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INTRODUÇÃO
● Radiologia quase 100 anos depois > Diagnóstico por imagem
● 1995 - 34% de todos os procedimentos radiológicos realizados e 73% de toda
receita vieram de campos que não existiam 10 anos antes
● Progresso associado a desenvolvimento da eletrônica e computação
MÉTODOS
● Radiografia convencional
● Mamografia
● Ultrassonografia
● Densitometria óssea
● Tomografia computadorizada
● Ressonância magnética
● Radiologia Intervencionista
1. Radiografia convencional
○ O mais disponível, utilizado e barato
○ Pode ser um exame inicial
○ Pode ser um exame definitivo → Se suspeita de lesões ósseas ou
dúvidas pulmonares
○ Radiação ionizante
→ Não é bom método para ver partes moles (padrão-ouro é a RNM)
○ Exame que utiliza um tipo especial de radiação eletromagnética, os raio-
x (comprimento de onda curto e alta frequência) sobre um receptor (filme)
para formação de imagens
2. Mamografia
○ Incidências:
■ Médio-lateral (Visualizada a musculatura peitoral e região axilar):
Quadrante superior e inferior
■ Crânio-caudal: Quadrante lateral e medial
OBS: Se no meio da linha imaginária → Região inter-quadrantes
Crânio-caudal Médio-lateral
○ Opção digital e convencional
○ 1x/ano a partir dos 40 anos (idade da lipossubstituição da mama,
aumentando a sensibilidade do exame) ou 35 anos se fator de risco (se
<33 é preferível realizar o USG)
NOTAS:
- PACS (Picture Archiving and Communications System): Sistema de
armazenamento, gerenciamento e comunicação de imagens médicas. É uma
mudança do fluxo de trabalho baseado em filmes para um fluxo de trabalho
baseado em imagem digital integrada
3. Ultrassonografia
○ A colocação do gel entre a pele e o transdutor para facilita a passagem
das ondas
■ Pacientes com distensão de alça dificulta a visualização.
○ Tipos de transdutores:
■ Convexos: resolução inferior, mas possui melhor penetração →
utilizado para USG de abdome
■ Lineares: Resolução melhor, mas não tem muita profundidade →
Melhor para pele, subcutâneo, musculatura, estudos com Doppler
■ Endocavitário: Intermediário → Transretal (próstata) e
Transvaginal (útero e ovários)
○ Não realiza imagens coloridas pois prejudicaria a visualização das
texturas e densidades
○ Doppler para ver o que há fluxo
○ Meios de contraste → melhorar a sensibilidade de tumores
○ Como não tem radiação, não há contraindicações formais
○ Exame dinâmico
○ Examinador dependente
→ OBS: Pólipo não muda com a movimentação, nem apresenta sombra acústica posterior.
4. Densitometria óssea
○ “Mede a quantidade de cálcio nos ossos”
○ Colo do fêmur e coluna lombar: onde há maior absorção dos impactos e
maior absorção de cálcio
○ Objetivos:
5. Tomografia Computadorizada
○ Método que mais emite radiação (equivale a 300 RX)
○ Gerações de equipamentos:
■ 1ª geração: Extra axial
■ 2ª geração: Helicoidal —> início dos exames vasculares
(angiotomografias)
■ 3º geração: Multidetectores
○ Possibilidade de avaliação nos cortes: axial, coronal e sagital
○ Possibilidade de realização de: AngioTC, UroTC, Endoscopia virtual,
Colonoscopia virtual, exames cardíacos (mostra o parênquima além dos
vasos), PET/TC
○ PET/TC:
■ Utilização de um análogo da glicose [18F] fluorodeoxyglucose
■ Técnica com alta sensibilidade e especificidade
■ Alia a avaliação metabólica/funcional das lesões (medicina
nuclear) com a avaliação anatômica (radiologia)
■ Técnica de corpo inteiro
■ Mandatório em câncer pulmonar, colo, cabeça e pescoço e
linfoma
■ Há captação cerebral e cardíaca por acúmulo de glicose e vias
urinárias pela excreção
■ Indicações:
1. Diagnóstico das lesões tumorais (primárias e secundárias)
2. Avaliação do envolvimento linfonodo - estadiamento
3. Avaliação do resultado final do tratamento/ressecção de
lesões tumorais
4. Tentar diferenciar processo cicatricial/fibrose residual X
recidiva
5. Acompanhamento de lesões tumorais em tratamento (ex:
Linfoma) - produtor da resposta tumoral
6. Planejamento do tratamento radioterápico
7. Investigar em pacientes tratados o surgimento de novas
lesões (ex: aumento de CEA, AFP)
8. Estudo de febres de origem não conhecida
9. Investigação neurológica - Demências, tratamento de
lesões
10. Funções cardiológicas
6. Ressonância Magnética
○ Não utiliza radiação
○ Vantagens
■ Contraste não é iodado
■ Não necessita de radiação ionizante
■ Melhor resolução para partes moles, separando água e gordura
■ Capacidade multiplanar
○ Desvantagens
■ Maior tempo de exame
■ Exame mais caro
○ Contraindicações
■ Implantes ou corpos estranhos ferromagnéticos
■ Claustrofobia
■ Marca-passo
■ Contraindicação absoluta: implante coclear!
○ AngioRM
○ Difusão e perfusão: marca o território de risco
■ Difusão: é a que mostra mais precocemente um AVCi
7. Radiologia intervencionista
○ Acessos por pele (venoso, nefrostomia)
○ Biópsias, drenagens
○ Ablações de lesões (químio oi rádio)
○ Dilatações com ou sem stent
○ Controle de sangramento
○ Embolização de aneurismas, vasos, malformações vasculares ou
tumores
○ Trombólise de lesões vasculares
○ Vertebroplastia
○ TIPS
PROPRIEDADES DOS RAIOS X
AMPOLA DE RAIO X
● Isolada a vácuo
● Protegida por cápsula de chumbo, com 1 saída
● Polo + (anódio) e Polo - (catódio)
FORMAÇÃO DA IMAGEM
CUIDADOS
● Os exames radiológicos são rotineiramente exames simples, pouco invasivos e
de fácil realização
● As principais orientações são permanecer imovel e colaborar com a respiração
● Em geral, deve se evitar o uso de objetos metálicos, pois eles são radiodensos,
aparecendo no exame, ou gerando artefatos metálicos no caso da RM, causando
riscos ao paciente → Ex de pacientes que possuem artefatos que não são
possíveis de serem retirados: tela de hérnia, próteses ortopédicas
● Lembrar de sempre pedir ao paciente para trazer os exames anteriores
relacionados
PREPARO
● Sem preparo
○ RX: sem contraste (crânio, seios da face, tórax, mastóides, osteo-
articulares em geral) e com contraste (sialografia, uretrocistografia*,
dacriocistografia - cirurgias e traumas para ducto lacrimal)
*OBS: Criança com ITU é necessário realizar USG para ver malformação
e uretrocistografia para ver se há refluxo vesicoureteral
Sialografia
Dacriocistografia
○ Densitometria óssea
USG útero - se via abdominal realizar com bexiga cheia, se via EV, realizar
com bexiga vazia
Esofagograma
○ RM (idem à TC)
OBS: O paciente não pode fumar nem mascar chiclete no período do
jejum
○ Urografia excretora:
■ Alterações intestinais podem alterar o exame das vias urinárias
(ex: fecalitos, apendiculitos, flebolitos).
■ Recebe contraste EV, observando-se a concentração do mesmo
nos rins, cálices renais, ureter e bexiga. Realizando várias
imagens em uma escala de tempo.
■ Permite o estudo das vias urinárias, tendo como indicações
clínicas principais: massa abdominal ou pélvica, cálculos renais
ou ureterais, traumatismo renal, dor no flanco, hematúria,
infecções do trato urinário
■ Recomendações ao paciente:
● Na véspera do exame: Café da manhã e almoço com
alimentos líquidos e leves, evitando alimentos sólidos. Às
19h tomar 2-4 cp de Luftal. Jantar: Arroz, macarrão e purê
de batata
● No dia do exame: comparecer em jejum absoluto, tomar 1
cp de Luftal, se necessário, fazer fleet enema
○ Enema opaco:
■ Exame indicado para estudo de doenças do intestino grosso, tais
como neoplasias, diverticulite e constipação.
■ Administrado contraste de sulfato de bário via sonda retal (Caso
suspeita de rotura da alça, realizar com iodo)
■ Recomendações ao paciente:
● Na antevéspera do exame: o jantar deve ser leve,
evitando-se alimentos gordurosos, verduras e legumes.
Às 20h, tomar 4 cp de Dulcolax
● Na véspera do exame: Almoço com alimentos líquidos e
leves, evitando sólidos. Jantar com alimentos leves, de
preferência sopa, tomar bastante líquido o dia inteiro. Às
19h tomar 2 cp de Dulcolax. Às 22h tomar 1 copo de água
e 1 cp de Dulcolax
● No dia do exame: comparecer em jejum absoluto, realizar
fleet
OBS: A água pode ser substituída por chá. Cada cp de Dulcolax
pode ser substituído por 1 colher de sopa de leite de magnésia
○ Histerossalpingografia:
■ Tem objetivo de localizar possíveis obstruções das trompas e
útero, assim como infecções e aderências, usado em pacientes
com dificuldade para engravidar.
■ Exame no qual é administrado contraste a base de iodo, dentro
do útero após pinçamento do colo, com contraste seguindo pelas
trompas.
■ Recomendações ao paciente:
● Na véspera do exame: Tomar 2 cp de Lactopurga ou
Dulcolax ou 2 colheres de Leite de Magnésia às 20H
● No dia do exame: Tomar 2 cp de Dimeticona no café da
manhã; trazer absorvente; Se necessário, tomar 1-2h
antes do exame, 2 cp de espasmo-silidron ou buscopan
supositório.
Sinéquias uterinas
○ Raio-x Abdômen/coluna lombar: para não simular lesão pelos gases do
intestino:
Na véspera do exame: Às 19h, tomar 2-4 cp de Dulcolax e um cp
de Luftal. Jantar: Arroz, macarrão e purê de batata
No dia do exame: comparecer em jejum absoluto
Exemplo: Paciente com queixa de dor de cabeça sem melhoras com uso de
medicamentos. Realiza TC de crânio com contraste representada abaixo:
● Iodados
○ Administração direta → oral, endocavitário (histerossalpingografia) e
endovenoso
○ Quando absorvido é filtrado e excretado pelos rins
○ Meia vida até excreção entre 30 e 60 minutos
○ Cuidados:
■ Efeito conjunto com a metformina podem gerar uma acidose
láctica grave → suspender um dia antes
■ Insuficiência renal: Elevação de creatinina sérica superior a 25%
do valor de base ou 0,5 mg/dl nos 3 dias seguintes à
administração de contraste
○ Classes
■ Iônicos: 1ª geração dos RCs, são mais baratos mas geralmente
têm maior osmolaridade e maior alteração da homeostasia, além
de maior risco de reação adversa. Existem contrastes iônicos
mais recentes que têm baixa osmolaridade
■ Não iônicos (aniônicos): Geração mais nova, que não contém
cátions positivamente carregados. Em geral são de baixa
osmolaridade, consequentemente são quase isotônicos, sendo
melhor tolerados pelo corpo, entretanto tem um custo mais alto
■ Hidrossolúveis (iônicos de alta e baixa osmolalidade e não iônicos
de baixa osmolalidade): são empregados em exames do aparelho
urogenital, intravascular, mielografia, histerossalpingografia.
● Contraste paramagnético (Gadolínio)
○ Elemento químico da série dos lantanídeos → Substância que possui
elétrons desemparelhados e que, quando exposto ao campo magnético
externo se alinham e promovem aumento na intensidade do campo
○ Gadopentetato de Dimeglumina, Eadoteridol, Eadoterato de Neglumina
○ Utilizado somente via EV com eliminação via renal
○ Dose de 0,2 ml/kg, diluído em solução salina
○ Reação adversa rara → Mecanismo provável de reação: anafilática não
alérgica
○ Fatores de risco: atopia, asma
○ Precauções: hipersensibilidade, gravidez e lactação
○ Reações anafilactóides severas ocorrem em 0,01% dos exames
○ Cuidados:
■ Pacientes com insuficiência renal: Reações tardias
● Tipos de reações
○ Reações tóxicas
○ Reações anafiláticas ou idiossincrásicas (reação anafilática não alérgica)
○ Reação tardia mediada por linfócitos T CD4 (mulheres e atopia)
● Fatores de risco
○ Reação prévia ao contrate
○ Alergia a frutos do mar
○ História de atopia (asma, bronquite, urticária, eczema, alergia)
○ Idade acima de 50 anos
○ Doença cardiovascular preexistente / Hipertensão
○ Insuficiência renal prévia
○ Diabetes → Atenção à Metformina
○ Quimioterapia, desidratação e hiperuricemia → risco de desidratação
○ Mieloma múltiplo, feocromocitoma e anemia falciforme
● Guia de prevenção das reações aos contrastes radiográficos
○ Antes da realização do exame, preencher ficha de anamnese para
detecção dos fatores de risco
○ Suspender o uso de betabloqueadores antes do exame
○ Avaliar a real necessidade do exame e o emprego de diagnóstico
alternativo na presença de história de reação prévia. O gadolínio é uma
opção de contraste a ser usado
○ Informar ao paciente a possibilidade de aparecimento de reações
adversas e dificuldade de realização de teste
○ Indicar ou não o uso de pré-medicação
○ Importante orientar ao paciente sobre a assinatura de um Termo de
compromisso
● Questões de triagem
■ Você já realizou algum exame em que foi usado ou injetado algum
meio de contraste?
■ Tem alergia ou já teve reação a algum material, frutos do mar,
algum outro alimento ou algum medicamento?
■ Você tem asma, bronquite ou alguma atopia?
○ Se respondeu SIM a qualquer pergunta = Classificar a resposta em
sintoma leve, moderado ou grave
○ Se sintoma leve: Geralmente faz preparo prévio para prevenir ou
minimizar a reação
○ Se sintomas moderados: Pesar risco/benefício, faz o preparo prévio e
geralmente prefere-se realização em âmbito hospitalar
○ Se grave: Normalmente não é feito o exame, ou se possível realizar sem
contraste
ADMINISTRAÇÃO
● Acesso venoso
○ Veia periférica de- grande calibre: Fluxo sanguíneo maior e menor efeitos
adversos locais → 18-16 Gauge
● Formas de administração
○ Injeção manual: descontínua, oscilante e máxima de 2ml/segundo →
Apenas quando não tiver a bomba disponível. Caso seja o escolhido,
realizar em bolus. Não permite realização de fases contrastadas
○ Injeção mecânica: Injeção contínua, programada e adequada via de
acesso
● Dose de contraste
○ Regra geral: 1,5 - 2 ml/kg até 100 kg (varia de acordo com a área)
○ Velocidade de infusão de 3-4 ml/seg → crianças 1,5 ml/seg