Você está na página 1de 65

INSTITUTO DENIZARD TÉCNICO

AULA: TÉCNICAS E FATORES RADIOLÓGICOS


PROF. ESP. LUCAS CORRÊA LOURENÇO
A Imagem
▶ A IMAGEM Radiográfica
RADIOGRÁFICA - É uma imagem produzida através da
incidência do feixe de radiação sobre uma emulsão fotográfica (filme
radiográfico).
▶ Na radiografia, as áreas escuras correspondem às imagens
radiotransparente e as áreas claras correspondem às imagens radiopacas..
Qualidade da Imagem
▶ A
Radiográfica
qualidade da imagem radiográfica se refere á relação de princípios
físicos que regem a formação dessa imagem.

▶ A qualidade diagnóstica da imagem leva em consideração o tipo de


informação que se pretende obter da imagem, Uma imagem de boa
qualidade deve reunir o máximo de contraste e nitidez, primando, sempre a
maior proteção radiológica possível do paciente.
Imagem
Latente
▶ É a imagem produzida pelos raios X
após a exposição, mas que não é
possível de ser vista antes que seja
revelada.

▶ Ela é formada pelas alterações dos


grãos de haleto de prata na emulsão
fotográfica após exposição à luz. A
imagem não é visível até que o
processamento químico ocorra.
Imagem
Real

▶ É a imagem radiográfica após ter


sido revelada.
Radiografia
▶ É o filme/papel no qual foram produzidas imagens pela ação dos raios
X.
Raio
C entral
▶ É o raio que constitui o eixo
central de um feixe de raios X.

▶É através dele que


determinamos o local exato
onde a radiação incidirá para
realizar o exame radiográfico.
Fatores de
▶ Corrente (mA)
Exposição
▶ A corrente medida em miliampéres – mA
expressa a quantidade de raios x utilizados
em um determinado exame, conforme o
aquecimento fornecido ao cátodo.
▶ A corrente está sempre intimamente ligada
ao tempo de exposição.
▶ É responsável pelo contorno estrutural do
osso, ou seja, numa imagem de uma
radiografia de uma perna, o contorno que
aparece como sendo dos músculos e tudo
que não for osso, significa que houve pouca
densidade. pouco
mAs
Fatores de
Exposição
▶ PORTANTO, SE O TÉCNICO QUISER PRODUZIR
UMA IMAGEM ÓSSEA COM BASTANTE
DETALHES, DEVE UTILIZAR UM KVP BAIXO E
UM MAS ALTO.

▶ Esse é método utilizado para diminuir o


borramento da imagem
Fatores de
Exposição
Miliamperagem por segundo (mAs)
▶ Quantidade de radiação produzida por Segundo = tempo de exposição.

Tempo de Exposição (mAs)


▶ Expressa a duração da emissão dos raios X condicionando
também a quantidade de raios utilizada em determinado exame radiológico.
Fatores de
Pouco
KVExposição
(quilovolt):
C ontrast
▶ O KV (quilovolt), representa a e
velocidade de impacto dos elétrons Muito
liberados do catodo (polo -) contra o C ontrast
anôdo (polo +). e
▶ O KV é responsável pelos contrastes
intermediários entre o preto e o branco.

▶ Obtenção do
KV:
▶ KV = 2 x e + K
▶ (e) = espessura
▶ (K) = constante
Constante

É um conjunto de equipamentos de uma sala de Rx; capacidade da


ampola, tipo de écran, grade, temperatura e tempo da processadora,
além da marca do filme.

A constante do aparelho também pode ser identificada através da


numeração informada atrás do aparelho de raio X.
Essa constante varia de 20 a 40.
VAMOS PRATICAAAAR!!!
TORNOZELO = 8 CM
JOELHO = 10 CM
ABDOME = 35 CM

K (CONSTANTE) = 30
Fatores que Auxiliam na
Qualidade dos Estudos
Radiológicos
Todos os estudos radiológicos necessitam de identificação para
localização dos respectivos pacientes e reconhecimento de
partes do corpo.
CHASSI
Fatores de
A posição da Qualidade
identificação deverá ser criteriosamente
observada. Quando o exame realizado for com incidência de
raio central em ântero-posterior (AP), a identificação também
deverá estar em AP (ou seja com os números de frente para o
observador).
Fatores de
Qualidade
Quando o exame realizado com incidência de raio central em
posterior (PA), a identificação também deverá estar em PA (ou
seja com os números de costa para o observador).
Fatores de
Qualidade

A identificação deverá sempre estar


sobre o receptor de imagem do lado
DIREITO do paciente e nunca sobre a
estativa considere a figura ao lado como
uma representação do que NÃO deve
ser realizado no serviço de
radiodiagnóstico.
SISTEMA
CR
SISTEMA
DR
IDENTIFICAÇÃO
▶ SEMPRE A DIREITA DO PACIENTE

▶ FICANDO A ESQUERDA DO
OBSERVADOR
IDENTIFICAÇÃO

AP
IDENTIFICAÇÃO

PA
IDENTIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO

AP PA
AP

PA
Fatores de
Qualidade
 Quando a imagem radiográfica estiver no negatoscópio
(acessório utilizado para visualização de radiográfica), deverá
ser vista com a identificação do lado esquerdo do
observador ou seja o lado esquerdo do observador será o
lado direito do paciente o lado direito do observador será o
lado esquerdo do paciente.

 Isso facilita a observação de algumas estruturas anatômicas


difíceis de serem reconhecidas.
?
Fatores de
Cuidados com Qualidade
a identificação deverão ser criteriosamente
observados, tais como:

Ao colocar a identificação sobre o lado esquerdo do paciente, pode


referenciar lesões em lados que não estão afetados. (isso é
considerado um erro grave pois pode dizer que aquele é um lado e na
verdade não é).

!!!!! NA DÚVIDA, REPETE A IMAGEM !!!!!


Fatores de
Qualidade
O número de identificação errado pode acarretar a troca de exames
dos pacientes. (Isso ocorre quando o primeiro paciente fez uma
incidência AP de tórax e o segundo também, porém o profissional
esqueceu de trocar o número do paciente na identificação - nesse
caso, o profissional não poderá reconhecer qual é a imagem certa
de cada paciente, tendo assim que repetir os dois exames, gerando
mais exposição dos pacientes e gastos para o departamento.

OU O SIMPLES FATO DE MISTURAR OS CASSETES NÃO TENDO


COMO IDENTIFICAR QUAL É QUAL.
SENTIDO
SENTIDO LONGITUDINAL
TRANSVERSAL
Colimação
 A colimação é fundamental na obtenção de uma imagem de
qualidade, também na redução da dose de radiação, na
exposição da área estudada e nos tecidos adjacentes.

 Vale lembrar que na presença de uma acompanhante, uma


colimação precisa diminui a dose de radiação secundária, devendo
não se esquecer de oferecer protetores de chumbo aos
acompanhantes.
 Vale ressaltar ainda que a c olimação é o primeiro fator de
proteção que posso dar ao meu paciente.
Colimadores
São dispositivos colocados na saída do feixe de raios X, com o objetivo
de controlar o tamanho do campo e reduzir possíveis aberrações e
distorções do feixe primário.

Colimador Ajustável
▶ Também denominado colimador luminoso, é o mais comum dos
limitadores de campo produz um campo de radiação quadrado ou
retangular de tamanhos ajustáveis.
Colimadores
▶ Esse colimador possuium localizador luminoso, composto
por uma lâmpada e um espelho radio transparente.
▶ É constituído por dois grupos de lâminas de aproximadamente 3 mm
de espessura.
▶ São móveis e possuem ajustes independente.
▶ O localizador luminoso, quando bem regulado com o colimador, permite
uma localização exata da área a ser irradiada.

A colimação é imprescindível para minimizar a radiação espalhada


ou
secundária.
Colimadores
É um componente capaz de limitar o campo de incidência da radiação, suavizando
os feixes de raios X
Uma colimação precisa reduz a divergência dos raios X, tornando-os mais
concentrados, aumentando a qualidade do exame.
Colimação
Considere A como sendo o campo de
colimação, e B como sendo receptor de A
imagem. A está maior que B, logo a B
colimação está sendo utilizada de forma
inadequada. sabe-se que uma das formas
de proteção radiológica é a colimação, sua
utilização é necessária em razão de fatores
que por muitas vezes ocorrem nos campos

IDENTIFICAÇÃO
hospitalares como a não utilização de
equipamentos de proteção individual EPI’S.
Princípios Básicos de Formação
da Imagem
O objetivo de todo tecnólogo não deve ser apenas fazer uma
radiografia “passável” ou “diagnóstica” mas produzir uma imagem
ótima que possa ser avaliada por um padrão definível, segundo
critérios de avaliação.
Posicionamento
POSICIONAMENTO DA REGIÃO ANATÔMICA NO PORTA-FILME:

Inclui primeiro a colocação correta da região a ser demonstrada sobre


o chassi, de forma que toda a anatomia a ser visualizada esteja dentro
das bordas colimadas, mas não devem ser irradiadas partes
desnecessárias.

O eixo longitudinal da região anatômica deve estar alinhado com o


eixo longitudinal do filme.
Posicionamento
A exceção é quando, para garantir a inclusão de ambas as
articulações no filme, ela precisa ser colocada sobre o chassi de
um ângulo ao outro.

Não deve haver rotação da região anatômica a ser


radiografada, a mesma deve estar perfeitamente posicionada.
I
D
É imprescindível marcar o lado do c orpo que está sendo
radiografado com os o marcadores D ou E.
Alguns outros marcadores ou identificadores também podem ser usados,
tais como as iniciais do tecnólogo para identificar o responsável pelo
exame.

Algumas vezes, o número da sala de exame também é incluído, assim


como indicador de hora (urografia excretora).
TAMANHO DOS CASSETES E
CHASSIS

Formatos de filmes radiográficos


médicos: 13x18; 18x24; 24x30; 30x40;
35x35; 35x43
Fatores de
Exposição
São quatro os fatores pelos quais se avalia a qualidade de uma
imagem radiográfica:

1. DENSIDADE
2. CONTRASTE
3. DETALHE
4. DISTORÇÃO
Fatores de
 Exposição
Densidade radiográfic a pode ser como o grau de
descrita enegrecimento da radiografia
 processada.
O fator primário de controle da densidade é o mAs, assim, a
duplicação do mAs duplicará a quantidade de raios X emitida e a
densidade.

 Para que haja uma modificação notável na densidade radiográfica o


mAs, deve ser alterado em no mínimo 30% a 35%, mas geralmente não
seria suficiente para corrigir a radiografia. Para corrigir uma radiografia
subexposta (uma que seja muito clara) é necessário duplicar o mAs.
Como utilizar o Kv e o mAs?

▶ Para exames do Tórax é aconselhável utilizar um Kv alto e um mAs


baixo, porque nosso interesse é o de visualizar partes moles e não
osso, além lógico, que uma curta escala de tempo evita o
borramento da imagem devido aos movimentos involuntários do
corpo.

▶ Para exames de extremidades utilizamos um mAs alto e um kvp baixo.


Fatores de
Exposição
(Espessura):

▶ De acordo com a espessura da região a ser examinada o KV e o


mAs terão que ser ajustados de maneira precisa para obtermos uma
radiografia de bom padrão.

▶ Existe uma certa padronização do mAs para cada região do corpo


humano a ser examinada, proporcional, além da espessura, a
densidade da região.
Fatores de
Exposição
Densidade):
▶ A densidade é responsável pela
elimina ção das partes moles.
Fatores de
Exposição
(Distância):

▶ A distância foco-filme para a maioria dos exames


radiológicos é de 1m, exceto para as teleradiografias, e
exames de tórax, que as distâncias utilizadas são maiores,
variando de 1,5m a 2,00m.

▶ Segundo a Lei de Kepler, se dobrarmos a distância foco-


filme, teremos que quadruplicar a intensidade da radiação.
Fatores de
Exposição
▶ Distância Objeto-Filme

▶ Quanto menor a distancia


objeto-filme, menor será a
amplia ção da imagem;
Distância Objeto-
Filme
Algumas distâncias são padronizadas para que não se altere a constante
do aparelhos, e não ultrapasse os limites de radioproteção.

Padrão para a maioria das incidências: 1 metro;


Tórax= 1,50, 1,80 a 2,0 metros;
perfil de cervica l; 1,20 metros.

A DISTANCIA DE 1,50 a 1,80 PARA O TÓRAX DEVE-SE PELO TAMANHO


DA AREA A SER IRRADIADA, PELO AUMENTO DA DIVERGÊNCIA DOS
RAIOS; CONSEQUENTE MAIOR DEFINIÇÃO DOS CONTORNOS.
Fatores que Afetam as Técnicas Radiográficas

▶ Foco Fino: Utilizado para se obter uma imagem radiográfica mais


detalhada (50ma, 100ma, 150ma). Estruturas menores, requer mais
detalhes.

▶ Foco Grosso: Apresenta a vantagem de suportar alta corrente com tempo


baixo (200 ma, 300 ma, ou mais). Estruturas maiores.

▶ Distância Foco-Filme: Quanto maior a DFoFi, menor o poder de penetração


dos raios X e vice-versa.
Falta de Nitidez
Dinâmica
▶É causada pelo movimento (voluntario ou involuntário) do órgão ou
região examinada.

▶ A eliminação da falta de nitidez dinâmica é obtida pela redução


do tempo de exposição.
Contraste na Imagem Radiográfica
▶ O contraste pode ser definido como sendo a diferença entre as
densidades ópticas máximas (preto) e mínimas (branco) da imagem
radiográfica, podendo ser influenciado pelo nível de exposição e pela
radiação espalhada.

▶ A radia ção espalhada secundária deve ser eliminada


ou reduzida ao máximo possível, para evitar perda da qualidade da
imagem radiográfica.

▶ Isso pode ser obtido mediante a limitação do campo irradiado e com a


utilização de grade antidifusora.
Radiopacidade e
Radiotransparência

▶ Refere-se como opacidade ou imagem


radiopaca, aquelas que tendem ao
branco (meios de contrastes e artefatos
de imagem)

▶ Radiotransparentes aquelas que tendem


ao preto (pulmão).
Subexposição
▶ Uma radiografia subexposta corresponde à uma
imagem deficiente de exposição, que devera ser
corrigida alterando para mais os fatores de
exposição radiológica (Kvp e mAs)
Superexposição
▶ Uma radiografia superexposta consiste em uma
radiografia que sofreu uma exposição
acentuada, acima do normal. Também precisa
ser corrigida.
Exposição
Suficiente
▶ Considera-se uma radiografia suficientemente exposta, aquela que
demonstra um contraste e uma densidade acessível.
X
Fatores que afetam Diretamente
a Imagem

▶ Kvp
▶ mA
▶ Tempo
(s)
Artefato
s
São variações de densidade indesejáveis apresentadas sob a forma de manchas
nas radiografias.

Principais causas de aparecimentos de artefatos nas radiografias são:


Manuseio com mãos úmidas.
Pressão e deformação física do filme radiográfico
Exposição prolongada a luz de segurança na câmara escura.
Fricção do filme radiográfico exposto ou virgem não exposto.
Contato de filmes radiográficos com líquidos.
Validade do filme radiográfico.
Artefatos de movimento
Artefatos técnicos
Nomenclatura
▶ Foco (foco emissor de radiação)

▶ O: Objeto(região do corpo em estudo)

▶ Fi: Filme radiográfico. Ou (chassis, cassete, receptor de imagem)

▶ d: Distância.

▶ dFoFi: Distância foco filme


▶ dOFi: Distância objeto filme
▶ dFoO: Distância foco objeto
Instruções
Básicas
ANTES DE PROSSEGUIR, FAZ-SE NECESSÁRIO AINDA A DESCRIÇÃO DE ALGUMAS
INSTRUÇÕES BÁSICAS E COMPLEMENTARES QUANTO AOS PROCEDIMENTOS E
TERMOS RADIOLÓGICOS.
▶ Local a ser examinado: descrição da estrutura onde será realizada a radiografia.
(sempre observar o pedido médico).
▶ Incidência ou método: descrição da solicitação do método a ser realizado.
▶ Filmes e chassis: escolher com precisão o tamanho do filme e chassis que devem
ser usados na incidência com cuidado para não perder estruturas ou desperdiçar
filmes.
▶ Sentido: o sentido do posicionamento do chassi na realização do exame
respeitando o local da identificação do exame e do paciente. (sempre a direita
do paciente)
▶ Bucky Mural ou Mesa de Exames: Cada exame tem sua forma e local de
realização. Alguns deles são indiferentes, outros são intransferíveis.
▶ Foco: tipo de filamento do cátodo que será utilizado (foco fino ou foco grosso).
▶ Distância foco-filme: distancia do foco até o filme (atenção ao exame, essa
distância está sujeita a variações)
▶ Técnicas Empregadas ao Exame: atenção a quantidade específica de kvp e
mAs empregada a cada paciente. (observar bem a densidade da estrutura a
ser examinada.
▶ Cone: utilizar o cone de delimitação de radiação quando possível
▶ Ampola: definir qual a rotação, angulação e direção da ampola emissora de
radiação.
▶ Raio Central: posicionar o raio central no local indicado conforme a incidência a
ser realizada.
▶ Colimação: a colimação precisa diminui a radiação espalhada e é também o
principal fator de radioproteção para o paciente.
▶ Condições Físicas do Paciente: analisar se o paciente oferece condições físicas
para a realização do exame segundo o pedido médico.
▶ Anamnése: entrevistar o paciente sobre o motivo do exame e descrever ao
médico. (você é o elo entre o paciente e o médico radiologista que irá laudar o
exame.
▶ Informação: Explicar brevemente ao paciente o processo do exame a fim de
obter sua cooperação.
▶ após a realização do exame solicitado: analisar a imagem à fim de avaliar
padrões técnicos, posicionamento, nitidez, identificação do paciente. Etc...
LEMBRE-SE, UMA VEZ DENTRO DA SALA DE EXAMES, O PACIENTE É DE
SUA INTEIRA RESPONSABILIDADE. TENHA O MÁXIMO DE CUIDADOS
E ATENÇÃO COM ELE!

Você também pode gostar