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Exames Contrastados
Por outro lado, outros órgãos apresentam densidade semelhante, em toda a sua
estrutura anatômica e adjacente, o que impede de serem visualizados por meio de um
exame de raios-x simples. Neste caso, torna-se necessária a utilização de meios de
contraste radiológicos, para possibilitar a visualização de tais órgãos. Considerando que
essas substâncias são mais densas do que a estrutura anatômica do órgão a ser
radiografado.
(a) Positivos ou radiopacos São aqueles compostos químicos que, quando presentes
em determinado órgão, absorvem mais radiação do que as estruturas anatômicas que o
circundam.
(2) Composição Neste aspecto, os meios de contraste radiológicos podem ser: (a)
iodados e (b) não-iodados.
(a) Iodados São aqueles que contêm Iodo (I), como elemento químico positivo ou
radiopaco.
2.
b) Não-Iodados São aqueles que não contêm Iodo (I), porém, outros elementos
químicos que são, também, elementos químicos positivos ou radiopacos. Nesta
classificação se enquadram o sulfato de bário (BaSO4) e o Gadolínio.
(3) Solubilidade Neste aspecto, os meios de contraste radiológicos podem ser: (a)
hidrossolúveis; (b) lipossolúveis; e (c) insolúveis.
(c) Insolúveis São aqueles que não se dissolvem em água ou em lipídios (gorduras).
Como exemplo temos o sulfato de bário (BaSO4).
(4) Natureza Química Neste aspecto, os meios de contraste radiológicos podem ser:
(a) orgânicos e (b) inorgânicos.
(a) Orgânicos São aqueles que contêm o elemento químico Carbono (C) em suas
moléculas.
(b) Inorgânicos São aqueles que não contêm o elemento químico Carbono (C) em
suas moléculas.
(a) Iônicos São aqueles compostos químicos que, quando em uma solução ou
mistura, formam um composto iônico, pois, cátions e ânions se dissociam, ou seja, a
ligação química dos componentes do sal (o ácido triiodado, como ânion e o Sódio (Na),
como cátion, por exemplo) se dá por eletrovalência, resultando em íons positivos e íons
negativos.
(b) Não-iônicos São aqueles compostos químicos que, quando em uma solução ou
mistura, não se dissociam em íons, porque se recorreu à “aminação” do radical ácido
(-COOH) com amida ou aminoaçúcar (glucamida), de modo que a ligação química entre
os componentes se dá por covalência, resultando em baixa osmolaridade e ausência de
íons.
Obs.: Por segurança, é sempre melhor utilizar meios de contraste radiológicos não-
iônicos.
(a) Oral Quando o meio de contraste radiológico é administrado por via oral (ingestão).
Como exemplo temos o sulfato de bário (BaSO 4), utilizado para a realização do exame
radiográfico denominado esofagoestomagoduodenografia.
As reações adversas ou, efeitos colaterais mais freqüentes, relacionados com o uso
de meios de contraste radiológicos iodados, podem ser classificadas em: (1) leves; (2)
moderadas; e (3) graves.
(1) Leves Sensação de calor, dor, eritema, náuseas e vômitos, sendo que náuseas e
vômitos não são consideradas, neste caso, reações alérgicas.
(2) Moderadas Urticárias com ou sem prurido, tosse do tipo irritativa, espirros, dispnéia
leve e outras manifestações, tais como: calafrio, sudorese, tontura e cefaléia.
(3) Graves Edema periorbitário, dor torácica, dispnéia grave, taquicardia, hipotensão,
cianose, agitação, confusão e perda da consciência, podendo levar a óbito.
São características do sulfato de bário (BaSO4): (1) peso atômico; (2) tamanho das
partículas; (3) nível do pH; e (4) sabor.
(1) Peso Atômico O sulfato de bário (BaSO4) é utilizado como meio de contraste
radiológico, porque o Bário (Ba) é um elemento químico pesado, sendo o seu peso
atômico elevado, como o do Iodo (I).
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6.
Exames Radiológicos Contrastados
com Meios de Contraste Radiológicos Iodados
Angiografia Consiste em um exame radiográfico para estudo dos vasos sangüíneos,
após a injeção de um meio de contraste radiológico. Os principais exames angiográficos
são: angiografia cerebral; aortografia torácica; (3) angiografia abdominal; e (4) angiografia
periférica, a qual inclui as arteriografias dos membros superiores e inferiores, a venografia
ou flebografia e a linfografia.
7.
Arteriografia periférica Consiste em um exame radiográfico para o estudo das
artérias dos membros superiores e membros inferiores.
8.
(3) Flebografia dos membros superiores Consiste em um exame radiográfico para
estudo das veias dos membros superiores, após a injeção de um meio de contraste
radiológico, manualmente, ou por meio de uma bomba de infusão, através da punção de
uma veia do dorso da mão ou da prega do cotovelo, para opacificar as veias do
antebraço, do braço, da região axilar, as veias subclávias e do tronco braquiocefálico. O
paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, tendo o membro a ser radiografado,
afastado do tronco e em rotação externa.
9.
(2) Linfografia Consiste em um exame radiográfico realizado pela dissecção e
cateterização do canalículo linfático, após a detecção do canalículo pela linfocromia
dérmica, para injetar um meio de contraste radiológico iodado oleoso, a fim de opacificar o
sistema linfático. A dissecção é feita no dorso do pé, considerando que neste local, os
vasos linfáticos são mais calibrosos. É realizada uma incisão cirúrgica transversa de 3 a 4
cm, após anestesia local, a fim de facilitar o isolamento e a dissecção de vaso linfático,
podendo-se utilizar uma lupa ou microscópio.
Obs.: Tanto a colangiografia oral quanto colangiografia endovenosa tem tido a sua
indicação diminuída, em virtude da descoberta de novas tecnologias de diagnóstico por
imagem.
Para a realização deste exame radiográfico, o paciente deve ingerir como meio de
contraste radiológico sulfato de bário (BaSO4), sendo que a sua deglutição é
acompanhada por fluoroscopia. Enquanto a substância contrastante está progredindo,
através do trato digestivo alto, são observados a posição, o calibre, a permeabilidade, a
motilidade e o padrão de revestimento mucoso, para diagnosticar as alterações
anatomofuncionais, bem como aquelas decorrentes de compressão extrínseca. Durante o
exame fluoroscópico, são obtidas radiografias seriadas para registrar os achados.
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A seriografia gastrintestinal alta é complementada com a técnica de duplo
contraste. Esta técnica consiste na utilização do dióxido de carbono como meio de
contraste negativo ou radiotransparente. Este gás é produzido com a ingestão de
medicamento que, no estômago, libera bolhas de gás, que possibilitam uma maior
aderência do sulfato de bário (BaSO4) ao revestimento mucoso dos órgãos e uma melhor
visualização das alterações anatomofuncionais. Em alguns serviços radiológicos é
utilizado um comprimido efervescente, em cuja composição há carbonato ácido de sódio
(2,31 g), ácido cítrico (2,19 g) e carbonato de sódio (0,50 g).
O intestino grosso pode ser avaliado por meio de três tipos de exames
radiográficos: enema baritado simples, enema baritado com duplo contraste e
x
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defecograma. Os dois primeiros permitem o estudo do intestino grosso como um todo, e
o último, a avaliação funcional do reto e do ânus. No enema baritado com duplo contraste,
o ar é introduzido no intestino grosso, após a remoção do sulfato de bário (BaSO 4), a fim
de facilitar uma maior aderência da substância contrastante à mucosa e, uma melhor
visualização, possibilitando detectar lesões incipientes, ou seja, em fase inicial. Esta
técnica é a melhor forma para avaliar a superfície da mucosa e detectar pequenas lesões.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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