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UNIME – União Metropolitana de Educação e Cultura S/C Ltda

Curso – Engenharia Elétrica


Disciplina – Cálculo 1

CALCULO I
Ementa
Limites e continuidade;
Derivadas e regras básicas de derivação;
Regras avançadas de derivação;
Derivadas superiores;
Otimização de funções de uma variável;
Teorema Fundamental do Cálculo.
Competências
 Utilizar o conhecimento matemático para
realizar a leitura e a representação da 
realidade, procurando agir sobre ela;

 Compreender os conceitos e as técnicas do


cálculo diferencial e integral para 
resolver problemas do cotidiano.
Habilidades
 Aplicar conhecimentos matemáticos referente ao
Cálculo Diferencial e Integral à engenharia para:

- Identificar, formular e resolver problemas. 


- Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar
projetos e serviços. 
- Atuar em equipes multidisciplinares. 
Justificativa da Disciplina

 A ampliação do conhecimento sobre o Cálculo


Diferencial e Integral possibilita ao aluno utilizar
os recursos dessas áreas nas resoluções de situações
problemas inerente da área de computação.
Objetivo da Disciplina
1. Adquirir habilidades no uso correto dos conceitos
fundamentais do Cálculo Diferencial e Integral. 
2. Saber identificar que técnicas do Cálculo Diferencial e
Integral podem ser utilizadas na modelagem de uma situação
problema.
3. Utilizar os recursos do Cálculo Diferencial e Integral como
instrumento para resolver problemas, de natureza física e
geométrica, no decorrer do curso e na vida profissional.
4. Relacionar os conceitos do Cálculo Diferencial e Integral a
problemas e conceitos de outras áreas do conhecimento. 
Objetivos por Unidade de Ensino
1ª Unidade: Adquirir habilidades no uso correto dos
conceitos fundamentais das Funções elementares, de
Limites e de Derivadas.

2ª Unidade: Adquirir habilidades no uso correto dos


conceitos fundamentais de Derivadas e suas
Aplicações e Integrais.
Unidades de Ensino
1ª Unidade 
I – Limites:
1. Noção intuitiva de limites.
2. Continuidade.
3. Propriedades operatórias dos limites.
4. Cálculo de limites do tipo 0/0. 
5. Cálculo de limites do tipo k/0. 
6. Limites no infinito.
7. Limites fundamentais. 
II – Derivadas: 
1. Equação da reta tangente e normal ao gráfico de uma função.
2. Definição e interpretação geométrica. Teorema: derivabilidade x
continuidade.
3. Regras de derivação. 4. Derivada das funções polinomiais,
funções trigonométricas, exponenciais e logarítmicas
Unidades de Ensino
2ª Unidade:
I – Derivadas
1. Derivada da função composta. 
2. Derivada das funções trigonométricas inversas. Derivadas sucessivas. 
3. Regra de L’Hospital.
4. Derivada na forma paramétrica. Derivada na forma implícita
II – Aplicações Derivadas 
1. Taxa de variação. Interpretação cinemática da derivada. 
2. Máximos e mínimos. 
3. Funções crescentes e decrescentes. 
4. Teste da 1ª derivada e da 2ª derivada. 
5. Concavidade e ponto de inflexão. Assíntotas e esboço de gráficos de
funções. 
6. Problemas de Otimização. 
Unidades de Ensino
III – Integrais 
1. Integral indefinida. Propriedades. 
2. Integração por substituição.
3. Integral definida. Teorema Fundamental do Cálculo.
4. Cálculo de áreas.
Proposta Metodológica - Atividades de Aprendizagem Teórico/Práticas
O conteúdo programático será desenvolvido através de aulas expositivas
sobre o conteúdo teórico e aulas de exercícios. A explanação do
conteúdo, direcionando para uma discussão coletiva que deverá
apresentar como as diversas técnicas do Cálculo Diferencial e Integral
poderão ser utilizadas para a solução de uma situação problema dada.

Proposta Metodológica - Atividades de Aprendizagem Orientadas


Serão atividades extraclasse, que os acadêmicos desenvolverão, visando
a auto-aprendizagem, descritas na aula estruturada de forma clara,
objetiva, contendo o tempo médio que o acadêmico necessitará para o
seu desenvolvimento e podem compor as avaliações parciais. Apresentar
e compartilhar as soluções encontradas.
Proposta de Avaliação do Processo
Ensino e Aprendizagem
Serão realizadas duas avaliações dividias entre os
dois bimestre letivo, sendo:

1º Bimestre: Avaliação escrita e Presencial (peso 7)


1 Trabalho (peso 3)

2º Bimestre: Avaliação escrita e Presencial (peso 7)


1 Trabalho (peso 3)
Referências Básicas
ANTON, HOWARD.Cálculo um novo horizonte, 6ª
ed. Porto Alegre, Volume I, Ed. Bookman, 2000.

FLEMMING, D. E GONÇALVES, M. Cálculo A, 5ª


ediçao, Makron Books

 LEITHOLD, Louis. O Cálculo com Geometria


Analítica, Volume I. Harbra, 1994.
BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR:
THOMAS, G. B. Cálculo. São Paulo: Addison Wesley, 2006. v.1. 

HOFFMANN, L. D.; BRADLEY, G. L. Cálculo: um curso moderno e


suas aplicações. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 

LARSON, R.; EDWARDS, B. H. Cálculo com aplicações. 6.ed. Rio


de Janeiro: LTC, 2005.
HUGHES-HALLET, D.; GLEASON, A. M.; MCCALLUM, W. G., et
al. Cálculo de uma variável. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 
STEWART, James. Cálculo : volume 1. 6. ed. São Paulo : Cengage
Learning, 2009. 
 
MUNEM, Mustafa A; FOULIS, David J. Cálculo. Rio de Janeiro: LTC
- Livros Técnicos e Científicos, c1982. v. 1.
Comentários sobre o Cálculo Diferencial e
Integral

No século XVII, vários matemáticos, entre eles Isaac Newton e


Leibniz trabalhavam na solução de três problemas:
 Definição de reta tangente ao gráfico de uma função.
 A velocidade instantânea.
 Áreas de regiões planas sob o gráfico de uma função.

O conjunto das ferramentas matemáticas desenvolvidas por eles


nas soluções desses problemas, passaram a ser utilizadas em
outras áreas e tornou-se conhecido como Cálculo Diferencial e
Integral.
Situações onde usamos o Cálculo Diferencial
e Integral :
 Prognóstico de resultados de uma reação química.
 Mensuração da variação instantânea da corrente elétrica,
num circuito.
 Investigação sobre taxa de decrescimento de bactérias em
uma cultura.
 Cálculo da distância máxima percorrida por um foguete.
 Cálculo do fluxo sanguíneo através de uma artéria.
NOÇÃO INTUITIVA DE
LIMITE
Exemplo 1.
 Considere que uma pessoa que observa o ângulo de elevação do
topo de uma árvore, da qual ela se aproxima, numa mesma direção.

Observe que enquanto a distância d dessa pessoa à árvore se aproxima de zero, o


ângulo  se aproxima de 90o , mas nunca alcança esse valor, já que a distância d
não pode ser zero, pois a pessoa não pode ocupar a posição da árvore.
Observe também que o ângulo de elevação  é função da distância
d( quanto menor a distância maior é o ângulo de elevação),
assim você pode escrever que  = f ( d ).
Além disso, essa função não está definida para d = 0.
Diz-se então que “o ângulo de elevação  tendeu ao limite 90o quando a distância d
se aproximou de zero”.
Usando a representação matemática: lim θ  90 ou lim f (d)  90
d0 d0
Exemplo 2.
Considere um viajante que deve chegar de trem a Paris às 17:17 horas. Observando a demarcação da
estrada e o seu relógio, coleta os seguintes dados:

1 km – 0,621371
Tudo ocorre como o previsto e o trem
chega a estação às 17:17 horas.
distância

10

Observe que a distância à estação é


função do tempo, assim pode-se
escrever que d = f ( t ).
4
Usando a representação matemática:
lim
t 17 :17
d0 2

ou lim
t 17 :17
f (t)  0 1 10 13 15 17
minutos
Exemplo 3. x3  x2
Considere a função : f (x)  D(f) = R – { 1}.
2x  2

x f(x)
0,9 0,405
0,99 0,49005
0,999 0,4990005
0,9999 0,499900005

x f(x)
1,1 0,605
1,01 0,51005 - 15 - 14 -13 -12 -1 -1 0 - 9 - 8 -7 - 6 - 5 - 4 -3 -2
23
-1 - 1
- 2
- 3
1

- 45
- 6
- 78
- 9
y

1 2 3 x
12
(g )x  2x

1,001 0,5010005
1,0001 0,5001
1,00001 0,50001 x3  x 2
f (x) 
Observe também que para x  1, tem-se: 2x  2
3 2 2 1
x x x ( x  1)
f (x)    x 2  g( x )
2x  2 2( x  1) 2
 x3  x2 
Pode-se então dizer que “quando x tende a 1, f(x) tende a 0,5” ou , lim 
 2x  2 
x 1 
  0,5

Exemplo 3.
1
Considere a função : f ( x )  D(f) = R – { 0}.
x
Observe que:

1. Quando se faz x aproximar-se de


zero, por valores menores que zero, as
imagens desses valores de x decresce
ilimitadamente.
Representação matemática: lim (1/ x )  
x 0-
2. Quando se faz x aproximar-se de zero,
por valores maiores que zero, as imagens
desses valores de x cresce ilimitadamente.

Representação matemática: lim (1/ x )  


x 0 

Esses limites são chamados de limites laterais.

Como os limites laterais são diferentes diz-se que não existe o limite lim (1 / x ) .
x 0

Pode-se concluir então que o limite lim f ( x ) existe se,somente se, os limites
xa
laterais são iguais.
lim f ( x )  lim f ( x )
x a - x a 
Em geral diz-se: “Se uma função f definida num intervalo aberto contento o número
real a, exceto possivelmente em a, e se a medida que x se aproxima de a (pela
direita e pela esquerda), o valor de f(x) se aproxima de L, escrevemos: lim f ( x )  L
x a

y
y y f (a )  b  L
Não existe f(a) b
f(a) = L y = h(x)
y = f(x) y = g(x)
L
L L

a x
a x a x
lim f ( x )  L lim f ( x )  L lim f ( x )  L
x a  x a-
x a 

Em todos os casos,

Assim o limite independe do valor da função no ponto a.


O valor a pode até não pertencer ao domínio da função.
Limites no infinito
Observe ainda a função:
1
f (x) 
x
1. Quando se faz x diminuir
ilimitadamente as imagens desses
valores de x aproximam-se de zero.

Representação matemática:
lim (1/ x )  0
x - 
2. Quando se faz x aumentar
ilimitadamente as imagens
desses valores de x aproximam-
se de zero.

Representação matemática:

lim (1 / x )  0
x  

Esses limites são conhecidos como limites no infinito.


Exemplo 5.
Considere o gráfico da função f(x) esboçado a seguir e determine, se possível:

lim f ( x )    lim f ( x )  0
lim f ( x )
x 3

x  6 x  3
lim f ( x )    lim f ( x )  5 não existe
x 3

x  6
lim f ( x ) não existe lim f ( x )  2
x 6
x 0

lim f ( x )  2
x  

lim f ( x )  1
x  1 lim f ( x )  1
x 1
lim f ( x )  1
x 1
lim f ( x )   
x 

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