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Esse é o primeiro volume de uma coleção de ebook sobre

temas relacionados a RADIOLOGIA no dia a dia!


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Este ebook foi elaborado por:

Deivison Ferreira De Alencar

Apaixonado pela radiologia, adquiriu uma larga experiência no


atendimento em pacientes de alta complexidade no antigo Hospital e
Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC), hoje Hospital
Referência do covid19, onde o fluxo de pacientes politraumatizados e
outros com as mais diversas patologias era muito intenso!

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Olá, tudo bem?
Obrigado por baixar esse ebook!
Antes de começar a apresentar esse material eu gostaria de te
parabenizar: chegar até aqui realmente não é fácil, e você já é
um vencedor.
Você sabe que na área da radiologia tem vários setores, e que
o setor chefe é o raio-x, onde o profissional responsável realiza
imagens radiográficas que auxilia o médico a fazer um
diagnóstico.
Ao contrário do que muita gente pensa, a realização de exames
de raio-x no pronto atendimento, inúmeras vezes vai muito
além das 2 incidências de rotina que estamos mais
familiarizados.
Para se obter uma boa imagem radiográfica, além de um bom
posicionamento do paciente ou estrutura a ser radiografada,
devemos saber utilizar corretamente os fatores técnicos
radiográficos!
Te apresento aqui, de uma forma resumida, os fatores técnicos
e sugestões das técnicas para ter exames com qualidade.
Eu acho um tema super interessante! Acredito que você acha
também, não é mesmo?
É grande nossa responsabilidade em ajudar o paciente! E
escolhendo as técnicas corretas, contribuímos para a proteção
radiológica também.
Espero que a leitura e consulta deste ebook te ajude
compreender de forma sistematizada os principais fatores de
exposição radiográfico!

Prof° Deivison Ferreira


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Nesse ebook você vai ver:
Técnicas radiográficas
na prática
Kv, mA E mAs
1. Entendendo os fatores Técnicas
2. Definindo o Kv
3. Definindo o mA e mAs

4. Técnicas radiográficas para extremidades


(membros superiores e membros inferiores)

5. Fatores de exposição na prática

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Fatores Radiográficos
Para se obter uma boa imagem radiográfica, além de um bom
posicionamento do paciente ou estrutura a ser radiografada, devemos
saber utilizar corretamente os “Fatores radiográficos ou elementos
formadores da TÉCNICA” utilizada para determinado caso, de forma
equilibrada e que esteja dentro dos padrões de segurança e tolerância
do organismo.

Esses elementos são:


kV (Quilovolt)
mA (mili Amperagem)
mAs (mili Amperagem por segundo)
“D” (distância em cm)
Constante do aparelho (K)

kV (Quilovolt): O KV determina o contraste. O contraste é


responsável pela imagem preta e branca na radiografia, muito contraste
significa uma imagem preta, e pouco contraste significa uma imagem
branca.

mA (mili Amperagem): mA é a miliamperagem presente no


aparelho. A miliamperagem é a Corrente Elétrica na produção dos Raios-
X.

Na prática, funciona assim. Quando a Corrente Elétrica chega no catôdo,


o filamento do catôdo é aquecido, produzindo uma nuvem de eletróns.
Como os eletróns tem carga negativa, eles vão de encontro ao anôdo,
que tem carga positiva (cargas elétricas opostas se atraem). No anôdo
existe uma placa (que pode ser de tungstênio ou molibidênio). Quando
os eletrons se chocam com esta placa, a interação dos eletrons com o

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material da placa produz os Raios-X que são disparados na direção do
alvo, que no caso na Radiologia Médica, o paciente.

mAs (mili Amperagem por segundo): mAs é responsável pela


densidade. Densidade é aquela imagem referente ao contorno da
estrutura do osso, ou seja, numa imagem de um RX de uma perna, o
contorno que aparece como sendo dos músculos e tudo o que não for
osso, significa que houve pouca densidade. A densidade é responsável
pela eliminação de partes moles, portanto, se o técnico quiser produzir
uma imagem óssea com bastante detalhe e qualidade, deve colocar
mais mAs e menos KV.

“D” (distância em cm): Quando referimos a distância, levamos em


consideração a:
▪ Distância fonte receptor de imagem (DFR) – distância entre a
ampola de raios X e o chassi. Também chamada de distância foco-
filme (Dfofi);
▪ Distância objeto receptor de imagem (DOR) – distância entre o
objeto radiografado e o chassi. Também chamada de distância
objeto-filme (Dofi);
▪ Distância foco-objeto – distância entre a ampola de raios X e o
objeto radiografado (DfoO);

Constante do aparelho (K): A constante “K” é determinada por


conjunto de informações de um equipamento radiológico. Variações da
constante “K” são decorrentes de diversos fatores, mas principalmente,
da falta de calibração correta do equipamento. Para evitar que um
equipamento se descalibre, é necessário submetê-lo a controles de
qualidade periódicos.

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Cálculo de KV
O cálculo do KV é obtido tomando-se a espessura da estrutura que se
deseja radiografar, multiplicada por 2 e somada com a constante “C” do
equipamento. Nas condições ideais, a constante do aparelho “K”,
normalmente será sempre igual a 20.

Como calcular o kV? – Através da fórmula:

KV = E x 2 + K
KKKKKKK K
KV = o que se quer saber.
E = espessura da área em cm;
K = Constante do Aparelho;

kV é a quilovoltagem que se deseja, multiplica-se a “E” (espessura)


por 2 e soma-se com a “K” (constante do aparelho).

OBS: para encontrar a espessura da região a ser radiografada “E”,


utilizamos um instrumento denominado “ESPESSÔMETRO”, que é um
tipo de régua ou escala graduada em “cm”. Se não dispor deste
instrumento onde você estivar atuando, utilize uma fita ou régua para
obter a medida.

Vamos agora de exemplo, cálculo de KV:


• Paciente chegou no pronto atendimento, passou pelo médico e foi
solicitado raio x de abdome. Chegando no setor de raio x o técnico
em radiologia mediu a espessura abdominal do paciente e notou
que deu 32 cm. A constante do equipamento é 20. Qual o kV que
será aplicado na exposição?

KV = 32 x 2 + 20
KV = 64 + 20 Usaremos 84 KV para essa radiografia
KV = 84
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Considerações sobre o mAs
• O mAs é o produto (multiplicação) da corrente do tubo (mA) pelo
tempo de exposição (t) em segundos;
• O mAs define a quantidade de fótons de raios-x aplicados em uma
exposição radiográfica;
• Quanto maior o mAs, maior a quantidade de fótons de raios-x no
feixe e, consequentemente, maior o grau de enegrecimento
(densidade) da imagem.

Cálculo do mAs
Cálculo do MAS é obtido à partir do valor KV, multiplicado por uma
constante denominada “CMR” (Constante Miliamperimétrica
Regional).

(Constante Miliamperimétrica Regional) “CMR”


É atribuída aos diferentes tecidos e órgãos do corpo humano.

Ossos: 1.0
Partes Moles: 0.8
Pulmão: 0.05

Então vamos lá!


Como calcular o mAs? – Através da fórmula:

mAs = KV x CMR

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mAs = o que se quer saber.
KV = Kilovoltagem
CMR = Constante atribuída aos diferentes tecidos e órgãos do
corpo humano.

Vamos agora de exemplo, cálculo do mAs:


• Paciente chegou no pronto atendimento, passou pelo médico e foi
solicitado raio x de abdome. Chegando no setor de raio x o técnico
em radiologia fez o cálculo para o KV onde o resultado foi 84. Com
base nessas informações calcule o mAs a ser utilizado:

mAs = 84 x 0.8
mAs = 67.2 Usaremos 67.2 mAs para essa radiografia

Compensando o KV – mAs
Para reduzir o mAs à metade, aumenta 15% no KV.
Para dobrar o mAs, reduzir 13% no KV.

Exemplo:
Uma técnica de 70 kV com 70 mAs é equivalente a 80 kV com 35 mAs.
Dessa forma, apresenta baixo contraste e contribui com a proteção
radiológica para o paciente.

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Fatores de Exposição para Extremidades

Para membros superiores e inferiores onde a espessura é


menor que 10 cm não há necessidade de utilizar grades
antidifusoras.
Pode realizar as radiografias utilizando os parâmetros de
KV, mAs e Distância foco filme especifica:

Tabela com fatores de exposição sugestivo para radiografar membros superiores e


inferiores com espessura de inferior a 10 cm.

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Fatores de Exposição Sugestivo, para
pessoas de porte mediano. (Equipamentos
VMI)

LEMBRA-SE: O kV será a velocidade, e o mA a quantidade de elétrons


produzidos!

Em todo serviço de Raio X deve ser mantido um protocolo de técnicas


radiográficas (tabela de exposição), junto ao painel de controle de cada
equipamento de raios-X. Ela é uma tabela de raio X pronta de KV e
mAs, mais pode sofrer variações.

Incidências KV mA mAs KV do
perfil
Crâneo 61 200 40 56
Seios da face 61 Fn 200 40 63 Mn
Tawner 65 200 40
Hirtz 65 200 40
Ossos nasais 46 200 4
Mandíbula 58 AP 200 40 55 Obl.

Coluna cervical 63 200 13


AP
Coluna cervical 200 15 67
perfil 1,50 cm
Transoral 62 200 12
Coluna torácica 66 200 40 75
Coluna lombar 68 200 40 83

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Sacro cóccix 67 200 40 82
Tabela de técnicas radiológicas para dosagem com valor aproximado para biotipo mediano
para regiões de cabeça e coluna vertebral.

Incidências KV mA mAs KV do
perfil
Tórax adulto 73/80 300 7-9
PA
Tórax adulto 300 10/15 83/100
perfil
Tórax infantil 68/74 300 3
AP
Tórax infantil 300 4 75/85
perfil
Arcos costais 66 200 40 75
obliqua
Esterno 65 obliqua 200 40 75

Abdome 65 200 40
Bacia 61 200 40
Quadril 61 200 40 64
obliqua
Tabela de técnicas radiológicas para dosagem com valor aproximado para biotipo mediano
para regiões do esqueleto axial: caixa torácica, abdome e bacia.

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Incidências KV mA mAs KV do
perfil
Dedos da mão 41 100 3 41
Mão 43 100 3 45
Punho 44 100 3 50
Antebraço 46 100 3 52
Cotovelo 51 100 3 53

Braço/úmero 59 200 12 59
Ombro 60 200 12 60
Clavícula 62 200 12
Escapula 63 200 13
Perfil escapular 200 19 74
para y

Fêmur 60 200 40 60
Joelho 56 100 3 55
Perna 55 100 3 54
Tornozelo 55 100 3 53
Calcâneo 55 100 3 53
Pé 44 100 3 45
Tabela de técnicas radiológicas para dosagem com valor aproximado para biotipo mediano
para regiões de membros superiores e inferiores.

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Radiografias em leitos
Tabela de técnicas radiológicas para
dosagem com valor aproximado:

APARELHO DE RAIO X MÓVEL AQUILA-320 S

PACIENTE ADULTO TÓRAX PACIENTE ADULTO ABDOME


Pequeno: 78 kv / 100 mA / 16 mAs Pequeno: 90 kv / 100 mA / 20 mAs
Mediano: 85 kv / 100 mA / 18 mAs Mediano: 95 kv / 100 mA / 28 mAs
Grande: 90 kv / 100 mA / 20 mAs Grande: 98 kv / 100 mA / 35 mAs

PACIENTE PEDIÁTRICO TÓRAX PACIENTE PEDIÁTRICO ABDOME


Pequeno: 52 kv / 100 mA / 4 mAs Pequeno: 58 kv / 100 mA / 6 mAs
Mediano: 56 kv / 100 mA / 5 mAs Mediano: 62 kv / 100 mA / 6 mAs
Grande: 60 kv / 100 mA / 6 mAs Grande: 66 kv / 100 mA / 8 mAs
Tabela de técnicas radiológicas para dosagem com valor aproximado para radiografia em
leito, sem a grade antidifusora aparelho de raio x móvel AQUILA-320 S.

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APARELHO DE RAIO X MÓVEL AQUILLA PLUS 300 VMI

PACIENTE ADULTO TÓRAX PACIENTE ADULTO ABDOME


Pequeno: 76 kv / 100 mA / 4 mAs Pequeno: 86 kv / 100 mA / 5 mAs

Mediano: 80 kv / 100 mA / 4 mAs Mediano: 90 kv / 100 mA / 5 mAs

Grande: 84 kv / 100 mA / 5 mAs Grande: 94 kv / 100 mA / 7 mAs

PACIENTE PEDIÁTRICO TÓRAX PACIENTE PEDIÁTRICO ABDOME


Pequeno: 49 kv / 100 mA / 3 mAs Pequeno: 52 kv / 100 mA / 4 mAs

Mediano: 52 kv / 100 mA / 3 mAs Mediano: 56 kv / 100 mA / 4 mAs

Grande: 57 kv / 100 mA / 4 mAs Grande: 60 kv / 100 mA / 4 mAs


Tabela de técnicas radiológicas para dosagem com valor aproximado para radiografia em
leito, sem a grade antidifusora aparelho de raio x móvel AQUILLA PLUS 300 VMI.

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APARELHO DE RAIO X MÓVEL INTECAL CR7/100

PACIENTE ADULTO TÓRAX PACIENTE ADULTO ABDOME


Pequeno: 55 kv/mA - 0,4 Tempo Pequeno: 75 kv/mA - 0,5 Tempo
Mediano: 65 kv/mA - 0,4 Tempo Mediano: 80 kv/mA - 0,5 Tempo
Grande: 70 kv/mA - 0,5 Tempo Grande: 90 kv/mA - 0,6 Tempo

PACIENTE PEDIÁTRICO TÓRAX PACIENTE PEDIÁTRICO ABDOME


Pequeno: 40 kv/mA - 0,075 Tempo Pequeno: 45 kv/mA - 0,1 Tempo
Mediano: 45 kv/mA - 0,1 Tempo Mediano: 50 kv/mA - 0,125 Tempo
Grande: 50 kv/mA - 0,125 Tempo Grande: 65 kv/mA - 0,125 Tempo
Tabela de técnicas radiológicas para dosagem com valor aproximado para radiografia em
leito, sem a grade antidifusora aparelho de raio x móvel INTECAL CR7/100

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APARELHO DE RAIO X MÓVEL INTECAL

PACIENTE ADULTO TÓRAX PACIENTE ADULTO ABDOME


Pequeno: 55 kv/mA - 0,4 Tempo Pequeno: 75 kv/mA - 0,5 Tempo
Mediano: 65 kv/mA - 0,4 Tempo Mediano: 80 kv/mA - 0,5 Tempo
Grande: 70 kv/mA - 0,5 Tempo Grande: 90 kv/mA - 0,6 Tempo

PACIENTE PEDIÁTRICO TÓRAX PACIENTE PEDIÁTRICO ABDOME


Pequeno: 40 kv/mA - 0,075 Tempo Pequeno: 45 kv/mA - 0,1 Tempo
Mediano: 45 kv/mA - 0,1 Tempo Mediano: 50 kv/mA - 0,125 Tempo
Grande: 50 kv/mA - 0,125 Tempo Grande: 65 kv/mA - 0,125 Tempo
Tabela de técnicas radiológicas para dosagem com valor aproximado para radiografia em
leito, sem a grade antidifusora aparelho de raio x móvel INTECAL.

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APARELHO DE RAIO X MÓVEL POLYMOBIL PLUS

PACIENTE ADULTO TÓRAX PACIENTE ADULTO ABDOME


Pequeno: 80 kv - 10 mAs Pequeno: 85 kv - 15 mAs
Mediano: 85 kv - 12 mAs Mediano: 90 kv - 18 mAs
Grande: 90 kv - 15 mAs Grande: 98 kv - 20 mAs

PACIENTE PEDIÁTRICO TÓRAX PACIENTE PEDIÁTRICO ABDOME


Pequeno: 68 kv - 5 mAs Pequeno: 75 kv - 6 mAs
Mediano: 70 kv - 6 mAs Mediano: 80 kv - 6 mAs
Grande: 75 kv - 6 mAs Grande: 82 kv - 8 mAs
Tabela de técnicas radiológicas para dosagem com valor aproximado para radiografia em
leito, sem a grade antidifusora aparelho de raio x móvel POLYMOBIL PLUS.

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Atenção!
As tabelas de técnicas radiológicas
apresentadas aqui podem variar de
aparelho em aparelho, e de paciente
para paciente.
Pode variar também as alterações de
acordo com a modalidade Convencional,
CR-Radiologia Computadorizada e DR-
Radiologia Digital.

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Referências

BIASOLI, Antônio Jr. Técnicas radiográficas. 1ª ed., Rio de Janeiro: Ed.


Rúbio, 2006.
BONTRAGER, K. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia
Associada - Bontrager 9ª edição. Editora Elsevier, 2018
MANUAL DE FISICA RADIOLOGICA / Moraes, Anderson Fernandes,
Vladimir Jardim. – São Caetano do Sul, SP: Yendis editor, 2010.
NOBREGA, A. I. Manual de técnicas radiológicas, 3.ed. São Caetano do
Sul: Difusão; 2015.

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