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Parametrização de curvas no espaço

Quando uma partícula se move pelo espaço durante um


intervalo de tempo I, pensamos nas coordenadas da partícula
como funções definidas em I:

x = ƒ(t), y = g(t), z = h(t), t 𝜖 I.

Os pontos (x, y, z) = (ƒ(t), g(t), h(t)), t 𝜖 I, formam a curva no espaço, a qual chamamos
de trajetória da partícula. As equações e o intervalo parametrizam a curva.

A curva no espaço também pode ser representada na forma vetorial pelo vetor posição.
r é uma função vetorial da variável real t no intervalo I.
Equação vetorial para uma Reta 𝑃0𝑃 = 𝑡 𝐯
(𝑥 − 𝑥0 , 𝑦 − 𝑦0 , 𝑧 − 𝑧0 ) = 𝑡(𝑣1 , 𝑣2 , 𝑣3 )
Uma equação vetorial para a reta L que passa
por 𝑃0(𝑥0, 𝑦0, 𝑧0), paralela a 𝐯 = (𝑣1 , 𝑣2 , 𝑣3), é:

r(t) = r0 + t v, −∞ < 𝑡 < ∞

(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥0, 𝑦0 , 𝑧0 ) + 𝑡(𝑣1 , 𝑣2 , 𝑣3 ) r0 r(t)

𝑥 = 𝑥0 + 𝑡 𝑣1 𝑦 = 𝑦0 + 𝑡 𝑣2 𝑧 = 𝑧0 + 𝑡 𝑣3

Onde r é o vetor posição de um ponto P(x, y, z)


sobre L e r0 é o vetor posição de 𝑃0(𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 ).
Encontre equações paramétricas para a reta que passa por (–2, 0, 4), paralela
a v = 2i + 4j – 2k

r(t) = r0 + t v

(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥0, 𝑦0 , 𝑧0 ) + 𝑡(𝑣1 , 𝑣2 , 𝑣3 )

(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−2, 0, 4) + 𝑡(2,4, −2)

𝑥 = −2 + 2𝑡 𝑦 = 0 + 4𝑡 𝑧 = 4 − 2𝑡
Encontre equações paramétricas para a reta que passa por P(–3, 2, –3) e Q(1, –1, 4).

r(t) = r0 + t 𝑃𝑄 , ou (𝑥 − 𝑥0 , 𝑦 − 𝑦0 , 𝑧 − 𝑧0 ) = 𝑡 𝑃𝑄

𝑃𝑄 = 1 − −3 , −1 − 2, 4 − −3 = (4, −3, 7)

(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (−3, 2, −3) + 𝑡(4, −3, 7) 𝑥 = −3 + 4t y = 2 − 3t z = −3 + 7t

(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (1, −1, 4) + 𝑡(4, −3, 7) 𝑥 = 1 + 4t y = −1 − 3t z = 4 + 7t


Parametrização do círculo de raio r

𝑥2 + 𝑦2 = 𝑟2

𝑥 = 𝑟 cos 𝜃 𝑦 = 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃, 0 ≤ 𝜃 ≤ 2𝜋.


𝑦
tan 𝜃 =
𝑥
Hélice: r(t) = (cos t)i + (sen t)j + tk

A curva traçada por r gira ao redor do


cilindro circular x2 + y2 = 1. A curva está localizada
sobre o cilindro porque os componentes i e j de r, sendo
as coordenadas x e y da extremidade de r, satisfazem a
equação do cilindro:

A curva sobe a medida que o componente em k, z = t,


aumenta.

As equações x = cos t, y = sen t, z = t


parametrizam a hélice, com o intervalo −∞ < 𝑡 < ∞

Metade superior da hélice


Uma curva que é feita de um número finito de curvas suaves ligadas continuamente
é denominada suave (lisa) por partes.

Curva suave por partes formada por


cinco curvas suaves conectadas
continuamente de extremidade a
extremidade. A curva aqui não é
suave nos pontos de conexão entre
as cinco curvas suaves.
Derivadas de Funções Vetoriais

DEFINIÇÃO
A função vetorial r(t) = ƒ(t)i + g(t)j + h(t)k possui
uma derivada (é derivável) em t se ƒ, g e h possuem
derivadas em t. A derivada e a função vetorial
Vetor velocidade, vetor aceleração e vetor tangente unitário
o Se r e o vetor posição de uma partícula que se move ao longo de uma curva suave
𝑑𝒓
no espaço, então 𝐯 = é o vetor velocidade da partícula, tangente a curva.
𝑑𝑡
o Em qualquer instante t, a direção e sentido de v é a direção e sentido de
movimento, a magnitude 𝐯 é a rapidez da partícula.
𝑑𝐯
o A derivada 𝐚 = , quando existe, é o vetor aceleração da partícula.
𝑑𝑡
Resumo,
𝑑𝐫
1. A velocidade é a derivada de posição: 𝐯 =
𝑑𝑡
2. Rapidez (magnitude da velocidade): 𝐯
𝑑𝐯 𝑑2𝐫
3. Aceleração: 𝐚 = = 2
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝐯
4. Vetor unitário de 𝐯 (no instante 𝑡): 𝑻 =
𝐯
Vetores na Parametrização de Curvas


𝑑𝐫
𝐯=𝐫 = 𝐫′ 𝑑𝐫 = 𝐫′ 𝒅𝑡
𝑑𝑡

𝑑s
𝑑𝑠 = 𝑑𝐫 𝑑s = 𝐫′ 𝑑𝑡 𝐫′ = 𝐯 =
𝑑𝑡

𝑑𝐫 𝐫′ 𝐯
𝑻= = =
𝑑𝑠 𝐫′ 𝐯
r(t) = x(t)i + y(t)j + z(t)k

𝑑𝐫 𝑑𝑥 𝑡 𝑑𝑦 𝑡 𝑑𝑧(𝑡)
= 𝐫′ = , ,
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Regras de derivação para funções vetoriais
Sejam u e v funções vetoriais deriváveis de t, C um vetor constante, c qualquer
escalar e ƒ qualquer função escalar derivável.
Integrais de funções vetoriais
Parametrizar o segmento de reta C unindo a origem ao ponto (1, 1, 1). Calcule
também a derivada,𝐫′ 𝑡 , do vetor posição parametrizado e o módulo 𝐫′(𝑡) .
r(t) = r0 + t v,

𝐫(t) = (0,0,0) + 𝑡(1 − 0, 1 − 0, 1 − 0)

𝐫 𝑡 = 𝑡𝐢 + 𝑡𝐣 + 𝑡𝐤, 0 ≤ 𝑡 ≤ 1.

𝐫′(𝑡) = 𝐢 + 𝐣 + 𝐤

𝐫′ = 12 + 12 + 12 = 3
A Figura mostra outra trajetória a partir da origem a (1, 1, 1), a união dos segmentos
de reta C1 e C2. Parametrize a trajetória C1 ∪ C2

r(t) = r0 + t v,
Parametrizar a metade do círculo superior do circulo unitário x2+y2=1. Calcule
também a derivada do vetor posição parametrizado.

O círculo unitário pode ser parametrizado por


meio das equações 𝑥 = cos 𝑡 e 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛 𝑡
𝐫 = cos t, sen t ; 0 ≤ 𝑡 ≤ 𝜋
𝐫′ = −sen cos t
Parametrize a curva C formada pelo arco C1 da parábola y=x2 de (0,0) a (1,1), seguido
pelo segmento de reta vertical C2 de (1,1) a (1,2)

A curva C é mostrada na Figura. C1 é o gráfico de uma função


de x, então podemos escolher x como parâmetro e as equações
de C1 se tornam 𝑥 = 𝑥 e 𝑦 = 𝑥2𝑀𝑀𝑀0 ≤ 𝑥 ≤ 1

𝐫 = 𝑥, 𝑥2 ; 0≤ 𝑥 ≤ 1

Em C2:

𝐫 = (1, 𝑦) ; 1 ≤ 𝑦 ≤ 2
Comprimento de arco no espaço (L)

𝑑s = 𝐫′ 𝑑𝑡
𝑏
𝐋= 𝑑𝑠 = 𝐫′ 𝑑𝑡
𝐶 𝑎
Uma asa-delta esta levantando voo ao longo da hélice
r(t) = (cos t)i + (sen t)j + tk. Qual o comprimento da
trajetória do planador entre t = 0 e t = 2𝜋?
Uma asa-delta esta levantando voo ao longo da hélice
r(t) = (cos t)i + (sen t)j + tk. Qual o comprimento da
trajetória do planador entre t = 0 e t = 2𝜋?

𝑏
𝐋= 𝑑𝑠 = 𝐫′ 𝑑𝑡
𝐶 𝑎

r(t) = (cos t)i + (sen t)j + tk.


r'(t) = (-sen t) i + (cost) j + 1 k
Campos Escalares

Um campo escalar é uma função com valores reais.


Exemplo: Campo de temperaturas, campo de pressões, massa, etc.
Integrais de Linha 𝒇 𝒙, 𝒚, 𝒛 𝒅𝒔
𝑪

ƒ(x, y, z) é uma função de valores reais que


desejamos integrar sobre a curva C que esta
dentro do domínio de ƒ e parametrizada por
r(t) = x(t)i +y(t)j + z(t)k a ≤ t ≤ b

∆𝑊 = 𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 ∆𝑠
Integrais de Linha 𝒇 𝒙, 𝒚, 𝒛 𝒅𝒔
𝑪

r(t) = ( x(t) , y(t) , z(t) ) 𝑑s = 𝐫′ 𝒅𝑡

𝑏
𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑑𝑠 = 𝑓 𝑥 𝑡 ,𝑦 𝑡 ,𝑧 𝑡 𝐫′ 𝑑𝑡
𝐶 𝑎
Integre ƒ(x, y, z) = x – 3y2 + z sobre o segmento de reta C unindo a origem ao
ponto (1, 1, 1)
Integre ƒ(x, y, z) = x – 3y2 + z sobre o segmento de reta C unindo a origem ao
ponto (1, 1, 1)

𝐶
𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑑𝑠 =? 𝑑𝑠 = 𝐯 𝑑𝑡 𝐯 = 𝐫′
𝑏
𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑑𝑠 = 𝑓 𝑥 𝑡 ,𝑦 𝑡 ,𝑧 𝑡 𝐫′ 𝑑𝑡 r(t) = r0 + t v,
𝐶 𝑎

𝐫(t) = (0,0,0) + 𝑡(1 − 0, 1 − 0, 1 − 0)

𝐫 𝑡 = 𝑡𝐢 + 𝑡𝐣 + 𝑡𝐤, 0 ≤ 𝑡 ≤ 1.
𝐫′(𝑡) = 𝐢 + 𝐣 + 𝐤 𝐫′ = 12 + 12 + 12 = 3
A Figura mostra outra trajetória a partir da origem
a (1, 1, 1), a união dos segmentos de reta C1 e C2.
Integre ƒ(x, y, z) = x – 3y2 + z sobre C1 ∪ C2
A Figura mostra outra trajetória a partir da origem a (1, 1, 1), a união dos
segmentos de reta C1 e C2. Integre ƒ(x, y, z) = x – 3y2 + z sobre C1 ∪ C2

𝑏
𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑑𝑠 = 𝑓 𝑥 𝑡 ,𝑦 𝑡 ,𝑧 𝑡 𝐫′ 𝑑𝑡
𝐶 𝑎

r(t) = r0 + t v,
A Figura mostra outra trajetória a partir da origem a (1, 1, 1), a união dos
segmentos de reta C1 e C2. Integre ƒ(x, y, z) = x – 3y2 + z sobre C1 ∪ C2
𝑏
𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑑𝑠 = 𝑓 𝑥 𝑡 ,𝑦 𝑡 ,𝑧 𝑡 𝐫′ 𝑑𝑡
𝐶 𝑎
Cálculos de massa e momentos de inércia
Nos tratamos molas e fios como massas distribuídas ao longo de curvas lisas no
espaço. A distribuição e descrita por uma função de densidade continua 𝛿(x, y, z)
representando massa por unidade de comprimento. O cálculo da massa é o
calculo de uma integral de linha:
𝑏
𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑑𝑠 = 𝑓 𝑥 𝑡 ,𝑦 𝑡 ,𝑧 𝑡 𝐫′ 𝑑𝑡
𝐶 𝑎

Quando uma curva C é parametrizada por r(t) = x(t)i + y(t)j + z(t)k, a ≤ t ≤ b,


então x, y e z são funções do parâmetro t, a densidade é a função 𝛿(x(t), y(t), z(t)),
a fórmula para massa torna-se:
𝑏
𝑀= 𝛿 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑑𝑠 = 𝛿 𝑥 𝑡 ,𝑦 𝑡 ,𝑧 𝑡 𝐫′ 𝑑𝑡
𝐶 𝑎
Fórmulas de massa e momento para molas helicoidais, fios e hastes finas
distribuídos ao longo de uma curva lisa C no espaço
Fórmulas de massa e momento para molas helicoidais, fios e hastes finas
distribuídos ao longo de uma curva lisa C no espaço
Um arco metálico fino, mais denso na base que no topo, encontra-se ao longo
do semicírculo y2 + z2 = 1, z ≥ 0, no plano yz. Encontre o centro de massa do
arco se a densidade no ponto (x, y, z) no arco for 𝛿(x, y, z) = 2 – z.
Um arco metálico fino, mais denso na base que no topo,
encontra-se ao longo do semicírculo y2 + z2 = 1, z ≥ 0, no plano
yz. Encontre o centro de massa do arco se a densidade no ponto
(x, y, z) no arco for 𝛿(x, y, z) = 2 – z.
Sabemos que 𝑥 = 0 e 𝑦 = 0 porque o arco esta no plano yz com
sua massa distribuída simetricamente em relação ao eixo z.
Para encontrar 𝑧, parametrizamos a circunferência como:

𝑏
𝑀= 𝛿 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑑𝑠 = 𝛿 𝑥 𝑡 ,𝑦 𝑡 ,𝑧 𝑡 𝐫′ 𝑑𝑡 𝐯 = 𝐫′
𝐶 𝑎
Integrais de linha no plano: Aplicações para áreas de “cercas”

C é uma curva lisa no plano xy parametrizado


por r(t) = x(t)i + y(t)j, a ≤ t ≤ b,

𝑏
𝑓 𝑥, 𝑦 𝑑𝑠 = 𝑓 𝑥 𝑡 ,𝑦 𝑡 𝐫′ 𝑑𝑡
𝐶 𝑎

A integral de linha 𝐶 𝑓 𝑑𝑠 fornece a área da porção da


superfície cilíndrica ou “parede” abaixo de z =ƒ(x, y) ≥ 0.
Encontre a área de um dos lados da “parede curva” de pé ortogonalmente sobre
a curva y = x2, 0 ≤ x ≤ 2, e abaixo da curva na superficie ƒ(x, y) = x + 𝑦 .
Encontre a área de um dos lados da “parede curva” de pé ortogonalmente sobre
a curva y = x2, 0 ≤ x ≤ 2, e abaixo da curva na superficie ƒ(x, y) = x + 𝑦 .

𝑏
𝑓 𝑥, 𝑦 𝑑𝑠 = 𝑓 𝑥 𝑡 ,𝑦 𝑡 𝐫′ 𝑑𝑡
𝐶 𝑎

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