamante, Silício, Germânio
GaAs, InSb, SiC
LIGAÇÃO COVALENTE

Número de ligações covalentes:


8-N’
N’ – número de elétrons de valência

Ex.:
Cloro (Cl) 2 8 7 N’=7
8–7=1

Carbono (C) 2 4 N’=4


8–4=4
LIGAÇÃO COVALENTE

• Denominada DIRECIONAL  ocorre entre átomos


específicos e pode existir apenas na direção entre
um átomo e o outro que participa do
compartilhamento de elétrons.
• Energia de ligação podem ser muito fortes
(diamante) ou muito fraca (bismuto).
• Materiais poliméricos → longa cadeia de átomos de
C ligados entre si de maneira covalente.
LIGAÇÃO COVALENTE

Podem ser muito forte:


Diamante → Tf = 3550 °C
Muito fraca:
Bismuto → Tf = 270 °C
Tab. - Energia de ligação e ponto de fusão para várias substâncias

Callister
LIGAÇÃO COVALENTE

• É possível a existência de ligações interatômicas que


são parcialmente iônicas e parcialmente covalentes.
• Muito poucos compostos exibem ligações
puramente iônica ou covalentes.
• O grau de cada tipo de ligação depende:
• Posições relativas dos átomos na tabela periódica
(eletronegatividade);
• Quanto maior for a separação, mais iônica será a
ligação;
• Quanto mais próximo estiverem os átomos, maior
será o grau de covalência.
% caráter iônico = 1-exp[-(0,25)(XA – XB)2 ] x 100
LIGAÇÃO COVALENTE

% caráter iônico = 1-exp[-(0,25)(XA – XB)2 ] x 100

XA e XB - eletronegatividades dos respectivos


elementos
LIGAÇÃO METÁLICA

LIGAÇÃO METÁLICA

Metais e suas ligas


Modelo simples
Materiais metálicos possuem um, dois ou três elétrons
de valência. Estes elétrons:
• Não estão ligados a nenhum átomo em
particular;
• Estão livres para se movimentar ao longo do
metal;
• Nuvens de elétrons.
LIGAÇÃO METÁLICA

Metais e suas ligas

Representação esquemática de uma ligação metálica


Callister.
LIGAÇÃO METÁLICA

Energia de ligação podem ser fraca ou forte:


Tungstênio → Tf = 3410 ºC
Mercúrio → Tf = -39 ºC
Tab. - Energia de ligação e ponto de fusão para várias substâncias

Callister
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Ligações fracas:
• Energia de ligação da ordem de 10 KJ/mol
• Forças surgem de dipolos atômicos ou moleculares

Ilustração esquemática de uma ligação de van der Waals entre dois dipolos
Callister.
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Dipolo → existe quando há uma separação das porções


negativas e positivas de um átomo ou molécula
Ligação ocorre pela atração coulombiana
Interações de dipolos ocorrem em:
• Dipolos induzidos
• Dipolos induzidos e moléculas polares
• Moléculas polares
Ligação de hidrogênio → ligação secundária,
encontrada em moléculas que possuem o H como um
de seus constituintes
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Dipolo induzido flutuante:


• Distribuição espacial dos elétrons simétrica em
relação ao núcleo
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Dipolo induzido flutuante:


• Movimentos vibracionais → distorções
instantâneas → formação de dipolos

• Induz átomos ou moléculas adjacentes a se


tornarem dipolos → atraídas pelo primeiro
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Dipolo induzido flutuante:


• Pode existir num grande número de átomos ou
moléculas
• Temperatura de fusão e ebulição extremamente
baixos
• Dos tipos de ligações intermoleculares, esta é a
mais fraca.
• Ex.: Liquefação de gases inertes e moléculas
eletricamente neutras e simétricas (H2, Cl2)
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Dipolo induzido flutuante:

Ligação de van der waals e o dipolo fraco


www.cienciadosmateriais.org
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Ligações entre moléculas polares e dipolos induzidos:


• Moléculas polares → dipolos permanentes (HCl)
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Ligações entre moléculas polares e dipolos induzidos:


• Podem induzir dipolos em moléculas apolares
adjacentes
• Energia de ligação > dipolos induzido flutuante
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Ligações dipolos permanentes:


• Moléculas polares adjacentes
• Energia de ligação significativamente maiores que
dipolos induzido flutuante
• Ligação de H (HF, H2O, HN3)
• Tipo mais forte de ligação secundária

Ilustração esquemática de uma ligação de hidrogênio


Callister.
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Ligações dipolos permanentes:

A molécula da água, os dipolos e a direção da atração entre as moléculas


www.cienciadosmateriais.org
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS OU DE VAN DER WAALS

Tab. - Energia de ligação e ponto de fusão para várias substâncias

Callister

Você também pode gostar