Você está na página 1de 41

TEORIA ATÔMICA

A evolução dos modelos atômicos


• 400 a.C. – Demócrito: Toda a matéria é formada por átomos.

• 1803 d.C. – Dalton: Esfera maciça e


indivisível.

• 1898 d.C. – Thomson: Massa positiva com elétrons


mergulhados.

• 1911 d.C. – Rutherford: Núcleo com partículas positivas,


espaço vazio e elétrons.

• 1913 d.C. – Bohr: Camadas (níveis)


eletrônicas. Energia dos elétrons é quantizada.
AS PRIMEIRAS IDÉIAS SOBRE A COMPOSIÇÃO DA MATÉRIA

Em 400 a.C, Demócrito confirma esta teoria de que a matéria é


constituída por partículas minúsculas e indivisíveis:

Átomo
Modelo proposto por Demócrito

Toda a matéria é constituída por


átomos e vazio;

O átomo é uma partícula pequeníssima,


invisível e que não pode ser dividida;

Os átomos encontram-se em constante


movimento;

Universo constituído por um número infinito


de átomos, indivisíveis e eternos;
Aristóteles rejeita o modelo de Demócrito

Aristóteles acreditava que a matéria


era contínua e composta por:

Ar
Água

(384 a.C. - 322 a.C.)


Terra Fogo

O Modelo de Demócrito permaneceu na sombra durante


mais de 20 séculos...
O primeiro modelo atômico
Modelo atômico de Dalton
Modelo: Esfera maciça
e indivisível

John Dalton
Átomo
(1766 – 1844)
A matéria é composta por pequenas partículas
que não se subdividem – os Átomos.
John Dalton

Com base em estudos de outros cientistas, Dalton criou


um modelo de átomo com as seguintes ideias:

– toda matéria é composta por átomos;


– os átomos são indivisíveis;
– os átomos não se transformam uns nos outros;
– os átomos não podem ser criados nem destruídos;
– os elementos químicos são formados por “átomos simples”;
– os átomos de determinado elemento são idênticos entre si
em tamanho, forma, massa e demais propriedades;
– átomos de elementos diferentes são diferentes entre si; ex:
C, H, O
– toda reação química consiste na união ou separação de
átomos;
– substâncias compostas são formadas por “átomos
compostos” (as atuais moléculas);
– átomos compostos são formados a partir de elementos
diferentes, em uma relação numérica simples.
A Ampola de Crookes
• Assim, em 1875, William Crookes
construiu um tubo de vidro, o qual ficou
conhecido como Ampola de Crookes
(parecido como uma lampada) e nele
colocou dois eletrodos: o cátodo (polo
negativo) e o ânodo (polo positivo).
Encheu o interior do tubo com um gás e o
submeteu a uma descarga elétrica
provocando a fluorescência (a lâmpada
acende).
• Quando ele acionava o gerador
de eletricidade, havia a
produção de uma fluorescência
na parede oposta ao catodo, a
qual ele denominou de raios
catódicos.

• Ele colocou uma cruz e observou uma


sombra na fluorescência da parede de
vidro, só que de tamanho ampliado.
Isso permitiu concluir que os raios se
propagavam em linha reta.
Na terceira vez ele colocou um
pequeno cata vento no meio
da direção dos raios e
observou que ele começava a
girar provando assim que a
fluorescência tinha massa.
Utilizando dois eletrodos
um com carga positiva e
outra com carga negativa
carga positiva os raios foram desviados
para o lado do eletrodo
positivo, ou seja, os raios
possuíam cargas opostas
ao do eletrodo, portanto,
as partículas eram de
carga negativa, ele
carga negativa concluiu que partículas
carregadas negativamente
se desprendiam do
catodo, ao qual chamou
de elétron.
J. J. Thomson (1856 - 1940)
O modelo atômico de J. J. Thomson

• Em 1897, Josef J. Thomson desenvolveu um modelo


atômico, denominado Modelo do pudim de passas.
• Ele concluiu que as partículas negativas demonstradas
no experimento de Crookes, os elétrons, eram muito
menores que os átomos que a continham, provando
assim que o átomo não era indivisível.
• Para Thomson cada átomo seria: uma esfera com
carga elétrica positiva, incrustada de partículas
negativas (elétrons), de modo que sua carga elétrica
total seria nula.
Modelo Atômico de Rutherford (1911)

Rutherford bombardeou uma fina lâmina de ouro (0,0001 mm) com


partículas "alfa" (partículas positicas), emitidas pelo "polônio" (Po), contido
num bloco de chumbo (Pb), provido de uma abertura estreita, para dar
passagem às partículas "alfa" por ele emitidas.
Envolvendo a lâmina de ouro (Au), foi colocada uma tela protetora revestida
de sulfeto de zinco (ZnS).
Modelo Atômico de
Rutherford (1911)
Observando as cintilações na tela
de ZnS, Rutherford verificou que
muitas partículas "alfa"
atravessavam a lâmina de ouro,
sem sofrerem desvio, e poucas
partículas "alfa" sofriam desvio.
Como as partículas "alfa" têm
carga elétrica positiva, o desvio
seria provocado por um choque
com outra carga positiva, isto é,
com o núcleo do átomo,
constituído por prótons.
O modelo atômico de Rutherford
"modelo planetário"
Um átomo é composto por um pequeno núcleo carregado positivamente e rodeado
por uma grande eletrosfera, que é uma região envolta do núcleo que contém
elétrons. No núcleo está concentrada a carga positiva e a maior parte da massa do
átomo.
A descoberta da terceira partícula
subatômica: o nêutron

* Rutherford admitiu que existia no núcleo


partículas semelhantes aos prótons, porém sem
cargas.
* Chadwick (1932) descobriu os nêutrons.

*Os nêutrons serviriam para diminuir a repulsão


entre os prótons (maior estabilidade no núcleo).
Se o elétron estivesse parado,
seria atraído pelo núcleo.

Em movimento
emitiria energia
continuamente e,
segundo a física
clássica...

Em ambos os casos o
átomo entraria em
colapso imediatamente!
- Niels Bohr (1885-1962) De acordo com o modelo atômico proposto
por Rutherford, os elétrons ao girarem ao redor do núcleo, com o tempo
perderiam energia, e se chocariam com o mesmo.
Como o átomo é uma estrutura estável, Niels Bohr formulou uma teoria
(1913) sobre o movimento dos elétrons.
A teoria de Bohr fundamenta-se nos seguintes postulados:
1º e 2° postulados: Os elétrons descrevem órbitas circulares
estacionárias (energia fixa) ao redor do núcleo, sem emitirem nem
absorverem energia quando estão em movimento.
3º postulado: Fornecendo energia (elétrica, térmica, ....) a um átomo,
um ou mais elétrons a absorvem e saltam para níveis mais afastados do
núcleo. Ao voltarem as suas órbitas originais, devolvem a energia recebida
em forma de luz (fóton).
Átomo de Bohr
• Os elétrons ocupam uma posição definida no átomo, chamada
nível de energia no qual não irradia;
• Quando os elétrons estão localizados nos níveis de energia mais
baixos, o átomo está no estado fundamental;
• Quando o elétron absorve uma quantidade definida de energia, o
elétron é promovido para níveis de energia mais altos (estado
excitado);
• No estado excitado, os elétrons
com excesso de energia decaem para
níveis de energia mais baixos,
emitindo a energia excedente.
Fogos de artifício
A energia radiante inclui luz
visível, radiação infravermelha
e ultravioleta, ondas de rádio,
raios X, microondas...
Espectro Eletromagnético
E = h
... e se propaga com
velocidade constante (c).
Energia radiante (ou eletromagnética) possui caráter ondulatório.

Velocidade de
Freqüência
propagação.
Comprimento
de onda.

c=lx
A luz branca é uma mistura de
ondas eletromagnéticas de todas
as freqüências no espectro visível.

Quando um gás é aquecido (ou


atravessado por eletricidade)
emite luz, porém essa luz
passando por um prisma não
produz um espectro contínuo... sódio

... mas um conjunto de “linhas espectrais”,


em que cada uma é produzida por luz de
um comprimento de onda particular.
Luz branca.
Luz emitida pelo
hidrogênio.
Essas linhas funcionam como Já que os estados de energia são
quantizados, a luz emitida por átomos
uma verdadeira “impressão excitados deve ser quantizada e aparecer
digital” do elemento. como espectro de linhas.

Hidrogênio.

Hélio.

Neônio.

Oxigênio.
• Sabendo-se que a luz tem uma natureza de partícula também,
além de natureza ondulatória, parece razoável perguntar se a
matéria tem natureza ondulatória.

• Utilizando as equações de Einstein e de Planck, De Broglie


mostrou:
h
l matéria =
mv
• O momento, mv, é uma propriedade de partícula, enquanto l é
uma propriedade ondulatória.

• De Broglie resumiu os conceitos de ondas e partículas, com


efeitos notáveis se os objetos são pequenos.
• O princípio da incerteza de Heisenberg: na escala de massa de
partículas atômicas, não podemos determinar exatamente a posição,
a direção do movimento e a velocidade simultaneamente.
• Para os elétrons: não podemos determinar seu momento e sua
posição simultaneamente.
• Se x é a incerteza da posição e mv é a incerteza do momento.

• Schrödinger propôs uma equação que contem os termos onda e


partícula.
• A resolução da equação leva às funções de onda.
• A função de onda fornece o contorno do orbital eletrônico.
• O quadrado da função de onda fornece a probabilidade de se
encontrar o elétron, isto é, dá a densidade eletrônica para o átomo.
Mecânica quântica e
orbitais atômicos
Orbitais e números quânticos
• Se resolvermos a equação de Schrödinger, teremos as funções de
onda e as energias para as funções de onda.
• Chamamos as funções de onda de orbitais.
• A equação de Schrödinger necessita de três números quânticos:

1. Número quântico principal, n. Este é o mesmo n de Bohr.


À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron
passa mais tempo mais distante do núcleo.

2. Número quântico azimuthal, l. (forma do orbital) Esse


número quântico depende do valor de n. Os valores de l
começam de 0 e aumentam até n -1. Normalmente utilizamos
letras para l (s, p, d e f para l = 0, 1, 2, e 3). Geralmente nos
referimos aos orbitais s, p, d e f.
3. Número quântico magnético, ml. Esse número quântico
depende de l. O número quântico magnético tem valores inteiros
entre -l e +l. Fornecem a orientação do orbital no espaço.

4. Número quântico de spin, s. definimos s = número quântico de


rotação =  ½.
Orbitais s

Orbitais p
Regra de Hund

• As configurações eletrônicas nos dizem em quais orbitais os


elétrons de um elemento estão localizados.
• Três regras:
- Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de n.
- Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo
orbital (Pauli).
- Para os orbitais de mesma energia, os elétrons preenchem cada
orbital isoladamente antes de qualquer orbital receber um
segundo elétron (regra de Hund).
Identificação dos Átomos:

Número Atômico (Z): é o número de prótons existentes


no núcleo
Exemplo:
Num átomo normal, cuja carga elétrica é zero, o número de
prótons é igual ao número de elétrons.
Na (sódio): Z = 11, ou seja, prótons = 11 e elétrons = 11

Número de Massa (A): é a soma do número de prótons


(Z) e de nêutrons (N).
A=Z+N
Sódio (Na):
Z = 11, logo: Nº de prótons = 11, Nº de elétrons = 11
Nêutrons: N = 12
Nº de massa: A = Z + N; A = 11 + 12; A = 23
Elemento Químico:
É o conjunto de átomos com o mesmo número atômico (Z)

35

17Cl

Nêutrons: N=A–Z N = 35 – 17 = 18
Íons:
Um átomo em seu estado normal, é eletricamente neutro:
o nº de elétrons da eletrosfera = nº prótons do núcleo .

Um átomo pode ganhar ou perder elétrons da elestrofera,


sem sofrer alterações em seu núcleo, resultando daí
partículas denominadas íons.

- Ganha elétrons: íon negativo = ânion (Cl -)

- Perde elétrons: íon positivos = cátion (Na +)

Quando um átomo ganha elétrons seu tamanho aumenta,


mas sua massa praticamente não se altera, pois a massa
do elétron é desprezível.
Isótopos, Isóbaros e Isótonos:
Isótopos: átomos com mesmo número de prótons (Z) e
diferente número de massa (A).

1 H1 1 H2 1 H3

Isóbaros: átomos de diferentes número de prótons (Z), mas


que possuem o mesmo número de massa (A).

19 K40 20 Ca
40

Isótonos: átomos de diferentes número de prótons (Z),


diferentes número de massa (A), porém com o mesmo
número de nêutrons (N)

17 Cl 37 20 Ca 40

Cloro: N = A – Z = 37 – 17 = 20 nêutrons
Cálcio: N = A – Z = 40 – 20 = 20 nêutrons
Distribuição Eletrônica
Camada Nível de Nºmáximo Subníveis
Energia de elétrons conhecidos
K 1 2 1s
L 2 8 2s 2p
M 3 18 3s 3p 3d
N 4 32 4s 4p 4d 4f
O 5 32 5s 5p 5d 5f
P 6 18 6s 6p 6d
Q 7 8 7s 7p
Diagrama de Linus Pauling
Níveis e-
s p d f
K 1 2
L 2 8
1s
M 3 18
2s 2p
N 4 32
O 5
3s 3p 3d 32
P 6
4s 4p 4d 4f 18
Q 7
5s 5p 5d 5f 8
6s 6p 6d
7s 7p
2 6 10 14

Max. de e-

1901-1994
EXEMPLOS
Distribuição Eletrônica
K 1s2
01) 35 Br80 35 elétrons
L 2s2 2p6
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5
M 3s2 3p6 3d10
K2 L8 M18 N7
Camada de valência N 4s2 4p5

02) S2- 18 elétrons


16
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
K2 L8 M8
Camada de valência

03) +3
28Ni 28 elétrons 04) 28Ni 25 elétrons
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d8 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d7
K2 L8 M16 N 2 K2 L8 M15
Camada de valência Camada de valência

Você também pode gostar