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A evolução dos modelos atômicos

Demócrito: no século IV a.C. afirmava que a matéria era


composta de partículas indivisíveis, o átomo.
A evolução dos modelos atômicos

John Dalton: em 1808 formulou uma definição acerca dos


átomos:

Os elementos são constituídos por partículas extremamente


pequenas, chamados átomos.

Todos os átomos de um dado elemento são idênticos, têm o


mesmo tamanho, massa e propriedades químicas.

Os átomos de um elemento são


diferentes dos átomos de outro
elemento qualquer.
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 Os compostos são constituídos por átomos de mais de um


elemento.

 Em qualquer composto a razão entre o número de átomos


de qualquer dos elementos é um número inteiro, ou uma
fração simples.
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Modelo atômico de John Dalton: bola de bilhar

Segundo Dalton, o átomo


seria uma esfera uniforme,
como uma bola de bilhar.
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J.J. Thomson: em 1897, ele demonstrou que o átomo não era


indivisível (descoberta do elétron) :
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Tubo de raios catódicos:

Partículas emitidas pelo cátodo são dirigidas para o ânodo. Um orifício


permite que estas partículas o atravessem, originando o raio catódico. Este
raio atinge uma placa fluorescente. Colocando um campo elétrico no
caminho do raio catódico, este é atraído pelo prato possuindo carga
positiva e repelido pelo prato de carga negativa, indicando que se trata de
partículas carregadas negativamente: os elétrons. Sendo os átomos
eletricamente neutros, então cada átomo deveria conter igual número de
cargas positivas e negativas.
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Modelo atômico de J.J. Thomson: pudim de passas (ou


ameixas?)

Segundo Thomson, o
átomo seria como um
“pudim de passas”, ou seja
os elétrons deveria estar
“encrustrados” numa esfera
uniforme e positiva.
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Descoberta do próton: Em 1886, o físico alemão Eugen


Goldstein, usando uma aparelhagem semelhante à de
Thomson, observou o aparecimento de um feixe luminoso no
sentido oposto ao dos elétrons. Concluiu que os
componentes desse feixe deveriam apresentar carga elétrica
positiva.
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Em 1904, Ernest Rutherford, ao realizar o mesmo
experimento com o gás hidrogênio, detectou a presença de
partículas com carga elétrica positiva ainda menores, as
quais ele denominou prótons. A massa de um próton é
aproximadamente 1 836 vezes maior que a de um elétron.
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Experimento de Rutherford: Em 1910, Rutherford decide
usar partículas α (emitidas por átomos radioativos) para
provar a estrutura do átomo. Para isso bombardeou finas
películas de ouro com estas partículas α, sendo os
resultados surpreendentes: a maioria das partículas
atravessava a película, algumas mudavam de direção, e
outras (poucas) voltavam para trás.
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As observações feitas durante o experimento levaram


Rutherford a tirar uma série de conclusões:
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Modelo atômico de Ernest Rutherford: sistema solar

Rutherford propôs assim,


que as cargas positivas
estavam concentradas num
núcleo, na parte central do
átomo.
A evolução dos modelos atômicos

... apesar do sucesso de Rutherford, na tentativa de explicar a


estrutura do átomo, continuavam muitos aspectos por
esclarecer. Por exemplo, sabia-se que o hidrogênio continha
um próton e o hélio 2 prótons, mas a relação de massas não
era de 2:1 mas sim de 4:1 (despreza-se a massa dos elétrons
que é muito pequena comparada com a dos prótons)...
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... isto só foi resolvido com a descoberta do nêutron por
Chadwick, em 1932. Chadwick bombardeou uma película de
berílio com partículas α, e o metal emitia uma radiação
altamente energética, constituída por partículas neutras, e com
uma massa ligeiramente superior à do próton: o nêutron.
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...com esta descoberta, a constituição do átomo ficou
definitivamente estabelecida: os átomos são constituídos por
núcleos muito pequenos e muito densos, cercados por
“nuvens” de elétrons a distâncias relativamente grandes do
núcleo. Todos os núcleos contêm prótons. Núcleos de todos os
átomos, exceto o hidrogênio, contêm também nêutrons.
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Niels Bohr: em 1913, propôs um novo modelo atômico,


relacionando a distribuição dos elétrons na eletrosfera com sua
quantidade de energia.
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O modelo atômico de Bohr: esse modelo baseia-se nos


seguintes postulados:
Os elétrons descrevem órbitas circulares ao redor do núcleo.

Cada uma dessas órbitas tem energia constante. Os elétrons


que estão situados em órbitas mais afastadas do núcleo
apresentarão maior quantidade de energia.
Quando um elétron absorve certa quantidade de energia, salta
para uma órbita mais energética. Quando ele retorna à sua órbita
original, libera a mesma quantidade de energia, na forma de onda
eletromagnética (luz). Essas órbitas foram denominadas níveis de
energia. São conhecidos sete níveis de energia ou camadas,
denominadas K, L, M, N, O, P e Q.
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O modelo de Böhr permite relacionar as órbitas (níveis de


energia) com os espectros descontínuos dos elementos.
Radioatividade

Breve Histórico:
 1896: Antoine-Henri Becquerel percebeu que
um sal de urânio sensibilizava o negativo de um
filme fotográfico, recoberto por papel preto ou
por uma fina lâmina de metal. As radiações
emitidas apresentavam propriedades
semelhantes à dos raios X, e foi denominada
radioatividade.
 1897: Marie Sklodowska Curie demonstrou
que a intensidade da radiação é proporcional à
quantidade de urânio na amostra e concluiu que
a radioatividade é um fenômeno atômico.
Radioatividade

Breve Histórico:
1897: Ernest Rutherford criou uma aparelhagem para
estudar a ação de um campo eletromagnético sobre as
radiações:
Radioatividade

partículas: possuem massa

radiação: não possui massa


Radioatividade
Leis da Radioatividade
Primeira lei: a emissão de partícula alfa (α)
O átomo de um elemento radioativo, ao emitir uma partícula α,
dá origem a um novo elemento que apresenta n° de massa (A)
com 4 unidades a menos e n° atômico (Z) com 2 unidades a
menos.
Genericamente, tem-se:

Exemplo:
Leis da Radioatividade
Segunda lei: a emissão de partícula beta (β)
Nessa emissão, um nêutron se decompõe, originando um
próton que permanece no núcleo, um elétron e uma
subpartícula denominada antineutrino. Todos eles são
emitidos:

Se um átomo de um elemento radioativo R emite uma partícula


β (um elétron), dá origem a um novo elemento S com o mesmo
n° de massa (A) e com o n° atômico (Z) uma unidade maior.
Genericamente, tem-se:
Leis da Radioatividade
Segunda lei: a emissão de partícula beta (β)
Exemplo:

Obs.: Como as radiações γ são ondas eletromagnéticas, sua


emissão não altera nem o n° atômico nem o n° de massa do
átomo. Por esse motivo, sua emissão não costuma ser
representada por equações.
Cinética das desintegrações radioativas
Tempo de meia-vida ou período de semi-desintegração
(P ou t1/2): é o tempo necessário para que a metade dos
núcleos radioativos se desintegre, ou seja, para que uma
amostra radioativa se reduza à metade.
Cinética das desintegrações radioativas
Exemplo: decaimento de uma amostra de 16 g de fósforo-
32, que se reduz a 8 g em 14 dias, originando o enxofre-16.
Assim sua meia-vida é de 14 dias.
Fissão Nuclear
“Divisão” de um átomo de grande massa atômica, com
grande liberação de energia.
Fissão Nuclear – Bomba Atômica
Em 1945, os Estados Unidos conseguiram obter as massas críticas de urânio
e de plutônio necessárias para produzir a reação em cadeia. Foi produzida,
então, a primeira bomba atômica, detonada em 16 de julho de 1945 no
deserto do Novo México. A ideia de apressar o término da Segunda Guerra
Mundial levou o presidente americano Harry Truman a ordenar o lançamento
de bombas atômicas sobre o Japão. Em 6 de agosto do mesmo ano foi
lançada sobre Hiroshima uma bomba atômica de urânio chamada Littleboy. A
bomba detonada sobre Hiroshima tinha 7 quilogramas de urânio-235 e um
poder destrutivo equivalente a 20 mil toneladas de TNT (20 quiloton), que
provocou a morte imediata de aproximadamente 100 mil pessoas. Três dias
depois, foi lançada outra bomba atômica de plutônio sobre a cidade de
Nagasaki, resultando na morte imediata de 20 mil pessoas.
Fissão Nuclear – Bomba Atômica
A seqüência a seguir mostra os eventos que ocorrem na
explosão de uma bomba atômica:
Fusão Nuclear
Praticamente toda a energia que a Terra recebe do Sol é
produzida num processo denominado fusão nuclear:

Esse processo libera quantidades de energia ainda maiores que a


fissão nuclear. Um grama de hidrogênio, através da fusão, libera
uma quantidade de energia igual à liberada na queima de 20 t de
carvão. A primeira aplicação desse processo pelo ser humano foi
na bomba de hidrogênio.
Uma das possibilidades de uso da fusão nuclear seria em
equipamentos nos quais a reação possa ser controlada,
aproveitando-se a gigantesca quantidade de energia liberada. A
construção desses reatores de fusão nuclear, no entanto,
apresenta uma série de dificuldades. Uma delas é a adequação do
material constituinte do recipiente no qual a fusão deve ocorrer,
pois a temperatura atinge valores muito elevados.
Exercícios
Historicamente, a teoria atômica recebeu várias contribuições de cientistas.

Assinale a opção que apresenta, na ordem cronológica CORRETA, os nomes de


cientistas que são apontados como autores de modelos atômicos.

a) Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr.


b) Thomson, Millikan, Dalton e Rutherford.
c) Avogadro, Thomson, Bohr e Rutherford.
d) Lavoisier, Proust, Gay-Lussac e Thomson.
e) Rutherford, Dalton, Bohr e Avogadro.
Exercícios
Na produção de fogos de artifício, diferentes metais são misturados à pólvora para
que os fogos, quando detonados, produzam cores variadas. Por exemplo, o sódio, o
estrôncio e o cobre produzem, respectivamente, as cores amarela, vermelha e azul.
Se a localização dos elétrons num determinado nível depende da sua quantidade
de energia, é incorreto afirmar que:

a) quando a pólvora explode, a energia produzida excita os elétrons dos átomos


desses metais, fazendo-os passar de níveis de menor energia para níveis de maior
energia.
b) os níveis de menor energia são aqueles mais próximos do núcleo, e os níveis de
maior energia são aqueles mais distantes do núcleo.
c) quando o elétron retorna para o estado fundamental, ele cede energia
anteriormente recebida sob a forma de luz.
d) a luminosidade colorida nos fogos de artifício não depende do salto de elétrons
de um nível para outro.
e) no laboratório, o estrôncio poderia ser identificado pela coloração vermelha
quando este recebe o calor de uma chama.
Exercícios
A proporção do isótopo radioativo do carbono (14C), com meia-vida de,
aproximadamente, 5.700 anos, é constante na atmosfera. Todos os organismos
vivos absorvem tal isótopo por meio de fotossíntese e alimentação. Após a morte
desses organismos, a quantidade incorporada do C começa a diminuir
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exponencialmente, por não haver mais absorção.

a) Balanceie a equação química da fotossíntese e destaque nela o composto em


que o 14C foi incorporado ao organismo.

b) Por que um pedaço de carvão que contenha 25% da quantidade original de14C
não pode ser proveniente de uma árvore do início da era cristã?

c) Por que não é possível fazer a datação de objetos de bronze a partir da avaliação
da quantidade de14C?

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