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Erros e Correções

Erros de técnica radiográfica:


 Meia lua clara no filme: erro na incidência central do feixe de raios-x. O filme não foi totalmente irradiado
 Angulação
o Vertical – alongamento ou encurtamento da imagem
 Maxila
 Maior ângulo vertical – menor será a imagem – encurtamento
 Menor ângulo vertical – maior será a imagem – alongamento
 Mandíbula
 Menor ângulo vertical – menor será a imagem – encurtamento
 Maior ângulo vertical – maior será a imagem – alongamento
o Horizontal – sobreposição (superposição) de imagens
 Angulo horizontal diminuído – sobreposição das mesiais
 Ângulo horizontal aumentado – sobreposição das distais
 Atentar para o apinhamento que se mostra como sobreposição, mas não é erro de
ângulo horizontal
 Curvatura do filme: filme excessivamente curvado pela anatomia de determinadas regiões intrabucais,
resultando em uma imagem distorcida ou até falta de sensibilização de alguns cristais de prata pela excessiva
dobradura do filme
o Acontece muito na região de caninos
 Picote: o picote não está voltado para a incisal ou oclusal dificultando a identificação da região radiografada
 Imagem tremida: radiografias sem nitidez, devido ao movimento do filme, aparelho e/ou paciente durante a
exposição
 Dupla exposição: filme exposto mais de uma vez, alta densidade
 Filme invertido: radiografias com o filme invertido em relação a sua face sensível, exposto do lado da lamina de
chumbo (escama de peixe, espinha de peixe), baixa densidade
 Radiografia amarelada: oxidação pelo contato dos compostos do fixador com o ar pela lavagem final incorreta

Erros de processamento:
 Erros de densidade:
o Baixa densidade (radiografia clara)
 Subexposição (pouco tempo de exposição aos raios-x)
 Subrevelação (pouco tempo no liquido revelador)
o Alta densidade (radiografia escura)
 Superexposição (muito tempo de exposição aos raios-x)
 Superelevação (muito tempo no liquido revelador)
 Obs.: Devemos evitar de aumentar o tempo de exposição, quando tivermos erro de
densidade o indicado é sempre mudar o tempo de revelação
 Radiografias claras ou escuras pode ser erro de técnica ou processamento
 Clara
o Erro de técnica – pouco tempo de exposição
o Erro de processamento – pouco tempo no revelador
 Escura
o Erro de técnica – muito tempo de exposição
o Erro de processamento – muito tempo no revelador
 Velamento – radiografias embaçadas com falta de contraste e detalhe
 Velamento parcial – quando parte da radiografia apresentar escurecimento (geralmente câmara portátil)
 Velamento total – alta densidade por excesso de radiação ou super-revelação impossibilitando a interpretação
radiográfica
o É o que acontece com os filmes radiográficos quando expostos a luz
 Fixação insuficiente – radiografia apresenta-se com aspecto branco leitoso, transparência deficiente da
radiografia, causada por fixador velho ou frio
 Imagem não fixada ou fixada parcialmente (pode haver exposição posterior involuntária) devido ao nível
insuficiente de solução
 Radiografia amarelada: oxidação pelo contato dos compostos do fixador com o ar pela lavagem final incorreta
 Reticulação do filme: radiografias com ruptura da emulsão por repentina mudança de temperatura entre o
revelador e a agua de banho
 Impressão digital: filmes manuseados com dedos contaminados
 Manchas brancas: gotas de fixador em contato com o filme antes do processamento
 Bolhas de ar: o ar é aprisionado na superfície do filme após este ser colocado na solução processadora,
impedindo os produtos químicos de afetarem a emulsão naquela área
 Riscos: radiografias aranhadas, tendo a emulsão removida da base do filme (várias colgaduras num mesmo
recipiente)
 Contato com outro filme durante a fixação: superfície escura no filme, cobrindo unilateralmente o filme
revelado
 “Linhas de fratura” – pretas no filme: filme dobrado antes de exposto, ruptura da camada de emulsão
 Marcas com formas de meias-luas pretas no filme: pressão da unha sobre o filme ainda não revelado
 Extensas áreas ou listras pretas: o filme colou em outro filme durante a passagem pela solução fixadora
 Manchas pretas em forma de gotas: o revelador respingou sobre o filme antes da revelação
 Parte da borda do filme muito clara e de limite reto: o filme não foi totalmente imerso no revelador ou nível
do tanque estava baixo
 Manchas ou listras grandes e claras: o filme colou com outro durante a revelação ou no tanque de
processamento
 Manchas claras redondas ou ovais no filme: fixador respingando sobre o filme antes da revelação
 Manchas claras, redondas pouco transparentes: bolhas de ar aderentes no filme durante a revelação
 Impressões digitais claras: dedos contaminados com gordura, óleo ou meio de fixação marcaram o filme antes
da revelação
 Eletricidade estática: pontos e linhas pretos (“raios”) com aspecto de galhos secos de arvore. Filme retirado
muito depressa da embalagem sob baixa umidade do ar

10/03/2017 – AULA 11 – ANATOMIA RADIOGRÁFICA ODONTOLÓGICA

Maxila:
 Sombra do ápice nasal, septo nasal, espinha nasal anterior, assoalho de fossa nasal, concha nasal, lamina dura,
espaço do ligamento periodontal (entre as laminas duras), crista alveolar
 Y invertido de Ennis: é o encontro da parede anterior do seio maxilar com o assoalho da fossa nasal
 Dentro do forame incisivo sai dos canais que vão para as fossas nasais. Esse local é chamado de abertura
superior do canal incisivo
 Canal da artéria alveolar superior: começa na região posterior
 Caso o seio maxilar estiver radiopaco é porque está ocorrendo um exsudato. (Pode ser sinusite) o seio maxilar
pode ter septos o dividindo em cômodos e esses septos (radiopacos) dificultam em cirurgia em levantamento de
seio.

Mandíbula:
 Anterior: Quase não existe reparos anatômicos, os reparos são espinhas mentais (dentro dessas espinhas, tem
um pontinho radiolúcido, é o forame ou foramina lingual (e em cima das espinhas mentais, temos os canais
nutritivos)
 Posterior: linha obliqua, canal mandibular (tem assoalho e tem teto, tem que saber pois se houver paciente
desdentado, vamos ver uma linha as vezes mais radiopaca que será o assoalho. Neste canal passa o nervo
alveolar inferior e artéria alveolar inferior. Se o teto fosse muito mais denso, o nervo e a artéria não passariam),
forame mentual, linha milo-hióidea (passa na região apical dos dentes), linha obliqua (passa na região cervical),
base da mandíbula. Mais radiolúcida é a fóvea da glândula-submandibular

20/03/2017 – AULA 14 – PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA

 Para um bom diagnóstico


 Exames clínicos
 Exames radiográficos
 Exames laboratoriais

O exame radiográfico tem inegável importância no processo de elaboração do diagnóstico das doenças da cavidade
bucal. No entanto deve ser usado como um meio semiotécnico auxiliar cujos resultados devem ser somados aos obtidos
através dos exames clínicos e de laboratório.

 Radiografia: projeções de sombras/imagens


 Sombras radiográficas
 Radiopacas e radiolúcidas

Segundo Mattaldi
 Radiotransparentes – absorvem ínfima quantidade de Raios - X
 Radiolúcidas – absorvem quantidades médias de Raios - X
 Radiopacas – absorvem grandes quantidades de Raios-X.

Em radiografia além de tecidos moles (radiolúcidos) e tecidos duros (radiopacos) temos variáveis que interferem na
imagem:

 Frequência da radiação
 Tempo de exposição
 Tempo de revelação

Classificação as alterações ósseas segundo BASKAR (1975)


 92 % das lesões dos maxilares são radiolúcidas com exceção das periodontais
 7 % são radiopacas
 1% são mistas.

Das lesões radiolúcidas:


 São lesões em sua maioria está localizada na região apical. 85 % estão situadas na região periapical.

Lesões radiopacas:
 Podem originar-se com osteomas ou serem radiolúcidas que sofrem mineralização durante sua fase eruptiva.

Lesões mistas
É minoria mas pode possuir três origens:

 Se inicia na forma mista


o ex. odontoma ameloblástico.
 Se inicia radiolúcido e passa para mista
o ex. fase cementoblástica da osteofibrose periapical
 Se inicia radiopaco e passa para mista
o ex. infecção secundária da osteíte condensante
Projeção bidimensional
Só temos duas dimensões, não temos profundidade.

Condições necessárias para interpretação de radiografias


 Conhecimento e domínio das técnicas intra e extra bucais
o Cada técnica tem sua particularidade
 Conhecimento de anatomia radiológica
o Conhecer como foi feita a radiografia, e quais estruturas aparecem nesta região e como elas aparecem
 Conhecimento de patologia radiológica.
o Com radiografia em mãos - saber reconhecer as estruturas anatômicas e os diferentes estados
patológicos.

Conhecimento da anatomia radiográfica


Antes de identificar uma patologia em uma radiografia há necessidade de identificar as estruturas anatômicas presentes
na radiografia
Como aparecem nas radiografias?

Princípios fundamentais para a interpretação de radiografias


Primeiro princípio
 A região a ser radiografada deve aparecer totalmente na radiografia e na incidência que melhor reproduza a
região radiografada

Segundo princípio
 A radiografia a ser interpretada deve abranger não somente os limites de uma região suspeita, mas deve
também mostrar o tecido ósseo normal que circunda esta região

Terceiro princípio
 Para se interpretar uma radiografia, há necessidade do conhecimento das estruturas anatômicas e de suas
variações, bem como das entidades patológicas que podem provocar o aparecimento de imagens radiográficas

Quarto princípio
 Sempre que se inicia um tratamento odontológico, há a necessidade de um levantamento completo dos arcos
dentais e/ou regiões edêntulas, se existentes, mesmo que não ocorra uma suspeita clínica

Procedimentos necessários para interpretação radiográfica

Análise da qualidade da radiografia


 Uma radiografia deve ser considerada tecnicamente boa quando apresenta um máximo de detalhe e um grau
médio de densidade e contraste.
o Distorção – é a diferença na ampliação da imagem.

Observância dos cuidados técnicos


 Nas tomadas radiográficas
 Processamento radiográfico

Meios Auxiliares para visualização de radiografias


Negatoscópios
 São constituídos de uma caixa com tampa de acrílico branco leitoso tendo em seu interior lâmpadas.

Lupas
 A utilização de lupas para aumentar a imagem radiográfica proporciona um recurso adicional para observação
e análise da radiografia.
o Aumento utilizado: de duas a quatro vezes.
Montagem das radiografias periapicais e interproximais
De preferências em cartelas plásticas especiais. O lado convexo do picote sempre deverá estar voltado para o
observador. E assim se fazendo sempre você estará observando as radiografias como se estiver olhando o paciente de
frente.

Que dados do paciente deve constar?


 Nome:
 Data de realização do exame:
 Data de nascimento:
 Indicação:

Rotina de análise
 Olhar o dente como um todo.
 Coroa
 Raiz
 Cavidade pulpar.
Região óssea periapical e demais estruturas ósseas maxilomandibulares

A – Aumento de radiopacidade
 I – Causas:
o I.1 – Por superposição (tecidos moles, ossos, corpos estranhos)
o I.2 – Por corpos estranhos (intraósseos)
o I.3 – Por substância óssea (enostose, exostose, tumores)
o I.4 – Por substância dentária (dente incluso, raiz residual, odontoma).
 II – Formas:
o II.1 – Solitária ou múltipla
o II.2 – Limites definidos ou difusos.

B – Aumento da radiolucidez
 I – Forma:
o I.1 – Unilocular ou multilocular
o I.2 – Arredondada, ovalada, poligonal, irregular.
 II – Limites
o II.1 – Definidos ou indefinidos.
o II.2 – Liso ou irregular.
o II.3 – Presença ou não de osteogênese reacional
 III – Estrutura interna:
o III.1 – presença de septos
o III.2 – Forma e espessura de septos.

C – Aumento da radiopacidade e da radiolucidez


 I – Radiolucidez de bordos mal definidos, com opacidade difusa central
 II – Radiolucidez de bordos bem definidos com radiopacidade central.
 III – Aspecto de vidro despolido
D – Alterações do padrão óssea sem alterar densidade

Alterações secundárias que podem estar presentes

 Na superfície externa do osso:


o A – Cortical adelgaçada
o B – Cortical expandida
o C – Cortical destruída
o D – Reação osteolítica

 São importantes as alterações que possam estar presentes:


o A – Na cortical alveolar
o B – No dente
o C – No espaço peridentário

Importância do conhecimento das doenças em relação a idade e sexo em relação a determinadas alterações.
 Próprias da infância
o Querubismo - é uma doença genética hereditária rara que ocasiona anomalias faciais pelo crescimento
ósseo anormal da face.
o Osteopetrose- é uma desordem hereditária extremamente rara através do qual ocorre o
endurecimento dos ossos, tornando-se mais densos.
 Osteomielite de Garré - também denominada de Osteomielite Esclerosante Crônica com
Periostite Proliferante, acomete principalmente a mandíbula de crianças e adultos jovens
 Próprias dos adultos – cistos
o Pacientes em torno dos 20 anos
 Cistos traumáticos, adenoameloblastomas, cistos ósseos aneurismáticos, odontomas,
ameloblastomas, cementomas e mieloma múltiplos
o Acima de 40 anos – Tumores
Preferências em relação ao sexo
Sexo masculino
 Ameloblastoma, mieloma múltiplo e sarcoma osteogênico.
Sexo feminino
 Cementoma e adenoameloblastoma.
Localização da lesão

Preferência por mandíbula


 Ameloblastomas e cistos traumáticos
Região de terceiros molares inferiores
 Cistos dentígeros
 Cistos primordiais
Região anterior de mandíbula
 Fibroses periapicais (displasia cementária periapical)

Maxila
Região anterior
 Cisto palatino mediano -
 Canino e lateral “cisto glóbulo maxilar”
Região de caninos
 Tumores odontogênicos adenotatóides

Tamanho e duração da lesão


 Cistos – demandam muito tempo de desenvolvimento
 Granulomas apicais – dificilmente apresentam tamanho superior a um grão de ervilha
 Tumores – podem apresentar tamanho considerável
o Benignos tem período longo de duração
o Malignos período curto de duração.

Expansão de cortical óssea sem destruição:


São as lesões de crescimento lento
Normalmente os cistos são assim

Destruição de cortical óssea:


Lesões de desenvolvimento rápido
Típico de lesões inflamatórias e também tumores malignos.

Aspectos radiográficos dos bordos da lesão


 Se a evolução da lesão foi lenta normalmente ela apresentará contornos ou limites precisos, destruindo
totalmente o tecido ósseo comprometido.
o Ex.: Cistos e tumores benignos dos maxilares.
 Se a evolução foi rápida, não apresenta contornos precisos, difusos e quanto ao seu desenvolvimento ele
destruiu apenas parte do tecido ósseo da região.
o Ex.: alterações inflamatórias e tumores malignos.

Situação dos dentes comprometidos com a lesão


 Mobilidade dos dentes envolvidos pela lesão – típico das lesões inflamatórias de crescimento rápido.
 Migração dos dentes – lesões de crescimento lento; os dentes podem ser deslocados de sua posição original.
 Reabsorção de raízes – lesões de crescimento lento e são próprias das lesões benignas; as raízes que estão na
intimidade da lesão podem sofrer reabsorção. Excepcionalmente lesões de crescimento rápido como os
tumores malignos podem reabsorver.
 Destruição do osso que envolve a raiz – esta destruição pode ser total ou parcial, na sua grande maioria é
devido a processos de desenvolvimento rápido, como nos processos carcinomatosos.
Aparecimento de lesões em outras regiões ósseas
Radiolúcidas ou radiopacas
 Os tecidos moles que revestem as lesões devem ser bem examinados, quanto na tonalidade, aspecto e
ulcerações.
 Utilização de recursos auxiliares como presença ou ausência de dor, sintomas neurológicos, testes de vitalidade,
aspiração de líquidos.

24/03/2017 – AULA 15 – MÉTODOS RADIOGRÁFICOS DE LOCALIZAÇÃO


 O cirurgião dentista utiliza pouco estes métodos por desconhecimento de técnica e interpretação.
 Sempre que possível os métodos radiográficos especiais se fazem acompanhar de variações que aumentam o
seu grau de sucesso. (por exemplo: Utilizado muito na endodontia.)
 A visualização dos métodos apresentados mostrará ao profissional de imediato, a facilidade de aprendizagem e
de execução.

Método de Clark: Mais utilizado, e é utilizado na endodontia. (Somente o ângulo horizontal vai ser alterado)

 Idealizado por Clark em 1909.


 Alguns elementos dentais estão anatomicamente dispostos de tal forma que, numa tomada radiográfica padrão
(chamada ortoradial _ é a primeira radiografia) resulta na superposição de raízes e ou canais radiculares
impedindo a correta interpretação.
o Ortomedial - diminuir o angulo horizontal – vai aparecer mais o dente imediatamente anterior ao alvo
o Ortodistal - aumentar o angulo horizontal – vai aparecer mais o dente imediatamente posterior ao alvo
 O objetivo deste método é dissociar as raízes, canais e localizar dentes extranumerários e corpos estanhos.
(Ex.: de sobreposição de Raiz, o 1 pré superior).
 Ele utiliza o princípio do Paralaxe:
o Quando 2 objetos se encontram alinhados em relação ao observador, o mais próximo encobrirá o mais
distante (1 molar superior é um ótimo exemplo – 2 raízes, 1 vestibular e outra palatina)
o Neste caso o observador desloca-se para a direta ou para a esquerda (ângulo horizontal), observa-se
que os objetos se deslocam em direção contrária um do outro.
o Entendendo o deslocamento: O objeto que está mais próximo do observador vai em sentido contrário
enquanto que o objeto que está mais longe acompanha o deslocamento do observador. Melhores
resultados para maxila e em casos restritos na mandíbula.
 Indicações:
o Na dissociação ótica de raízes de um dente ou na dissociação ótica de dois canais de uma mesma raiz
o Na localização vestíbulo-palatal de dentes inclusos e corpos estranhos nas maxilas
o Na localização de processos patológicos ou pontos de reparo anatômicos nas maxilas
 Diferenciando forames de lesões – se a área radiolúcida continua aderida ao dente é lesão, se
ela movimenta é reparo anatômico
 O forame incisivo que está mais distante do feixe de raios-x vai acompanhar o feixe
 O forame mentual que está mais próximo do feixe de raios-x vai se distanciar do feixe
 Usamos 3 tomadas radiográficas:
o Ortorradial: Incidência sempre sobre o que estamos querendo radiografar (vai pegar o 1° pré-molar)
o Mesiorradial: A incidência é menos 20 graus na horizontal (vai pegar o canino)
o Distorradial: A incidência é mais 20 graus na horizontal (vai pegar o segundo pré)
o Não há variação de ângulo vertical e posição do filme
o Caso não houver acompanhamento de um objeto na palatina, é lesão
o Sempre teremos distorção de imagens

Método de Miller – Winter: Localização de dentes extranumerários ou outras lesões em mandíbula


 Este método foi idealizado por Fred Miller em 1914 e mais tarde divulgado por Winter.
 Também conhecida como técnica do ângulo reto ou da dupla incidência (no Clark nós usamos 3 radiografias e
nesta 2)
 Utilizado principalmente para localizar dentes não irrompidos na região de prés e molares inferiores, podendo
ser estendidos para outras regiões inferiores.
 Quando utilizamos esta técnica para dentes não irrompidos queremos ter acesso a altura e largura, tendo altura
na periapical normal (que seria a ortoradial) e relação vestíbulo-lingual na oclusal.
 Filme utilizado – periapical normal (tipo 3x4)
 Como realizar a técnica:
o Primeiro realizamos a técnica periapical normal para a região.
o A segunda radiografia utilizamos o filme colocado na horizontal sobre a oclusal dos dentes com picote
voltado para vestibular
o Incidência: Feixe deve entrar perpendicular ao filme – ou seja o paciente deve fazer a hiperextensão da
cabeça

Método de Le Master (somente para molares superiores, principalmente 1 molar superior _ devemos retirar a
sobreposição do processo zigomático da maxila _ por essa técnica sempre vamos ter ampliação da imagem):

Sempre que executamos uma PERIAPICAL normal na região de primeiro molar superior e o processo zigomático da
maxila aparece sobre os ápices dentais. O objetivo é tirar esse processo zigomático da maxila.

 Como executar esta técnica:


o Coloca-se um rolete de algodão (para aumentar o paralelismo) na parte inferior da película, fixada por
fita adesiva, isto é o rolete de algodão ficará em contato com a coroa do dente, tornando o dente o mais
paralelo possível em relação ao filme
o Posição da cabeça – PLANO DE CAMPER paralelo ao plano horizontal e perpendicular ao plano sagital
mediano
o Colocação do filme – Centralizar no filme o molar a radiografar, o bordo inferior do filme paralelo as
faces oclusais do molares e 0,5 cm abaixo das mesmas
o Retenção do filme – com o polegar da mão oposta ao lado que está sendo radiografado, contra o palato,
sem apertar o filme
 Marco de referência: O feixe central deve incidir sobre o molar e ser radiografado abaixo do plano de camper,
de forma a passar sob o osso zigomático
o Ângulo vertical – aproximadamente 15° a 20° positivos (jogando o processo zigomático para cima)
o Ângulo horizontal - o feixe central de raios x deve incidir paralelo as faces proximais dos molares,
evitando sobreposições das coroas

Inconveniência da utilização destas técnicas


 Perda de nitidez
 Deformação das raízes
 Dificuldade de visualização do limite apical
 Dificuldade na distinção do radiopaco e radiolúcido
 Aumento, diminuição ou eliminação da área radiolúcida

MÉTODO DE DONOVAN: Utilizado para terceiros molares inferiores, quando não teve captura da imagem.
 Quando estamos radiografando terceiros molares inferiores, nem sempre conseguimos colocar o filme na
oclusal dos dentes (pois ele normalmente está no ramo da mandíbula)
 Então Donovan propôs a seguinte alteração para terceiros molares afim de solucionar esta limitação técnica. O
filme deverá ser colocado sobre o RAMO ASCENDENTE DA MADÍBULA abrangendo a área do trigonoretromolar,
e com o auxilio do dedo indicador da mão oposta, o paciente mantém a borda do filme apoiado na superfície do
segundo molar inferior ou rebordo alveolar, quando o dente estiver ausente. O picote sempre para vestibular.
 Procedimentos técnicos:
 Posição da cabeça:
o Primeiro colocamos a cabeça no mesmo posicionamento para radiografias inferiores – plano
oclusal paralelo ao plano horizontal e perpendicular ao plano sagital mediano.
o Como o ombro do paciente impossibilita o posicionamento correto do tubo, torna-se
necessário inclinar a cabeça no sentido oposto ao lado que será radiografado, com ângulo
vertical de aproximadamente – 45 graus.
o O filme é colocado na ascendente do ramo com a borda anterior do filme na oclusal do segundo
molar e mantido em posição com o dedo indicador da mão oposta
o Incidência: O feixe central de raios deve ser direcionado perpendicular ao filme em direção ao
bordo inferior da mandíbula próximo ao ângulo da mandíbula
o O tempo de exposição deverá ser o dobro do convencional para a região.

MÉTODO DE PARMA: Usado para 3 molar inferior também, não consegue ser usada na técnica digital pois tem que se
dobrar os filmes
 Indicação: Terceiros molares inferiores, método desenvolvido para aparecer o 3 molar inteiro, em toda sua
estrutura.
 Parma sugere uma modificação no posicionamento do filme, inclinando-o com o seu maior eixo formando um
ângulo com a linha de oclusão.
 Pode-se dobrar os cantos do filme para diminuir o desconforto do paciente, e esta dobra deverá ser em sentido
contrário do osso. Retenção do filme – indicador da mão oposta com a mão fechada
 Referencia e direção do feixe de raios X – as mesmas que para periapical normal.

MÉTODO DE MOLLIN (MODIFICADO): Utiliza-se 1 filme oclusão, colocado no meio EXTERNO do paciente. (pois as vezes
o paciente possuí algumas limitações, por exemplo e abertura de boca)
 Quando há dificuldade de radiografar em terceiros molares. Ex.: Náuseas, dificuldade de colocar o filme,
limitação na abertura de boca.
 Filme utilizado 5X7 (oclusal)
 Aparelho a ser utilizado – no mínimo 70 KVp e 10 mA.
 Colocação do filme – utilizando filme oclusal, coloque-o com o eixo maior na vertical, inclinando-o depois
levemente para frente, de forma que o bordo inferior coincida aproximadamente com o bordo inferior da
mandíbula e o bordo posterior diste 1 cm do trágus.
 Retenção do filme: Com as pontas dos dedos da mão DE MESMO LADO.
 Posição da cabeça: Bordo inferior da mandíbula na horizontal, e a cabeça deverá fazer uma leve rotação para o
lado que será radiografado.
 Referencia: O feixe central incidirá no lado oposto a 2 cm abaixo do conduto auditivo externo, por trás do ramo
da mandíbula.
 Tempo de exposição: Deverá ser maior e usar filmes rápidos.

MÉTODO TÊMPORO – TUBEROSIDADE DE MATALDI:


 Para região de terceiros molares SUPERIORES inclusos.
 Quando ocorre a dificuldade de visualização destes dentes tanto pela dificuldade de colocação do filme como a
incidência do feixe de raios X
 Posição da cabeça: A mesma para radiografias da maxila
 Colocação do filme: Na VERTICAL com picote voltado para oclusal. E a parte mais anterior do filme deve ficar
entre 1 e 2 molares superior.
 Retenção do filme: Com o polegar da mão oposta e os dedos abertos.
 Marco de referencia: Os raios x devem ser direcionados para a FOSSA TEMPORAL, representada na pele pelo
cruzamento bipupilar com o bordo anterior das orelhas.
 Angulação: Vertical de 40º a 50º/Horizontal 100º a 110º.
 Tempo de exposição: Deverá ser aumentado, pois aumentamos a distancia foco filme e também devido a área
irradiada.
MÉTODO PARA LOCALIZAÇÃO DE CURVATURA E PERFURAÇÕES RADICULARES:
 Utilizamos o MÉTODO DE CLARK
 Indicações:
 Curvaturas radiculares
 Degraus
 Perfurações ou trepanações
 Instrumentos fraturados
 Canais calcificados
 Como interpretar as incidências?
 Mesiorradial: Desaparece a perfuração que estiver MV e DP
 Ortorradial: Desaparece a perfuração que estiver V e P
 Distorradial: Desaparece a perfuração que estiver em MP e DV
 Em todas as incidências será evidenciada a perfuração que estiver em M e D, ou seja, sobre o eixo
mesiodistal.
 Como se faz: Utilizamos 3 tomadas radiográficas – ortorradial, mesiorradial e distorradial.
 Onde por ocorrer as perfurações?
 M, D, V, P e nos quadrantes intermediários MP, MV, DP, E DV.
 Para esta interpretação é imporrtante o uso de um esquema que representa um corte transversal da
raiz.
 O circulo maior representa o contorno da raiz e o círculo menor o canal radicular, os diâmetros
perpendiculares representam os eixos mesiodistal e vestíbulo palatino (imagem)

TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS COM O EMPREGO DE SUBSTÂNCIAS DE CONTRATE:


 É indicado quando deparamos com grandes lesões do complexo maxilomandibular e há suspeita do
comprometimento de estrututras anatomias
 Medicamento utilizado : lipidiol
 Rastreamento de fístulas: Cone de guta percha e oi fio ortodôntico
 Presença de bolsas periodontais, trajetos fistulosos, lesões de tecidos moles.

CONTRASTE PASTOSO:
 Diagnosticar reabsorção radicular interna, externa, perfuração e anatomia dental.
 Iodoformio (altamente contrastante) + hidróxido de cálcio P.A + propilenoglicol.
 Iodofórmio tem alta radiopacidade.

Efeitos Biológicos dos Raios X


Primeiro caso observado de efeito deletérico de radiações ionizantes data-se de janeiro de 1096
Além da ionização, as radiações podem provocar o fenômeno da excitação....slide

Radiações ionizantes
 Corpusculares: partículas alfa, beta, prótons, nêutrons e partículas subatômicas
 Eletromagnéticas: slide

Para haver radiolesão temos que ter absorção de energia.


Exposição  absorção  efeito biológico: Podem ser somáticos ou genéticos (alterando o DNA da célula, fazendo com
que essa alteração seja transmitida para outros descendentes daquele individuo).

ESTÁGIOS:
 Físico: De curta duração (passou pela célula e já desapareceu)
 Físico-químico: De curta duração
 Direto: Ação de energia liberada pela radiação – DNA
 Indireto: Radiólise da H20 quando teremos formação de radicais livres que são espécies químicas
altamente reativas entre si e com substancias vizinhas. “spins” iguais interagindo com o DNA.
 É a morte das células causadas pela hidrólise de H2O que ira gerar HO (hidroxilas) que quando se
juntam forma ÁGUA OXIGENADA, matando a célula. Ela faz com que o H2O molécula estável, fique
INSTÁVEL, por isso forma-se depois a ÁGUA OXIGENADA, matando a célula).
 BIOLÓGICO:
 Lesões bioquímicas e metabólicas – dando “efeito biológico SOMÁTICO”
 Alterações genéticas – “efeitos biológicos genéticos”

UNIDADE DE MEDIDAS DE RADIAÇÕES: É a quantidade de RADIAÇÃO X ou y (gama) – não cai


 REM: Unidade de mensuração idealizada para justificar os diferentes efeitos biológicos produzidos pela mesma
dose absorvida de diferentes tipos de radiações, ou seja, diferentes radiações em quantidades energéticas
iguais correspondem a efeitos biológicos diferentes. (independente da radiação que seja utilizada a dose pode
levar algum efeito biológico no paciente).
 O REM foi substituído pelo nome agora de SIEVERT.

As células do nosso organismo são divididas em:


 Radiossensibilidade
 Radiorresistência

Em 1906 em pesquisa de efeitos das radioações em testículos de ratos, pesquisadores franceses formularem o
seguinte princípio: “Resumindo a radiossensibilidade celular é diretamente proporcional à atividade mitótica e
inversamente proporcional ao grau de diferenciação”.

NATUREZA E PRODUÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS: A RADIOSENSIBILIDADE CELULAR é diretamente proporcional à


atividade mitótica e inversamente proporcional ao grau de diferenciação (quanto maior o grau de atividade mitótica da
célula maior será o efeito da radiação sobre ela, e quanto maior a diferenciação celular, vai ter menos efeito da radiação
sendo menos danificada).

Altera a RADIOSSENSIBILIDADE:
 Metabolismo celular: Maior o metabolismo maior será a radiossensibilidade
 Vascularização: Maior vascularização maior será a radiossensibilidade devido a presença de maior oxigenação
(pois o O2 irá no momento de hidrolise, atrair os HO para formar água oxigenada)
 Vizinhança: Tecidos irradiados poderão induzir células necrosadas na circuulação, sendo tóxicas e agindo a
distancia.

CLASSIFICAÇÃO DAS CELULAS RADIOSSENSIVEIS EM ORDEM DESCRECENTE SEGUNDO ELLINGER:


 Linfócitos, Eritroblastos, Granulócitos, Mieloblastos, células epiteliais, células endoteliais, células do tecido
conjuntivo, células do tecido ósseo, células do tecido nervoso, células musculares (célula muscular são células
muitos diferenciadas, então é menor o efeito da radiação).

AÇÃO DAS RADIAÇÕES IONIZANTES NAS CÉLULAS:


 Alterações morfológicas: Tanto o núcleo como o citoplasma;
 Alterações da fisiológica celular: Alteram a mobilidade diminuindo e paralisando;
 Alterações na permeabilidade celular: Aumentando-a haverá queda do potencial elétrico da célula, já que os
íons “K” caem na circulação;
 Efeitos na reprodução e aberrações cromossômicas;
 Desintegração de mitocôndrias e complexo de Golgi (levando a célula a morte e se cair na corrente sanguínea, e
agir a distancia).

RADIOSSENSIVEIS (células mais sensíveis do nosso organismo):


 Células do tecido linfoide (variedade do tecido conjuntivo presente em órgão com os rins, intestinos, nos
linfonodos e nas tonsilas);
 Células do tecido hematopoiético;
 Células do tecido gastrintestinal;
 Células germinativas (ovários e testículos) – podem ter um efeito genético, passando alguma transformação
genética aos seus filhos.

CÉLULAS RADIORREATIVAS: São células que podem reagir quando passa a radiação (Ex.: Células epiteliais que quando
expostas a radiação podem queimar a pele).
 Células do epitélio da pele
 Células do endotélio vascular
 Células das glândulas salivares – caso agredidas podem levar a falta de salivação temporária
 Células do tecido ósseo e cartilaginoso imaturos (ossos em crescimento)
 Células do cristalino – córnea do cristalino, córnea e conjuntiva
 Fibras colágenas e elásticas

RADIORRESISTENTES (sequência de menos para as mais resistentes)


 Células dos rins
 Fígado
 Tireoide (quando se usa uma dosagem maior, por exemplo, usa-se um protetor nas tireoides)
 Pâncreas
 Suprarrenais
 Paratireoides
 Células dos ossos e cartilagens maduras
 Células musculares
 Células nervosas (incluindo o cérebro) (pois são MUITO diferenciadas)

EFEITOS SOMÁTICOS – Dependem da:


1. Dose: é a quantidade total de radiação emitida ou recebida por um organismo;
 A DOSE DE TOLERANCIA é equivalente a 5R por ano;
 Em radiogenética humana o importante não é saber a dose – pele e sim a quantidade de radiação que
chega às gônadas (órgãos sexuais);
2. Ritmo de aplicação: A dose de 600R é fatal se for aplicada de uma vez;
 Exposições agudas: Grandes doses aplicadas num curto espaço de tempo (normalmente são as
radioterapias, com altas doses aplicadas em curto espaço de tempo para causar a morte daquela célula
cancerígena);
 Exposições crônicas: Pequenas quantidades de radiações aplicadas em um longo espaço de tempo
(normalmente nos tomamos as crônicas, aquelas que tomamos várias vezes ao longo da vida);
3. Tamanho da área irradiada: Quanto maior, mais precocemente se manifestam as alterações SOMÁTICAS
(normalmente em radioterapia se trabalha em PEQUENAS áreas consideradas abaixo de 20x20 cm, se essa
mesma dosagem for aplicada no corpo todo mata o paciente. Uma exposição aguda de 600R no corpo todo
pode ser fatal para quase 100% dos casos) Se for restrita em uma área poderá provocar queimaduras (por isso é
muito comum pacientes que fazem radioterapia terem queimaduras no local onde foi feita a radiação);
4. Tipo de radiações: Radiação ALFA é altamente ionizante, sendo 10x mais nociva comparativamente com a
radiação X (usada para diagnóstico), em quantidades energéticas iguais;
5. Idade: Indivíduos mais jovens são mais susceptíveis do que indivíduos adultos;
6. Tipo de célula do tecido irradiado: De acordo com a classificação de ELLINGER (radiorresistência e
radiossensibilidade).
EFEITOS SOMÁTICOS: São as doses que são acumulativas, ficando restrita apenas aquele indivíduo que foi exposto
aquela quantidade de radiação (não passa efeito somático de um paciente para outro).

 As moléculas provocadas pela radiação apresentam ainda determinados aspectos gerais, que dificultam sua
caracterização:
 Inespecificidade: Outros agentes também podem determinar seu aparecimento (catarata, leucemia,
etc.) Ou seja, é difícil mensurar que foi o problema de radiação que levou aquele problema no paciente,
pois cada paciente reage de um jeito;
 Polimorfismo: As manifestações somáticas podem aparecer com vários aspectos ao mesmo tempo,
como epilação (queda de cabelo), queimaduras e anemias;
 Período de latência: Este período é mais curto nos casos de grandes doses e maior quando as doses são
pequenas e fracionadas;
o AGUDAS: Período de 30 dias;
o CRONICAS: Período de 30 anos.

FORMA AGUDA GRAVE: Radiação de corpo todo consequente das explosões atômicas e acidentes com reatores
nucleares. A possibilidade desta forma em radioagnóstico odontológico é IMPOSSÍVEL (pois a quantidade radiação que
tem que ser exposta é muito grande para causar algum dano).

DE ACORDO COM A DOSE RECEBIDA PODEMOS TER: SINDROMES AGUDAS DE RADIAÕES (exposição de corpo inteiro)
 SÍNDROME HEMATOPOIÉTICA: Dose acima de 100 REM, tem período de latência 2 a 3 semanas para
manifestações de sinais e sintomas característicos (hipoplasia da medula óssea, com leucopenia,
trombocitopenia e anemia. Morte pode ocorrer em até 8 semanas após a exposição, sendo causadas por
infecção e hemorragias)
 SÍNDROME GASTRINSTINAL: Dose limar até 500 REM – latência de 2 a 3 dias, causando alterações do epitélio
do intestino delgado, com ulcerações, febre, diarreia, vômitos e perda de eletrólitos. Pode sobreviver, mas
normalmente morte em 15 dias.
 SÍNDROME DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: Doses acima de 1000 REM (como é a maior indiferenciada, a dose
tem que ser MUITO ALTA sendo de 1000 REM). Se for no corpo todo ocorre superdosagem levando a morte de
2 a 3 dias. Sintomas: Contusão, apatia, sonolência, tremores, ataxias, convulsões, coma e morte por aumento da
pressão interna do sistema nervoso central.

FORMA AGUDA FRUSTA


 Sempre vai ocorrer em pacientes que fazem radioterapia.
 É quando ocorre exposição em partes do corpo.
 Tratamento de tumores.
 Doses de 4000 a 5000 RAD num espaço de 4 a 5 semanas, causam queimaduras (radiodermite)

DOSE DE ERITEMA
 Vermelhidão na pele quando está sendo feito radioterapia.
 Podem ocorrer 4 a 10 dias após a irradiação.
 250R para pessoas mais sensíveis, já chegam a ter dose de eritema.
 Em odontologia usando tempo de exposição 0,5s, seria necessária 500 exposições num curto espaço de tempo
para chegar a 250R.

EXPOSIÇÕES CRÔNICAS
 Pequenas doses de radiação no corpo todo;
 Pequenas doses de radioação a porções limitadas do corpo: exposições repetidas de pequenas doses na mesma
região;
 RADIOTERMITES
 Grau I: semelhante a uma queimadura solar (reversível);
 GRAU II: Epidermite. Há bolhas e vermelhidão (reversível);
 GRAU III: Derme, com bolhas profundas, necrose e ulceração da pele e evolui para uma cicatriz retrátil e
fibrosa (irreversível, pois teremos a formação de um tecido diferente daquele que existia na época).
 RADIODERMITE PROFISSIONAL (quem está executando a técnica – hoje temos muito mais proteção): São
necessárias varias doses, a pela vai se atrofiando progressivamente e perdendo a elasticidade. Há formação de
quadro doloroso (muito comum antigamente nos próprios profissionais graças à falta de conhecimento sobre os
efeitos crônicos da radiação).

IRRADIAÇÃO DO EMBRIÃO EM FETO EM DESENVOLVIMENTO:


 Principais efeitos são:
 Alterações de desenvolvimento;
 Mutações somáticas e genéticas;
 Lesões no sistema nervoso central;
 Possíveis manifestações: neoplasia pós-natais.

IRRADIAÇÃO DE ACORDO COM ESTÁGIO EMBRIONÁRIO:


 1 a 3 semanas – normalmente óbitos pré-natais;
 2 a 7 semanas – anomalias de desenvolvimento;
 Durante a gestação: alterações neurológicas, QI reduzido, microcefalia, peso e altura, retardo mental;
 Dose MÁXIMA permitida ao feto: 1 REM.

EFEITOS GENÉTICOS
 São os efeitos deletérios que ocorrem no cromossoma (passando para seu GEM).
 São efeitos que podem ocorrer nos descendentes dos indivíduos irradiados devido à irradiação das células
germinativas, levando a mutações em gerações futuras daquele individuo.
 Sofre alterações na BAGAGEM GENÉTICA.
 A GRANDE preocupação em radiologia odontológica será a proteção principalmente quanto a aspectos
genético, no trato com os pacientes (protegendo as gôndolas), pois manifestações somáticas praticamente não
existirão.
 2 slides

EFEITOS DETERMINÍSTICOS
 Dizem respeito à relação causa/efeito imediato entre a exposição ao tecido e o sintoma;
 Ocorrem em doses acima de certo limiar, e seu grau de dano (gravidade) aumenta com a dose absorvida;
 Geralmente ocorre em período de latência curto (questão de horas ou semanas);
 Ex.: Paciente recebeu dose de 3,5 Sv durante uma hora. Sintomas:
 Vômitos e diarreia: em poucas horas;
 Febre, queda de cabelo e perda de peso: Algumas semanas;
 Chance de morte 50% dos casos em 60 dias (se não houver tratamento).

DOSE x EFEITO EM TODO O CORPO


 0,25 sv: Nenhum;
 0,25 a 1,0 sv: Leves alterações sanguíneas: Diminuição de leucócitos;
 1 a 2 sv: Vômitos em 3 horas, fadiga, perda de apetite, alterações sanguíneas. Recuperação em poucas semanas;
 2 a 6 sv: Vômitos em 2 horas, alterações sanguíneas graves, perda de cabelo dentro de 2 semanas. Recuperação
de 1 mês a 1 ano para 70%;
 6 a 10 Sv: Vômitos em 1 hora, dano intestinal, alterações sanguíneas graves. Morte em 2 semanas para 80 a
100%;
 Maior que 10 sv: Dano cerebral com a morte.
Como os raios X causam danos?
 Ação ou dano direto: Resultado da ionização de macromoléculas;
 Ação ou dano indireto: Resultado dos radicais livres produzidos pela ionização da água.

DANO DIRETO
 Quando age diretamente nas macromoléculas: RNA, DNA, proteínas e enzimas (ruptura nas ligações);
 Quais os efeitos cromossômicos:
 Incapacidade de transmitir informação;
 Replicação anormal;
 Morte celular;
 Apenas um dano temporário- o DNA sendo reparado com sucesso antes de uma posterior divisão
celular (caso não consiga se recuperar o efeito é passado para descendentes);
 Quando a radiação atinge diretamente o DNA (nos cromossomos) podem induzir a malignidade. Se ocorrer dano
nas células tronco reprodutoras, o resultado pode ser uma anormalidade congênita;
 Fatores que interferem no modo de ação da radiação nas células:
 O tipo e o número de ligações de ácido nucleico que são quebradas;
 A intensidade e o tipo de radiação;
 O tempo entre as exposições (exemplo tomar 10 exposições em 1 semana, causando um maior efeito
deletérico);
 A capacidade da célula em reparar o dano (cada organismo reage de forma diferente);
 O estágio do ciclo reprodutivo da célula, quando irradiada. (ex.: Se a célula tem uma alta capacidade
reprodutiva, o efeito deletérico será maior).

Estimativa de magnitude do risco de indução ao câncer:


 Grupos exposto a altas doses:
 Os sobreviventes de explosões atômicas em Hiroshima e Nagasaki;
 Pacientes submetidos à radioterapia;
 Pessoas que trabalham com radiação – pessoas expostas à radiação no curso de seu trabalho;
 Os sobreviventes do desastre nuclear de Chernobyl;
 É difícil fazer esta quantificação da relação de doses com pessoas que realmente teriam câncer por
qualquer outro motivo. Pois doença câncer é muito comum na população.

Quando utilizamos baixas doses (no nosso caso que é Raios X diagnóstico)
 O risco depende da idade – maior para jovens;
 Os riscos são maiores para mulheres.

Fator de multiplicação de risco em diferentes faixas etárias:


 Menor que 10 anos = x3;
 10 a 20 anos = x2;
 20 a 30 = x1,5;
 30 a 50 = x0,5;
 50 a 80 = x0,3;
 Mais de 80 = risco insignificante.

Dose anual estimada de várias fontes de radiação


 Radiação natural (EX.: Poços de caldas)
 Radiação cósmica da atmosfera terrestre;
 Radiação GAMA das pedras e do solo na crosta terrestre;
 Radiação dos radioisótopos ingeridos, como 40K, em alguns alimentos;
 Radônio e seus produtos de desintegração.
 Radiação artificial:
 Partículas radioativas liberadas de explosões nucleares;
 Resíduos de radiação de usinas nucleares (no Japão, aquele acidente de 2010);
 Radiação para diagnóstico médico e odontológico (radiação mínima e rápida);
 Radiação proveniente de exposição ocupacional (profissionais).

NORMAS DE PROTEÇÃO:
 Proteção do paciente:
1. Colimação do aparelho (primeira etapa a ser efetuada, e já vem de fabrica nos aparelhos de raios x);
o Distancia do paciente de 20 a 40 cm da área focal;
o Camada semicondutora em alumínio (filtro de alumínio);
2. Filtração: Serve para barrar as ondas de comprimentos longos (raios x moles) através dos filtros de
alumínio;
3. Colimação: Utilizando diafragma de chumbo de 2 mm de espessura com um orifício no centro. Com isto
teremos a diminuição de radiação secundária nos tecidos moles do paciente. Existem: Retangulares,
metálicos revestidos internamente por chumbo;
4. Cilindros abertos: de plástico e revestido de chumbo;
5. Filmes ultrarrápidos: menos tempo de exposição, menos radiação;
6. Proteção de gônadas: Crianças gestantes, e pacientes nessa faixa etária de maior atividade
concepcional;
7. Espessura dos aventais de chumbo: normalmente o equivalente a 0,25 mm;
8. Bom desempenho das técnicas intrabucais e cuidados no processamento radiográfico para evitar
repetições.
 Proteção do operador (profissional):
1. O operador nunca deverá ficar na direção do feixe útil de Raios X;
2. Não deverá segurar o filme na boca do paciente, não segurar o cabeçote do aparelho, quando este
apresentar movimentos durante o disparo;
3. Não permanecer atrás do cabeçote do aparelho (radiação de escape) e nem atrás do paciente, pois este
é emissor de grande quantidade de radiação secundária;
4. Colocar-se no mínimo à distância de 1,8 a 2,0 metros do aparelho (da fonte emissora de Raios X). A
posição ideal seria entre 90 e 135 graus, relacionada com o feixe útil;
5. Obs.: Biombos de chumbo substituem o item 4;
6. Filmes Dosimétricos.

Barreiras para blindagem da sala de raios X


 Concreto: 2.35
 Tijolo: 1,65
 Areia (reboco): 1,54
 Mármore: 2,7
 Granito: 2,65
 Barita: 4,5
 Chumbo: 11,35
 Vidro blumbífero: 3,27
 Aço: 7,8

Observações:
 1mm de chumbo equivale a 1cm de barita
 8cm de concreto equivale a 12cm de espessura da parede em alvenaria com tijolos maciços e não os tijolos
furados como são utilizados na maioria das construções

2ª prova até aqui

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