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BC1313

Mamografia e Fluoroscópia

Introdução à Física Médica


3º Quadrimestre 2015
Mamografia
A Mamografia é um exame
radiográfico especialmente
desenhado para detectar
patologias na mama. A
imagem radiográfica da
mama é produzida com um
feixe de RX. Forma parte
da Radiologia Diagnóstica.
Mamógrafos

Equipamentos RX
para Mamografia

Equipamento RX convencional
Componentes do Mamógrafo

bandeja de
compressão

grelha

detector para
compensar a
exposição
Tubos de Raios-X

Tubo de Raios-X convencional: é uma


ampola de vidro onde foi feito o vácuo.
Tem um eletrodo (+) ou ânodo e um
eletrodo (-) cátodo.

Tubo de Raios-X (mamografia): a mesma coisa.


Filamento: fonte de elétrons
Tubos de Raios-X (mamografia)
O tubo de RX é inclinado para o feixe de RX cobrir toda
a área da mama, porque a parede do tórax atrapalha. A
inclinação depende do ângulo do ânodo.

parede
do tórax
Mamografia
Mama: tecido adiposo e tecido glandular, Zeff » 6 – 8.
Para fazer a imagem em mamografia, não se utiliza meio de contraste então, deve-se
diminuir a energia dos fótons incidentes (RX) para aumentar a probabilidade de
ocorrência de absorção fotoelétrica.

Voltagem de aceleração
dos elétrons no tubo:
20 – 38 kV.

3
Z
tµ 3
E
Material do ânodo e filtração

O material do ânodo e a filtração total do feixe de RX dependerão do tamanho,


espessura e densidade da mama, para obter o espectro de energia mais adequado.
Diferentes combinações

Para obter o espectro de energias mais


adequado, se utilizam várias combinações de
ânodo/filtração:
Ø Mo/Mo
Ø Mo/Rh
Ø Rh/Rh
Ponto Focal (focal spot)

Área do alvo (ânodo) onde colidem os elétrons


que vem do cátodo.

Tamanho do ponto focal efetivo:


Ø radiografia convencional ~ 1,5 mm
Ø fluoroscópia ~ 0,8 mm
Ø mamografia: 0,3 mm (foco grande)
Ponto focal efetivo 0,1 mm (foco pequeno)

Foco pequeno: menor corrente, menor exposição e, maior resolução espacial.


Foco grande: maior corrente, maior exposição e, menor resolução espacial.
Medição do HVL

Eletrômetro e
Câmara de
ionização

Filtros Al
Alguns valores do HVL

Valores mínimos do HVL recomendados para valores de kV


(radiografia convencional e fluoroscópia):

kV HVL mínimo (mm Al)


30 0,3
50 1,2
70 1,5
90 2,5
110 3,0

Valores mínimos do HVL recomendados para valores de kV


(mamografia):

Dependendo do kVp utilizado, os valores de HVL em


mamografia oscilam entre 0,3 – 0,45 mm Al. Também
dependerá da combinação ânodo/filtração.
Bandeja de compressão

Serve para comprimir a mama. A pressão


não deve exceder 40 libras » 18 kg.
Compressão da mama
A compressão da mama é
essencial nos estudos
mamográficos para:

Ø reduzir a espessura da
mama,
Ø diminuir a presença de
radiação espalhada,
Ø reduzir a dose de
radiação usando tempos
de exposição mais curtos.
Compressão da mama
Fantoma de mama especial para treinar biópsias
e constituído por várias estruturas internas.

É necessário comprimir a mama para eliminar


a superposição de estruturas anatômicas
internas que poderiam atrapalhar a imagem de
outras estruturas menores
Compressão da mama

Compressão pontual da mama

A área de compressão é menor

Para realizar
biópsias quando é
localizada uma
massa suspeita
Sistemas Tela – Filme para Mamografia

Em Mamografia, o filme
radiográfico é de uma
emulsão e o cassette tem
uma tela intensificadora
só.

Com relação à direção


de incidência do feixe de
RX, o filme está primeiro
e a tela depois.
Controle de qualidade da imagem

Fantoma de mama especial para testar os


sistemas tela-filme.

As estruturas internas devem ser localizadas


na imagem
Fluoroscópia
Fluoroscópia é um procedimento de imagem com RX que permite obter
uma imagem em “tempo real” do paciente e com alta resolução temporal.

Irradiação contínua do paciente Tempo máximo de fluoroscopia: 5 min

Intensificador de Imagem
Fluoroscópia (história)
Fluoroscópia (1896)

O intensificador
de imagem foi
inventado na
década de 1950.

Óculos especiais para adaptar-se


Imagem fraca
a escuridão da sala.
Equipamento de Fluoroscópia

RX de fluoroscópia: intensificador de
RX convencional imagem e monitor de TV (5 minutos de
irradiação).
Equipamento Arco em C

Arco em C portátil

Imagem fluoroscópica no monitor de TV


Cateterismo Cardíaco
Sala de Cateterismo Cardíaco
onde se usa um equipamento
fluoroscópico Arco em C (fixo).

Cateterismo Cardíaco: estudo


radiográfico para obter imagens
dos vasos sanguíneos que
irrigam o coração (angiografia) e
também do interior dele, através
de um cateter por onde se injeta
um meio de contraste.
Imagem fluoroscópica

Diferentes componentes para


a formação da imagem em
fluoroscópia.

O componente principal
que distingue um sistema
fluoroscópico de um
sistema radiográfico é o
intensificador de imagem.

O intensificador de imagem
serve para “intensificar” ou
aumentar o brilho na imagem.
Intensificador de Imagem e Tubo fotomultiplicador

Tubo fotomultiplicador

Intensificador de imagem
Intensificador de Imagem

Diferentes partes de um
intensificador de imagem.

Tubo de vidro onde é feito o


vácuo para aumentar a eficiência
de aceleração dos elétrons.

tela de entrada
Tela de Entrada (Input Screen)

1- Janela de entrada (vacuum window) é uma Diâmetro: 4 – 6 polg.


fina camada de alumínio (1 mm espessura). Tem (~ 10 – 15 cm) ou
forma curva e forma parte do tubo de vidro. entre 25 – 35 cm.

2- O suporte de alumínio
de 0,5 mm de espessura,
serve como suporte da
camada fluorescente e
do fotocatodo.
Tela de Entrada (Input Screen)

3- A camada fluorescente (input phosphor):


absorve os RX e converte sua energia em
energia de luz visível.

Na fluoroscópia, a camada
fluorescente tem o mesmo papel
que a tela intensificadora em
radiografia convencional: tem
que ser suficientemente grossa
para absorver a maioria dos RX
e ao mesmo tempo,
suficientemente fina para não
degradar significativamente a
resolução espacial na imagem.
Tela de Entrada (Input Screen)

O material da camada fluorescente do


intensificador de imagem é de iodeto
de césio (CsI).

Os cristais de CsI tem forma alongada


(tipo agulha), deixando um espaço entre
eles que permite a passagem da luz
visível para o fotocatodo com mínimo
espalhamento lateral. O comprimento é
de 400 mm e 5 mm de diâmetro.

Os valores das bordas de absorção-K do Cs


Por cada fóton de RX (60 keV, por exemplo) (36 keV) e do I (33 keV) provocam uma alta
são emitidos aproximadamente uns 3000 eficiencia de absorção dos RX pela camada
fótons de luz visível (l = 420 nm). fluorescente (CsI).
Tela de Entrada (Input Screen)

O fotocatodo é uma fina camada


de antimônio e metais alcalinos
(Sb2S3). O material também pode
ser de oxido de césio-antimônio
(Sb-CsO).

Quando os fótons de luz visível (da


camada fluorescente CsI) incidem sobre o
fotocatodo, são liberados elétrons. Por
cada 100 fótons de luz, são liberados
como 15 – 20 elétrons (eficiência de
conversão de 10% – 20%).
Focalização dos elétrons
Do fotocatodo, os elétrons são acelerados para o
ânodo através de um potencial entre 25 – 35 kV.

Os eletrodos G1, G2 e G3 atuam


como “lentes eletrônicas” para
focalizar o feixe de elétrons para
a tela de saída (output screen)

G1
G2
G3
Tela de Saída (Output Screen)
O feixe de elétrons passa pelo ânodo e
incide de forma “aberta” sobre o fósforo
de saída emitindo luz visível. O material
fluorescente na saída do intensificador de
imagem é feito de ZnCdS:Ag, o qual emite
luz verde (l » 530 nm). Este comprimento
de onda coincide com a sensibilidade
espectral do material alvo da câmera de
vídeo.

Diâmetro: 2,5 cm

As partículas fluorescentes tem um


tamanho entre 1 – 2 mm, e a
espessura da camada fluorescente de
saída é de 4 – 8 mm para preservar a
resolução espacial.
Tela de Saída (Output Screen)

O tamanho da imagem na tela


de saída é de 2,5 cm diâmetro
comparado com os 10 – 35
cm diâmetro na tela de
entrada.
Tela de Saída (Output Screen)

Resolução espacial

Se a resolução espacial na tela de entrada


é de 5 pl/mm, para preservar este valor, a
resolução na tela de saída deve ser de 70
pl/mm. Por isso, a tela de saída está tela de saída
diâmetro: 2,5 cm
formada por material fluorescente de
tela de entrada
grãos finos (1 – 2 mm). diâmetro: 10 – 35 cm
Tela de Saída (Output Screen)
Ganho de Minimização

Em termos da intensidade da imagem,


existe uma energia/área na tela de entrada.
Na tela de saída essa área diminui e a
energia/área aumenta, daí que a intensidade
na imagem também aumenta. Isso é ganho
de minimização. O papel do intensificador
de imagem é “intensificar” ou “aumentar” o
brilho na imagem.

2
ATE æ DTE ö
Ganho = = çç ÷÷ A = área da tela
ATS è DTS ø D = diâmetro da tela
TE = tela entrada
TS = tela saída
Fluoroscópia: teste de baixo contraste
Fluoroscópia: teste de alto contraste

0.5 mm º 2,0 LP/mm 1.6 mm º 0,6 LP/mm


Testes de controle de qualidade

Manual da ANVISA
Equipamentos de Raios-X Mamográficos
Equipamentos de Raios-X com Fluoroscopia
FIM

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